• Nenhum resultado encontrado

Capítulo II : Atividade Biológica de Vernonia brasiliana (L.) Druce 1 Atividade Antimicrobiana

2. Atividade Farmacológica 1 Revisão da Literatura

2.2 Materiais e Métodos 1 Animais

2.4.2 Atividade Antinflamatória

O extrato do vegetal não mostrou atividade antiinflamatória quando administrado por via oral nas doses de 500mg /kg e 1000mg /kg.

2.4.3 Atividade Antiálgica

Quando administrado por via intraperitoneal nas doses de 500mg/kg e 1000mg/kg, o extrato do vegetal não apresentou atividade antiálgica.

3 Conclusão Geral

Os estudos realizados com a espécie Vernonia brasiliana propiciou o conhecimento de aspectos farmacobotânicos, farmacoquímicos e relacionaram as atividades biológicas (antimicrobiana e farmacológica), ainda pouco abordadas.

O estudo farmacobotânico forneceu importantes atributos diagnósticos para a espécie em tela, ressaltando-se: a) dois tipos de tricomas, um não glandular com 2 braços ornados de pendúnculo em forma de T e outro, glandular, 1-pendúnculo, 1- cabeça, ambos abundantes na epiderme foliar inferior; b) existência de faixa descontínua de fibras agrupadas no cilindro vascular das raízes; c) parênquima medular do caule com células de dois tamanhos.

Na análise farmacoquímica das folhas, predominaram a existência de metabólitos terpênicos e polifenólicos (flavonóides), salientando a identificação de três moléculas, um triterpeno, um flavonol e uma flavona. A primeira molécula bem difundida nos vegetais superiores trata-se de um triterpeno do grupo oleanano. A flavona de distribuição bem mais restrita, anteriormente constatada em outro táxon de Asteraceae e um flavonol, para o qual esta parece ser a primeira descrição nessa família.

O estudo da atividade biológica mostrou que o extrato bruto metanólico das folhas é desprovido de toxicidade aguda, da mesma forma que não foram evidenciadas propriedades antinflamatória e antiálgica nas doses analisadas. Em relação à atividade antimicrobiana, tanto o extrato referido como as frações flavonoídicas, apresentaram resultados relevantes com halos de inibição entre 18 e 23 mm de diâmetro, frente às cepas de Candida albicans (DAUFPE e Isolados Clínicos) e Candida krusei, leveduras responsáveis por diversas infecções

sistêmicas em pacientes graves e ou imunodeprimidos; ressaltando que a molécula E2 (flavonol) apresentou um halo de inibição de 23 mm sobre a Candida albicans, superior ao padrão do antibiótico testado, Anfotericina B, considerado como uma das melhores drogas antifúngicas.

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

ACAR, K. A.; OGUNLEYE, V. O.; ASHIDI, J. S. Antimicrobial Potential Spondias

mombin, Croton zambesicus and Zygotritonia crocea. Phytoterapy Research 13,

1996, 494-497p.

ALTHOFF, K. C. O gênero Vernonia Schreb (Compositae) no Distrito Federal, Brasil. Dissertação (Mestrado em Botânica), Universidade de Brasília – Brasília,1998, 1 -129,335 p.

BAKER, J. G. “Compositae I Vernoniaceae”, en Martius, K. F. von. Flora brasiliana

enumeratia plantarum in Brasilia. Monachii, Lipsiae apud Frid. Fleischer. 6: p.1-179,1873.

BARROS, R.F.M. A tribo Vernonieae Cass. (Asteraceae) em áreas de conservação de cerrado do estado do Piauí, Brasil.Tese de Doutorado em Botânica. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2002, 1-128 p.

BARROSO, G. M. et al. “Sistemática das angiospermas do Brasil.” Ed. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. Vol. 3,1991, 184-5 p.

BAUER, A.W.; KIRBY, W.M. Antibiotic Susceptibility Testing by a Standard Single Disc Method. Am. J. Clin. Pathol., nº45, p.493, 1966.

BRAGA, R. Plantas do Nordeste, Especialmente do Ceará, 3ª edição, Mossoró: Escola Superior de Agricultura, 1976.

