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Avaliação Crítica Contribuição X Capacidade de Coleta X Capacidade de

6. DIAGNÓSTICO DE SANEAMENTO

6.15. Avaliação Crítica Contribuição X Capacidade de Coleta X Capacidade de

Cursos D’água

Geralmente, de acordo com as projeções de demanda de água, são obtidas as projeções de contribuições de efluentes líquidos sanitários em um sistema de esgotamento sanitário.

Essa premissa, porém, é válida apenas para a situação em que não são permitidas contribuições de águas pluviais nas redes de esgotamento sanitário, como prevê a legislação brasileira. Essa avaliação será baseada na situação ideal, em que não existem ligações clandestinas de águas pluviais nas redes de esgotamento, sendo que apenas a infiltração de água do lençol nas redes será considerada.

Sabe-se que existem diversos pontos de ligações clandestinas nas redes atualmente, que, conforme a intensidade das chuvas, ocasionam vazamentos e transbordamentos nos Poços de Visita dos sistemas, e esse é um dos primordiais fatores que deve ser corrigido pela Prefeitura.

Da mesma forma como ocorreu para o sistema de abastecimento de água, a falta de cadastros das redes coletoras de esgoto que compõem o sistema impede avaliações mais detalhadas.

No caso dos sistemas de esgotamento, não foram consideradas as regiões de influência dos reservatórios e o zoneamento urbano, e sim a microbacia do córrego que atende o município, e os pontos de concentração de esgoto nessas bacias, considerando-se as curvas de nível e mapas disponíveis, e as informações passadas pelos técnicos da Prefeitura.

Para o desenvolvimento deste estudo e avaliação das capacidades de suas unidades, foi adotada a contribuição per capita de esgoto sanitário de 160,0 l/hab/dia e taxa de infiltração nas redes igual a 0,05 l/s.kmRede.

Não foi utilizado o coeficiente de retorno de aproximadamente 0,80 (k3) para os estudos de demanda, pois o valor resultante igual a 108,6 l/hab/dia forneceria valores inferiores ao valor teórico de contribuição diária de esgoto por habitante. Na execução dos projetos executivos para os sistemas futuros, esse valor deve ser melhor avaliado. Para os Loteamentos Rurais poderão ser utilizadas soluções individuais para tratamento.

Verifica-se deste estudo, que o município está no caminho certo em relação à composição do sistema de esgotamento sanitário, porém, a execução das melhorias operacionais no sistema de tratamento de esgotos e a identificação de ligações clandestinas de esgoto na rede de drenagem pluvial é fundamental para a universalização do tratamento de esgotos no município.

6.16. Avaliação das Unidades e Identificação dos Pontos Frágeis

do Sistema de Esgotamento Sanitário

Nas inspeções de campo e diálogos com os operadores das unidades do sistema de esgotamento sanitário foi possível identificar alguns pontos de maior vulnerabilidade quanto à confiabilidade das redes coletoras unidades e existentes.

Os pontos frágeis identificados para o sistema de esgotamento sanitário foram elencados conforme o relatório de avaliação, descrevendo-se a seguir os aspectos mais relevantes de cada um deles.

117 Da mesma forma como verificado para as redes de água, as redes coletoras de esgoto sanitário foram sendo expandidas conforme houve a expansão dos bairros e crescimento da população.

Dessa maneira atualmente são observados diversos problemas nas redes de coleta que estão primordialmente relacionados com a falta de planejamento e sobrecarga das redes e dos emissários mais antigos.

Também não existe nenhum tipo de cadastro das redes de coleta nem dos pontos de lançamento de esgoto, tendo informações dos principais emissários de esgoto “in natura” bem como seus diâmetros, materiais, e bacias de contribuição de modo aproximado.

Assim como ocorreu para o sistema de abastecimento de água a falta do cadastro das redes permite que este Plano Municipal de Saneamento avalie apenas superficialmente as medidas que devem ser tomadas e os custos a elas associados, principalmente no que diz respeito às redes que devem ser substituídas para o perfeito funcionamento do sistema de esgotamento.

De acordo com as informações obtidas, a quase totalidade das redes existentes no município é de manilha cerâmica com diâmetros entre 100 e 300 mm, e, em alguns locais, foi utilizado o PVC Ocre com diâmetros entre150 e 200 mm.

Os problemas mais frequentes que puderam ser observados nas visitas de campo, e informados pelos moradores das localidades, foram vazamentos de esgoto nos Poços de Visita (PVs), nos pontos baixos dos bairros, devido ao entupimento da rede.

De modo geral, os PVs, tampões e redes do sistema de esgotamento apresentam-se em bom estado de conservação, porém seria necessária uma melhor investigação nos locais mais problemáticos para determinação da profundidade das ações necessárias para saná-los.

b) Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Tabatinga.

O Sistema Público de Tratamento de Esgotos Sanitários, localizado na Estrada Municipal Tabatinga a Ibitinga/ TBG-050 - Km 2,5, constituído de tratamento preliminar (gradeamento, caixa de areia e medidor de vazão), estação elevatória de esgoto, tratamento primário dotado de 02 lagoas: uma anaeróbia e uma facultativa e finalmente secundário constituído por lagoa de polimento/maturação, implantado junto às margens direita do Ribeirão São João, para tratamento de 1.045.440,00 m³/ano de esgotos sanitários, com previsão de atendimento a uma população de fim de plano de 16.500 habitantes (ano de 2.021), utilizando-se os processos e operações descritos no MCE - Memorial de Caracterização de Empreendimento.

A ETE contribuir significativamente para a despoluição do Ribeirão São João. Sua concepção é de tratamento biológico através de sistema australiano, com uma lagoa anaeróbica e uma facultativa em série.

A ausência de sistemas de medição de vazão dificulta uma melhor análise.

6.17. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO