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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.14. Atributos micromorfológicos

Com base em amostras indeformadas e impregnadas, confeccionaram-se lâminas destinadas a elucidar aspectos micropedológicos dos solos. Portanto, foi realizada a descrição micromorfológica de alguns perfis selecionados, representando aqueles de maior interesse quanto à sua estrutura e composição.

superfi al icial (Figura

31a) c

ários muito alterados (alteromorfos), assim como podem ser vistos na descrição da areia, no item 4.13. Possui estruturas associadas como feições semelhantes a pápulas (Eswaran et al., 1975; Stoops et al., 1994), que podem resultar da destruição parcial dos argilãs pelo rearranjamento da matriz, conforme discutido por Brewer (1972), por processos ulteriores de pedoturbação. Fragmentos de litorelíquias do tamanho de cascalhos e pelotas fecais de artrópodes (caranguejos).

(a)

No perfil P2 a microestrutura é formada por blocos subangulares nos horizontes e C, sendo a pedalidade um pouco mais forte no horizonte superf

ci

om a porosidade constituída por fissuras e canais intergranulares. O plasma é bruno avermelhado no horizonte superficial passando para brunado com partes cromadas em maiores profundidades (Figura 31b), apresentando abundantes materiais orgânicos na superfície, ausentes no horizonte C. É constituído por minerais primários como magnetita, olivina e piroxênios alterados (iddsingita), feldspatos parcialmente alterados, nódulos ferruginosos e minerais prim

(a)

(b) (b)

Figura 31 - Fotomicrografias do NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico (P2), (a) superficial, (b) horizonte C, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

Já para o P3 (Figura 32) só foi amostrado e estudado o horizonte superficial de 0 a 10 cm, que apresentou estrutura em blocos subangulares com pedalidade moderada, apresentando porosidade em fissuras e canais intergranulares (Bullock et al., 1985). O plasma bruno-amarelado envolve litorelíquias que juntamente com escórias vulcânicas (de cor verde) abundantes, formam o esqueleto grosseiro que suporta a matriz, com a presença de raros restos orgânicos humificados.

LICO Eutrófico (P3), profundidade de 0 a aumento de 40 vezes. Pápulas Pelotas fecais Poros Restos orgânicos humificados Escórias vulcânicas

Figura 32 - Fotomicrografias do NEOSSOLO LITÓ 10 cm, em microscópio petrográfico, com

No perfil P4, os horizontes superficial (0-10 cm) e diagnóstico (Bt) apresentaram

car meiro a estrutura é em blocos subangulares com

plasma bruno-avermelhado escuro, com m orientadas na superfície dos peds. A ranulares e vazios fissurais (Figura 33). Há ficos, com borda ferruginizada (iddsingita), com atita (pontuações vermelhas), cujo conjunto é muito semelhante aos solos de rochas vulc nicas das Ilhas de Açores, estudadas por

pela queima. No horizonte Bt (Figura 34), a estrutura é composta em

poliédrica, com pedalidade fraca. O plasma no,

com poros de empacotamento compostos e vazi vulcânica e escórias pouco alterados, com bolha

de material vítreo bem alterado e fenocristais o

é constituído por canais biológicos, e agregados biológicos pequenos semelhantes a fezes de ca

Figura 33 - Fotomicrografias do NITOSSOLO VERMELHO Eutrófico (P4), profundidade de 0 a 10 cm, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

acterísticas bastante distintas. No pri pedalidade moderada, apresentando um cerosidade visível na forma de cutans be porosidade é constituída de canais interg presença de restos inalterados de má associação de magnetita alterada ou hem

â

Gerard et al. (2004). Ocorrem ainda pontuações orgânicas escuras de origem provável blocos, granular e zonado desde bruno-avermelhado até bru

os. Há presença de litorelíquias de cinza s de gases alterados (vesículas) ao lado de leucita. O material orgânico associad

ranguejo.

Vazios fissurais

Hematita substituindo olivina

Pont au ções hematíticas e grãos de magnetita

crografias do NITOSSOLO VERMELHO Eutrófico (P4), m microscópio petrográfico, com aumento

A microestrutura do horizonte superficial do P pedalidade fraca e grãos simples, possuindo plasm

em fissuras e canais intergranulares, além .

Ocorrem abundantes fragmentos de escóri

Há presença d e originadas de queima. Já em maior

rofundidade (Figura 36), a estrutura é em grãos simples e blocos subangulares, com plasma

Vesículas de gases Plasma Micro-agregado

Figura 34 - Fotomi horizonte Bt, e

de 40 vezes.

5 é em blocos angulares com a bruno-avermelhado com porosidade da presença de vesículas (Figura 35) as vulcânicas com graus variáveis de

alteração à semelhança do solo vulcânico d (2004) em Açores.

e pontuações orgânicas possivelment

escrito por Gerard et al.

p

bruno-escuro e porosidade semelhante a anterior. O esqueleto é constituído por fragmentos de escórias fortemente alterados, com associação de vesículas e abundante material humificado, embebido no tufo vulcânico.

.

Alteromorfos de Leucita no tufo vulcânico

Leucita alterada

F

a .