BRASSEUR, T.; ANGENOT, L. Un reactif de choix pour la revelation des flvonoïdes: lê mélange diphenylborate d’aminiethanol - PEG 400.In: J Chromatogr. nº351, p.351-355,1986.

BREMER, K. Asteraceae: cladistics and classificacion. Portland: Timbe,1994, 727 p.

BREMER,K. Major clades and grades of the Asteraceae. In: Hind,D.J.N; Beentje H.J (Ed.). Compositae: systematics. Proceedings… London: Kew,vol.2, 1996, 1 -7 p. BUDZIKIEWICZ, H.;WILSON, J.M; DJERASSI, C. Mass Spectrometry in Structural and Stereochemical problems XXXII1 Pentacyclic Triterpenes. J. American Chem. Society, vol.85, nº19 , 1963.

CARVALHO, M.G; COSTA, P.M.; ABREU, H.S. Flavanones from Vernonia diffusa, J. Braz. Chem. Soc.,vol.10, nº2, p.163-166,1999.

CARVALHO, L.H.; KRETTLI, A.U. Mem Inst Oswaldo Cruz. 86:1991, 181-4 p. CÉSAR,G. Curiosidades da Nossa Flora, Recife, 1956.

CHEN, C.P.; LIN, C.C.; NAMBA, A .T. Development of Natural Crude Drug Resources from Taiwan(VI) in vitro studies of the inhibitory effect on 12 microorganisms, Shoyakugaku Zasshi 41 3: p. 215-225,1987.

COURVALIN, P. et al. L`Antibiogramme ed. MPC-Videom 1 ed, Paris, France, 1985, 343 p.

CRONQUIST, A. “The evolution and classification of flowering plants.” Ed. New York, New York Botanical Garden, New York, 1981, 386-9 p.

D`ALBUQUERQUE, I.L; LIMA, O.G.; NAVARRO, M.C.P. Substâncias Antimicrobianas de Plantas Superiores. Comunicação XIX, Ocorrência de antimicrobianos nas folhas do Tramanhem da Praia (Vernonia scabra). Rev. Inst. Antib.,vol.3, N 1, Dezembro 1961.

DAVINO, S.C.; et al. Antimicrobial Activity of Native Plants (Asteraceae),Simpósio Brasil-China de Química e Farmacologia de Produtos Naturais, Rio de Janeiro,1989.

DJERASSI, C.; BUDZIKIEWICZ, H.; WILSON, J.M. Mass Spectrometry in Structural and Stereochemical problems1 Unsaturated pentacyclic triterpenoids2 Tetrahedron Letters, nº 7, p.263-270, 1962.

EDDY, N.B.; LEIMBACH, D. Synthetic Analgesics II Dithienlamines. J. Pharmacol. Exp. Ther. 707: p. 385-393,1953.

FAHN, A. Phyton 28:p.13-26,1988.

FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 4 ªed., parte I, ed. Atheneu Ltda, São Paulo, 1988. FREIRE, M.F.I. Ação antifúngica de V.scorpioides, V.sericea e V. diffusa (Asteraceae):ensaios de antibiose e toxidez . Dissertação de Mestrado,1995 UFRRJ. Disponível em: <http:// www.ufrrj.br/porgrad/cpcaf/tese/resumos,res 001.htm.> Acesso em: 21/11/2001.

GLEASON, H. A. (1923) a. American Journal of Botany. 10:297-309. GLEASON, H. A. (1923) b. American Journal of Botany.10:187-202.

HARBORNE, J. B; MABRY,T.J.; MABRY, H. The flavonoids. Chapmann and Hall, London,1975.

HARBORNE, J. B. Phytochemical methods. 3ed. London: Chapman & Hall, p.288,1998.

HASHIMOTO,Y. Diferenciação de Esteróides e Triterpenóides pela Reação Corada. An. Acad. Bras. de Ciências, n. 42 (Suplemento), p. 95-96,1970.

INVENTÁRIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO ESTADO DA BAHIA, Subsecretaria de Ciências e Tecnologia – Governo do Estado da Bahia,Salvador,1979.

JOHANSEN, D.A. “Plant Microtechnique.” Ed. McGraw-Hill Book Co. Inc., New York, 1940, 87-9 p.

KRAUTER, D. Mikrokosmos 85:1985, 11-13 p.

