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Habilitações Académicas dos Pais

116 7.4 Intervenção com a Comunidade Educativa

7.5. Avaliação Geral das Aprendizagens dos Alunos

Segundo Karpicke, Sousa e Almeida (2012), pode-se considerar “a avaliação de conhecimentos dos alunos como um importante momento de recolha de informação sobre os processos de ensino e de aprendizagem, e em particular desta última.” (p. 74). Neste sentido, a avaliação adotada com este grupo teve por base as observações constatadas ao longo do estágio, os registos do Diário de Campo e os resultados das tarefas diárias e das fichas de avaliação. De seguida, são apresentados três quadros, para as componentes curriculares de Português, Matemática e Estudo do Meio, construídos de acordo com os parâmetros dos programas curriculares das respetivas disciplinas. De salientar, que os dados que se seguem dizem respeito à generalidade da turma, sendo possível consultar outras tabelas de avaliação mais pormenorizadas no Apêndice 12, estando também disponível neste apêndice registos e avaliações relacionados com a questão do projeto de Investigação-Ação. Neste sentido, no Quadro 10 são apresentados alguns registos de observações e de competências dos alunos do 1.ºA na componente de Português. A organização deste quadro tem por base os domínios e conteúdos presentes no Programa e Metas Curriculares de

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Seguidamente, no Quadro 11 estão expressas algumas observações/avaliações sobre os conhecimentos dos alunos do 1.ºA no que diz respeito à disciplina de Matemática. Em semelhança ao que aconteceu anteriormente, os parâmetros presentes neste quadro têm por base os domínios e conteúdos estipulados no Programa e Metas Curriculares de

Matemática do Ensino Básico (2013).

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Por último, no Quadro 12 são expostas as apreciações globais dos alunos do 1.ºA relativamente à componente curricular de Estudo do Meio. Os parâmetros presentes neste quadro têm em conta os domínios e conteúdos estabelecidos na Organização Curricular e

Programas do Ensino Básico – 1.º Ciclo (2004). De mencionar também que durante o tempo

de estágio, nesta disciplina, foi somente explorado o Bloco 3 – À Descoberta do Ambiente Natural.

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Quadro 12: Apreciação Global da Turma do 1.ºA relativamente ao Estudo do Meio.

7.6. Reflexão da Intervenção Pedagógica Desenvolvida

A realização de qualquer prática pedagógica apresenta-se sempre como um grande desafio, pois é nesse contexto que se tem de articular os conhecimentos teóricos com a realidade específica de cada turma e de cada criança, respeitando os seus ritmos de aprendizagem. Neste sentido, após 135 horas de intervenção de prática pedagógica na turma do 1.º A dos Salesianos Funchal Colégio, é importante refletir sobre o trabalho realizado, as aprendizagens efetuadas e os aspetos mais e menos positivos que ocorreram.

Em primeiro lugar, a realização desta prática possibilitou-me observar e participar ativamente em toda a dinâmica de uma sala de aula do 1.º ano, assumindo o papel de professora responsável pela planificação, orientação e desenvolvimento de atividades. Através de um processo contínuo de observação participante, foi-me permitido interagir e orientar os alunos nos diversos momentos do seu processo de ensino-aprendizagem, ficando a conhecê-los melhor e a compreender como ocorrem as suas aprendizagens, quais as suas necessidades e os seus interesses.

Desde o momento em que entrei na sala pela primeira vez, foi-me passível sentir uma receção calorosa, tanto por parte dos alunos, como por parte da professora cooperante. Foi igualmente percetível compreender que todo o ambiente educativo nesta sala de aula assentava no bem-estar dos alunos, privilegiando-se a relação harmoniosa entre estes e os adultos envolvidos no contexto escolar, de forma a desenvolver as capacidades individuais e a vida em grupo, respeitando sempre o individualismo próprio de cada criança e as suas

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experiências prévias. Nesta turma, apesar do número elevado de alunos, a construção das aprendizagens era potencializada pois, de modo geral, eram um grupo participativo, motivado, comunicativo e interessado pelo saber e pelo aprender. Esta turma apresenta também um comportamento muito bom, sendo que no global os alunos conheciam e respeitavam as regras da sala de aula e dos momentos de exploração de atividades.

