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Avaliação das propriedades dos adesivos Uréia-Formaldeído (UF), Fenol-Formaldeído

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CAPÍTULO 4. Avaliação das propriedades dos adesivos Uréia-formaldeído (UF) e Fenol-

2. Material e métodos

3.1 Avaliação das propriedades dos adesivos Uréia-Formaldeído (UF), Fenol-Formaldeído

var. bahamensis.

Na Tabela 1, são mostrados os valores médios para viscosidade (VISC), tempo de formação de gel (TFG) e pH do adesivo Uréia-Formaldeído (UF) e de suas modificações com extrato tânico da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis.

Tabela1. Valores médios para viscosidade (VISC), tempo de formação de gel (TFG) e pH do

adesivo UF e suas modificações com extratos tânicos da casca de de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis

Tratamento VISC (cP) TFG (min) pH

UF 255,34 a 1,16 f 8,03 a UF 90:10 POO 231,46 b 1,36 e 7,27 b UF 80:20 POO 176,08 c 1,55 c 7,26 b UF 70:30 POO 171,31 c 3,10 a 7,27 b UF 90:10 PCB 176,08 c 1,28 e 7,11 c UF 80:20 PCB 160,81 d 1,52 d 6,99 c UF 70:30 PCB 156,98 d 2,08 b 7,11 c

UF= Uréia formaldeído, POO= Pinus oocarpa, PCB= Pinus caribaea var. bahamensis.

Médias seguidas pela mesma letra, dentro de uma mesma coluna, não diferem estatisticamente entre si ao nível de 5% de significância pelo teste de Scott-knott.

Observa-se que tanto para o tanino de Pinus oocarpa quanto para o tanino de Pinus caribaea bahamensis, a adição de maiores percentuais desses taninos ao adesivo UF contribuiu para obtenção de menores valores de viscosidade, sendo a diferença significativa para as percentuais de substituição.

Lelis & Gonçalves (1998), estudando tanino de acácia negra como elemento modificador da resina UF, encontraram resultados semelhantes, pois a adição do extrato tânico reduziu o valor da viscosidade da substituição a 10%. Tostes (2003), também observou este mesmo comportamento na substituição a 10%.

Carvalho (2010), estudando tanino de Pinus caribaea bahamensis, encontrou um aumento da viscosidade, ao se adicionar o adesivo uréia–formaldeído (UF).

As misturas de UF em extratos tânicos de Pinus caribaea bahamensis nas diferentes proporções apresentaram menores valores de viscosidade do que a mistura de uréia formaldeído com extratos tânicos de Pinus oocarpa.

Os extratos tânicos apresentaram de modo geral, altos valores de viscosidade, impedindo sua aplicação como adesivos para colagem de madeira. Exemplos de alto valores de viscosidade são encontrados em Carneiro (2006) podendo ser encontrados valores de 5968 cP em Eucalyptus

grandis. Desta forma, as espécies Pinus caribaea bahamensis e Pinus oocarpa apresentaram –se com boas características para fornecimento de matéria prima para extração de taninos.

Com relação ao tempo de formação de gel, houve aumento sendo a diferença significativa nos valores à medida que foi adicionado extrato tânico das duas espécies ao adesivo UF. Esses resultados estão diferentes ao encontrado por Tostes (2003) em adesivos uréicos modificados com extratos tânicos de eucalipto, onde os tempos de formação de gel observados foram diminuindo com a adição dos extratos tânicos. De modo geral, as modificações de UF e dos extratos tânicos de Pinus caribaea bahamensis, apresentaram menores valores de tempo de formação de gel do que as modificações dos extratos tânicos de Pinus oocarpa.

A adição de extrato tânico ao adesivo UF, promoveu a redução do pH. Os extratos tânicos de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis apresentaram –se bastante ácidos., Ferreira (2004) avaliando o ph das cascas de Pinus oocarpa encontrou-se valor de pH de 6,98 sendo os valores maiores que os encontrados neste trabalho. O pH interfere tanto na reatividade, quanto na viscosidade das reações de tanino, sendo importante o controle desta variável para impedir uma polimerização acelerada e consequente cura prematura do adesivo.

Na Tabela 2, são mostrados os valores médios para viscosidade (VISC), tempo de formação de gel (TFG) do adesivo Fenol-Formaldeído (FF) e de suas modificações com extrato tânico da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis.

Tabela 2. Valores médios para viscosidade (VISC), tempo de formação de gel (TFG) do adesivo

FF e suas modificações com extrato tânico da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis.

Tratamento VISC (cP) TFG (min) pH

FF 201,17 e 31,73 d 12,75 a FF 90:10 POO 256,64 d 29,87 e 12,39 b FF 80:20 POO 342,96 c 23,01 f 12,38 b FF 70:30 POO * 21,11 g 12,39 b FF 90:10 PCB 460,02 b 35,75 a 12,11 c FF 80:20 PCB 511,57 a 34,14 b 12,10 c FF 70:30 PCB * 32,13 c 12,10 c

FF= Fenol formaldeído, POO= Pinus oocarpa, PCB= Pinus caribaea var. bahamensis.

Médias seguidas pela mesma letra, dentro de uma mesma coluna, não diferem estatisticamente entre si ao nível de 5% de significância pelo teste de Scott-knott.

Inicialmente era previsto substituir até 30 % da resina FF por tanino da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis, mas isso não foi possível. Uma vez que na proporção de 70:30 foi impossível a determinação da viscosidade (houve um considerável aumento da viscosidade).

Observa-se que tanto para o tanino de Pinus oocarpa quanto para o tanino de Pinus caribaea bahamensis, a adição de maiores percentuais desses taninos ao adesivo FF contribuiu para obtenção de maiores valores de viscosidade, sendo a diferença significativa para os percentuais de substituição.

Ferreira (2004), estudando o tanino da casca de Pinus oocarpa, encontrou um aumento na viscosidade, ao se adicionar o adesivo fenol–formaldeído (FF).

Gonçalves (2000) e Tostes (2003) observaram uma redução da viscosidade em resinas fenólicas substituídas em 10% por extratos tânicos, fator que diverge dos resultados observados no presente estudo.

Os valores de viscosidade dos adesivos FF e suas modificações com extratos tânicos de Pinus caribaea var. bahamensis foram maiores do que os valores encontrados com FF e suas modificações com extratos tânicos de Pinus oocarpa, sendo a diferença significativa.

Com relação ao tempo de formação de gel, houve uma diminuição para a espécie Pinus oocarpa e um aumento para a espécie Pinus caribaea bahamensis. Ferreira (2004) e Tostes (2003) observaram um aumento no tempo de formação de gel analisando a modificação da resina fenólica com 10% de extrato tânico de Pinus oocarpa e Eucalyptus pellita respectivamente.

A adição de extrato tânico ao adesivo Fenol formaldeído (FF), promoveu a redução do pH. O pH é um fator importantíssimo durante o processo de colagem, uma vez que pode interferir no processo de endurecimento de uma resina (ROFFAEL & DIX,1994).

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