Vernoniae no estado de São Paulo. 217f., 1972. Tese (Doutorado em Botânica), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba.

MABRY, T.J.; MARKHAM, K.R.; THOMAS, M.B. The Systematic Identification of Flavonoids, New York,1970.

MALONE, R.A. Pharmacological aproache to natural products screening and avaliation.In: New Natural products and Plant Drugs with Pharamcological, Biological or Therapeutical Activity, ed.By H. Warner and P.Wolf, Springer-Verlag, Berlin, 1977, 24-53 p.

MARTINS, E.R.; et al. Plantas Medicinais – Boldo Baiano. Viçosa: UFV, p.88,2000. Disponível em : < http://www.lavras.br/cepe/fotos/bolodobaiano.htm > Acesso em : 25/11/2001.

MARKHAM, K.R. Techiniques of flavanoids identificacion. London : Acad. Press., 1982, 52-61 p.

MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais do Ceará, 1997. Disponível em <htpp:// www.umbuzeiro,cnip.org.br/db/pneck/names/npall/npall_1664.html> Acesso em: 28/07/2003 ).

METCALFE, C.R.; L. Chalk. “Anatomy of the dicotyledons” Vol. II. Ed. Clarendon Press, Oxford,1989, 64-98 p.

METZ, H. Naturwisenchaften,48, 1961, 596 p.

MOURA, R. R. et al. Técnicas de Laboratório 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1992, 263 p.

NAPRALERT-NATURAL PRODUCTS ALERT (Banco de Dados de Produtos Naturais)..Universidade Illinois. Chicago

Disponível em :< http://www.uic.edu/pharmacy/depts/PCRPS/Napralert.htm> Acesso em: 18/072003.)

NUNES, J. M. S. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 5:1982, 95- 171p.

OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE M, K. “Farmacognosia”, Ed. Atheneu, São Paulo, 1998, 1 -285 p.

PICKEL, D.B.J. Piso e Marcgrave na Botânica Brasileira – para o tricentenário de sua chegada ao Brasil. Revista da Flora Medicinal, (5), p.153-280, 1949.

PRUSKI, J. F. “Asteraceae”, en “Flora of the Venezuelan Guayana: Araliaceae- Cactaceae”. (Stetermark, J. A.; Berry, P. E.; Holst, B. K., ed), Missouri Botanical Garden. St. Louis. Vol. 3, p. 174-7.1997.

ROBERTSON, E.H. ; CARTWRIGHT, R.A.; WOODD. J. In: J. Sci.Food Agr. , nº7, p.637-640, 1956.

RUSSEL, J.L. Contribuition a l’etude botanique et Chiniotaxonomique du Genre Verbascum en Languedoc-Cevennes. Tese de Doutorado,Universidade de Montpelier I, 1983.

SASS, J.E. “Botanical Microtechnique” Ed. College Press. Ames. Iowa, p. 67-9,1951.

SHARMA, O.P; DAWRA,R.K. Thin-layer chromatographic separations of lantadens, the pentacyclic triterpenoids from (Lantana camara) plant. J.Chrom.,587,p.351- 354,1991.

SILVA, M.; MUNDACA, J.M. Flavonoid and Triterpene constituints of Baccharis

rhomboidalis, Phytochemistry,vol.10,p. 1942-1943,1971.

SIMS, P. , J. Biochemical, 98: p.215-28,1972.

STIASNY, E. The qualitative and differenciation of vegetable tannins, Collegium, 1912, 483-499 p.

Texas, 2002.

VAN COTTHEM, W.R.J. Bot. J. Linn. Soc. 63: p.235-246,1970.

WAGNER, H. BLADT. S., ZGAINSKI, E.M. Drogenanalyse. Berlim: Springer - Verlag, p.164,1984.

WAGNER, H. BLADT. S. Plant drug analyses . 2ed. New York : Springer, 1996, 384 p.

WINTER, C.A .; RISHLEY, E. A.; NUSS, G.W. Carrageenan induced edema en hind paw as an assay for anti-inflamatory drugs. Proc. Soc. Exp. Biol. Med.,vol.3, p.544- 547,1962.

ANEXO A – CARTA DO DR. NESTOR O . CAFFINI RELATIVA A ACEITAÇÃO E

Documentos relacionados