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Avaliação da pressão portal intra-operatória

No documento WALTER DE BIASE DA SILVA NETO (páginas 59-70)

Dos trinta e seis pacientes avaliados, todos apresentavam pressão portal elevada (acima de 18 cm de H2O). Após a DAPE, apenas um paciente

não apresentou queda da pressão portal quando se comparou a pressão portal no início e ao final do procedimento operatório. Quando divididos em quatro gradientes de queda, quatro pacientes tiveram queda entre 0 e 10%, nove tiveram queda entre 10 e 20%, oito entre 20 e 30% e quinze acima de 30%. A queda média da pressão portal após o procedimento operatório foi de 26,5%, com desvio padrão de 13,48e mediana de 26,9%.

Ao utilizar-se como queda significativa da pressão portal o valor de 30%, vinte e um pacientes apresentaram queda inferior a 30% e quinze apresentaram queda superior a 30% (Tabela 3).

Resultados 44

Tabela 3 - Percentual de queda da pressão portal após a realização da desconexão ázigo-portal mais esplenectomia

Caso % de queda 1 37,5 2 0,0 3 59,0 4 35,7 5 11,1 6 13,6 7 29,4 8 21,6 9 29,6 10 25,0 11 7,1 12 18,0 13 50,0 14 33,2 15 41,3 16 17,8 17 13,8 18 36,6 19 26,6 20 11,6 21 18,9 22 23,3 23 13,9 24 17,8 25 34,4 26 8,7 27 6,4 28 33,3 29 36,8 30 27,2 31 36,1 32 31,2 33 40,5 34 20,8 35 40,4 36 34,1

5.3 Avaliação endoscópica das varizes no pós-operatório

Dos 36 pacientes avaliados, 21 tiveram dados da endoscopia digestiva alta feita nos primeiros meses de pós-operatório. Destes, quatro não apresentavam cordões varicosos (grau 0), treze apresentavam varizes de fino calibre (grau 1), três apresentavam varizes grau 2 e um apresentava cordão varicoso grau 3 (segundo a classificação de Palmer e Bricks) (Tabela 4).

Tabela 4 - Avaliação endoscópica das varizes esofageanas no pós- operatório precoce

Classificação (Palmer) precoce

Pós-operatório Número % 0 4 19,1 I 13 61,9 II 3 14,3 III 1 4,8 IV - 0,0

Resultados 46

Dos 36 pacientes avaliados endoscopicamente no pós-operatório tardio, nenhum apresentava varizes de grosso calibre. Quatorze (38,8%) não apresentavam cordões varicosos (Grau 0 segundo a classificação de Palmer e Bricks), doze apresentavam varizes Grau I, sete Grau II e três Grau III (Tabela 5).

Tabela 5 - Avaliação endoscópica das varizes esofageanas no pós- operatório tardio

Classificação (Palmer) tardio

Pós-operatório Número % 0 14 38,8 I 12 33,4 II 7 19,4 III 3 8,4 IV 0 0,0

5.4 Evolução das varizes no decorrer do pós-operatório

Dos vinte e um pacientes que tiveram avaliação pós-operatória precoce e que tiveram seguimento pós-operatório, treze (61,9%) apresentaram aumento de varizes durante o seguimento pós-operatório. Dos quatro pacientes que apresentaram varizes esofageanas grau 0, três (75%) apresentaram aumento das varizes no seguimento endoscópico pós- operatório.

Ao avaliar a evolução das varizes comparando os resultados endoscópicos pré e pós-operatórios tardios, optou-se por distribuir os valores de queda em classes. Assim, nos casos onde não houve diminuição do calibre foi atribuída classe A, naqueles em que a diminuição foi de um grau (segundo a classificação de Palmer e Bricks), foi atribuída classe B, nos casos em que a diminuição foi de dois graus foi atribuída classe C, naqueles que a diminuição foi de três graus, classe D e naqueles em que a diminuição foi de quatro graus, classe E.

Segundo esta classificação, a comparação do calibre pré-operatório e pós-operatório precoce mostrou uma distribuição predominante nas classes com maior regressão, isto é, dois ou mais graus de regressão em dezoito pacientes dos vinte e um pacientes estudados (85,7%). Nenhum paciente teve ausência de variação no calibre das varizes (classe A), três pacientes tiveram regressão classe B (14,3%), sete pacientes tiveram regressão classe C (33,3%), nove pacientes tiveram regressão classe D (42,9%) e dois pacientes tiveram evolução grau E (9,5%) (Tabela 6).

