As atividades desenvolvidas durante o plano de intervenção foram iniciadas no dia 13
de outubro de 2015, e teve a participação dos educandos do 4° e 5° anos, a co-participação
das docentes das respectivas séries, da coordenadora e gestora escolar.
Nosso objetivo para com o plano de intervenção era o de conhecer as concepções e
ações de educação ambiental entre os educandos dos anos iniciais e os desafios para um fazer
interdisciplinar, no qual buscamos usar de instrumentos que contribuisse para despertar um
olhar reflexivo nos educandos e consequentementecom o desenvolvimento de ações que
viesse a beneficiar e somar com as atividades ja desenvolvidas pela escola.
Para o desenrolar desta intervenção, utilizamos duas literaturas as quais permitiram
reflexões sobre a problematica ambiental, sendo elas, “A Última Gota (2004)”, do autor J. L.
Diego e “A Batalha da Cachoeira do Cipó (2013), da autora Vera do Val. Para a introdução
dos conteúdos relativos à temática abordada utilizamos nas literaturas como eixo norteador a
conscientização ambiental.
Considerando a literatura estudada no 4° Ano tivemos como conteúdo central a
“Água” cujo o livro escolhido “A última gota (2004)”, sinopse: Kika chegou da escola super
preocupada com a falta d’água no planeta. Mestre Li a aconselhou a ler a história da
Chuvisca, a última gota, que fugia dos exércitos clonadores. Em seu caminho, a gotinha se
deparou com muitas cenas de escassez e desperdício, mas nunca perdeu a esperança de
encontrar soluções para o problema. E você, está fazendo alguma coisa para que esse precioso
líquido nunca falte? Permitindo que pudessemos inpactar os educandos sobre a relevância da
água para a sobrevivência de todos os recursos naturais, bem como, questões que envolvam a
sua escarsez, poluição e desperdício (Figura 1).
Enquanto nos 5° Anos o livro utilizado foi; “A batalha da cachoeira do Cipó
(2013)”, sinopse: Esse é um dos cenários da Floresta Amazônica em que Kaó e Apiraí, dois
amigos indígenas, vivem espetaculares aventuras: A batalha da cachoeira do Cipó – Kaó e
Apiraí se unem a animais e seres da mata contra invasores supermalignos. O julgamento –
Vítimas, juízes, promotores e manifestantes condenam os garotos por crimes que eles
desconhecem. A Boiuna – Eles se envolvem num rapto que tanto pode acabar numa história
de amor como numa declaração de guerra (Figura 2). Entretanto escolhemos esse livro com a
finalidade de informar acerca de causas urgentes, como o desmatamento, a poluição das água,
a cultura indígena, o folclore e a preservação para um desenvolvimento sustentável.
Figura 1: Introdução da literatura “A Última Gota”(4º ano)
Fonte:Fotografado pelas autoras.
Figura 2:Introdução da literatura “A batalha da cachoeira do cipó” (5º ano)
5.4.1. Atividade interdisciplinar: Relato da experiência vivenciada no 4° ano.
Diagrama 1: Atividade interdisciplinar desenvolvida no 4º ano
Fonte: As autoras.
No primeiro momento utilizamos uma atividade de leitura da imagem. Apresentamos a
ilustração da literatura adotada e incorporamos na atividade para saber se eles iriam
identificá-la com as questões ambientais, dessa forma, exploramos a literatura infanto-juvenil utilizando
o livro “A última gota (2004)”, que, mais voltado ao meio ambiente, deu ênfase à importância
da água e o combate ao seu desperdício. A partir da exploração de leitura da imagem fizemos
uma leitura compartilhada, no qual cada educando leu uma parte do livro, e assim pudemos
observar o grau de leitura e atentar que a maioria tinham dificuldades na leitura e outros na
pronúncia de algumas palavras. Apenas um educando não tinha domínio nenhum na leitura,
porém a professora nos explicou que ele ainda está em processo de alfabetização.
No segundo momento foi feita a atividade de interpretação de texto, que se sucedeu a
partir da explicação das questões onde fizemos a leitura de cada questão e já sanamos as
dúvidas que estavam surgindo.
A outra atividade foi o Gênero Textual: “Anúncio”, nesta etapa, os educandos fizeram a
interpretação de um anúncio que explorava a questão da economia de água, que continha 4
(quatro) questões envolvendo, a opinião de cada um sobre como economizar água.
