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AVALIAÇÃO DE ASSIMETRIA FLUTUANTE E VARIAÇÃO MORFOMÉTRICA ENTRE COLÔNIAS EM ABELHAS URUÇU (M ELIPONA SCUTELLARIS Latreille, 1811)

2.AVALIAÇÃO MORFOMÉTRICA DE ORIGEM E ESTRUTURAÇÃO MORFOMÉTRICA POPULACIONAL DE ABELHAS URUÇU ( M ELIPONA SCUTELLARIS ,MORFOMÉTRICA POPULACIONAL DE ABELHAS URUÇU ( MELIPONA SCUTELLARIS,

3. AVALIAÇÃO DE ASSIMETRIA FLUTUANTE E VARIAÇÃO MORFOMÉTRICA ENTRE COLÔNIAS EM ABELHAS URUÇU (M ELIPONA SCUTELLARIS Latreille, 1811)

CRIADAS EM CAIXAS RACIONAIS E EM CORTIÇO.

Resumo

Foi avaliada a variação morfométrica entre as asas anteriores de abelhas uruçu (Melipona scutellaris Latreille, 1811) de colônias criadas em caixas racionais e em cortiços, avaliando também a presença de assimetria flutuante nos indivíduos. Por meio de técnicas de morfometria geométrica. Foi possível observar assimetria flutuante com valores significativos tanto na forma, quanto no tamanho, independente do material utilizado para a criação, seja cortiço ou caixa racional modelo INPA, indicando a presença de estresse ambiental. No entanto, as colônias encontradas em cortiço apresentaram um índice maior de assimetria flutuante, o que indica que o índice de estresse também é maior nesse tipo de tratamento. As análises de Variáveis Canônicas, através de MANOVA, demonstraram, também, que abelhas criadas em cortiço possuem maior variação morfométrica que as criadas em caixas racionais. Esse resultado pode ser relacionado à origem dos dois tipos de ninhos e ao processo de multiplicação de colônias a partir de caixas racionais. É possível concluir que são necessárias medidas para aperfeiçoamento do manejo para diminuir o estresse causado nas populações de abelhas de criações, bem como estudos complementares que avaliem a assimetria flutuante em colônias naturais e até em outras espécies de abelhas utilizadas nas criações.

Palavras-chave: Manejo, meliponicultura, Assimetria Flutuante e Morfometria Geométrica

3.1 Introdução

A abelha uruçu (Melipona scutellaris Latreille, 1811) tem sua área de ocorrência natural no Brasil ao longo da região Nordeste, sendo amplamente utilizada em criações de abelha sem ferrão por sua facilidade de manejo e alta produção de mel (Alves et al., 2012; Villas-Bôas, 2012).

A meliponicultura é uma atividade que consiste na criação racional de abelhas sem ferrão para lazer, exploração dos produtos da colmeia ou como fonte de renda, sendo uma prática que contribui para a conservação das espécies (Villas-Bôas, 2012). Tradicionalmente, os criadores mantém suas colônias nos próprios troncos onde estavam depositados os ninhos na mata, chamados de cortiços, podendo também transferir os ninhos para caixas de madeira, denominadas de caixas racionais (Pereira et al., 2009).

A criação de abelhas em cortiço tem como característica manter as colônias nos próprios troncos onde estavam depositadas na mata sendo coletados por meleiros que cortam os troncos e transportam os ninhos, sem o cuidado adequado e dependurando horizontalmente em locais próximo às habitações (Kerr et al.,1994). Todo esse procedimento, desde a captura até a coleta dos produtos da colmeia é bastante agressivo e as abelhas dessas colônias experimentam várias perturbações no ninho que causam estresse a colônia como danos a estrutura do ninho, pelo deslocamento dos potes de mel e pólen, pela perda de larvas ou até pela morte da rainha (Alves,

29 2005).

