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4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.5 Avaliação da flexibilidade

Com relação às medidas de flexibilidade foram realizados os testes de sentar e

alcançar do Banco de Well’s. Para realização do teste foi, necessária uma peça de madeira

compensada de 61 X 20 cm conforme figura 5. A linha central é marcada zero e

X total H

posteriormente numeradas de 1cm em diante. Para a execução do teste, o avaliado senta-se no

solo e com as pernas estendidas toca com as plantas dos pés nas pegadas do equipamento.

Com os braços estendidos a pessoa se lança para frente, com as palmas das mãos para baixo,

ao longo da escala. Foram realizadas três tentativas, registrando-se as marcas atingidas. A

distância máxima alcançada é registrada como medida de flexibilidade (MOLINARI, 2000).

Foi analisado o comportamento da variável flexibilidade dos idosos em relação a cada

grupo. Para tal, se categorizou esta variável em 5 classes: medidas de flexibilidade menores

que 11 cm foram classificadas como fracas, medidas entre 12 e 13cm foram classificadas

como regulares, medidas entre 14 a 18 cm foram classificadas como médias, medidas entre 19

e 21cm foram classificadas como boas e medidas com 22cm ou mais foram classificadas

como excelentes (GORLA,1997).

Figura 5 - Banco de Well’s

4.6 Estatística

Foi analisado estatisticamente se a prática de atividades físicas (Ginástica, Musculação

e Natação) e o grupo controle influenciam no comportamento das seguintes medidas:

flexibilidade e a cifose torácica dos idosos que participam do programa UNATI oferecido pela

Universidade Católica de Brasília.

Os procedimentos estatísticos foram:

1- Análise descritiva da idade, do gênero e da flexibilidade e da cifose torácica.

2- Associações entre as variáveis através do coeficiente de correlação e do teste Qui-

Quadradro de Pearson, para saber se havia correlação entre as variáveis estudadas.

3- Associação entre os coeficientes de correlação para a flexibilidade e a cifose

torácica em relação aos grupos de atividade física e o grupo controle.

4- Análise de variância que mostrará se o grupo de atividade física, o grupo controle,

a idade e o gênero produzem diferenças estatisticamente significantes nos

resultados da flexibilidade e da cifose torácica.

5- A relação dos valores de X total, X meio ou H na formação do valor do ângulo do

método Flexicurva de 3° grau através da construção de uma reta de regressão

linear.

Em todos os testes estatísticos realizados o nível de significância foi de 5%, ou seja,

5. RESULTADOS

No total foram pesquisados 315 idosos, sendo que destes 75 praticavam natação, 80

praticavam ginástica, 80 praticavam musculação e 80 (grupo controle) não praticavam

exercícios físicos regularmente. Para cada entrevistado, foram coletadas as seguintes

informações: faixa etária, gênero, grau de flexibilidade, valor angular da cifose torácica.

As tabelas 1, 2, 3 e 4 mostram a análise de variância para verificação da distribuição

de acordo com o gênero e a idade em relação à atividade física entre os idosos que praticam e

o grupo controle. De acordo com os resultados do p-valor, foi verificado que não existem

diferenças significativas para o sexo e a idade em relação ao grupo controle e ao grupo que

pratica as atividades físicas, assim a idade e o sexo se distribuem homogeneamente pelos

grupos.

Tabela 1: Análise de variância para quem pratica ou não atividade física

Fonte Estatística P-valor

Sexo 0,02 0,885

Idade 3,03 0,0826

Tabela 2: Análise de variância para quem pratica natação

Fonte Estatística P-valor

Sexo 0,28 0,5974

Idade 1,85 0,1754

Tabela 3: Análise de variância para quem pratica ginástica

Fonte Estatística P-valor

Sexo 0,23 0,6322

Tabela 4: Análise de variância para quem pratica musculação

Fonte Estatística P-valor

Sexo 0,1 0,7517

Idade 2,08 0,1514

Verificou-se que o gênero e a idade se distribuem homogeneamente nos grupos que

praticam natação, ginástica e musculação. O resultado mostra que o gênero e a idade se

distribuem da mesma maneira nos grupos praticantes de atividade física.

