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ATO INFRACIONAL, MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO, E MEDIDAS SÓCIO EDUCATIVAS:

CONTATO: Mariana Micel

ATO INFRACIONAL, MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO, E MEDIDAS SÓCIO EDUCATIVAS:

- “As medidas específicas de proteção, por força do art. 99, podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente e substituídas a qualquer tempo” (Josiane Rose Petry Veronese in Resumos Jurídicos, p. 75).

ATO INFRACIONAL, MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO, E MEDIDAS SÓCIO- EDUCATIVAS:

 Menores de 18 anos são penalmente “inimputáveis”, porém sujeitos às normas da legislação especial.

- “Inimputáveis” quer dizer que a eles não se aplica (imputa) as conseqüências previstas pelo direito penal quando cometem crime ou contravenção penal.

- Art. 228, CF. - Art. 104, ECA.

- A “legislação especial” referida é o ECA.

 Quem são os “sujeitos de direito” protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)? Crianças (0 a 12 anos incompletos) e Adolescentes (12 aos 18 anos incompletos). - Crianças e adolescentes não são mais chamados de “menores”.

- Crianças e adolescentes são considerados “inimputáveis”.

 O que é o ato infracional (AI)? É a conduta descrita como crime ou contravenção penal quando praticada por criança ou adolescente.

- A contravenção penal tem menor potencial ofensivo que o crime, isto é, é menos grave que o crime. - Importa saber qual era a idade do sujeito exatamente na data em que ocorreu o AI, pois se maior de 18 anos, submete-se às regras de direito penal; porém, se menor de 18 anos, submete-se à responsabilização prevista pelo direito da criança e do adolescente.

 Ocorre responsabilização quando a criança ou o adolescente praticam AI? Sim.  Que tipo de responsabilização?

- Se for criança, aplicam-se medidas mais leves que visam, em linhas gerais, a inclusão social da criança e de sua família. Aplicam-se as medidas previstas no art. 101, do ECA, que são as “medidas específicas de proteção”:

I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;

VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

VII - abrigo em entidade;

VIII - colocação em família substituta.

- “Nenhuma criança, nem mesmo as autoras de ato infracional poderão receber qualquer tipo de medida sócio-educativa, portanto, deverá ser encaminhada ao Conselho Tutelar para que este órgão, ao compreender suas ações de forma colegiada, determine o procedimento adequado” (Josiane Rose Petry Veronese in Resumos Jurídicos, p. 76).

- Se for adolescente, a responsabilização ocorre por meio da aplicação de “medidas sócio- educativas” (que não têm aplicação obrigatória, pois o Juiz “pode” aplicá-las ou não), conforme o art. 112 do ECA:

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

I - advertência;

II - obrigação de reparar o dano;

III - prestação de serviços à comunidade; IV - liberdade assistida;

V - inserção em regime de semi-liberdade; VI - internação em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

- A medida a ser aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.

- Além da medida sócio-educativa a ser aplicada, pode(m) ser cumulada(s) as medidas específicas de proteção do art. 101, ECA.

 Tipos de medidas sócio-educativas a serem aplicadas a adolescente autor de ato infracional: (a) ADVERTÊNCIA: É uma medida leve, aplicada ao adolescente na presença dos pais, perante o Juiz. Geralmente, é usada em casos de pequenos furtos, agressões leves e outras condutas com pequeno potencial ofensivo. É sempre reduzida a um escrito que é assinado por todas as pessoas citadas, a fim de que possa surtir efeitos pedagógicos e psicológicos no jovem. O objetivo desse “aviso” ao adolescente é de que ele não venha mais a cometer outro ato infracional.

(b) OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO: Medida aplicada quando houver conseqüências patrimoniais para a vítima, devendo o adolescente restituir a coisa, ou ressarcir a vítima, ou, ainda, compensar o prejuízo dela.

(c) PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE: É medida que se refere ao trabalho gratuito do adolescente, por até 8 horas semanais, durante o prazo máximo de 6 meses. O jovem presta serviços em relação aos quais tenha aptidão, e deve respeitar o interesse da comunidade (que é representada pela instituição pública ou pela ONG em que o adolescente trabalhará). É, na realidade, uma medida opcional para o jovem, pois não pode ser ele compelido a trabalhar de forma forçada.