Nas criações de abelhas utilizando caixas racionais um dos fatores que influencia o desenvolvimento de colônias de abelhas é o seu ajuste à estrutura utilizada como material de criação. Com a preocupação de fornecer um manejo eficiente, os meliponicultores buscam adequar as caixas utilizadas às características de cada espécie de abelha criada utilizando informações sobre a arquitetura do ninho e a biologia da abelha (Souza et al., 2009).

Existem vários modelos de caixas racionais direcionadas à criação de abelha sem ferrão. No entanto, o modelo mais indicado pelos criadores para criação e multiplicação de abelhas do gênero Melipona é o criado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o INPA. Esse modelo de caixa permite a mínima intervenção do meliponicultor com um rápida resposta de recuperação da colônia e facilidade de manejo num processo conhecido como “Método de Perturbação Mínima” (Oliveira e Kerr, 2000).

Mesmo utilizando o “Método de Perturbação Mínima”, semelhantemente ao observado em cortiços, as abelhas recebem uma carga de estresse no processo de adaptação das colônias às mudanças ocorridas na transferência dos cortiços coletados na natureza para as caixas racionais. O processo de transição de cortiço para caixa racional é agressivo, o manuseio causa injúria às colônias durante a abertura da caixa e na colheita do mel e até a umidade da caixa fornece um ambiente propício a fungos que causam danos as colônias (Kerr et al, 1996).

O estresse causado por essas variações no ambiente no entorno das populações pode causar variações aleatórias na morfologia do indivíduo, fenômeno esse denominado Assimetria Flutuante (AF). Através do estudo da assimetria flutuante pode-se observar se existem diferenças entre populações em situações de estresse diferenciadas e se esse nível de estresse chega a ser nocivas ao bom funcionamento da dinâmica populacional (Lomônaco & Germanos, 2001).

Outra abordagem importante é a avaliação da diversidade genética dentro dos meliponários, pois o número reduzido de colônias causa um declínio na variabilidade genética podendo acarretar em um aumento no número de machos diploides e na perda de colônias (Cook e Crozier, 1995).

Tendo em vista a necessidade de maiores informações sobre o efeito do estresse causado nas colônias de criações de abelhas sem ferrão, e da variação morfométrica entre os diferentes tipos de material de criação, o presente trabalho visa avaliar a variação morfométrica entre as asas anteriores de abelhas uruçu (Melipona scutellaris Latreille, 1811) utilizando a abordagem da morfometria geométrica, bem como analisar existência de assimetria flutuante em colônias criadas em caixas racionais e em cortiços.

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3.2 Material e Métodos

3.2.1 Área de estudo

A amostragem foi realizada em meliponários dos estados de Alagoas e Paraíba. Foram coletados de 355 espécimes provenientes de 61 colônias, sendo 43 colônias criadas em cortiço e 18 criadas em caixas racionais. Os espécimes foram acondicionados em tubos tipo falcon com álcool 70% e armazenados a -20°C.

3.2.2 Aquisição de imagens

Para a obtenção das imagens, as asas anteriores foram retiradas com auxílio de uma pinça e posteriormente estendidas em lâminas com esmalte incolor. Após a preparação das lâminas semi- permanentes as asas foram fotografadas com uma câmera digital acoplada a um estereomicroscópio.

As imagens capturadas foram transferidas para um computador e um arquivo TPS foi criado para cada um dos grupos utilizando o tpsUtil versão 1.40 (Rohlf 2008a). Em seguida foram registrados 10 marcos anatômicos nas interseções das nervuras (Figura 3.1) utilizando o tpsDig2 versão 2.12 (Rohlf 2008b) que foram transformados em matrizes de coordenadas e utilizadas nas análises estatísticas. As asas esquerdas foram espelhadas para assumirem a mesma posição das asas direitas para facilitar o registro dos marcos anatômico. Para cada localidade foram feitas duas medições de cada asa para verificar o erro de medição (Palmer, 1994).