Uma vez que era uma turma heterogénea, foi necessário respeitar os diferentes ritmos de aprendizagens dos alunos, bem como adaptar os conteúdos programáticos às necessidades de cada um. Neste sentido, e de acordo com Tomlinson (2008), o ensino diferenciado “proporciona diferentes formas de aprender conteúdos, processar informação ou entender diferentes ideias e desenvolver soluções, de modo a que cada aluno possa ter uma aprendizagem eficaz” (p. 13). Cabe ao professor ter a consciência das necessidades de cada aluno, sendo sensível ao seu ritmo de aprendizagem individual. Segundo Grave- Resendes e Soares (2002), “todos os alunos aprendem melhor quando os professores respeitam a individualidade de cada um e ensinam de acordo com as suas diferenças” (p. 20). Atendendo a esta perspetiva, considero que, apesar de não ter especificado nas minhas planificações semanais o trabalho de diferenciação pedagógica, realizei um ensino diferenciado durante o meu estágio, uma vez que considerei e apoiei as diferentes necessidades dos alunos e respeitei os seus ritmos de aprendizagem.

No que diz respeito à minha intervenção pedagógica, julgo que, de modo geral, foi uma boa prática, pois tentei contribuir para a construção de aprendizagens significativas nos alunos do 1.º A. Apesar de, neste contexto de estágio, predominar um ensino ainda um pouco tradicional, foi-me dada a oportunidade pela professora cooperante de realizar atividades diversificadas. Neste sentido, procurei desenvolver uma prática estimulante e significativa para os alunos, planeando de acordo com os conteúdos programáticos, um leque de atividades um pouco mais variadas e ativas face às que estavam habituados, recorrendo à utilização de diferentes estratégias e matérias pedagógicos.

Ainda em relação ao meu desempenho no contexto de estágio, gostaria de salientar que existiram alguns aspetos que aos poucos foram melhorados, sendo que a maioria destes estavam associados a um nervosismo inicial. Ao longo da minha intervenção prática, os nervos e a ansiedade foram aspetos que consegui ultrapassar com a superação dos desafios diários, sendo que consegui manter uma boa relação com os alunos, conversar de forma clara com os mesmos e manter um bom ambiente educativo na sala de aula.

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Outros aspetos a otimizar foram pontualmente apontados pela professora cooperante, sendo que eram maioritariamente associados à pouca experiência de prática docente. De forma a melhorar continuamente a minha prática tentei atender a todas as sugestões dadas pela cooperante, sendo que se criou uma relação, não só de cooperação, mas também de complementação e de divisão de tarefas. Assim, a relação de colaboração que existiu entre mim e a docente cooperante, possibilitou-me encarar os aspetos menos positivos como acontecimentos próprios a qualquer processo de aprendizagem e permitiu-me aprender algumas estratégias e técnicas que esta professora utiliza para facilitar o processo de ensino- aprendizagem dos seus alunos. Todo o apoio prestado pela cooperante foi uma ajuda preciosa para o desenvolvimento da minha prática pedagógica, bem como, para a concretização de uma relação harmoniosa que tinha como foco “o superior interesse” dos alunos, ou seja, a construção de aprendizagens significativas. Neste sentido, acredito que "Cooperar é actuar junto, de forma coordenada, no trabalho ou nas relações sociais para atingir metas comuns, seja pelo prazer de repartir actividades ou para obter benefícios mútuos." (Argyle, citado por Lopes & Silva, 2009, p. 3).

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Capítulo 8 – Intervenção Pedagógica Desenvolvida na Turma do 3.ºC do Salesianos