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Capítulo II Estudo Empírico

3. Desenho da Investigação e Variáveis em Estudo

5.2. Avaliação da Eficácia do programa

Os resultados foram obtidos através de análises descritivas, para assim obtermos uma visão global destes, e efetuamos a observação das médias dos resultados obtidos na prova aplicada nos dois momentos de avaliação para posterior análise de significância.

Neste sentido, foi utilizado o teste T para amostras independentes, para verificarmos a existência de diferenças significativas entre os grupos, experimental e de controlo. A seleção do teste baseou-se no facto de que a questão de investigação aponta no sentido de diferenças no contexto de um design intersujeitos, serão comparados dois grupos de indivíduos e a variável dependente é ordinal (Martins, 2011).

Com o intuito de aferir as diferenças entre os resultados obtidos nos dois momentos de avaliação por cada grupo, foi utilizado o teste T para amostras emparelhadas, por ser um design intrasujeitos, onde o mesmo grupo de indivíduos é comparado consigo mesmo em dois momentos de avaliação diferentes (Martins, 2011).

5.2.1. Eficácia do Programa na Comparação entre o Grupo Experimental e o Grupo de Controlo nos Momentos Pré e Pós-teste

Com a finalidade de verificar a existência de diferenças entre o grupo experimental e o grupo de controlo antes e após a administração do programa de intervenção e respondendo ao objetivo 5 realizou-se o teste T para amostra independentes.

No estudo do quadro 6, o grupo experimental a M = 65,48 e o Dp = 5,824 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional, no momento de pré-teste. Por seu turno, o grupo de controlo exibe uma média de 65,85 com um desvio padrão de 7,218 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional, face ao momento de pré-teste. A partir destes dados, face ao momento de pré-teste, podemos concluir que, em média, os indivíduos do grupo de controlo

apresentam maior capacidade de tomada de decisão vocacional do que os indivíduos do grupo experimental.

Considerando a análise da variância, podemos afirmar que não existem diferenças significativas entre os indivíduos do experimental e os indivíduos do grupo de controlo ao nível da tomada de decisão vocacional (t (111) = 0,301, p = 0,764). Concluindo, face ao momento de pré-teste, os indivíduos do grupo de controlo não relatam maior capacidade de tomada de decisão vocacional do que os indivíduos do grupo experimental.

Ainda pela análise do quadro 6, face ao momento de pós-teste, o grupo experimental apresenta uma média de 73,04 com um desvio padrão de 7,945 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional. Por seu turno, o grupo de controlo exibe uma média de 67,95 com um desvio padrão de 6,783 em relação à tomada de decisão vocacional, face ao momento de pós-teste. A partir destes dados, face ao momento de pós-teste, podemos concluir que, em média, os indivíduos do grupo de experimental evidenciam maior capacidade de tomada de decisão vocacional do que os indivíduos do grupo de controlo.

Considerando a análise da variância, podemos afirmar que existem diferenças significativas entre os indivíduos do experimental e os indivíduos do grupo de controlo ao nível da capacidade de tomada de decisão vocacional (t (112) = 3,687, p = 0,000). Concluindo, face ao momento de pós-teste, os indivíduos do grupo experimental relatam maior capacidade de tomada de decisão vocacional do que os indivíduos do grupo de controlo.

Quadro 6

Diferenças na Capacidade de Tomada de Decisão Vocacional entre o Grupo Experimental e o

Grupo de Controlo, antes e após a Administração do Programa

Pré-Teste Pós-Teste M(DP) GL t p M(DP) GL t p GE N=54 65,48(5,824) 111 -0,301 0,766* 73,04(7,945) 112 3,687 0,000* GC N=60 65,85(7,218) 67,95(6,783) Nota. *p < 0,05

5.2.2. Eficácia do Programa nos Momentos Pré e Pós intervenção numa Comparação Intra-grupo

Com o propósito de verificar se existem diferenças entre o primeiro (pré-teste) e o segundo (pós-teste) momento de avaliação, numa perspetiva intra-grupo, e respondendo aos objetivos 6 e 7 realizou-se o teste T para amostra emparelhadas, tanto para o grupo experimental como para o grupo de controlo.

No estudo do quadro 7, o grupo experimental apresenta uma M = 65,48 com DP = 5,824 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional, no momento de pré-teste. Por seu turno, no momento de pós-teste exibe uma M = 73,04 com um DP = 7,945 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional. A partir destes dados, analisando o grupo experimental verifica-se, em média, um aumento da capacidade de tomada de decisão vocacional no pós-teste comparativamente ao pré-teste.

Considerando a análise da variância podemos afirmar que existem diferenças significativas no nível da capacidade de tomada de decisão vocacional entre o momento do pré-teste e do pós- teste (t (53) = -6,128, p = 0,000). A capacidade de tomada de decisão vocacional é mais elevada no momento de pós-teste do que no momento de pré-teste.

Ainda pela análise do quadro 7, o grupo de controlo apresenta uma M = 65,85 com um DP = 7,218 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional, no momento de pré-teste. Por seu turno, no momento de pós-teste exibe uma M = 67,95 com um DP = 6,783 em relação à capacidade de tomada de decisão vocacional. A partir destes dados, analisando o grupo de controlo verifica-se, em média, um ligeiro aumento da capacidade de tomada de decisão vocacional no pós-teste comparativamente ao pré-teste.

Considerando a análise da variância podemos afirmar que as diferenças são estatisticamente significativas entre o nível da capacidade de tomada de decisão vocacional no momento do pós- teste comparativamente ao momento de pré-teste (t (59) = -3,437, p = 0,001).

Quadro 7

Diferenças entre o Primeiro e Segundo Momento na Tomada de Decisão numa Análise Intra-

grupo

Pré-Teste Pós-Teste

GE (N=54) 65,48(5,824) 73,04(7,945) 53 -6,128 0,000* GC (N=60) 65,85(7,218) 67,95(6,783) 59 -3,437 0,001* Nota. *p < 0,05

5.2.3. Eficácia do Programa pela Análise da Avaliação realizada pelos Alunos No final da implementação do programa foi solicitado o preenchimento de um questionário de avaliação global do mesmo. Nesse questionário, cada indivíduo classificava a sua avaliação sobre uma escala de “Mau”, “Insuficiente”, “Suficiente”, “Bom” e “Muito Bom”.

Perante a sua análise, espelhada no quadro 8, conclui-se que 34 dos participantes, nomeadamente, 63% da amostra classificam o programa em “Muito Bom”, seguindo-se a classificação de “Bom” atribuída por 18 participantes, constituindo 33,3% da amostra e a classificação de “Suficiente” atribuída por 2 participantes, constituindo 3,7% da amostra.

Quadro 8

Avaliação do Programa de Orientação Vocacional Realizada pelos Alunos

Níveis de Avaliação n(f)

Suficiente 2 (3,7%)

Bom 18 (33,3%)

Muito Bom 34 (63%)

Total 54 (100%)

Nota. n – Frequência absoluta; f (%) – Frequência relativa