31 Figura 3.1. Ilustração da asa anterior da abelha Melipona scutellaris. As marcações em vermelho indicam a posição dos 10 marcos anatômicos utilizados nas análises morfométricas.

Fonte: SANTOS, C.R. Arquivo pessoal. 2013

3.2.3 Análise dos dados

As análises de assimetria flutuante (AF) dos dados seguiram a metodologia adotada por Nunes (2012). Para avaliar a assimetria do centroide das asas foi realizada uma análise ANOVA de Procrustes, considerando o tamanho do centroide uma variável independente, o lado do corpo uma variável fixa e os indivíduos um efeito aleatório baseado na metodologia de Klingenberg e Mcintyre (1998). A ocorrência de plasticidade fenotípica foi calculada através do componente ambiental de variação (Falconer, 1989).

O valor do efeito do lado e dos indivíduos foi obtido através do denominador da interação entre o lado X indivíduo e para e o valor da interação lado X indivíduo foi obtido através do denominador da medida do erro (Klingenberg e Mcintyre, 1998).

A ocorrência da plasticidade fenotípica foi estimada através do componente ambiental de variação (Falconer, 1989).

Para a análise de assimetria de forma das asas das populações foi utilizada uma ANOVA de Procrustes (Palmer e Strobeck, 2003) na qual o lado do corpo e os indivíduos foram considerados efeitos fixo e aleatório, respectivamente.

A partir dos dados obtidos foi utilizada a distância de Procrustes das asas avaliando as diferenças e o nível de assimetria entre os diferentes tipos de colônia.

32 Para a análise de variação morfométrica para a avaliação da diversidade de forma e tamanho em colônias criadas em caixas racionais e em cortiço, utilizou-se as matrizes obtidas das coordenadas de marcos anatômicos que foram processadas utilizando métodos de estatística multivariada por sobreposição de Procrustes pelo método dos quadrados mínimos. Foi gerada uma matriz de covariância para as análises de Variáveis Canônicas (AVC) e a MANOVA, que foram realizadas utilizando-se do programa MorphoJ (Klingenberg, 2011).

3.3 Resultados e Discussão

É conhecido que tanto abelhas criadas em cortiços, quanto as criadas em caixas racionais recebem uma dose de estresse no seu modo de manejo. Seja, no processo de coleta, no qual as colônias são serradas das árvores, e transportadas horizontalmente para o meliponário, e posteriormente no processo de coleta de mel com a destruição dos potes e algumas vezes morte da rainha, como no caso das criadas em cortiço. Ou ainda, como acontece com as colônias criadas em caixas racionais, sofrem o estresse durante a transferência do cortiço para as caixas, aos serem abertas, alimentadas, durante o processo de divisão ou por outras características das caixas e dos meliponários onde estão instaladas.

Os resultados encontrados ratificaram as informações previamente conhecidas sobre esse estresse presente no manejo na criação de abelhas sem ferrão. Inicialmente, a análise de assimetria flutuante de forma (Shape, Procrustes ANOVA) das colônias criadas em caixas racionais resultou em valores de significativos (p<0,01), discriminados na Tabela 3.2.

Tabela 3.1 ANOVA de Procrustes da análise de forma para as colônias racionais onde a interação entre o indivíduo e o lado é a assimetria flutuante

Valores semelhantes foram encontrados quando analisadas as colônias criadas em cortiço. Os resultados das análises indicaram presença de assimetria flutuante com valores de p< 0,0001 (Tabela 3.3).

33 Tabela 3.2 ANOVA de Procrustes da análise de forma para as colônias criadas em cortiço onde a interação entre o indivíduo e o lado é a assimetria flutuante

As variações de forma não são tão suscetíveis a influência ambiental quanto as de tamanho, portanto esses resultados parecem indicar que os níveis de estresse são altos o suficiente para causar mudanças na forma das asas das abelhas, independente do material utilizado para a criação.

