• Nenhum resultado encontrado

―Eu concordo com Kilpatrick, já que do meu ponto de vista a relação entre Educação Matemática e Sala de aula é intrínseca; à Matemática cabe os avanços da teoria Matemática – novos teoremas e deduções; à Educação Matemática cabe a transmissão desse saber construído, portanto seu objeto é a sala de aula e tudo que a envolve, tais como: fatores que interferem no ensino, na aprendizagem, formação de conceitos, a cultura matemática, etc.

P05 Implicitamente concorda com as reflexões da questão 01 e chama a atenção de que a Educação Matemática como área de estudo não se limita aos problemas da sala de aula, vai muito mais além, embora muitos dos problemas de pesquisa nessa área originam-se da observação de problemas de aprendizagem (não necessariamente problemas da sala de aula, como, por exemplo, os problemas ligados ao campo da etno-matemática.

P06 Implicitamente concorda com as reflexões da questão 01

As reflexões acima, de certa forma, são recentes e, sem dúvida estão relacionadas diretamente à sala de aula e priorizaram nos últimos anos as denominadas Metodologias de Ensino. Parece que, até o momento, a Educação Matemática pouco considerou as Filosofias que fundamentam as crenças e concepções dos professores que lecionam nos diversos níveis de ensino. Não há como negar que, consciente ou não, todo professor ou futuro professor de matemática tem uma filosofia de ensino. É necessário que a Educação Matemática volte sua atenção a estas filosofias. Entender as filosofias que fundamentam as ações dos professores é essencial para que possamos avançar na área.

P07 Concorda com a questão 01, dizendo que a problemática está nisso.

P08 Em princípio, concorda com a questão 01, mas destaca que o campo de atuação da Educação Matemática se expandiu.

De acordo com P08, hoje, nota-se a existência de grupos de educadores matemáticos ligados à etnomatemática que trazem no bojo da sua vertente histórica, inclusive, a busca por re-escrever a própria história da matemática segundo uma perspectiva capaz de dar voz e valor a conhecimentos matemáticos banidos e/ou silenciados, mesmo que tais conhecimentos não sejam imediatamente utilizados em sala de aula. Um outro exemplo se refere aos grupos relacionados à sociologia da Educação Matemática que se questionam a respeito da constituição e ação da própria comunidade de educadores matemáticos. Finalmente, os pesquisadores teóricos da área, que sem preocupação direta com a sala de aula procuram configurar melhor o próprio campo da Educação Matemática.

P48 Concorda com Kilpatrick, no entanto considera que esta visão é mais devida aos professores de matemática, do que aos matemáticos profissionais. A aprendizagem da matemática em seus aspectos didáticos parece constituir um problema de menor valor para os matemáticos, pois muitos destes a consideram sem importância, ou afirmam que ela tem sido muito valorizada, principalmente no que se refere ao sistema escolar brasileiro. Sob esta perspectiva, muitos matemáticos consideram que o não aprender se deva à falta de qualidade no ensino dos conceitos, os quais, por não serem bem conhecidos pelos professores, não estão sendo bem ensinados. Pouco tem sido feito em relação a se colocar em prática e a se valorizar as pesquisas em EM.

P10 Concorda com a questão 01, mas acrescenta que apesar de parecer consenso que o fracasso escolar tenha determinado a origem do campo de Educação Matemática, esse campo parece ter surgido bem antes do fracasso escolar ter sido admitido. De acordo com P48, talvez, no Brasil, esta relação (fracasso escolar - origem do campo Educação Matemática) seja pertinente, mas, em outros países o motivo teria sido o mesmo?

Concorda com Kilpatrick, mas pergunta por que os matemáticos e educadores devotaram sua atenção à questão do ensino de matemática. Acredita que o fracasso pode ser uma das explicações, mas acredita que deve haver outros fatores determinantes. Para P48, será que se pode falar em fracasso escolar em matemática em relação aos alunos da China-Hong Kong, Japão e Coréia do Sul, quando sabe-se que eles se situam entre os melhores do mundo em matemática e ciências, segundo estudo publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a UNESCO? P48 questiona: no entanto, sabe-se que a Educação Matemática atua no Japão. Por que razões?

