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SEGUNDA PARTE

2º DIA DA AUDIÊNCIA

O segundo dia de audiência teve início com o pronunciamento da advogada Wanda Siqueira, representante do Movimento contra o Desvirtuamento do Espírito da Reserva das Cotas Sociais. Wanda Siqueira iniciou sua exposição intitulada "Flagrante ilegalidade na seleção dos cotistas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul desvirtua o espírito do Programa de Ações Afirmativas pela falta de averiguação da situação sócio- econômica dos candidatos beneficiados pelo sistema de reserva de vagas", afirmando que o movimento que representa é favorável a utilização de critério de hipossuficiência (critério de renda). Todavia, fez sérias críticas ao sistema de cotas adotado pela UFRGS, o qual, segundo ela, tem sido desvirtuado ao utilizar a trajetória em escolas públicas como Proxy de renda familiar. Segundo Siqueira, o processo de comprovação da trajetória escolar tem sido obscuro, e um dos efeitos deste viés de seletividade seria o favorecimento de estudantes já favorecidos. As denúncias dos estudantes não-cotistas em relação aos critérios de avaliação do sistema têm caído no vazio, uma vez que o poder judiciário não tem acatado as liminares impetradas. A advogada encerrou seu pronunciamento afirmando que seus clientes estariam dispostos a

174 cederem suas vagas á outros estudantes pobres, sejam eles brancos ou negros. “O que eles se indignam é pelo fato de serem privados do ensino superior por jovens que freqüentaram os melhores cursos pré-vestibulares” e que por isso ingressaram na universidade, “não pelo princípio do mérito, mas pelo princípio do desvio de poder, pelo odioso princípio do apaziguamento”.

Em seguida, o Ministro Ricardo Lewandowski concedeu a palavra ao senador da República pelo Partido dos Trabalhadores, Paulo Paim, que a exemplo do senador Demóstenes Torres, também não estava previamente inscrito. O senador Paulo Paim iniciou seu pronunciamento afirmando que “qualquer homem de bem neste país sabe que o preconceito racial contra os negros no Brasil é muito grande. Todos os negros e negras que afirmarem não haver sentido preconceito na sua vida, estará faltando com a verdade”. Relatou alguns episódios preconceituosos que já havia presenciado durante sua participação no longo debate sobre cotas raciais no Brasil. Destacou uma em que seu interlocutor compartilhava com ele uma das dificuldade das cotas: “como definir cotas para negros na mídia se eu for fazer um filme sobre anjos?” Em seguida, mesmo sem revelar nomes, fez uma dura critica ao senador Demóstenes Torres e sua declaração sobre o suposto consentimento das mulheres negras em relação ao abuso sexual. O senador revelou que no momento da Audiência tinha a sensação de acompanhar a marcha dos cem mil com Martin Luter King e voltar no tempo, e em 1888 se enxergar entre abolicionistas e escravocratas que se perguntavam: os negros terão direito a deixar de ser escravos? Depois de referir-se a participação do falecido senador Antônio Carlos Magalhães e da bancada do DEM no processo de aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, procurando destacar o fato de que o debate sobre políticas de igualdade racial não se trata de um debate partidarizado, Paulo Paim encerrou seu discurso nitidamente emocionado.

A professora Yvonne Maggie, antropóloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro, inscrita como próxima a se pronunciar, enviou um comunicado sobre sua ausência motivada por questões de saúde. O artigo intitulado “A construção do mito da democracia racial na sociedade brasileira. Aspectos positivos. Sobre as conseqüências sociais da imposição de uma ideologia importada que objetiva entronizar a idéia de ‘raça’, tanto no que tange a distribuição da justiça, quanto na formação de jovens e crianças nas escolas brasileiras” foi lido por George Cerqueira Zarur, professor de Antropologia da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Em sua missiva, Maggie afirmava que, de acordo com seus estudos realizados com estudantes de escolas públicas do Rio de Janeiro mostraram que eles não levam em conta a cor na escolha de amigos e namorados. Este fato, bem como o

175 aumento dos índices de casamentos mistos no Brasil seriam provas do sentimento de igualdade forjado no dia a dia dos brasileiros, que se recusariam a definir-se a partir da cor da pele. Em razão disto, a antropóloga defendia que uma política voltada aos pobres, que evitaria o constrangimento de uns se classificarem e serem classificados racialmente seria muito mais pertinente. Segundo ela, no entanto, o primeiro passo para a racialização do Brasil já havia sido dado com a inserção da disciplina história da áfrica nos currículos das escolas brasileiras. Salientou que ninguém poderia ser contra ensinar a história dos negros, mas disse que isto estaria envolto “em uma trama maquiavélica”, pois poderia gerar sentimentos de orgulho étnico e de revanchismo. Muito melhor, portanto, seria optar por cotas raciais, portanto, seria conceder cotas sociais aos pobres, pois assim se beneficiaria majoritariamente os pretos (pois são pobres) e se evitaria estigmatizar estes com a cor da pele.

