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3 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS

3.5 Avaliação de projetos

A avaliação de projetos e atividades tem por finalidade averiguar se as unidades de ação previstas foram planejadas, implementadas e implantadas adequadamente.

A avaliação de projetos educacionais vinculados à Educação Básica se caracteriza como

uma avaliação que, no decorrer do planejamento e execução do projeto, permite aos envolvidos aprender e fazer juízos acerca dos pressupostos iniciais, da implementação e dos resultados da sua intervenção. O desenho da avaliação é especialmente importante porque influencia a natureza e a qualidade das conclusões que poderão ser tiradas. Isso implica na escolha de metodologias adequadas, bem como o acompanhamento das ações, informando e realimentando com a análise dos resultados e impactos o processo de planejamento do projeto (BRASIL/MEC/SEB, 2006).

Este procedimento avaliativo chama-se de avaliação ex-ante ou avaliação dos insumos (avaliação diagnóstica), isto é, avalia-se se o projeto foi concebido de conformidade com o programa que o gerou. Em seguida, avaliam-se as fases do andamento da execução do projeto (avaliação formativa), isto é, a avaliação do processo. Após a efetivação realiza-se a avaliação dos resultados obtidos procedimento considerando avaliação ex-

post, (avaliação dos resultados) nas vertentes: avaliação dos efeitos e do

impacto.

Os projetos educativos mais propalados neste momento histórico são: projeto pedagógico projeto de ensino, projeto de resolução das diretrizes curriculares, pedagogia dos projetos, projetos de pesquisa, softwares educativos entre outros da mesma natureza.

Pelas razões e concepções descritas, oportuno se faz explicitar na próxima unidade deste trabalho a avaliação do ensino aprendizagem, uma vez que esta é utilizadas como paradigmas para a avaliação institucional mediante os programas de ensino.

3.5.1 Avaliação da aprendizagem

A avaliação da aprendizagem escolar pode ser concebida como avaliação de projeto, tendo em vista que à aprendizagem escolar é planejada e incrementada no projeto pedagógico curricular (PPC) da organização escolar, instituição promotora do ensino-aprendizagem (VERAS, 2007).

Diante do exposto, a avaliação da aprendizagem deve se efetivar em todos os momentos da aprendizagem, isto é, antes (input), durante (processo) e depois (output), nas vertentes: diagnóstica, formativa e classificatória. A avaliação da aprendizagem, como ato avaliativo, deve ter inicio no diagnóstico do PPC para averiguar se o que foi planejado está sendo executado. Os resultados delineados na avaliação são imprescindíveis à tomada de decisão.

A tomada de decisão que emerge da avaliação diagnóstica deve ser iluminada pelo principio: - manter o ensino-aprendizagem que está correto e redimensionar o que está inadequado e ineficiente. Nesta perspectiva, a avaliação não é para punir, execrar ou desqualificar o aprendiz. O professor deve se apropriar dos resultados avaliativos para dar continuidade ao processo ensino-aprendizagem ou para redimensioná-lo, caso os alunos não tenham obtido o nível de aprendizagem satisfatório tal como foi planejado, isto é, no padrão de qualidade estabelecido no PPC.

Segundo Luckesi (2004), o ato de avaliar é um momento amoroso, dialógico, construtivo e, acima de tudo, humano. Por conseguinte, não deve ser um ato imposto, ameaçador ou punitivo.

A avaliação possibilita a qualificação dos aprendizes e orienta aos gestores para deflagrarem novas possibilidades com vistas à auxiliar sua vida escolar e profissional. Dependendo da intencionalidade do que se objetiva realizar, os professores podem adotar quaisquer modalidades de avaliação, sejam elas: diagnóstica, formativa ou classificatória, ou podem torná-las complementares.

A avaliação diagnóstica fornece elementos para a formação de conhecimentos e saberes e deve ser um pré-requisito à aprendizagem continuada. Para revigorar as aprendizagens não satisfatórias torna-se necessário conhecer se o que foi ensinado pelos professores está sendo aprendido pelos os alunos. Os saberes apropriados devem ser mantidos e os não aprendidos devem ser revigorados, mediante novos procedimentos didáticos que induzem a consolidação e reconstrução do que deve ser re- ensinado. Nesta perspectiva, a avaliação formativa tem como foco: ensinar, ensinar, ensinar, e, por via de consequência, aprender, aprender e aprender (LUCKESI, op. cit).

A avaliação da aprendizagem requer, ainda, três elementos operacionais:

i) captação de dados relevantes;

ii) instrumentos adequados, validados e críveis e, iii) aplicação correta dos instrumentos.

Estes elementos devem ser considerados, pois a avaliação pode ficar mascarada, logo não reflete a realidade. Esta situação acontece porque, muito das vezes, os dados coletados são inconsistentes, devido à má elaboração e o mau uso dos instrumentos. Por conseguinte, os especialistas ao planejar os instrumentos com vistas a buscar indicadores devem ter em mente que os itens do instrumento devem abarcar os objetivos e conteúdos planejados mediados por critérios previamente estabelecidos.

Diante dos resultados da avaliação formativa é possível delinear a avaliação classificatória, isto é, torna-se viável conhecer o nível de aprendizagem dos alunos, isto é, identifica-se quem tem aprendizagem com aproveitamento satisfatório (na média e acima da média) ou aproveitamento não satisfatório.

Este fato de certo modo induz a classificação, não para promover um ranking, mas com a finalidade de identificar quem aprendeu ou ainda não aprendeu. O ensino das ciências exatas, em especial, da matemática deve se

apropriar destas atitudes para que o ensino e a aprendizagem dos conteúdos sejam aprendidos com bastante motivação e auto-realização.

Embasado nestas crenças foi que se empreendeu a pesquisa avaliativa sobre a aprendizagem da matemática (álgebra e geometria), por meio do software Geogebra, tendo em vista que este procedimento tecnológico e didático tem promovido à elevação do nível de aprendizagem dos alunos, uma vez que estimula e incentiva o aprender, aprender e aprender.

Embasado nestes pressupostos é que se avalia o programa software Geogebra como instrumento psicopedagógico de ensino em geométrica cujos procedimentos operacionais, ou seja, a metodologia está delineada a seguir.

4 DESVELANDO A REALIDADE EMPÍRICA

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