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AUTOCORRELAÇÃO ESPACIAL LOCAL

Mapa 12 Meia-vida local para o período, em diferenças, 2005-1985, em 5% de significância.

4 RESULTADOS DA ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS ESPACIAIS

4.2 AUTOCORRELAÇÃO ESPACIAL LOCAL

Para verificar se existem clusters para a taxa de crescimento a nível mundial, foi calculado o I de Moran local (LISA), apresentado nos mapas de significância e mapas de clusters. A estatística I de Moran local pode ser interpretada da seguinte maneira: valores positivos de Ii,t significam que há clusters espaciais com valores similares (alto ou baixo);

valores negativos significam que há cluster valores diferentes entre as regiões e seus vizinhos. Considerando que é grande o número das ações computadas, o ideal é, portanto, mapeá-las, formando o chamado mapa de clusters e, por conseguinte, o mapa de significância, com o intuito de que seja revelado o padrão de distribuição espacial da taxa de crescimento do PIB real por trabalhador dos países.

Nota-se, por intermédio da visualização dos Mapas 3 e 5, diferenças na distribuição espacial dos clusters presentes nos períodos inicial e final da análise. Em 1985, Mongólia e Sri Lanka despontavam com altas taxas de crescimento do PIB situando, dessa forma, entre os países pertencentes ao cluster AA. Em outras palavras, esses países possuíam altas taxas de crescimento e, eram, também, circundados por países de taxas elevadas de crescimento do PIB, alavancando e/ou desfrutando do crescimento da região. Cabe a Irã e Omã o fato de possuírem grandes taxas de crescimento, rodeados, entretanto, por países de crescimento medíocre. De modo oposto ao que foi verificado a Irã e Omã, o país africano Líbia tinha baixa taxa de crescimento do PIB por trabalhador em 1985 enquanto seus vizinhos dispunham de altas taxas de crescimento. Cabe a Iraque, Arábia Saudita e Suriname pertencerem ao cluster BB. Pela análise do Mapa 3, verifica-se que, esses países possuíam baixas taxas de crescimento do PIB da mesma forma que seus vizinhos. Essas informações são confirmadas pela significância do mapa concernente ao ano 1985 (Mapa 4).

Mapa 3 - Mapa de clusters para a taxa de crescimento do PIB em 1980/1985. Alto-Alto Baixo-Baixo Alto-Baixo Baixo-Alto Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

Mapa 4 - Mapa de significância para a taxa de crescimento do PIB em 1980/1985.

p = 0.05 p = 0.01 p = 0.001 Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

No final do período da análise, verificam-se no quadrante AA, Romênia e Angola enquanto a Costa do Marfim situava-se no cluster BB. Vale notar que os demais clusters encontrados no presente estudo se concentraram no continente africano. Em 2005, países como Serra Leoa, Chade, Guine Equatorial, Zâmbia, Moçambique e Botsuana pertenciam ao cluster AB demonstrando que os referidos países conseguiram altas taxas de crescimento do PIB real por trabalhador, não acompanhados, no entanto, por seus vizinhos. Do outro lado, Libéria, Gabão, Congo e Zimbábue aparecem com baixo desempenho de suas taxas de crescimento do PIB por trabalhador enquanto seus vizinhos obtiveram altas taxas de crescimento do PIB. Essas informações apontam para a heterogeneidade do desempenho concernente a crescimento presente na África. Novamente, o discorrido pode ser amparado pelo mapa de significância (Mapa 6).

Mapa 5 - Mapa de clusters para a taxa de crescimento do PIB em 2000/2005.

Alto-Alto Baixo-Baixo Alto-Baixo Baixo-Alto Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

Mapa 6 - Mapa de significância para a taxa de crescimento do PIB em 2000/2005.

p = 0.05 p = 0.01 p = 0.001 Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

Uma análise semelhante pode ser feita para o contexto bivariado. Os mapas de significância LISA e os mapas de clusters para os anos 1985 e 2005 para a taxa de crescimento do PIB e o PIB inicial são apresentados nos Mapas 7, 8, 9 e 10.

O Mapa 7 mostra que, para o ano de 1985, verifica-se a presença de, somente, dois dos quadrantes, quais sejam, AB e BA. Pertencentes ao cluster BA estão África Central, Nigéria, República do Congo, Turquia, Mongólia e Sri Lanka, China, Índia, Mongólia e Tailândia. Um considerável número de países do Oriente Médio situa-se no cluster AB, isto é, esses países dispunham de altos valores de PIB inicial enquanto seus vizinhos apareciam com reduzidas taxas de crescimento. São eles: Iraque, Irã, Omã e Arábia Saudita. Suriname também apresentou alta taxa de crescimento a mercê de seus vizinhos sul-americanos. (Mapas 7 e 8).

Em 2005, os quatro quadrantes estão presentes (Mapa 9). No cluster AA, em que altas taxas de crescimento do PIB por trabalhador são circunvizinhas de altos valores do PIB por trabalhador inicial, encontram-se Gabão, Bulgária e Venezuela. No extremo oposto, estão os países africanos Papa Nova Guiné, Zâmbia, Moçambique, Afeganistão e Costa do Marfim. Alguns países do continente africano também formam o cluster BA com baixas taxas de crescimento circundado por altos valores do PIB inicial. Como exemplos têm-se Zimbábue,

Congo, Angola e Camarões. Já México e Botsuana formaram, no último ano da análise, o cluster AB. A significância do descrito consta no mapa 10.

Mapa 7 - Mapa de clusters para a taxa de crescimento do PIB e o PIB inicial, 1980/1985

Alto-Alto Baixo-Baixo Alto-Baixo Baixo-Alto Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

Mapa 8 - Mapa de significância para a taxa de crescimento do PIB e o PIB inicial, 1980/1985

p = 0.05 p = 0.01 p = 0.001 Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

Mapa 9 - Mapa de clusters para a taxa de crescimento do PIB e o PIB inicial, 2000/2005 Alto-Alto Baixo-Baixo Baixo-Alto Alto-Baixo Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

Mapa 10 - Mapa de significância para a taxa de crescimento do PIB e o PIB inicial, 2000/2005

p = 0.05 p = 0.01 p = 0.001 Não significativo Legenda: Não amostrados Fonte: o autor (2010).

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