(d) LIBERDADE ASSISTIDA: A liberdade assistida será adotada sempre que se mostrar como a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. É aplicada quando o jovem não cumpre seus deveres como: infreqüência à escola e/ou ao trabalho; problemas no relacionamento com a família, etc. Ocorre, assim, um acompanhamento efetivo desse jovem por uma equipe formada por orientadores sociais. Seu prazo mínimo de duração é de seis meses.

(e) SEMI-LIBERDADE: Neste caso, a hipótese é de maior “vigilância” ainda e acontece quando as outras medidas não sejam mais possíveis de serem aplicadas. O jovem é retirado de seu convívio familiar e comunitário, sendo internado em instituição pública. Desta instituição, poderá sair para estudar e/ou trabalhar apenas. Esta medida pode ser determinada desde o início ou ser colocada depois de uma internação.

(f) INTERNAÇÃO: A internação constitui verdadeira medida privativa da liberdade, sendo breve, excepcional e devendo respeitar a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento do jovem. Esta medida não é dada com prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada no máximo a cada seis meses (mas, em nenhuma hipótese, o período máximo de internação excederá a três anos).

Art. 122, ECA. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:

I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa; II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.

Quando atingido o limite máximo de 3 anos citado, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. A liberação do adolescente será obrigatória aos 21 anos de idade.

“No parágrafo único do art. 123, obriga-se a entidade de internação a providenciar atividades pedagógicas para o adolescente dado que ele tem direito de receber escolarização e profissionalização, e de realizar atividades culturais, esportivas e de lazer (art. 124, XI e XII)” (Josiane Rose Petry Veronese in Resumos Jurídicos, p. 107).

Obs. Particularmente, no caso de internação, a situação do jovem é bem delicada. Na realidade, não se faz um estudo para saber onde estão e como estão os jovens que foram submetidos à medida de internação. Não se sabe se conseguiram voltar ao convívio social, se conseguiram ingressar no mercado de trabalho, se conseguiram manter seu rendimento escolar, etc.

 “Em primeiro lugar, é assegurado ao adolescente que este só poderá ser privado de sua liberdade em duas hipóteses: mediante ordem escrita e fundamentada, emanada de autoridade judiciária competente, que é aquela prevista no artigo 146, ou na ocorrência de flagrante ato infracional” (Josiane Rose Petry Veronese in Resumos Jurídicos, p. 79).

 Na aplicação das medidas sócio-educativas, aplica-se o art. 100, referente à medidas de proteção: “Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários”.  “O Estatuto da Criança e do Adolescente traz uma nova concepção: o da responsabilidade

social ou estatutária. O Estatuto obriga sim, ele responsabiliza condutas compreendidas como atos infracionais através das medidas sócio-educativas, portanto, servindo-se de mecanismos, instrumentos de caráter social e educacional pretende-se a real inserção do adolescente que praticou o suposto ato, sem discriminação, sem rótulos, sem a perversidade da exclusão social” (Josiane Rose Petry Veronese in Resumos Jurídicos, p. 110).

REFERÊNCIA: VERONESE, Josiane Rose Petry. Direito da Criança e do Adolescente. v. 5. (Coleção Resumos Jurídicos). Florianópolis: OAB/SC Editora, 2006. 264 p.

Projeto CRESCER DIREITO – Aula n. 05 Data: 20.062008

Tema: Parte Especial – Da Política de Atendimento Conteúdo:

- Teoria da Proteção Integral

- Direito da Criança e do Adolescente;

- Medidas Específicas de Proteção (Revisão); - Ato Infracional (Revisão);

- Medidas Sócio-Educativas (Revisão).