As análises de tamanho (Size, Procrustes ANOVA) reproduziram os resultados encontrados nas análises de forma, mostrando que tanto as colônias criadas em cortiço, quanto as criadas em caixas racionais apresentaram assimetria flutuante, sendo os valores de p<0,0001, portanto significativos para todos os casos. É possível perceber através da Figura 3.1 que há diferença entre os valores da variação de assimetria flutuante de tamanho quando comparado tanto as colônias dos Estados, quanto o material utilizado para a criação.

Figura 3.2. Variação de assimetria flutuante na análise de tamanho através da ANOVA de Procrustes comparando as colônias racionais e de cortiço dos Estados de Alagoas e da Paraíba, sendo ALC e ALR colônias em cortiço e em caixas racionais do estado de Alagoas e PBC e PBR, colônias em cortiço e em caixas racionais do estado da Paraíba

34 Esses resultados eram esperados, uma vez que o tamanho do corpo, em abelhas, representa 75% do valor adaptativo e em abelhas operárias, a variação do tamanho é reconhecida como uma expressão adaptativa relacionada diretamente a atividades de forrageamento e exploração de recursos (Pignata e Diniz-Filho, 1996). Devido a essa alta relação com o valor adaptativo, o tamanho do corpo das abelhas se torna suscetível às mudanças, uma vez que é uma característica com baixa influência da herdabilidade e com alta influência da alimentação e das condições ambientais em torno da colônia (Peruquetti, 2003; Silva, 2007). Esses resultados indicam que a atividade de meliponicultura ainda é uma atividade cujo estresse causado na colônia é suficiente para causar modificações morfológicas e consequentemente o aparecimento de assimetria flutuante. Apesar das colônias dos dois tipos de material de criação apresentarem assimetria flutuante tanto quanto para a forma, quanto para tamanho, ao comparar os valores de assimetria entre tipos de criação e entre aos Estados, houve diferença significativa sendo os valor de p<0,002 (Tabela 3.4) em ambos os casos.

Tabela 3.3. Valores de variância e de significância da ANOVA de Procrustes da análise de assimetria flutuante comparando a variação entre as colônias dos Estados e entre tipos de material de criação

Os resultados também indicaram que as colônias criadas em cortiço possuem um maior índice de assimetria flutuante do que as criadas em caixas racionais. Essa condição pode estar relacionada ao modo de manejo dos cortiços. Entre os fatores causadores de estresse está o transporte, a mudança na posição do ninho e a coleta de mel, como foi anteriormente citado, que parece influenciar mais no aparecimento de assimetria flutuante do que o estresse causado pelo modo de manejo das caixas racionais.

35 Figura 3.3 Variação de assimetria flutuante na análise de tamanho através da ANOVA de Procrustes comparando as colônias criadas em cortiços e em caixas racionais

Tendo em vista que a presença de assimetria flutuante de tamanho e de forma pode causar instabilidade na manutenção do sistema da colônia, causando também pertubações no desenvolvimento dessa espécie (Jessen et al. 2010). Bem como, segundo Jessen et al. (2010), pode afetar seu fitness diminuindo seu sucesso, seja reprodutivo ou no desempenho de suas funções na colônia, como é o caso das abelhas forrageiras, que correspondem as que foram utilizadas nesse trabalho. Os resultados tornam compreensível a necessidade da implantação de melhorias no modo de manejo dos meliponários, com a finalidade de diminuir os fatores causadores de estresse que afetam as populações de abelhas de criação.

Outros resultados obtidos, foram os das avaliações da existência de divergência morfométrica entre colônias criadas em caixas racionais e em cortiço. Foi possível observar que os resultados das análises multivariadas de Variáveis Canônicas apontaram que existe diferença significativa para tamanho (P<0,0001) e forma (P<0,0001) entre as colônias quando comparado os Estados. Houve também uma variação quando comparadas as colônias de abelhas dos dois tipos de material de criação, racional e cortiço, houve diferença significativa tanto para o tamanho (P<0,0001), quanto para a forma (P=0,001). Independente da proximidade das colônias, considerando que colônias de caixa racional e cortiço coabitavam o mesmo meliponário, houve variação morfométrica de forma e tamanho. Esses resultados foram representados graficamente na Figura 3.2, na qual também é possível observar que apesar da diferença, ainda existe grande sobreposição de variação nos dois tipos de nidificação e que existe a variação encontrada dentro do grupo de cortiço é maior do que a variação encontrada no grupo de caixas racionais.