Em outra aula, continuamos a construção da escrita com o uso da pontuação, fizemos
indagações como por exemplo: “para que serve determinada o sinal de pontuação?”
(Apêndice A), desse modo notamos. Nesta ocasião, foi estudado o ponto final, ponto de
interrogação, ponto de exclamação, reticências, travessão, vírgula e dois pontos. No segundo
momento, pedimos que fizessem grupos de 4 ou 5 pessoas, para realizar um trabalho de
concretização de uma pesquisa sobre os sinais de pontuação, para a atividade prática de
elaboração de cartazes, os alunos recortaram algumas páginas e destacaram as diferentes
pontuações expostas em aula, ao apresentar o cartaz elaborado por eles, aos colegas de sala,
cada grupo falou de apenas 1 (uma) pontuação e da importância da pontuação na escrita e na
fala. Ao concluir esse momento fizemos a colagem dos cartazes nos corredores da sala de
aula, com o propósito de que todos os participantes da escola compreendam também da
relevância da pontuação para a escrita, portanto, através destas considerações concretizamos
as primeiras aulas da intervenção.
Figura 3: Iniciando o assunto “Medidas de capacidade: litro e mililitro” (4º ano)
Fonte: Fotografado pelas autoras.
Ao iniciar a aula falamos que o conteúdo a ser trabalhado seria “Medidas de
capacidade: litro e mililitro” (Figura 3), a partir disso fizemos a sondagem para saber se já
haviam trabalhado o assunto na série anterior ou na atual série, apesar de já terem um
conhecimento prévio em relação ao tema, tentamos de uma maneira simples reapresentar
aquele conteúdo, assim sendo, ao explicarmos foi dito que a capacidade é o volume interior de
determinado reservatório, ao darmos alguns exemplos, atentamos que 1 litro (l) equivale a
1000 mililitro, levamos algumas embalagens secas de refrigerante, suco, leite de caixinha
equivalente a 1 litro.
Ao levarmos as embalagens foi possível entender mais das medidas de capacidade.
Escolhemos trabalhar este conteúdo por envolver o liquido (água), algo que já tinha sido
estudado anteriormente na disciplina de português com a literatura “A última gota (2004)”
expondo a real necessidade de não desperdiçar e poluir este bem precioso. Durante a atividade
pudemos falar da quantidade de água, que é consumida e da preocupação em mudar alguns
hábitos de desperdícios que podem ser evitados, portanto, através dessa temática encerramos
mais um conteúdo, o de matemática, e foi possível relacionar o assunto ao cotidiano deles.
Figura 4: Considerações a cerca do conteúdo “A vegetação do Brasil” (4º ano)
Fonte: Fotografado pelas autoras.
Nesta aula, sobre A vegetação do Brasil fizemos uma pequena consideração sobre os
oito tipos principais de vegetação natural, são eles: Floresta Amazônica, Mata Atlântica,
Caatinga, Cerrado, Pantanal, Campos Sulinos, Mata de Araucária, Mangues.
O foco maior era explorar a vegetação caatinga, por ser uma das vegetações que
corresponde a nossa região, ou seja, utilizando exemplos e características da vivência dos
educandos, também por se tratar de um clima semiárido, com secas constantes, no qual as
chuvas ocorrem no início do ano, foi explicado que a vegetação caatinga é composta por
pequenas plantas, dentre elas, o exemplo das plantas xerófilas, até então desconhecidas pelos
educandos, desse modo, falamos que essas plantas xerófilas, tem a capacidade de
armazenamento de água, neste momentoeles se lembraram de uma parte da história da
literatura “A última gota (2004)”, que falava sobre Secão (nome do personagem), que não
sofria desse problema da falta de água, por se tratar de um cacto. Após toda a explicação os
alunos responderam um exercício referente a tudo que lhes foi explicado.
Figura 5: Discutindo a problemática “A seca na Paraíba” (4º ano)
Fonte:Fotografado pelas autoras.
Demos início à aula relembrando um pouco da aula passada, de maneira que
relembramos a questão da seca, e que a mesma faz parte da região da Caatinga, e demos
continuidade a aula, falando um pouco sobre o semiárido, entregamos um texto aos alunos
onde puderam acompanhar o que falávamos e observar características típicas da seca em
nosso Estado, a história dos retirantes, as mudanças populacionais que ocorreram com o
passar dos anos, a iluminação pública, e o saneamento básico.
