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AVALIAÇÃO DE UM OA

No documento giselebarbosa (páginas 55-58)

Avaliar os materiais educacionais, segundo Campos et al. (2001) se faz necessário quando se pretende utilizá-los no ensino. Porém, isso não se restringe apenas a identificar os defeitos de funcionamento, mas, trata-se também de observar os atributos que evidenciam a conveniência e viabilidade de seu uso, facilidade de manipulação desse produto, orientações de instalação consistentes e legíveis, dentre outros.

Logo, é de fundamental importância aplicar uma metodologia adequada para essa avaliação. Além disso, envolver nesse processo avaliativo os usuários do material a ser avaliado garante que certos fatores sejam considerados para qualificação desses recursos. Fernandes et. al. (2009) argumentam que avançar na testagem do objeto de aprendizagem produzido, na escola ou em um grupo selecionado de usuários, antes de publicá-los em repositórios, pode elucidar muitas percepções. Dentre elas, a observação de como a escola (ou professor) recebe e utiliza esses recursos digitais.

Em Silva (2011) é citado como técnica de avaliação a observação dos usuários na prática. O autor ainda apresenta a técnica de solicitar as opiniões dos usuários, que segundo ele, é bastante utilizada por fornecer um bom retorno do usuário, contendo sua opinião sobre o produto analisado. Pode ser obtido por meio de questionários e entrevistas. Esses procedimentos tem sido uma abordagem muito apreciada por retornar uma resposta rápida, e possuir um custo relativamente baixo. Nela, “pessoas especialistas analisam o sistema realizando tarefas como se fossem usuários típicos a procura de problemas e falhas” (SILVA, 2011, p.45).

Há ainda o método de avaliação preditiva, que visa identificar problemas de usabilidade conforme um conjunto de heurísticas ou diretrizes. Em Oliveira (2011), o autor propõe um modelo de softwares educacionais em forma de listas de avaliações em formato de guidelines ou checklist. Neste modelo, a avaliação é feita a partir de uma sequência de características, as quais são analisadas como critérios julgados fundamentais, considerando tanto aspectos tecnológicos quanto pedagógicos. Esse tipo de avaliação tem uma proposta de tratamento quantitativo dos dados, pois, ao final, será quantificado o número de atributos com os quais o software está contemplado.

Outro instrumento de avaliação também muito utilizado atualmente, principalmente nos Estados Unidos e Canadá é o Leaning Object Review Instrument (LORI), o qual foi desenvolvido pelo e-Learning Research and Assesment Network. Ele é específico para a avaliação de objetos de aprendizagem e explora os seguintes itens: qualidade do conteúdo, alinhamento de objetos de aprendizagem, feedback e adaptação, motivação, projeto de apresentação, usabilidade, acessibilidade, reusabilidade, aderência e padrões. Cada um desses itens, de acordo com Jesus, Gomes e Cruz (2012) é graduado de um a cinco, baixa para alta, respectivamente.

Tem-se ainda o recurso de avaliação de objetos de aprendizagem denominado Instrumento para a Avaliação da Qualidade de Objetos de Aprendizagem desenvolvido pela Coordenação Central de Educação a Distância da PUC-RIO (CCEAD/PUC-RIO (2009)/PUC-Rio) 23. A iniciativa foi motivada a fim de proceder à avaliação entre os pares participantes do Programa CONDIGITAL –

23

CCEAD/PUC-RIO (2009) PUC-RIO. Disponível em < http://web.CCEAD/PUC-Rio (2009).puc- rio.br/condigital/portal/>. Acesso em 17/03/2014.

SEED-MEC. Amplamente utilizado pelas várias instituições nacionais participantes do edital 1/2007 para a produção de conteúdos educacionais digitais multimídia, lançado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação a Distância.

O instrumento de avaliação denominado HEODAR24, segundo Lima et. al (2013) também foi desenvolvido com o objetivo de avaliar as variáveis tanto pedagógicas quanto técnicas dos objetos de aprendizagem. Os autores acrescentam que esse instrumento avalia mais variáveis do que o instrumento LORI, dividindo os aspectos que avalia em duas categorias: Psicopedagógico e Didático- curricular.

Além desses, o Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada à Educação (NUTED)

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da Universidade Federal do Rio Grande do Sul também propõe um instrumento de avalição de OA. Segundo Lima et. al (2013), tal modelo se baseia no sistema MERLOT, uma vez que faz referência aos aspectos pedagógicos a partir de três grupos: qualidade do conteúdo, sua usabilidade e didática.

Os instrumentos aqui apresentados irão nos auxiliar na avaliação e análise dos OA selecionados para esta pesquisa. Quanto aos aspectos tecnológicos e pedagógicos fundamentais para que se estabeleçam como recurso educacional para o ensino de educação financeira.

Para encerrarmos esta seção, apresentamos outra metodologia para avaliação de software denominado Avaliação da Qualidade De Software Educacional26. Essa avaliação se difere das demais que apresentamos porque ela funciona online. O interessado deve inserir o link27 do software a ser avaliado e responder a um questionário de múltipla escolha, sobre o produto que pretende avaliar. Logo em seguida, é gerado um resultado, no qual se tem a informação sobre o software avaliado.

24

Herramienta para la evaluación de objetos didácticos de aprendizaje reutilizables (HEODAR). Disponível em < http://docs.MOODLE.org/20/en/Heodar>. Acesso em 15/6/14.

25

Núcleo de Tecnologias Digital aplicado a Educação (NUTED). Disponível em < http://www.nuted.ufrgs.br/?page_id=79>. Acesso em 15/6/14.

26

Avaliação da Qualidade de Software Educacional. Disponível em < http://www.fafism.com.br/avaliacao/qualidade.html >. Acesso em 15/7/14.

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III - EDUCAÇÃO FINANCEIRA ATRAVÉS DE OBJETOS DE

APRENDIZAGEM

Neste capítulo, intencionamos discutir a inserção dos objetos de aprendizagem para abordar a educação financeira na escola. Pretendemos relacionar tal inserção à luz da proposta curricular do Programa de Educação Financeira na Escola, idealizado por Silva e Powell (2013), cujo objetivo é educar financeiramente estudantes cursando desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Iremos discutir ainda a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), por ser a atual iniciativa governamental vinculada ao MEC.

No documento giselebarbosa (páginas 55-58)