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Atividades enzimáticas do metabolismo de carboidratos no coração e

No documento UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (páginas 53-63)

4 RESULTADOS

4.1 EFEITO DO ESTRESSE TÉRMICO DE CURTO PRAZO SOBRE O

4.1.1 Atividades enzimáticas do metabolismo de carboidratos no coração e

Em N. rossii o aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da HK no coração, com inibição em 2 horas seguida de elevação em 72 horas (Figura 8A). Para N. coriiceps o aumento da temperatura a 8°C foi capaz de diminuir a atividade da HK cardíaca em 2 horas, mas em 12 e 24 horas houve aumento da atividade da enzima (Figura 8B).

FIGURA 8 - ATIVIDADE DA HEXOQUINASE (HK) CARDÍACA

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Coração de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da PFK cardíaca em N. rossii, registrando-se aumento em 72 horas (Figura 9A). Em N. coriiceps o aumento da temperatura não alterou a atividade de PFK cardíaca (Figura 9B).

FIGURA 9 - ATIVIDADE DA FOSFOFRUTOQUINASE (FPK) CARDÍACA

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Coração de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da PK no coração em N. rossii, com diminuição em 2 horas (Figura 10A). Em N. coriiceps o fator aumento da temperatura não alterou a atividade da PK cardíaca (Figura 10B).

FIGURA 10 - ATIVIDADE DA PIRUVATO QUINASE (PK) CARDÍACA

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Coração de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números

acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da CS cardíaca em N. rossii, com diminuição em 2 horas e aumento em 144 horas de exposição (Figura 11A). Em N. coriiceps o fator aumento da temperatura não alterou a atividade da CS no coração (Figura 11B).

FIGURA 11 - ATIVIDADE DA CITRATO SINTASE (CS) CARDÍACA

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Coração de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C não foi capaz de alterar a atividade da MDH no coração de ambas as espécies, N. rossii (Figura 12A) e N. coriiceps (Figura 12B).

FIGURA 12 - ATIVIDADE DA MALATO DESIDROGENASE (MDH) CARDÍACA

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Coração de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C

(barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da LDH cardíaca em N. rossii, havendo diminuição em 24 horas e aumento em 72 horas em relação a 0°C (Figura 13A). Em N. coriiceps o fator aumento da temperatura não alterou a atividade da LDH cardíaca e ao longo do tempo somente em 0°C em 24 horas houve diminuição da atividade em relação a 2 e 6 horas (Figura 13B).

FIGURA 13 - ATIVIDADE DA LACTATO DESIDROGENASE (LDH) CARDÍACA

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Coração de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

Informações adicionais sobre os resultados do Teste de ANOVA das enzimas do metabolismo de carboidratos de coração de ambas as espécies estão presentes na tabela 1 e os valores de médias ± erro padrão no apêndice 1.

TABELA 1 - RESULTADOS DO TESTE DE ANOVA (DUAS-VIAS) REALIZADO PARA AS ENZIMAS RELACIONADAS AO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS: HK (HEXOQUINASE), PFK (FOSFOFRUTOQUISANE), PK (PIRUVATO QUINASE), CS (CITRATO SINTASE), MDH (MALATO DESIDROGENASE) E LDH (LACTATO DESIDROGENASE) NO CORAÇÃO DE N.

rossii E N. coriiceps

O aumento da temperatura a 8°C não foi capaz de alterar a atividade da HK no músculo em N. rossii (Figura 14A). Mas em N. coriiceps o aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da HK muscular, havendo diminuição em 24 horas (Figura 14B).

FIGURA 14 - ATIVIDADE DA HEXOQUINASE (HK) MUSCULAR

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Músculo de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média). 144 HORAS) PARA ENZIMAS CARDÍACAS DE Notothenia rossii E Notothenia coriiceps.

* INDICA DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS.

Em N. rossii o aumento da temperatura a 8°C foi capaz de diminuir a atividade da PFK muscular em 2 horas de exposição (Figura 15A). Em N.

coriiceps a temperatura de 8°C foi capaz de aumentar a atividade da PFK muscular em 6 horas de exposição (Figura 15B).

FIGURA 15 - ATIVIDADE DA FOSFOFRUTOQUINASE (PFK) MUSCULAR

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Músculo de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da PK muscular apenas em N. coriiceps, havendo aumento da atividade enzimática em 2 e 6 horas (Figuras 16A-B).

LEGENDA: Músculo de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os

asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

Em N. rossii o aumento da temperatura a 8°C aumentou a atividade da CS muscular em 144 horas (Figura 17A). Já em N. coriiceps a temperatura de 8°C diminuiu a atividade da CS muscular em 72 e 144 horas (Figura 17B).

FIGURA 17 - ATIVIDADE DA CITRATO SINTASE (CS) MUSCULAR

2 6 12 24 72 144

LEGENDA:Músculo de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura não foi capaz de alterar a atividade da MDH no músculo em ambas as espécies estudadas (Figuras 18A e 18B).

FIGURA 18 - ATIVIDADE DA MALATO DESIDROGENASE (MDH) MUSCULAR

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Músculo de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os

asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

O aumento da temperatura a 8°C alterou a atividade da LDH muscular apenas em N. rossii, havendo aumento da atividade enzimática em 144 horas (Figuras 19A-B).