Com isto, nos foi possível falar sobre problemas atuais, do convívio dos educandos,
como por exemplo: saneamento básico, acúmulo de lixo, poluição, entre outros. Quando
chegamos nestas questões, os alunos citavam situações de seu próprio convívio, como falta de
água, poluição do rio Jaguaribe e esgoto a céu aberto e aproveitando a discussão na sala,
perguntamos que solução e medidas eficientes poderiam ser tomadas para sanar estes
problemas? Eles responderam que “a melhor maneira é cada um se conscientizar, que aquilo
não vai ajudar, mas vai prejudicar a vida de todos que fazem parte daquele lugar”.
Em seguida, distribuímos as atividades para que os educandos respondessem duas
questões, de acordo com o texto e com o que foi discutido em sala de aula.
Figura 6: Atividade do conteúdo “os estados físicos da água” fazendo a ponte com a história
da Chuvisca, do livro “A última gota (2004)” (4º ano)
Fonte:Fotografado pelas autoras.
Nesta aula, tivemos a oportunidade de trabalhar sobre os estados físicos da água, onde
fizemos uma leitura compartilhada, e de inicio procuramos saber o que eles entendiam, se já
tinham trabalhado tal assunto, e após uma conversa rápida, explicamos sobre cada estado
físico da água, o líquido, o sólido e o gasoso, demos continuidade explicando o ciclo da água,
onde observamos o interesse dos alunos pelo tema, assim aproveitamos para explicar a
importância da água para o nosso planeta e porque devemos economizar a água.
No segundo momento, fizemos a atividade de ciências (Apêndice B), onde lemos
juntos e explicamos cada questão, trabalhado a leitura de gráficos em uma questão, onde foi
utilizada folha quadriculada para a resolução da atividade, e foi possível ver o entusiasmo dos
alunos.
Figura 7: Confecção de vasos recicláveis para recepcionar as novas mudas (4º ano)
Fonte: Fotografado pelas autoras.
A nossa última aula foi bastante satisfatória, foi trabalhado a importância da horta
escolar, e começamos a aula com uma breve conversa onde procuramos saber a importância
da horta escolar, se eles já confeccionaram algo de materiais reciclados para a horta da escola,
com isso, apresentamos a proposta de produzir um vaso em forma de animais (o animal
escolhido, foi o gato) onde vimos um entusiasmo muito grande.
Com isso nos locomovemos para outra sala, uma sala maior onde poderíamos sentar
no chão. De inicio foi separado os alunos em grupos de 5, explicamos como é feito o gato no
vaso e em seguida distribuímos as tintas, os pinceis e os jornais para não sujar a sala, sempre
procurando deixa-los bastante a vontade para pintar da cor e da maneira que quisessem, ao
terminarem foi posto pra secar as artes no momento do intervalo, e ao voltarem para a sala foi
possível fazer o rosto dos gatos, novamente eles ficaram a vontade para fazer da maneira que
achassem melhor. Ao finalizar levamos um grupo de cada vez para a horta e lá foi colocado
os vasos, procuramos saber se na horta haveria algumas mudas de plantas para que
pudéssemos usar para colocar nos vasos mas infelizmente não foi possível por não haver
nenhuma muda. Apesar disso foi possível ver o entusiasmo dos alunos por terem
confeccionado um vaso para a horta da escola.
Figura 8:Horta Escolar
5.4.2. Atividade interdisciplinar: Relato da experiência vivenciada no 5° anos.
Diagrama 2: Atividade interdisciplinar desenvolvida (5º ano)
Fonte: As autoras.
No primeiro momento nos apresentamos, falamos sobre o plano de intervenção que
iríamos aplicar, dando início à aula de português onde apresentamos a literatura “A batalha da
cachoeira do Cipó (2013)”, colocamos as imagens do livro e algumas curiosidades da história
em um slide animado, a partir disso, contamos a história, e observamos se os educandos
conseguiam acompanhar no slide os acontecimentos da história e se estavam compreendendo.
Alguns pareciam bem entusiasmados com a narração, ao terminar a contação da historia, cada
educando teve a oportunidade de folhear o livro, a partir daí fizemos algumas perguntas para
saber se eles tinham realmente prestado atenção, sempre que perguntava a maioria dos alunos
da sala respondiam, podemos dizer que a proposta de apresentação do livro obteve sucesso,
pois era nítido o interesse. Em seguida, entregamos a atividade de interpretação de texto,
elaborada com 5 (cinco) questões de interpretação.