O gráfico 2, mostra a distribuição de idosos por faixa etária, praticantes e os não

praticantes de atividades físicas.

Gráfico 2 – Faixa etária dos participantes por atividade física praticada e do grupo controle.

44% N=36 44% N=32 44% N=37 55% N=35 56% N=39 56% N=48 56% N=43 45% N=45

Natação Ginástica Musculação Controle

60 a 69 anos 70 anos ou mais

Percebe-se que para cada grupo a distribuição da idade é praticamente simétrica, ou

para cada grupo. Através da análise descritiva, foi verificado que o grupo da musculação é o

grupo que possui um pouco mais de idade do que os demais e o grupo controle possuem um

pouco menos idade do que os demais. A tabela 5 mostra o desvio padrão da faixa etária.

Tabela 5 – Desvio Padrão da Faixa Etária

Ao se aplicar o teste Qui-Quadrado não se observou diferença estatisticamente

significativa entre os que praticavam atividade física e o grupo controle em relação à faixa

etária e o gênero, pois todos obtiveram um p-valor maior que 0,05.

No gráfico 3 foi verificado a distribuição dos idosos de acordo com o gênero em

relação ao grupo que pertencem.

Gráfico 3 – Distribuição por gênero dos idosos em relação aos grupos que pertencem.

48% N=36 40% N=32 46% N=37 N=3544% 52% N=39 60% N=48 54% N=43 56% N=45

Natação Ginástica Musculação Controle

Masculino Feminino GRUPOS DESVIO PADRÃO

Natação 7,4 Musculação 7,9 Ginástica 6,0

Observou-se, através da análise descritiva, que em todos os grupos a quantidade de

mulheres e de homens não difere muito, em média 55% são mulheres e 45% são homens.

Portanto, foram entrevistados um pouco mais de idosos do gênero feminino.

O gráfico 4 mostra como difere a flexibilidade em relação a cada grupo.

Gráfico 4 – A flexibilidade dos idosos em relação a cada grupo

29% N=22 35% N=28 25% N=20 4% N=3 15% N=11 9% N=7 6% N=5 5% N=4 31% N=23 16% N=13 19% N=15 11% N=9 13% N=10 5% N=4 15% N=12 21% N=17 12% N=9 35% N=28 35% N=28 59% N=47

Natação Ginástica Musculação Controle

Excelent e Bom Médio Regular Fraco

A flexibilidade mostrou-se fraca para a musculação e para o grupo controle, média

para a natação e para a ginástica oscilou entre excelente e fraca, conforme os critérios

descritos anteriormente na seção de materiais e métodos.

Analisando o gênero e a flexibilidade dos idosos para os grupos estudados, observou-

se que os resultados do teste Qui-Quadrado foram os mesmos para os grupos da natação (p-

valor de 0,0032), da ginástica (p-valor de 0,00182) e da musculação (p-valor de 0,0262).

Nestes casos, as mulheres obtiveram as melhores medidas. Para o grupo que não praticava

O resultado da análise da idade em relação à flexibilidade dos idosos dos grupos

estudados mostrou não ter significância, pois o teste Qui-Quadrado mostrou o p-valor maior

que 0,05 para todos os grupos de atividade física, mais foi verificado que para o grupo

controle o p-valor foi de 0,0085, mostrando que os idosos com até 69 anos tendem a ter uma

maior flexibilidade que os demais.

A análise de variância para a flexibilidade, para o grupo, para o gênero e para a idade

mostrou que produzem diferenças estatisticamente significantes. Os grupos da natação e da

ginástica possuem estatisticamente o mesmo comportamento. Assim, o grupo controle possui

a menor média em relação aos outros grupos. Pelo resultado da análise de variância para o

gênero, foi observado que o gênero masculino possui menor média que o gênero feminino.

O gráfico 5 mostra o grau da cifose torácica em cada grupo.

Gráfico 5 – Grau da Cifose torácica em cada grupo

87% N=65 74% N=59 85% N=68 60% N=48 13% N=10 26% N=21 15% N=12 40% N=32

Natação Ginástica Musculação Controle

20 a 56 57 ou mais

Observou-se que para os grupos da natação, musculação e ginástica a quantidade de

graus ou mais. Esse comportamento não se verificou no grupo controle, que possui classes

mais homogêneas que os demais grupos em relação à quantidade de idosos.

