AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS POR PARTE DO ESTADO (ARTIGO III, PARÁGRAFO 5, DA CONVENÇÃO)
3. ATOS DE CORRUPÇÃO (ARTIGO VI.1 DA CONVENÇÃO)
Recomendação:
130. Em conformidade com o disposto na Seção V da Metodologia da Quinta Rodada, entende-se que as informações e desdobramentos novos se referem a novas disposições ou medidas adotadas com relação à matéria de que tratam as recomendações e medidas sugeridas pela Comissão, ou a disposições ou medidas não conhecidas ou não levadas em conta pela Comissão quando se formularam essas recomendações e medidas, que tenham influência em sua vigência ou que possam levar a sua alteração ou reformulação.
73. Junte cópia ou informe o link mediante o qual se possa acessá-las. 74. Junte cópia ou informe o link mediante o qual se possa acessá-las.
Avaliar a necessidade de modificar o artigo 288 do Código Penal Brasileiro para estabelecer o mínimo de duas pessoas para a configuração do crime de formação de quadrilha ou bando (ver seção 3.2 do capítulo II deste relatório).
A) Descreva sucintamente as ações concretas133/ executadas para implementar a recomendação acima, ou a medida acima sugerida pela Comissão, ou a medida ou medidas alternativas adotadas pelo país com essa finalidade. Caso considere conveniente, informe a página da Internet em que possam ser obtidas informações mais detalhadas sobre essas ações, definindo com precisão a informação da mencionada página a que deseja se referir.
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B) Refira-se às informações e desdobramentos novos134/ relacionados com a matéria de que tratam a recomendação acima e a medida acima sugeridas pela Comissão, descrevendo sucintamente as novas disposições ou medidas adotadas com respeito a essa matéria,135/ ou as disposições ou medidas não conhecidas ou não levadas em conta pela Comissão quando se formulou essa recomendação ou medida,136/ informando se considera que têm influência na vigência dessa recomendação ou medida, ou se podem levar a sua alteração ou reformulação. Em 2 de agosto de 2013, foi aprovada a Lei nº 12.850/13 (Lei do Crime Organizado), que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal. A Lei, que entrou em vigor no dia 16 de setembro de 2013, altera, em seu Art. 24, o tipo definido no Art. 288 do Código Penal, de modo a configurar a “associação criminosa”, que substitui o crime de “formação de quadrilha ou bando”. O Código Penal passa a ter a seguinte redação:
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. Apena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.
133. Caso essas ações se refiram à adoção de disposições ou medidas, informe o link mediante o qual se possa acessá- las ou envie cópia do texto.
134. Em conformidade com o disposto na Seção V da Metodologia da Quinta Rodada, entende-se que as informações e desdobramentos novos se referem a novas disposições ou medidas adotadas com relação à matéria de que tratam as recomendações e medidas sugeridas pela Comissão, ou a disposições ou medidas não conhecidas ou não levadas em conta pela Comissão quando se formularam essas recomendações e medidas, que tenham influência em sua vigência ou que possam levar a sua alteração ou reformulação.
77. Junte cópia ou informe o link mediante o qual se possa acessá-las. 78. Junte cópia ou informe o link mediante o qual se possa acessá-las.
Assim, embora não altere para o mínimo de duas pessoas, a nova redação coloca o mínimo de três indivíduos e redefine o tipo, além de prever o aumento na pena no caso de associação armada ou envolvimento de criança ou adolescente na associação criminosa.
Além disso, há de se ressaltar que a Lei também define “organização criminosa”, estabelecendo as penas cabíveis:
Art. 1º. Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§1º. Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
(...)
Art. 2º. Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.
§1º. Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
§2º. As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo.
§3º. A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
§4º. A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
§5º. Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§6º. A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.
§7º. Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão.
A Lei nº 12.850/13 está disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2013/lei/l12850.htm
C) Refira-se sucintamente às eventuais dificuldades observadas nos processos de implementação da recomendação acima, ou da medida acima sugerida pela Comissão. Caso considere conveniente, informe a página da Internet em que possam ser obtidas informações mais detalhadas a esse respeito, definindo com precisão a informação da mencionada página a que deseja se referir.
__________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ D) Caso considere conveniente, informe que organismos internos participaram da
implementação da recomendação acima, ou da medida acima sugerida pela Comissão, e defina as necessidades específicas de cooperação técnica vinculadas a sua implementação. Do mesmo modo, caso considere pertinente, informe a página da Internet em que os aspectos que aqui figuram sejam apresentados mais minuciosamente, definindo com precisão a informação da mencionada página a que deseja se referir.
DESDOBRAMENTOS NOVOS RELATIVOS ÀS DISPOSIÇÕES DA CONVENÇÃO