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2. Desenvolvimentos da Actividade Estatística

2.5. Gestão da Qualidade

2.5.1. Auditorias

No âmbito da actividade de auditoria interna prosseguiram os trabalhos de auditoria ao processo de Difusão de estatísticas, no âmbito dos pedidos de informação. [LGAEN Obj 1 / LA11]

Foi ainda elaborada a nova Edição do Manual de Processos de Produção Estatística, com base no qual a nova vaga de auditorias será efectuada.

No âmbito da actividade de auditoria externa destacam-se as seguintes missões, realizadas pelo Eurostat ao INE:

Missão do Eurostat: Estatísticas do Comércio Internacional

Em Abril de 2009, o INE recebeu uma missão do Eurostat para avaliação do processo de produção das estatísticas do Comércio Internacional: Intrastat e Extrastat. A missão decorreu em dois dias (28 e 29 de Abril), nela tendo participado, para além do INE, através dos Departamentos de Estatísticas Económicas e de Recolha de Informação, a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC).

Principais pontos abordados:

a) Troca de informações sobre questões políticas e organizativas: estrutura e organização do Serviço de Estatísticas do Comércio Internacional do INE e da DGAIEC; enquadramento legal nacional.

b) Recolha e processamento de dados: apresentação do sistema nacional de recolha e compilação de dados do Intrastat e Extrastat ― O INE é a autoridade responsável pela recolha do Intrastat e pela compilação e divulgação do Intrastat e do Extrastat; a DGAIEC é responsável pela recolha do Extrastat.

c) Aspectos metodológicos e de qualidade: a actual situação da recepção dos dados no Eurostat em termos do cumprimento dos prazos, qualidade dos dados primários e divulgação; indicadores de qualidade, política de revisões, tratamento de não-respostas, confidencialidade, métodos de estimação; uso de outras fontes e ligação com dados do IVA, balança de pagamentos e Contas Nacionais; estratégia de divulgação nacional.

Principais conclusões:

a) Enfoque para os desafios a curto e médio prazo: O INE foi elogiado pela colaboração permanente e activa nas iniciativas relativas à inovação, alteração de legislação e redução da carga estatística, conseguida, em particular no caso do comércio intracomunitário, com o aumento dos limiares de assimilação em 2009.

b) Destaque para o bom relacionamento entre o INE e a DGAIEC, catalisador de soluções para as questões do Extrastat; inexistência, muito provável, de problemas na implementação dos novos regulamentos do Intrastat e Extrastat; informação adicional do Extrastat já recolhida via Documento Administrativo Único (DAU), passando a ser transmitida a partir de 2010; não implementação, por enquanto, do Despacho Centralizado em Portugal.

c) Reconhecimento, pelo Eurostat, da importância do desenvolvimento dos formulários electrónicos e das novas tecnologias no aumento da qualidade e precisão dos dados ao longo de todo o processo produtivo, bem como da implementação de um sistema integrado para optimização da recolha e tratamento de dados e da ligação de dados estatísticos e administrativos, tendo como objectivos melhorar a qualidade e a divulgação.

Recomendações: Do Eurostat:

• Desagregação das estimativas abaixo do limiar do Intracomunitário, para o binómio NC2/país de acordo com a legislação do Intrastat;

• Revisão da prática nacional de tratamento da confidencialidade, tendo por objectivo aumentar a precisão dos dados. Concretamente, a confidencialidade deve ser garantida apenas para um específico código NC8 e não para todas as mercadorias comercializadas pela empresa; verificação regular da validade das justificações da confidencialidade (anualmente ou no máximo de dois em dois anos).

• Estabelecimento de contactos entre o INE e a administração fiscal para exploração da possibilidade de envio dos dados do IVA num prazo mais curto e com maior frequência, permitindo acelerar a análise da qualidade dos dados.

Do INE:

• Possibilidade de redução da carga de trabalho decorrente da aprovação de novos actos legislativos e da carga administrativa ligada às subvenções financeiras;

• Estabelecimento de prioridades negativas, nomeadamente no que se refere ao Prodcom e às estatísticas da agricultura.

Missão do Eurostat: Inventário de fontes e métodos das Contas Nacionais Portuguesas

De 10 a 13 de Fevereiro de 2009, o Eurostat conduziu uma auditoria ao INE, no âmbito das Contas Nacionais.

Esta missão insere-se no processo de avaliação das fontes e procedimentos metodológicos seguidos pelos Estados Membros na compilação das Contas Nacionais (CN). No caso português, incidiu sobre a base 2000, tendo como informação de suporte o respectivo Inventário de Fontes e Métodos.

Os trabalhos centraram-se em três domínios principais:

Genérico – abordagem da orgânica do INE e do DCN, do sistema interno (INE e/ou DCN) de

produção, controlo e supervisão na produção da informação de base às CN e da política de revisão de CN.

Técnico – análise e discussão dos diversos temas/capítulos do inventário de fontes e métodos, com

destaque para a óptica da produção, a óptica do rendimento, a óptica da despesa, a exaustividade, os rendimentos com exterior e os SIFIM (serviços de intermediação financeira indirectamente medidos).

• Verificação da NACE I (Transportes e Comunicações) – reprodução de todo o processo de elaboração dos agregados desta NACE, desde os microdados amostrais até aos resultados finais constantes das CN.

Em resultado da missão, emergiram os seguintes linhas de acção para o INE:

• Integração de elementos complementares nos domínios específicos do comércio, software e construção.

• Integração no Inventário de Fontes e Métodos, de um conjunto de esclarecimentos adicionais prestados pelo INE antes ou durante a missão, no sentido de o tornar mais claro e exaustivo. • Adequação, no âmbito da mudança de base em curso, das estimativas para a produção de software

por conta própria e de produção de autoconstrução pelas famílias.

• Formalização da implementação de uma nova base de Contas Nacionais, centrada em 2006, e suportada pela nova, e inovadora, informação da IES.

Na apreciação do Eurostat à missão, foi destacada a colaboração do INE, quer na fase preparatória, quer no decorrer da mesma; a adequação entre os procedimentos descritos no inventário de fontes e métodos e a sua implementação e resultados práticos, constatação esta resultante em particular da “verificação directa da NACE I”; e ainda a importância da implementação da base 2006, pelo papel inovador da IES.

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