Analisando o gênero e o grau da cifose torácica dos idosos, foi observado que os

resultados dos teste Qui-Quadrado foram os mesmos para os grupos da natação ( p-valor de

0,5063), musculação ( p-valor de 0,2081) e grupo controle ( p-valor de 0,4905), mostrando

que o gênero não influencia no grau da cifose torácica desses grupos. O grupo da ginástica

localizada com o p-valor de 0,0049 mostrou que as mulheres obtiveram menores graus de

cifose torácica do que os homens idosos.

O resultado do teste Qui-Quadrado em relação à idade e a cifose torácica foi o mesmo

para todos os grupos e também no grupo controle, todos apresentaram um p-valor maior que

0,05, mostrando que a idade não influencia na cifose torácica no grupo estudado.

Através dos resultados da análise de variância para o grau da cifose torácica, foi

observado que o grupo controle e da natação possui comportamentos distintos dos demais. Os

grupos da ginástica e da musculação possuem estatisticamente o mesmo comportamento.

Assim, o grupo controle possui a maior média (53.935) e o grupo da natação a menor média

(42.481).

Em relação à idade, o p-valor correspondente é (0, 7988), portanto a idade não produz

diferenças significativas no resultado da cifose torácica.

Em relação ao gênero foi observado que o sexo masculino possui comportamento

estatisticamente diferente do feminino, tendo o sexo masculino à maior média em relação ao

sexo feminino.

Através da análise de correlação para a flexibilidade e a cifose torácica para todos os

grupos de atividade física e o grupo controle, observou-se que a flexibilidade é independente,

ou seja, não possui correlação com a cifose torácica, pois não são estatisticamente

A tabela 6 apresenta os resultados da análise de variância para a cifose torácica em

relação ao grupo, sexo e a idade.

Tabela 6: Análise de variância para a cifose torácica

Fonte Estatística P-valor Fatores 11.40 <.0001

Grupo 16.69 <.0001

Sexo 6.89 0.0091

Idade 0.07 0.7988

Os resultados mostraram que os grupos e o sexo produzem diferenças nos resultados

da cifose torácica, o que não acontece com a idade, pois o p-valor é maior que 0,005. A tabela

7 mostra a análise de variância para a flexibilidade.

Tabela 7: Análise de variância para a flexibilidade

Fonte Estatística P-valor Fatores 23.39 <.0001

Grupo 24.23 <.0001

Sexo 24.83 <.0001

Idade 19.43 <.0001

De acordo com os resultados do teste, foi verificado que os p-valores produzem

diferenças nos resultados da cifose. A tabela 8 mostra todos os grupos estudados e suas

Tabela 8: Análise comparativa de todas as variáveis com os grupos.

Idade Flexibilidade Grau da

cifose Modalidade s Sexo 60 a 69 anos ≥ 70anos Excelente Bo m Mé di o R egul ar Frac o 0 a 56° ≥ 57° Masc. 16 20 4 5 13 6 8 30 6 Natação Fem. 17 22 18 6 10 4 1 35 4 Masc. 19 18 5 2 11 8 11 29 8 Muscula- ção Fem. 16 27 15 3 4 4 17 39 4 Masc. 16 16 9 1 8 4 10 18 14 Ginástica Fem. 19 29 19 6 5 0 18 41 7 Masc. 19 16 1 3 5 8 18 19 16 Grupo controle Fem. 25 20 2 1 4 9 29 29 16

6. DISCUSSÃO

Acredita-se que o exercício físico atue como forma de prevenção e reabilitação

da saúde do idoso. Dessa forma, a inclusão num programa de exercícios físicos regulares,

pode ser efetiva na prevenção de perdas funcionais associadas ao envelhecimento (KURA,

2004). O presente estudo mostrou que de uma forma geral, os idosos que praticam atividade

física, correlacionada com este estudo, apresentaram resultados melhores no que diz respeito

ao aumento da flexibilidade e um grau da cifose torácica compatível com a idade.