Material humificado

Escórias

igura 35 - Fotomicrografias do NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico (P5), profundidade de 0 10 cm, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes

Vesículas

Figura 36 - Fotomicrografias do NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico (P5), em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

O horizonte superficial do P6 apresentou estrutura composta e granular, em blocos, com pedalidade fraca. O plasma bruno-avermelhado claro apresenta poros de empacotamento compostos e fissurais, e canais intergranulares. O esqueleto é composto de litorelíquias de tufos vulcânicos ferruginizados e litorelíquias de escórias vulcânicas com vesículas, associadas a pontuações ferruginosas, cimentando os agregados (Figura 37). No horizonte Bi2 a estrutura é poliédrica, granular com pedalidade moderada a forte, plasma bruno-amarelado claro com poros de empacotamento compostos e fissurais (Figura 38). O esqueleto é composto de litorelíquias de escórias e fonolito no meio do plasma. Ocorrem raros restos orgânicos e pontuações de magnetita. Em maior

plasma bruno-avermelhado com poros de empacotamento compostos. Há presença de algumas litorelíquias de escórias vulcânicas (púmice) formando o esqueleto com raros restos orgânicos e pontuações de magnetita associadas. Parece haver uma contribuição alóctone de materiais de tufo vulcânico sobre um solo que já sofrera intemperismo, indicando sucessão poligenética complicada.

Figura 37 - Fotomicrografias do CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico (P6), horizo e

Bi1, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

Figura 38 - P6), horizonte Bi2,

em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

constituído por blocos subangulares de tama tem

cor bruno-avermelhada, com porosidade con s e

esqueleto com grãos de fonolito parcialmente a nicos,

raízes e fibras de Cyathea conservadas e fe pouco humificado sem relíquia dos tecidos vege

os horizontes O e C, a estrutura é em blocos subangulares de tamanho médio e grânulos organominerais, atípicos para Organossolos. O plasma bruno-avermelhado escuro tem presença de canais e grãos de fonolitos, associados a abundantes restos orgânicos

nt

Fotomicrografias do CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico (

Pontuações de magnetita

Litorelíquias

No perfil P8, foram amostrados três horizontes. O primeiro, mais superficial, é nho pequeno e por grânulos. O plasma

stituída por canais intergranulare lterados, associado a restos orgâ rruginizadas, ao lado de material orgânico

fibrosos de Cyathea e grãos desconhecidos de de 60 cm é constituído por bl

elhado menos cromado que o anterior. intergranulares e vazios conectados. parcialmente alterados (alteromorfos) orgânicos, raízes e fibras de Cyathea, assim

origem biológica. O horizonte C próximo ocos com pedalidade fraca, com plasma bruno-

averm A porosidade se apresenta em fissuras,

canais O esqueleto é formado de grãos de fonolito

com pouco material humificado e restos como nos demais (Figura 41).

FÓLICO Fíbrico (P8), profundidade de 10- fico, com aumento de 40 vezes.

Figura 39 - Fotomicrografias do ORGANOSSOLO 60 cm, em microscópio petrográ

Alteromorfos

Canais intergranulares

Figura. 40 - Fotomicrografias do ORGANOSSOLO petrográfico, com aumento de 40 vezes.

otas fecais..

FÓLICO Fíbrico (P8), em microscópio

Fonolitos

Figura 41-. Fotomicrografias do ORGANOSSOLO FÓLICO Fíbrico (P8), contato do horizonte O com C, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

Restos orgânicos de Cyathea

No perfil P9, a microestrutura é em parte, em grau moderado pequena granular, e em parte, massiva, fragmentada, com zonas com estrutura em blocos incompleta. O esqueleto é constituído de litorelíquias com bordas alteradas, ferruginizadas (Figura 42 e 43). Há presença de material orgânico escuro, muito fragmentado, dentro da matriz, e associado com material orgânico pouco alterado, de cor ferruginosa mais recente (Cyathea). Há feições de difusão de material orgânico (iluviação) na matriz, e presença de raras pel

crografias do CAMBISSOLO HÍSTICO Distrófico (P9), em microscópio de 40 vezes.

h

A microestrutura no perfil P10 é em blocos, com pedalidade moderada a forte, arte massiva, com plasma orgânico e organo-mineral. Esqueleto é constituído de torelíquias de tufo alcalino, com bordas alteradas e ferruginizadas (Figura 44). correm raros grãos máficos como pontuações avermelhadas, alteradas (iddsingita) Figura 45). Há ocorrência de restos orgânicos de Cyathea parcialmente ferruginizados

melanizados (black carbon), dentro dos agregados. Há presença de feições de uviação de M.O. capeando os minerais, além de pontuações goethíticas e vidro ulcânico.

Figura. 42 - Fotomi

petrográfico, com aumento

Iluviação de M.O. Litorelíquias

ferruginiz

Material Orgânico

Figura.43- Fotomicrografias do CAMBISSOLO HÍSTICO Distrófico (P9), contato entre os orizontes A e C, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

p li O ( e il v

Figura. 44 - Fotomicrografias do CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico (P10), em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

Figura. 45- Fotomicrografias do CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico (P10), contato entre os horizontes AB com Bi, em microscópio petrográfico, com aumento de 40 vezes.

Plasma organo-mineral