FIGURA 19 - ATIVIDADE DA LACTATO DESIDROGENASE (LDH) MUSCULAR

2 6 12 24 72 144

LEGENDA: Músculo de Notothenia rossii (A) e Notothenia coriiceps (B), expostos a 0°C e 8°C (barra branca e barra preta respectivamente) durante 2, 6, 12, 24, 72 e 144 horas. Os asteriscos indicam diferenças significativas entre as temperaturas (0°C e 8°C). E os números acima das barras indicam que há diferenças entre os tempos de exposição em 0°C e 8°C (teste de Tukey, p < 0,05). Atividades expressas em U/mg de proteína. Os valores estão expressos como média + SEM (erro padrão da média).

Informações adicionais sobre os resultados do Teste de ANOVA das enzimas do metabolismo de carboidratos de músculo de ambas as espécies estão presentes na tabela 2 e os valores de médias ± erro padrão no apêndice 2.

TABELA 2 - RESULTADOS DO TESTE DE ANOVA (DUAS-VIAS) REALIZADO PARA AS ENZIMAS RELACIONADAS AO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS, HK (HEXOQUINASE), PFK (FOSFOFRUTOQUISANE), PK (PIRUVATO QUINASE), CS (CITRATO SINTASE), MDH (MALATO DESIDROGENASE) E LDH (LACTATO DESIDROGENASE) NO MÚSCULO DE N.

rossii E N. coriiceps

Ao analisar os biomarcadores globais do metabolismo de carboidratos, foram detectadas diferenças entre N. rossii e N. coriiceps (F6,91 = 26,25, P

<0,001, P<0,001) e entre os tecidos analisados em N. rossii (F6,43 = 74,42, P

<0,001) e em N. coriiceps (F6,41 = 165,42, P <0,001). Entre as espécies, as diferenças foram significativas para todos os biomarcadores do metabolismo de carboidratos (Tabela 3), com exceção da PFK, que é marginalmente significante (F1,96=2,87, P = 0,09). Em ambas as espécies, todos os marcadores foram diferentes entre o coração e o músculo (Tabela 3). Em N.

rossii a atividade foi maior no coração para: HK (8,61 vezes), PK (12,09 vezes), CS (12,20 vezes), MDH (9,79 vezes) e LDH (4,66 vezes) quando comparado ao músculo, já a atividade da PFK (5,14 vezes) foi maior no músculo. Em N.

coriiceps a atividade foi maior no coração para: HK (11, 91 vezes), PK (12,41 vezes), CS (12,41 vezes), MDH (12,21 vezes) e LDH (5,46 vezes) quando comparado com músculo, já a atividade da PFK (5,14 vezes) foi mais alta no músculo.

Notothenia rossii Notothenia coriiceps

Temperatura Tempo TE x Ti Temperatura Tempo TE x Ti

HK F 0,27 27,47 0,42 0,36 9,08 3,61

p 0,61 <0,01* 0,83 0,55 <0,01* 0,005*

PFK F 1,48 12,94 2,10 1,84 0,47 3,19

p 0,23 <0,01* 0,07 0,18 0,80 0,01*

PK F 0,03 1,04 1,05 1,84 0,47 3,19

p 0,86 0,40 0,39 0,18 0,80 0,01*

CS F 5,73 14,06 1,77 21,61 33,78 0,77

p 0,02* <0,01* 0,12 <0,01* <0,01* 0,57

MDH F 3,92 11,41 0,39 0,10 24,80 1,14

p 0,05 <0,01* 0,85 0,75 <0,01* 0,34

LDH F 6,66 25,95 1,61 1,16 1,95 1,18

p 0,01* <0,01* 0,16 0,28 0,09 0,32

FATORES: Temperatura (te) (0° e 8°c) e tempo de exposição (ti) (2, 6, 12, 24, 72, 144 horas) para enzimas musculares de Notothenia rossii e Notothenia coriiceps. * Indica diferenças significativas.

TABELA 3 - RESULTADOS DO TESTE DE MANOVA REALIZADO PARA OS BIOMARCADORES DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS: HK (HEXOQUINASE); PFK (FOSFOTOFRUTOQUINASE); PK (PIRUVATO QUINASE); CS (CITRATO SINTASE); MDH (MALATO DESIDROGENASE) E LDH (LACTATO DESIDROGENASE) NO CORAÇÃO E MÚSCULO DE N. rossii E N. coriiceps

HK PFK PK CS MDH LDH

F p-value F p-value F p-value F p-value F p-value F p-value

Espécies 17.74 <0.001* 2.87 0.09 5.14 <0.02* 6.48 <0.01* 11.03 <0.001* 14.27 <0.001*

Tecidos

N. rossii 130 <0.001* 4.08 0.04* 276.18 <0.001* 201.1 <0.001* 363.2 <0.001* 27.36 <0.001*

N. coriiceps 35.21 <0.001* 15.76 0.001* 219.43 <0.001* 209 <0.001* 79.03 <0.001* 5.16 <0.02*

NOTA: Em todas as análises, todas as variáveis de resposta foram padronizadas (z transformadas), para atender às premissas. O teste permitiu verificar a existência de diferenças entre o N. rossii e N. coriiceps, e entre os tecidos cardíaco e muscular para cada espécie. Graus de liberdade (DF) para o pós teste hoc são 1 e 96, quando testados a nível de espécies; 1 e 46 para diferenças teciduais de N. coriiceps e N. rossii, 1 e 48. Todas as diferenças significativas entre espécies e órgãos são indicadas por um asterisco.

4.1.2 Atividades enzimáticas das defesas antioxidantes em coração e músculo

No documento UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (páginas 53-63)