Ao final da leitura do texto de Yvonne Maggie, o professor George Cerqueira Zarur permaneceu na tribuna e também contou com mais quinze minutos para expor. Iniciou sua exposição, intitulada “Tragédia étnica”, afirmando que a entronização de políticas étnicas tem causado, em vários países do mundo, as piores tragédias da humanidade e por isso assistia com apreensão a introdução de leis raciais no Brasil. Em seguida, citou Darcy Ribeiro e fez referência a tradição da “Antropologia ética” que recusa todo modo de distinguir indivíduos com base na cor da pele ou em raças. Para Zarur, em uma democracia “as pessoas têm o direito de assumir as identidades étnicas, de gênero, políticas ou religiosas e outras que escolherem - forçar uma identidade é uma violência contra a democracia”. Segundo Zarur, sua experiência de vida e de pesquisas nos Estados Unidos da América, onde viveu durante a realização de seu PhD, o possibilitou perceber as diferenças existentes entre as relações raciais norte-americanas e as brasileiras, e perceber a positividade de nosso sistema baseado na mestiçagem, que não favorece a emergência de conflitos, massacres e segregação racial. Finalizou afirmando que os ministros do STF não estavam, naquele momento, julgando apenas o sistema de cotas da UnB, “mas a racialização que despreza a mestiçagem que forjou o povo brasileiro, afronta à dignidade do cidadão e fere a unidade nacional!”.

O médico geneticista Sérgio Danilo Pena, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, subiu à bancada em seguida. Sua exposição foi intitulada de "Da inexistência de raças do ponto de vista genético. Da formação e estrutura genética do povo brasileiro, com ênfase na demonstração experimental de uma correlação tênue entre cor e ancestralidade genômica no Brasil”. Iniciou seu discurso fazendo uma longa apresentação de seus títulos e de sua experiência acadêmica e afirmando que estava presente na audiência em razão de ser geneticista. Como homem de ciência - desveladora de mitos - afirmou que iria “direto aos

176 fatos”. O primeiro fato mostrado foi o de que “somos todos africanos, morando na África ou em recente exílio”. Mostrou ainda que, de acordo com vários estudos, não existem variações genéticas suficientes para diferenciação racial, portanto, os argumentos dos racistas não tem nenhuma fundamentação biológica. Citou o caso dos gêmeos classificados diferentemente pela UNB como forma de mostrar que a classificação racial é puramente subjetiva. Citou também o estudo realizado por sua equipe na UFMG, utilizando o DNA e suas características ancestrais, que o ajudaram a concluir que a miscigenação brasileira é histórica e que, cientificamente, seria impossível classificar os brasileiros racialmente, pois a variabilidade genômica entre os indivíduos é enorme.

A antropóloga Eunice Durham, professora do departamento de Antropologia da USP, também não compareceu à Audiência. O texto enviado por ela, intitulado “Desigualdade educacional e quotas para negros nas universidades”, foi lido por Roberta Fragoso Kaufman. No texto, a antropóloga afirmava que a criação das políticas de cotas para facilitar a entrada de negros na universidade contribuiu para expor as chagas do racismo e das desigualdades que envergonham todos os brasileiros. De acordo com Durham, o racismo existe quando as pessoas não são avaliadas por suas competências, mas por características visíveis, como a cor da pele. Para ela, apesar do preconceito racial existir no Brasil, ele não atinge todo o tecido social brasileiro e, neste sentido, a escola poderia desempenhar um papel de combate deste racismo que ocorre no seu corpo formador (entre professores, alunos e funcionários). Nos exames vestibulares, por exemplo, este preconceito já teria sido extirpado, pois a exclusão de negros e outros seria causada por deficiência na sua formação anterior, e não na prova em si. Seria necessário, portanto, melhorar o ensino básico como forma de equilibrar as oportunidades. Para Durham, Gilberto Freyre estava certo ao afirmar que o fortalecimento da identidade brasileira deveria passar pela valorização da identidade mestiça. Para finalizar, a antropóloga afirmou que apesar de não existir no Brasil uma verdadeira democracia racial, “o fundamento para sua construção reside nos preceitos constitucionais que tornam, perante a lei, irrelevante a autoclassificação racial das pessoas e criminaliza a discriminação”.