- Sistema de Garantia de Direitos e Sistema de Justiça (Entidades de Atendimento; Conselho Tutelar; Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente; Ministério Público e Poder Judiciário)

Exposição: Fernanda da Silva Lima

Desenvolvimento:

A Teoria da Proteção Integral está disposta no art. 227 da Constituição Federal de 1988, nos seguintes termos:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

O art. 227 retira do poder do Estado (ou seja, do governo) a função exclusiva de proteger as crianças e adolescentes, pois agora a responsabilidade pela proteção dos direitos de crianças e adolescentes cabe de forma conjunta, ao Estado, a família e a toda a sociedade (todas as pessoas).

A prioridade absoluta no atendimento aos direitos de crianças e adolescentes tem fundamento porque as crianças e adolescentes estão numa fase especial de desenvolvimento, ou seja, como ainda não são adultas, plenamente formadas, toda criança e adolescente tem prioridade de atendimento para que não sejam violados os seus direitos fundamentais.

Dois anos após a Constituição Federal de 1988 entrou em vigor a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, então denominada Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente considera criança aquela pessoa entre 0 e 12 anos incompletos e adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos. Essa diferenciação deve-se ao fato de crianças e adolescentes estarem em estágios de desenvolvimento diferentes.

O Estatuto da Criança e do Adolescente tornou-se principal instrumento na luta pela efetivação dos direitos da criança e do adolescente, e trata das medidas de prevenção e proteção que devem ser aplicadas para a garantia e efetivação desses novos direitos.

Para garantir esses novos direitos a infância e juventude o Estatuto da Criança e do Adolescente cria um Sistema de Garantia de Direitos e um Sistema de Justiça.

O sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente como instrumento capaz de transformar a realidade brasileira em espaço de promoção e proteção das condições de dignidade para todas as crianças e adolescentes depende do exercício de práticas emancipatórias, de caráter político e histórico. O desafio proposto pelo Direito da Criança e do Adolescente é a promoção de transformações estruturais a partir do entrelaçamento de quatro dinâmicas específicas, que envolvem: a política de atendimento, a política de proteção, a política de justiça e a política de promoção de direitos.(CUSTÓDIO, 2006)

Compõem o Sistema de Garantia de Direitos: Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente;

– Composição paritária;

– Deliberação de políticas públicas;

Os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente são órgãos vinculados ao Poder Executivo (ou seja, as prefeituras, ao governo do estado e a União –em Brasília). Os Conselhos de

Direitos da Criança e do Adolescente são criados em nível municipal, estadual e nacional e formados por pessoas vinculadas ao governo (poder público), como também de pessoas da sociedade civil (da comunidade, da sociedade em geral). Em nível nacional temos o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), que tem como fonte criadora a Lei nº 8.242, de 12 de outubro de 1991. Em níveis estadual e municipal os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente também devem ser regulamentados por lei e aprovados pela Assembléia Legislativa e pelas Câmaras Municipais respectivamente.

Função: tem a função de garantir e assegurar os direitos da criança e do adolescente,

de acordo com a Teoria da Proteção Integral. Para isso é necessário um conjunto de ações capazes de orientar propostas, inclusive políticas públicas (programas sociais do governo).

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) deve participar do planejamento orçamentário do município com a finalidade de garantir recursos financeiros para a promoção de políticas públicas, respeitando o princípio da absoluta prioridade e assegurar a real efetivação dos direitos da criança e do adolescente.

[...] é preciso que os membros que irão compor o Conselho conheçam a realidade onde irão atuar, dominem os dados estatísticos e adotem uma postura técnica, além da política, para a efetiva atuação. Do contrário estarão abertas as portas para a cooptação ou simplesmente para a acomodação, legitimando as ações dos governantes, que se farão representar no mesmo Conselho. (LIBERATI, CYRINO, 1993, p. 52-53) • Fundo para Infância e Adolescência (FIA);

O FIA serve para garantir que as políticas públicas na área da infância e adolescência se concretizem. Ou seja, atua como um banco, e quem pode utilizar do dinheiro desse banco são os Conselhos de Direitos.

Conselhos Tutelares;

– Promoção dos direitos

O Conselho Tutelar é encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, ou seja atua na promoção dos direitos. O Conselho Tutelar é criado por lei municipal e tem atribuição – dado sua vinculação ao Poder Executivo – para solicitar serviços públicos nas áreas da saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança. (Ex. matrícula de criança na creche, na escola, pedir medicamentos, denunciar abusos de maus-tratos com criança ou adolescente).