94

P11 Concorda com as afirmativas na questão 01, mas acredita que há, ainda, elementos pouco explorados sobre os primórdios da Educação Matemática. Justifica que o capítulo I – A congress survey – dos anais do 2º International Congress on Mathematical Education aponta os temas e subtemas que foram debatidos e vemos, de acordo com P01, que havia como continua havendo até hoje- diferenças de pensamento e postura entre os estudiosos que se preocupavam com o fracasso escolar e com a importância da matemática nos currículos. Além dessas preocupações, de acordo com P48, também houve (e há) a necessidade de os pesquisadores externarem idéias que perpassavam diversas áreas, para as quais eles gostariam de ter as críticas de uma comunidade mais engajada nessas questões e de ter veículos de divulgação para as mesmas.

P12 Concorda com as afirmativas na questão 01. Também, destaca que não devemos contudo esquecer o grande ímpeto à Educação Matemática que decorreu das reformas do ensino de matemática. Vide o primeiro movimento internacional de reforma, liderado por Felix Klein no final do século XIX e adaptado ao Brasil por Euclides Roxo, na década de 30 do século XX. Mais tarde, o movimento da matemática moderna foi também originador de discussões, posicionamentos, dúvidas, que muito desenvolveram a Educação Matemática. O mesmo aconteceu mais tarde com o movimento de ―back to basics‖ e o surgimento dos standards do NCTM nos Estados Unidos e dos parâmetros, no Brasil.

P13 ―Discordo com as afirmações iniciais da pergunta e concordo com a de Kilpatrick. A Educação Matemática está atenta ao como e o que ensinar e o que se deve aprender na escola. Sabemos que o espaço escolar foi realizado para a difusão do conhecimento e deveria ser um espaço alegre. Mas existem forças que o sufocam e o transformam num espaço desinteressante, opressor,.... então por isso vem o fracasso. O fracasso escolar existe porque os educadores não param – não têm tempo (?) – para ver o que de matemática e o como difundi-la para que se torne atraente como construto humano.

―Também discordo que ela seja importante nos curriculares diferenciando das demais disciplinas. Ela foi mitizada como importante porque é uma das ferramentas do filtro social. Ela é justamente valorizada por alguns que detém o poder mas nem sempre tem o saber. É necessário firmar-se no poder e por isso impõe coisas desinteressantes para mostrar que as pessoas que recebem o conteúdo por eles (esses alguns) escolhidos estão limitados na construção do saber.‖

P14 Concorda com a questão 01.

P15 Concorda com a questão 01, mas destaca que observação de Kilpatrick parece ser mais verdadeira em relação à Educação Matemática.

P16 Concorda com a observação do Kilpatrick, mas destaca que existiram outros fatores: principalmente econômicos e destes políticos, que fizeram com que os dirigentes solicitassem uma maior atenção dos educadores para a matemática, que estava sendo relegada nas escolas, mas que na vida econômica das nações vinha ganhando um valor muito grande e se impondo com ferramenta.

A reflexão de P16 se aproxima da de P03 e P21, por exemplo.

P17 Concorda com ressalvas. Próximo a P03.

Ao ler sua premissa de que a Educação Matemática sempre esteve diretamente ou indiretamente envolvida com a sala de aula de matemática, senti um certo receio em concordar com você. Aparentemente as afirmações que você traz de que a preocupação dos educadores matemáticos se restringe a buscar meios de tornar menos fracassado o trabalho com a matemática na escola limita, a meu ver, o campo de pesquisas da Educação Matemática. Há muitas pesquisas que se dedicam a compreender a matemática, seus aspectos sociais, culturais, antropológicos, sem no entanto se preocuparem com o trabalho escolar.

P18 Concorda, mas destaca que, hoje, a EM vai além das ―paredes de sala de aula‖. Notamos em pesquisadores como P18, uma necessidade implícita de que a questão 01 seja reconfigurada para a Educação Matemática hoje, não apenas em seus aspectos históricos.

―O ensino de matemática nas escolas, desenvolvido no espaço da sala de aula, foi sem dúvida o motor da criação do campo de conhecimento que hoje denominamos

95

Documentos relacionados