36 Figura 3.4. Análise da variação morfométrica utilizando Variáveis Canônicas comparando colônias criadas em caixas racionais e em cortiço

Essa condição é esperada, uma vez que o modo de manejo nesses dois tipos de criação difere. As colônias encontradas em cortiços são colônias naturais que foram coletadas e introduzidas no meliponário e, por isso, espera-se que os cortiços reflitam mais a diversidade encontrada nas populações naturais. As caixas racionais, por sua vez, são resultantes de transferências de cortiços e são utilizadas para a multiplicação de colônias. Ou seja, as criações racionais podem apresentar menor nível de diversidade em função da multiplicação de colônias a partir de um pequeno número de matrizes.

Considerado que existe maior facilidade de manejo e de transporte na venda e/ou troca de colônias criadas em caixas racionais, e que o índice de estresse maior que está associado ao manejo das colônias de cortiço. È possível, então, observar que a criação de abelhas sem ferrão em caixas racionais é a mais adequada. No entanto, não se pode ignorar que as colônias criadas em cortiços apresentam maior diversidade genética que as criadas em caixas racionais. A perda da diversidade genética em colônias dos meliponários que utilizam caixas racionais pode ser diminuída ao utilizar colônias criadas em caixas racionais, mas que sejam resultantes de transferência direta de colônias de cortiço. Essa prática permitiria assim, que as caixas utilizadas como matrizes tenham uma maior diversidade genética, consequentemente fazendo com que o meliponário não diminua sua variabilidade genética ao longo do processo de multiplicação de colônias e evitando os fatores de estresse presentes no manejo do cortiço. Outra prática que pode ser adotada é manter os ninhos naturais, já que possuem maior diversidade genética, mas mantendo-os no próprio local natural de nidificação, posicionando as colônias das caixas em áreas no entorno.

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3.4 Conclusões

Existe assimetria flutuante significativa nas asas de abelhas uruçu (Melipona scutellaris) tanto na forma quanto no tamanho em colônias criadas em caixas racionais e em cortiço em meliponários dos Estados de Alagoas e Paraíba. A presença de assimetria flutuante em asas de abelhas indica a presença de fatores estressantes que agem nas colônias, que estão relacionados ao modo de manejo de cada tipo de criação.

As colônias criadas em cortiço apresentaram maior variabilidade genética pois por serem colônias naturais que foram transportadas para o meliponário e ainda representam melhor a diversidade das colônias coletadas. O contrário ocorre com as criadas em caixas racionais que servem de matrizes para multiplicação de colônias o que faz com que ocorra a diminuição da variabilidade genética ao longo do tempo. No entanto, colônias criadas em cortiço apresentam maior índice de assimetria flutuante, o que indica que o estresse associado a esse modo de manejo influencia mais nas mudanças morfológicas encontradas.

Melhorias no modo de manejo dos meliponários são necessárias para diminuir o nível de estresse causados nas colônias. Somado a isso, existe também a necessidade de avaliar os níveis de estresse em populações naturais para comparações com as de criação, bem como avaliar se há presença de assimetria flutuante em abelhas de outras espécies criadas em meliponários verificando a sensibilidade da espécie Melipona scutellaris às mudanças ambientais.

Pode-se concluir também que caixas racionais do modelo INPA permitem um fácil manejo e transporte das colônias e podem servir de matrizes para multiplicação de colônias preservando a diversidade genética se as colônias utilizadas forem diretamente originadas da transferência de cortiços.

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