Cada município deverá ter um Conselho Tutelar e um Conselho de Direitos. O Conselho Tutelar é composto por 5 pessoas.

Ocorrendo violação aos direitos das crianças e adolescentes o Conselho Tutelar poderá aplicar as medidas de proteção previstas no art. 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente, quais sejam:

I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; III – matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII – abrigo em entidade; VIII – colocação em família substituta.

Fórum de Direitos da Criança (Fórum DCA)

– Participação da sociedade civil.

O Fórum de Direitos da Criança (Fórum DCA) são espaços de discussão importantes na área da infância e adolescência. Participam dos fóruns a sociedade (a comunidade), as Organizações Não Governamentais – ONGs. Nos fóruns são apontadas sugestões para a real efetivação dos direitos da criança e do adolescente.

Além do Sistema de Garantias de Direitos, o Estatuto da Criança e do Adolescente também prevê um Sistema de Justiça composto pela tutela dos interesses difusos e coletivos, Poder Judiciário, Ministério Público, Justiça da Infância e da Juventude, Defensoria Pública e pelos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Tutela dos interesses difusos e coletivos;

Significa que os direitos das crianças e adolescentes deverão ser assegurados a TODAS as crianças e adolescentes, esses direitos difusos e coletivos quer dizer que não serão atendidos apenas uma criança individualmente, mas todas as crianças.

Exemplo: Campanha de vacinação para crianças de 0 à 6 anos – não atende apenas uma criança, mas todas as crianças que estiverem nessa faixa-etária.

Quer dizer ainda que esses novos direitos são para todas as crianças e adolescentes indistintamente, diferente do que acontecia lá no Direito do Menor, em que as medidas eram apenas para

crianças e adolescentes pobres.

Compreende os direitos difusos e coletivos: Capítulo VII

Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos

Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular:

I - do ensino obrigatório;

II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;

III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, transporte e assistência à saúde do educando do ensino fundamental;

VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem como ao amparo às crianças e adolescentes que dele necessitem;

VII - de acesso às ações e serviços de saúde;

VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de liberdade.

O não reconhecimento desses direitos pode possibilitar ingressar (na justiça) em juízo para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes mediante a prestação da tutela jurisdicional (mediante processo judicial).

Poder Judiciário e Ministério Público;

Cabe ao Poder Judiciário e ao Ministério Público contribuir para que nenhuma criança ou adolescente deixe de receber a prestação jurisdicional quando houver qualquer afronta aos seus direitos. Para isso foram criadas as Varas Especializadas da Infância e Juventude dentro do Fórum de cada cidade.

Defensoria Pública;

Toda criança e adolescente tem direito, sempre que precisar de uma defesa técnica, ou seja de advogado, em quaisquer circunstâncias em que se encontrar envolvida em algum processo judicial.

Enquanto no revogado Direito do Menor a presença do advogado era facultativa, ou seja não era obrigatória, e a criança poderia ficar prejudicada nos seus interesses (geralmente eram as crianças pobres que não tinham advogado, pois não tinham como pagar), no Direito da Criança e do Adolescente ter advogado é obrigatório e fundamental para a defesa dos direitos das crianças, independente da classe social em que esteja inserida, e o Estado deve garantir um advogado de graça caso os pais da criança e do adolescente não possa pagar um.

Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. (CEDECAS)

Os CEDECAs promovem assistência jurídica gratuita e são um grande exemplo de que a advocacia popular pode contribuir para a garantia do acesso a justiça e a proteção aos direitos das crianças e adolescentes, estando a serviço de toda a sociedade. (CUSTÓDIO, 2006)

A implementação de políticas públicas é ferramenta indispensável para assegurar os direitos infanto-juvenis, por isso os operadores do sistema de garantias de direitos (ou seja, as pessoas que atuam na área infanto-juvenil) devem estar atentos e sensibilizarem-se para a construção de ações articuladas para a melhoria na qualidade de vida de crianças e adolescentes.

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