Resultados 48

Tabela 6- Graus de regressão do calibre das varizes comparando a avaliação endoscópica pré e pós-operatória precoce.

Graus de Regressão das Varizes Esofágicas (divididos por classe)

Classe Número % A - 0,0 B 3 14,3 C 12 33,3 D 9 42,9 E 2 9,5 Total 21 100,0

Classe A, casos onde não houve diminuição do calibre, classe B, casos em que a diminuição foi de um grau (segundo a classificação de Palmer e Bricks), classe C, diminuição de dois graus, classe D diminuição de três graus e classe E em que a diminuição foi de quatro graus.

Em relação aos trinta e seis pacientes que tiveram seguimento tardio, vinte e nove pacientes (80,5%) apresentaram uma regressão importante do calibre das varizes esofágicas, isto é, mais de dois graus de regressão. Quatro pacientes não tiveram regressão no calibre das varizes, ou seja, classe A (11,1%), três pacientes tiveram regressão classe B (8,3%), dez pacientes regressão classe C (27,8%), dez classe D (27,8%) e nove classe E (25%) (Tabela 7).

Tabela 7- Graus de regressão do calibre das varizes comparando a avaliação endoscópica pré e pós-operatória tardia

Graus de Regressão das Varizes Esofágicas (divididos por classe)

Classe Número % A 4 11,1 B 3 8,3 C 10 27,8 D 10 27,8 E 9 25,0

Classe A, casos onde não houve diminuição do calibre, classe B, casos em que a diminuição foi de um grau (segundo a classificação de Palmer e Bricks), classe C, diminuição de dois graus, classe D diminuição de três graus e classe E em que a diminuição foi de quatro graus.

Resultados 50

5.5 Evolução das varizes esofágicas comparando a avaliação endoscópica pré e pós-operatória precoce e tardia

Quando se comparou o número de pacientes que apresentaram regressão do calibre das varizes na avaliação pré e pós-operatóriaprecoce verificou-se que a diferença foi estisticamente significativa (p < 0,001) (Tabela 8) (Figura 7).

Tabela 8 - Comparação do calibre das varizes no pré-operatório com o pós-

operatório precoce

Calibredas varizes Pré-operatório Pós-operatório precoce P

N % N % 0 − 0,0 4 19,0 I − 0,0 13 61,9 II - 5,6 3 14,3 < 0,001 III 10 44,4 1 4,8 IV 11 50,0 − 0,0 Total 21 100,0 21 100,0

Quando se comparou o número de pacientes que apresentaram regressão do calibre das varizes na avaliação pré e pós-operatória tardia verificou-se que a diferença foi estaticamente significativa (p < 0,001) (Tabela 9) (Figura 7).

Tabela 9- Comparação do calibre das varizes no pré-operatório com o pós- operatório tlardio

Calibre das varizes Pré-operatório Pós-operatório tardio P

N % N % 0 - 0,00 14 38,9 I - 0,00 12 33,3 II 2 5,6 7 19,4 < 0,001 III 16 44,4 3 8,4 IV 18 50,0 - 0,0 Total 36 100 36 100

Resultados 52

Quando se comparou o calibre das varizes na avaliação pós- operatória precoce e na pós-operatória tardia verificou-se que a diferença não foi estatisticamente significativa (p=1,000) (Tabela 10) (Figura 7).

Tabela 10- Comparação do calibre das varizes no pós-operatório precoce com o pós-operatório tardio

Calibre das varizes

Precoce Tardio p N % N % Grau 0 4 19,0 14 38,9 Grau 1 13 61,9 12 33,4 Grau 2 3 14,3 7 19,4 1,000 Grau 3 1 4,8 3 8,3 Total 21 100,0 36 100,0

Figura 7 - Comportamento das varizes esofageanas segundo avaliação endoscópica no pós-operatório, pós-operatório precoce e pós- operatório tardio

p = 1,00

Pré-op Pós-op. precoce Pós-op. tardio

IV III II I 0

Resultados 54

5.6 Comparação da queda de pressão portal com a evolução das

No documento WALTER DE BIASE DA SILVA NETO (páginas 59-70)

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