Guadagnine e Olivoto (2004) compararam em seus estudos a flexibilidade em idosos

praticantes e não praticantes de atividades físicas, que ao realizarem o teste do sentar e

alcançar do banco de Well’s, a flexibilidade é maior, para os idosos que praticam atividades

físicas, ou seja, há uma acentuada melhoria da flexibilidade das pessoas, deixando claro que o

exercício físico aumenta a expectativa de vida, diminuindo os efeitos degenerativos do

envelhecimento.

Weineck (1991) após a realização do teste de sentar e alcançar feito em pessoas com

idade superior a 50 anos, afirmou que a falta de atividade física provoca encurtamento

muscular. Outros autores (VALE, 2005; MACIEL et al, 2005; DANTAS,1999; ACHOUR

JR., 2004 E SHEPHARD,2003) afirmam que programas de atividade física podem melhorar a

flexibilidade. Spirduso (1995) relata que a participação em atividades físicas regulares e

orientadas, melhoram a flexibilidade e os níveis de força e de resistência.

Shephard & Berridge (1990) mostram que há perda da flexibilidade em relação

inversa a idade, ressaltando que na relação entre homem e mulher, não há variação

significante. Molinari (2000) também afirma que quanto mais velha a pessoa, menor a

flexibilidade. Os resultados desse estudo mostraram que a idade não influencia na

flexibilidade dos que participam de atividades físicas, pois o p-valor do teste de associação de

podemos afirmar que as mulheres tiveram melhores resultados, o que vai ao encontro do

estudo de Hollmann & Hettinger (2005) que afirmou que as mulheres, independentemente da

idade, são mais flexíveis que os homens.

Dantas (1999) diz que os exercícios de alongamento têm surtido efeito em relação à

flexibilidade de idosos, onde o aumento gradativo de exercícios, como, por exemplo, ginástica

localizada, melhora o grau da cifose torácica, levando a uma diminuição no índice de lesões.

O estudo em questão corrobora com o autor, ao apresentar resultados semelhantes, pois, este

tipo de exercício destaca-se em relação aos demais – musculação e natação -, aumentando

sensivelmente a flexibilidade nos idosos praticantes.

Teixeira (2007) verificou que as mensurações feitas com o método Flexicurva tiveram

resultados significativos em relação ao Método Cobb para avaliação da cifose torácica,

mostrando ser um método com boa sensibilidade (85%) e boa especificidade (97%). Souza

(2006) estudando indivíduos idosos, também comparou os dois métodos e verificou que os

métodos apresentam correlação positiva e estatisticamente significante com um r = 0,866 (p =

0,0001). A partir destes resultados, foi então escolhido o Método Flexicurva para a

mensuração do grau da cifose torácica.

Hinman (2004) em seu estudo de comparação da cifose torácica em mulheres jovens e

idosas revela que a fraqueza muscular pode afetar o alinhamento postural, afirmando que a

cifose torácica é maior em mulheres idosas. Outros autores (MIKA, UNNITHAN & MIKA,

2005; SINAKI ET AL., 2005; FON, PITT & THIES, 1980; CHOW & HARRISON, 1987;)

também chegaram a mesma conclusão. Podemos observar neste estudo, que a maioria dos

idosos (acima de 70%) que participam de atividades físicas apresentou o grau da cifose

torácica em níveis normais. As estatísticas mostraram que somente o grupo da ginástica, foi o

que apresentou os melhores resultados, ou seja, menores graus da cifose torácica em relação

grupos e o grupo controle. Em relação à idade, os resultados não mostraram associação entre

as duas variáveis: idade e cifose torácica.

As mulheres idosas do grupo controle, de fato apresentaram um maior grau da cifose

torácica. Souza e Souza (2003) revelam em seus estudos que idosos não praticantes de

atividades físicas, ficaram com o grau de cifose torácica acima do considerado normal. Chow

& Harrison (1987) também constataram que a atividade física regular pode retardar a

progressão da cifose torácica associada ao envelhecimento. Cutler, Friedmann e Genovese-

Stone (1993) confirmam os resultados desses autores mostrando em seus resultados que as

mulheres que se exercitavam mostraram índices menores da cifose torácica. Ratificando os

resultados estatísticos, este trabalho revela que o grupo que realiza atividade física, apresenta

um grau normal de cifose torácica entre 20 a 56, e que a maioria dos idosos pertencentes ao

grupo controle apresentam resultados acima deste grau.