Ao falar do folclore, explicamos do que se tratava, por ser um conjunto de
representações da cultura popular, onde surgiram as primeiras manifestações folclóricas,
contamos algumas das principais lendas e ritos do folclore brasileiro e pedimos que eles nos
contassem alguma lenda que conheciam, alguns falaram sobre “a loira do banheiro”,
“negrinho do pastoreio” e “comadre florzinha”. Fizeram grupos de 5 (cinco) pessoas para a
confecção de cartazes, no qual cada grupo, poderia escolher até duas lendas para ilustrar e
falar sobre ela, na hora da confecção ficaram bem a vontade na escolha do grupo e da lenda.
Após o termino dos cartazes, tiveram a oportunidade de falar diante da sala a lenda escolhida
e sua história, todos os grupos tiveram a oportunidade de se apresentar, depois disso, os
cartazes foram fixados nos corredores da escola, expondo o trabalho feito por eles e a
importância cultural das lendas da região.
Figura 9: Realização da atividade a cerca do conteúdo “Medidas de temperatura” (5° ano)
Fonte: Fotografado pelas autoras.
Nesse dia foi trabalhado medidas de temperatura, de início tivemos uma conversa
introdutória onde perguntamos algumas coisa sobre o tema, como por exemplo, o que
utilizamos para verificar a temperatura e o que eles entendem sobre isso e quais as medidas de
temperaturas mais utilizadas , com isso aproveitamos para associar a problemática com o
aquecimento global, no qual tratamos das consequências que ocorrem no planeta por alguns
atos causados pela ação humana.
Em seguida foi o momento de ser feita a atividade, onde foi lido junto com eles e
procurando sempre explicar cada questão, e no decorrer da execução da atividade
conseguimos observar certa dificuldade de alguns alunos para responder questões sobre
temperatura, inclusive em uma questão que deveria ser desenhado um termômetro e nele
marcado o grau determinado.
Figura 10: Apresentação do assunto “Região Norte” (5º ano)
Fonte: Fotografado pelas Autoras.
Iniciamos a aula, explicando sobre a região Norte, aproveitamos o momento para
deixar os educandos expressar seus conhecimentos a cerca do conteúdo abordado, no decorrer
da discussão foi endagado se eles lembravam onde se passava a historia do livro “A batalha
da cachoeira do cipó” e nos chamou a atenção que muitos souberam responder. Utilizamos
um mapa para trabalhar a região norte no qual abordamos questões como: população, os
problemas ambientais que lá ocorrem. Logo após toda essa conversa foi o momento de fazer a
atividade, explicamos as questões e auxiliamos alguns alunos que apresentavam mais
dificuldade para compreender os enunciados, apesar dessa dificuldade percebemos que muitos
se saíram bem na realização da atividade de Geografia.
Figura 11: Discutindo a temática “os desafios do Brasil”
Fonte: Fotografado pelas autoras.
Na aula de hoje foi discutido o tema “os desafios do Brasil”, cujo objetivo foi trabalhar
as questões sociais, socioambientais e também educacionais. Conseguimos interagir bastante
com os educandos acerca do assunto, assim conseguimos ver que eles se mostraram bastante
interessados pelo assunto e sempre dialogavam conosco dando exemplo do cotidiano deles.
Após esse primeiro momento de explicação e diálogo foi a hora do segundo momento o da
resolução das atividades, constatamos que as respostas dos educandos foi bastante satisfatória.
Figura 12: Estudando o conteúdo “Os biomas brasileiros” (5º ano)
Fonte: Fotografado pelas autoras.
Nesta aula, foi trabalhado o assunto os biomas brasileiros, no qual utilizamos como
recurso para a execução da aula, o data show, na medida que fomos explicando cada bioma
eles foram visualizando as imagens nos slides, isso tornou a aula mais interessante para eles,
pois sempre tinha algo novo a ser visto, explicamos cada um dos 6 (seis) biomas: a Floresta
Amazônica, a Mata Atlântica ou Floresta Atlântica, o Cerrado, a Caatinga, os Campos Sulinos
e o Pantanal mas focamos mais em Floresta Amazônica .