Após a leitura do texto de Eunice Durham, Ibsen Noronha, professor de História do Direito do Instituto superior de Ensino de Brasília, fez seu pronunciamento intitulado “Problemas jurídico-históricos relativos à escravidão: miscigenação em terras brasileiras”. Ele iniciou sua exposição afirmando que havia se inspirado, para aquele momento, em uma especulação da filosofia grega: “dar a cada um sem prejudicar ninguém”. Afirmou ainda que na condição de historiador estava presente na audiência orientado também pelo conselho do antropólogo Gilberto Freyre, segundo o qual o papel da História não era criar ódios, mas sim

177 produzir alegrias e evitar as ideologias. Segundo Ibsen Noronha, os debates em curso carregam um grupo grande de falácias e uma delas seria referente a dívida social com relação à escravidão no Brasil. O grande problema deste argumento seria suas conseqüências, ou seja, a necessidade de indenizar os descendentes de escravizados. No entanto, para o expositor, o grande número de libertos no período da escravidão, somado ao alto índice de miscigenação entre homens brancos e mulheres negras possibilitou, por exemplo, a ascensão de negros livres durante a escravidão. Neste sentido, estabelecendo cotas raciais apenas para estudantes negros correr-se-ia o risco de beneficiar um descendente de escravocrata, ao passo que um filho de imigrante recente não teria a mesma possibilidade.

Logo em seguida, Luiz Felipe Alencastro, professor da Cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne e representante da Fundação Cultural Palmares, fez sua exposição intitulada “As vicissitudes do racismo na formação da população brasileira e as desvantagens sociais para a população negra alvo de discriminação racial no acesso aos bens materiais e imateriais produzidos em nossa sociedade. Inclusão Racial no Ensino Superior”. Estabeleceu um dialogo não declarado com outros expositores da Audiência ao afirmar que nenhum país praticou a escravidão como no Brasil. Afirmou ainda que entre os navios negreiros não havia nenhum barco africano, pois todos eles eram europeus ou genuinamente brasileiros. No período, não eram apenas os negros escravos que pagavam pelos males da injustiça da escravidão, pois pesava sobre todos os negros libertos a suspeição de serem negros fugidos. Referindo-se à temática central da Audiência, Alencastro afirmou que as cotas no Brasil deviam ser discutidas com base naquilo que já existia (no PROUNI e nos cerca de 52.000 cotistas) e com base nas experiências em curso. Concluiu sua exposição afirmando que o ingresso nas universidades representa o ponto de estrangulamento das desigualdades no Brasil e, portanto, as alianças em favor da superação das desigualdades deveriam superar as questões ideológicas.

A exposição do professor Kabengele Munanga, professor de Antropologia da USP e diretor do Centro de Estudos Africanos da mesma universidade, apresentou a exposição “Constitucionalidade das políticas de ação afirmativa nas Universidades Públicas brasileiras na modalidade de cotas”. Iniciou sua exposição retomando parte de sua trajetória acadêmica, e afirmando que além de ter sido o primeiro doutor negro formado na USP, foi o primeiro e único professor negro da instituição. Com certo pesar, afirmou que em três anos se aposentaria e não vislumbrava a possibilidade de ver um segundo professor negro na instituição. Também por isso, achava que a situação racial no Brasil é pior do que nos EUA e na África do Sul, e tal situação reforçava a constatação a que chegara durante seu doutorado:

178 que “algo está errado no país da Democracia Racial”. Referindo-se às políticas de cotas implementadas no Brasil, Kabengele afirmou que, contrariando as previsões escatológicas, as experiências brasileiras dos últimos anos mostraram que as mudanças em processo estão sendo bem compreendidas pela população brasileira.

O professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Oscar Vilhena Vieira, apresentou-se em seguida. Sua exposição intitulada “A obrigação do Estado em eliminar as desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidade e tratamento, bem como compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização por motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros” foi iniciada com a afirmação de que políticas de Ações Afirmativas não haviam sido inventadas nos Estados Unidos da América, pois haviam sido propostas por Gandhi 101 para a constituição da Índia. Em seguida, Vieira fez uma pergunta provocativa à audiência: A utilização do critério de raça viola a constituição? E ele mesmo respondeu: não. Segundo ele, a utilização deste critério, não só não é contraditória, como é um critério exigido para a consecução dos princípios da constituição, pois todo o tipo de política requer discriminação. No intuito de exemplificar o caráter discriminatório dos exames vestibulares, Vieira exemplifica que Martin Luther King

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, um dos maiores oradores do século XX, foi reprovado no exame vestibular da universidade de Boston em expressão oral. Luther King falava a língua dos guetos. “Se o vestibular não é feito por estes, (...) a língua que se fala nos guetos não será suficiente para atingir os critérios universais, meritocráticos e igualitários, que se exige no vestibular”. Nessa perspectiva, Vieira considera o vestibular uma forma de premiação do investimento que os