Alguns autores afirmam que a cifose torácica se acentua com o passar dos anos,

principalmente em mulheres (MILNE & LAUDER, 1976; MILNE & WILLIAMSON, 1983;

FON, PITT, & THIES, 1980; CHOW & HARRISON, 1987). Contudo, Gelb et al. (1995)

relataram não haver correlação entre a idade e a cifose torácica. Entretanto, pela análise da

correlação de Pearson entre a idade e o ângulo da cifose evidenciado pelos dois Métodos em

questão, tanto geral como nos grupos de mulheres e homens, não houve resultado

estatisticamente significante. Continuando essa análise – idade versus gênero -, cita-se Sinaki

et al. (2005) que encontraram uma média de 34,1º para a cifose torácica em mulheres com

mais de 60 anos. Tais números se encontram dentro dos limites de normalidade sugerido por

vários autores. Ressalta-se ainda, neste estudo, que analisando o gênero e a idade para os

grupos estudados, observou-se que os resultados do teste Qui-Quadrado para todos os grupos

foram iguais. Analisando o gênero e o grau de cifose dos idosos, observou-se que os

controle, logo o gênero não influencia o grau de cifose. Pela tabela de contingência das

variáveis gênero e cifose, observou-se que para os idosos as mulheres tendem a ter o grau de

cifose menor que os homens no grupo da ginástica.

Fernandes (2006) avaliou 100 mulheres, do grupo UNATI e dividiu em três grupos

sendo: 30 mulheres normais, 36 mulheres com osteopenia e 34 mulheres com osteoporose.

Através da avaliação utilizando a régua Flexicurva, constatou um aumento da curvatura

torácica em decorrência da idade e da osteoporose. Milne e Williamson (1983) e Kauffman

(2001) chegaram ao mesmo resultado e acrescentam que o grau da cifose é maior no grupo

das mulheres. Milne e Williamson (1983) verificaram que após 5 anos de estudo, o índice de

cifose, medido pelo Flexicurva, apresentava maior nas pessoas mais idosas. Neste estudo após

a análise da idade e da cifose torácica para os grupos estudados, observou-se que os resultados

do teste Qui-Quadrado para todos os grupos foram iguais, afirma-se que não existe qualquer

associação entre idade e cifose torácica. Por meio dos resultados observou-se que não existe

associação entre idade e a cifose para o grupo controle, pois o p-valor exato do teste de

associação de Qui-Quadrado (0,2590) foi maior que o nível de significância (0.05).

Diferentes estudos têm demonstrado que o declínio físico e funcional associado ao

envelhecimento, mesmos em pessoas com idade mais avançada, pode ser revertido através do

exercício físico (CARVALHO, 2006). Esta pesquisa chegou à mesma conclusão, mostrando

através dos resultados, que a maior flexibilidade e os menores graus da cifose torácica estão

CONCLUSÃO

Este estudo concluiu que:

• Os maiores graus da cifose torácica foram observados no grupo controle, embora os resultados mostraram que mais de 70% dos idosos de todos os

grupos ficaram na classe de 20 a 56 graus, que é considerado fisiológico.

• Não houve associação do gênero com a cifose torácica nos grupos na natação, musculação e no grupo controle, mas foi observado que no grupo da ginástica,

as mulheres obtiveram menores graus da cifose torácica.

• O resultado da cifose torácica com a idade não apresentou significância.

• As mulheres idosas apresentaram melhor flexibilidade que os homens idosos do grupo das atividades físicas. Não houve significância para o grupo controle.

• Idosos do grupo controle com até 69 anos apresentaram melhor flexibilidade que os idosos praticantes de atividades físicas. Não houve significância em

relação aos grupos de atividade física.

• A correlação da flexibilidade com a cifose torácica mostrou não haver significância para todos os grupos de atividade física e também para o grupo

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