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5. RESULTADOS

5.1 Avaliação e comparação da amostragem sem implantes

A principal técnica de coloração de tecidos para o estudo de Histologia básica é a técnica HE (Hematoxilina-Eosina). Através dessa técnica são diferenciadas porções basófilas e acidófilas do tecido estudado. A hematoxilina é basófila, ou seja, tem afinidade por substâncias básicas. A eosina é acidófila, tendo afinidade pelo citoplasma, fibras colágenas e outras substâncias ácidas das células. Essa técnica nos mostra principalmente características orgânicas do tecido estudado. [61]

A análise histológica das amostras com tecido ósseo sem implantes, em magnificações de 50x e 100x em microscópio óptico de transmissão, permitiu

uma exímia análise qualitativa do tecido. Foram averiguadas diversas características ósseas como:

 Visualização de grande quantidade de tecido ósseo secundário ou maduro, osso mais calcificado e mais denso do que o osso primário;

 Diferenciação indireta de áreas de tecido ósseo compacto e esponjoso;

 Visualização de canais de Harvers;

 Regiões de vascularização óssea, bem como, vasos sanguíneos e suas células, tecido hematopoiético, ligamento periodontal e suas células, colágeno;

 Osteócitos maduros e células características de tecido ósseo como osteoblastos, osteoblastos e células osteoprogenitoras em determinadas regiões de reabsorção e formação óssea;

 Rica avaliação celular e orgânica do tecido;

Figura 5.1- Tecido ósseo sem implantes, técnica histológica. Legendas: E= Esmalte, D= Dentina, MB= Osso Esponjoso, CB= Osso Cortical, BV= Vaso sanguíneo, HT= Tecido

Já a análise do tecido ósseo pelo protocolo de preservação óssea proposto no estudo proporcionou a visualização de características inorgânicas deste tecido, sem possibilidade da análise de características orgânicas diretamente, como pode ser visualizado nas figuras 5.2, 5.3 - B e 5.4 - A.

Porém, o conjunto das informações inorgânicas adquiridas nas amostras permitem avaliações qualitativas indiretamente do tecido. Assim como, o conjunto de informações orgânicas nas amostras pela técnica histológica também permitiu avaliações qualitativas indiretas, conforme as figuras 5.1, 5.3- A e 5.4 - B.

A análise do protocolo de preservação óssea, em magnificações de 50x e 100x em microscópio óptico de reflexão, permitiu a análise de características ósseas como:

 Visualização de grande quantidade de tecido ósseo secundário ou maduro, osso mais calcificado e mais denso do que o osso primário;

 Diferenciação de tecido ósseo compacto e esponjoso;  Visualização de canais de Harvers;

 Visualização de toda região mineral tanto do tecido ósseo como dentário bem delimitado;

 Visualização indireta de regiões onde se encontravam tecidos orgânicos, bem como áreas de ligamentos periodontais, “gaps” onde haviam áreas de vascularização dentro do tecido mineral;  Rica avaliação do tecido inorgânico em qualidade e delimitações;

Figura 5.2 - Tecido ósseo sem implantes, pela técnica de preservação óssea. Legendas: E= Esmalte, D= Dentina, MB= Osso Medular, G= Gaps ósseos e PL= Ligamento

Periodontal.

Os registros das imagens para a comparação entre os métodos de análise focaram regiões ósseas semelhantes nas amostras realizadas pelas duas técnicas diferentes, com o intuito de mostrar as características reveladas por cada protocolo e suas vantagens e desvantagens na apresentação do tecido ósseo.

A figura 5.3 expõe uma mesma região do tecido ósseo pelas duas técnicas de confecção de amostras, juntamente com uma análise por microscopia óptica. A imagem permitiu a comparação de características mostradas em cada técnica, onde pode-se verificar a maior quantidade de informações visualizadas pela técnica histológica como: características celulares tanto ósseas como de vascularização e de ligamento periodontal, tecido orgânicos de diferentes tipos e qualidade e quantidade óssea na região (figura 5.3-A).Enquanto algumas informações semelhantes como: quantidade e qualidade óssea, regiões de áreas de vascularização mostradas indiretamente pelos “gaps” no meio do tecido mineral, regiões onde o ligamento periodontal se posicionava e tecido dentário bem definido (esmalte e dentina), foram passíveis de análise pelo protocolo de preservação óssea (figura 5.3 – B).

Algumas áreas inorgânicas tiveram uma definição melhor, como o esmalte dentário, pelo "protocolo de preservação".

A riqueza de detalhes orgânicos e celulares pode ser analisada pela técnica histológica, no entanto a qualidade e compactação óssea do tecido ósseo e dentário foi mais facilmente analisada pelo protocolo de preservação óssea por seu foco unicamente na parte mineral.

Figura 5.3 - A e B: Região semelhante de tecido ósseo mandibular mostrada por técnicas diferentes (protocolo de preservação[B] e técnica histológica [A]) - Legendas: G= "gaps”, MB= osso esponjoso, CB = osso cortical, E= Esmalte, D= Dentina, PL = Ligamento

Periodontal, HT= Tecido Hematopoiético

A figura 5.4 mostra regiões semelhantes do osso mandibular mais específicas, as quais proporcionaram a análise mais crítica do osso pelas duas técnicas. Nela se conseguiu delimitar muito bem áreas de tecido ósseo compacto e esponjoso pelas duas técnicas e também permitiu a visualização de canais de Havers pelas duas técnicas. Esta imagem exemplificou a possibilidade de avaliação do tecido mineral ósseo de forma semelhante pelas

duas técnicas apresentadas e ainda com uma análise mais abrangente, uma avaliação indireta superficial de regiões onde se encontravam tecidos de vascularização, ligamentais e espaços celulares pelo protocolo de preservação.

Figura 5.4 - A e B: Região semelhante do tecido ósseo mandibular mostrada por técnicas diferentes (protocolo de preservação [A] e técnica histológica [B]) - Legendas: MB=

osso esponjoso, CB = osso cortical, HT= Tecido Hematopoiético, G= "gaps", H= Canais de Havers

A avaliação de diferentes regiões das amostras nas duas técnicas propostas mostrou que a análise histológica do tecido ósseo mandibular sem implantes foi substancialmente mais rica em informações do que o protocolo de preservação óssea. Com a comparação das amostras pelas duas técnicas em diferentes regiões do tecido ósseo mandibular, exemplificado pelas Figuras 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4, se verificou uma análise mais abrangente pela técnica histológica quando o tecido ósseo está sem implantes.

Porém o "protocolo de preservação" não se difere tanto quando avaliada a parte mineral do tecido ósseo e dentes, mostrando ser uma técnica apta à análise de tecidos ósseos.

5.2 Avaliação e comparação da amostragem com implantes (tecido ósseo

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