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Mohandas Karamchand Gandhi, nascido em 1869 e mais conhecido como Mahatma Ghandi foi um líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, se formou em Direito em Londres e, em 1891, voltou à Índia para praticar advocacia. Dois anos depois, foi para a África do Sul, também colônia britânica, onde iniciou um movimento pacifista, lutando pelos direitos dos hindus. Negando a colaboração britânica e pregando a não-violência como forma de luta, organizou uma greve contra o aumento de impostos, na qual uma multidão queima um posto policial. Detido, declara-se culpado e é condenado a seis anos, mas sai da prisão em 1924. Têm atuação decisiva na proclamação da independência da Índia em 1947. No ano seguinte foi assassinado.

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Martin Luther King nasceu em Atlanta Georgia, em 15 de janeiro de 1929 em uma família de negros americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora. Aos 19 anos King foi ordenado pastor batista. Mais tarde, formou-se no Seminário Teológico de Crozer e então cursou seus estudos de pós- graduação na Universidade de Boston.Seus estudos o levaram a explorar as idéias do nacionalista hindu Mohandas K. Gandhi, que se tornaram o centro de sua filosofia de protesto não violento. Em 1963 liderou um movimento massivo pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, contra a segregação, melhores condições de moradia e educação por todo o sul. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream"("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.

179 pais foram capazes de fazer durante a vida escolar de seus filhos e por isso, as Ações Afirmativas não têm relação necessária com raças, mas com formas de regularizar processos desiguais. Conclui, afirmando que Ações Afirmativas seriam levemente aceitáveis pela Constituição brasileira como forma de aliviar a inconstitucionalidade de processos seletivos altamente excludentes.

Em exposição intitulada “Compatibilidade entre excelência acadêmica e ação afirmativa”, Leonardo Avritzer, professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais, destacou a importância da diversidade no processo de produção de conhecimentos científicos. Segundo ele, as Ações Afirmativas poderiam ser vistas como um importante meio de concretizar um princípio de produção acadêmica diversificada pois, ao longo de sua existência histórica, as universidades têm se adaptado às diferentes mudanças sem perder sua marca: os processos autônomos de produção do conhecimento. No entanto, as universidades só seriam capazes de gerar conhecimento se conseguissem expressar diversidade de saberes, não só nas áreas das ciências humanas, mas também nas áreas exatas e econômicas. Como o conceito de comunidade acadêmica abrange as relações humanas, não somente a educação, as instituições universitárias precisam mesclar diferentes talentos e competência com outros critérios para produzir qualidade acadêmica. Segundo Avritzer, não se trata, em absoluto, de racialização, mas de diversificação da universidade e em consequência do mercado de trabalho.

O representante da Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio-cultural (AFROBRAS) e Reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, foi o último expositor da manhã de quinta-feira. Expôs durante quinze minutos sobre o “Papel das Ações Afirmativas” e iniciou sua apresentação fazendo um breve histórico da Afrobras e dos cursinhos pré-vestibulares para viabilizar a entrada de estudantes negros no Ensino Superior brasileiro, nos setores públicos e privados. Segundo José Vicente, a iniciativa dos cursinhos pré-vestibulares foi o embrião da posteriormente inaugurada, Universidade Zumbi dos Palmares, que desde sua fundação desenvolve ações de inserção no mercado em parceria com bancos que recebem os estudantes da universidade. Durante sua exposição, José Vicente aludiu ainda à gênese das desigualdades histórias que afetaram os negros no Brasil, com complacência do Estado, e que ao final do período escravocrata não foram alvos de nenhuma reparação, em comparação, com as reparações colocadas em prática nos Estados Unidos. Para José Vicente, o papel fundamental das cotas nas universidades brasileiras seria o de “refundar” a República e “reescrever os cânones da nossa particular democracia, promovendo e garantindo, de forma efetiva e objetiva, a coesão, a justiça, a igualdade e a diversidade como

180 valores intrínsecos à nação”. Ao final, José Vicente, solicitou ao ministro Ricardo Lewandowski permissão para exibição de um vídeo sobre a Faculdade Zumbi dos Palmares, o que foi prontamente autorizado. A exibição do vídeo gerou algumas controvérsias no plenário e rendeu um comentário do Ministro Ricardo Lewandowski.

Agradeço a intervenção do Professor José Vicente, Presidente da Afrobras e Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares. Agradeço também a exibição do vídeo. Fico tranqüilizado que o vídeo é pluripartidário, apareceram líderes de todos os partidos, não apenas o Presidente Lula, o Presidente Fernando Henrique Cardoso, os Governadores Alckmin e Serra. Portanto, a mensagem é universal (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2010, p. 258-259).

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