A atividade realizada possuía apenas 1 (uma) questão que continha da letra A à letra
D, observamos que alguns sentiram um pouco de dificuldade apesar de toda a explicação, mas
um maior número conseguiu responder de forma satisfatória.
Figura 13: Confecção da Peteca (5º ano)
Fonte: As autoras.
Os alunos estavam bastante empolgados pela aula de hoje, a última aula, pois seria a
aula de Artes o que tornou a aula suficientemente prazerosa, fizemos uma revisão geral de
tudo que foi trabalhado onde relembramos a cultura indígena, o folclore, a região norte dentre
outros assuntos abordados e através dessa conversa, relembramos alguns artefatos de origem
indígena dentre eles a peteca, com isso expomos que faríamos uma peteca de material
reciclado e como seria feita, entregamos a cada um, 2 folhas de jornal e junto com eles
confeccionamos a peteca. Ao terminar levamos eles para o pátio da escola onde puderam
brincar, a professora nos parabenizou pois achou muito interessante a ideia da peteca. Ao
voltarem para a sala aproveitamos para nos despedir e agradecer não só aos educandos, mas
também a professora por nos ter permitido a realização das atividades.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, podemos dizer da magnitude e desafio de abordar a problemática ambiental e
a interdisciplinaridade no âmbito escolar, pois é através dela que podemos reforçar a
conscientização e sensibilização para o resgate da cidadania, construindo uma nova cultura
que exalte e conserve o ambiente natural, tendo em vista o desenvolvimento sustentável.
Percebemos no entanto, que não todos, mas alguns alunos se mostraram muito
apáticos na sua atuação durante o período de intervenção, o que nos leva a refletir sobre o
porque de tal comportamento. Considerando o histórico social dos educandos e a estrutura
física do ambiente escolar nos leva a crer a questão de políticas educacionais ressaltam em
relação a promover um ambiente escolar que favoreça o bem estar físico e psicológico do
corpo discente, dessa maneira notamos que a escola não apresenta uma estrutura física ampla
e arejada para o bom desenvolvimento do processo educativo do educando.
Durante todo o processo da pesquisa nos foi possível perceber a necessidade de
reconstruir um sentido por meio da interdisciplinaridade no currículo escolar, visto que a
educação ambiental é um tema transversal que está presente nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), os quais recomenda que seja trabalhada esta temática como forma de
favorecer mudanças e valores para uma geração justa e responsável por seus atos sustentáveis.
Apesar do nosso intuito de propor um projeto amplamente interdisciplinar,
reconhecemos a dificuldade enfrentada não apenas por nós, mas em geral muitos profissionais
da educação tendem, a lidar com as implicações e dúvidas em torno desta problemática o que
revela um grau de dificuldade na execução de planos de aula bem elaborados que abordem a
EA como têm transversal e que faz parte de um fazer que ligue todas as disciplinas.
Acreditamos que muito já conseguimos através da EA, porém, ainda há muito a ser
feito para uma educação consciente e transformadora pois esta evolução e relação do
ambiente com a educação anda à passos muito lentos, principalmente aqui no Brasil, onde os
governantes e autoridades competentes deveriam estar mais atentos a esta questão, pois a EA
é uma modalidade não formal, o que vem dizer que ela deve ser trabalhada em todas as
esferas, seja ela trabalhada na escola pública ou privada, é responsabilidade de todos, não
apenas da escola.
Em relação às escolas percebemos que boa formação, qualificação dos profissionais da
educação ajuda muito no desenvolver da temática dentro e fora da sala de aula, porque o
professor tem o papel de formar seres críticos e sensíveis em vários aspectos da vida, e o meio
ambiente é um deles. Porém a formação continuada dos professores depende principalmente
deles mesmo e de políticas que tragam qualidade de vida para este profissional, para que este
possa ter uma boa qualificação.
Contudo, para nós discentes da licenciatura em Pedagogia, foi muito significante a
elaboração deste projeto pois nos permitiu vivenciar a rotina de uma escola pública que apesar
de todas as dificuldades enfrentadas, se empenha em um fazer diferente, o que despertou em
nós um interesse maior por esta área da educação.
REFERÊNCIAS
ABÍLIO. F. J. P. Educação ambiental para o semiárido. João Pessoa: Editora Universitária
UFPB, 2011.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética/
No documento
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
(páginas 43-145)