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Atividades Práticas Supervisionadas

No documento UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE (páginas 160-163)

3.4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

3.4.11 Atividades Práticas Supervisionadas

As atividades práticas supervisionadas – APS estão previstas no Projeto Pedagógico dos Cursos e descritas no plano de ensino de cada disciplina/módulo, com informações da carga horária a ser trabalhada em tais atividades. Os docentes, utilizando tecnologias de informação e comunicação, disponibilizam as atividades a serem realizadas e a data de entrega para os estudantes.

Nesse processo:

I. as atividades indicadas para os estudantes são acompanhadas e orientadas pelos docentes;

II. os estudantes entregam as produções das atividades realizadas que podem ser, entre outras: relatórios, resenhas, diários de campo, produções de texto, artigos, projetos, portfólios;

III. as atividades valem determinada carga horária e pontuação, conforme o planejamento docente.

A carga horária total dos cursos de graduação está de acordo com a Resolução CNE/CES, n° 3, de 2 de julho de 2007, que determina que a carga horária mínima deve ser calculada em horas de 60 minutos. Na Universidade Vale do Rio Doce – Univale, a hora-aula tem duração de 50 minutos. A diferença entre a hora-aula e a hora-relógio é compensada por meio das Atividades Práticas Supervisionadas – APS. Já nos cursos de pós-graduação utiliza-se sempre a hora- relógio (60 minutos).

As Atividades Práticas Supervisionadas - APS compõem a carga horária das disciplinas/módulos e têm por sua natureza um caráter de prática, o que as tornam um espaço/tempo da matriz, propício a atividades formativas de naturezas diversas, que primam pela ação e envolvimento prático do estudante. Assim, para melhor organização das APS nos currículos dos cursos de graduação presenciais são estabelecidas três modalidades: Atividades de Metodologias Ativas (AMA), Atividades Práticas de Pesquisa Acadêmica (APPA) e Atividades Práticas de Extensão (APEX), articulando a pesquisa e a extensão com as práticas de ensino.

Atividade de Metodologias Ativas – AMA

As metodologias ativas em cursos de graduação pressupõem uma revisão das práticas docentes e da própria concepção de aprendizagem. As estratégias de aprendizagem ativa ancoram-se na Pedagogia da Problematização que deriva das teorias construtivista e sociointeracionista da aprendizagem. Assim, as chamadas metodologias ativas partem de situações-problema, de questionamentos e desafios que estimulam a construção de conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e competências a partir da atuação e protagonismo dos estudantes no próprio processo de formação profissional.

As Atividades Práticas Supervisionadas e as metodologias ativas são adotadas como estratégias de ensino que têm como foco principal a ação do estudante, que desafiado, busca pelo conhecimento que lhe será significativo e contextualizado, elevando a sua aprendizagem. Mediadas pelas novas tecnologias da informação e comunicação, ou não, as metodologias ativas atendem ao caráter dinâmico e prático previsto no inciso II do artigo 2º da Resolução CNE/CES n. 3 de 18 de julho de 2007.

Atividade Prática de Pesquisa Acadêmica – APPA

A busca da contextualização do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem propõe-se que as Atividades Práticas Supervisionadas possam ser também ofertadas no formato de pesquisa, nos moldes da iniciação científica e de pesquisas em grupo. A investigação científica aguça a curiosidade dos estudantes e motiva-os para o processo de ensino e aprendizagem, como participantes ativos na construção do conhecimento. O ensino com pesquisa possibilita a cooperação e autonomia no processo de produção de conhecimentos científicos e acadêmicos, desmitificando esses saberes como verdades neutras e inquestionáveis para compreendê-los como processo, movimento e construção.

A pesquisa como metodologia de ensino na graduação ganha os contornos da Iniciação Científica, prevista pela Resolução CNE/CES n. 3 de 18 de julho de 2007, no sentido de iniciar o estudante nos processos da ciência, da descoberta, das técnicas e instrumentos científicos no desenvolvimento de projetos de estudos com o suporte da orientação docente. O ensino por meio desse recurso contribui para melhor desempenho acadêmico dos estudantes, para maior aproximação com o

campo profissional e para a maturidade estudantil em relação aos saberes e desafios de seu campo de formação.

Atividade Prática Extensionista – APEX

Com o foco no processo de ensino e aprendizagem significativo, desenvolvido a partir da problematização, seja em desafio de estudos, problemas de pesquisa ou problemática social, a Universidade Vale do Rio Doce - Univale prevê também Atividades Práticas Supervisionadas desenvolvidas com caráter extensionista. Para garantir a efetividade dessa modalidade, é imprescindível a dialogicidade entre a universidade e a comunidade, em práticas acadêmicas em que os conteúdos sejam desenvolvidos na troca de saberes que se estabelece nessa relação.

O processo de ensino e aprendizagem assim se vincula à realidade, ao campo laboral voltado para a responsabilidade e a justiça social que deve ser a busca de todas as profissões, de todos os cidadãos. Práticas extensionistas possibilitam uma significativa associação entre o pensar e o fazer, entre a teoria e a prática, em uma perspectiva interdisciplinar do perfil profissional que a vida em sociedade demanda.

Atividades de extensão favorecem uma aprendizagem mais crítica, reflexiva e inserida na realidade, e refletem o sentido da prática das atividades propostas como APS pela Resolução CNE/CES n. 3 de 18 de julho de 2007.

Uma formação dinâmica, com flexibilidade curricular e que envolve ações culturais, científicas, sociais e políticas, promovida nas atividades extensionistas, possibilita a formação integral do acadêmico como protagonista na promoção de transformações na sociedade e na universidade.

As APS são organizadas conforme a natureza das diversas disciplinas/módulos que compõem o currículo e o perfil de seus professores, que poderão optar em desenvolver metodologias de ensino, pesquisa ou extensão. Assim, as modalidades das APS podem ser trabalhadas isoladamente em cada disciplina/módulo, ou articuladas de forma interdisciplinar com duas ou mais disciplinas/módulos, sendo complementares para uma prática integradora do ensino com a pesquisa e a extensão, tanto em um mesmo período ou interperíodos. Ou seja, essas modalidades das APS foram pensadas também para atender ao que preconiza a Constituição Federal de 1988, para uma aprendizagem crítica e plural,

com estudantes construindo atitudes investigativas e questionadoras, na indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão.

No documento UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE (páginas 160-163)

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