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4.4 Segregação do lenho juvenil/adulto

4.4.3 Avaliação dos métodos de segregação dos lenhos juvenil-adulto e comparação entre as

Na análise da segregação de lenho juvenil/adulto, foram usados dois métodos: as características anatômicas (comprimento, diâmetro, largura do lúmen e espessura de parede das fibras) da madeira e da massa específica básica. Para os dois métodos foi utilizado, primeiramente, o conjunto de árvores para cada espécie e Região e, posteriormente utilizada a segregação através dos dados das árvores individuais. Como a metodologia utilizada para as características anatômicas (diâmetro, largura do lúmen e espessura da parede das fibras) mostrou-se inadequadas, nesta seção será apenas discutida a segregação realizada pelo comprimento de fibras.

Observa-se, na Tabela 18, a idade de segregação dos dois tipos de lenho para as três espécies procedentes das duas Regiões fisiográficas, pela variação da massa específica básica e pelo comprimento das fibras, no sentido medula-casca.

Tabela 18 - Idade de segregação para às espécies estudadas através da massa específica básica para o conjunto de cinco árvores por espécie e por Região fisiográfica, e através do comprimento das fibras para o conjunto de três árvores por espécie para a região da Encosta Superior do Nordeste.

Ano de Segregação

Espécie Região Massa específica

básica

Comprimento de fibra

Depressão Central 26

Açoita-cavalo

Encosta Superior do Nordeste 23 21

Depressão Central 13

Nogueira-pecã

Encosta Superior do Nordeste 11 16

Depressão Central 12

Plátano

Encosta Superior do Nordeste 15 14

Pode-se observar uma pequena variação no ano de segregação definido pela variação radial do comprimento de fibra e da massa específica básica, variando de 21 a 26 anos para açoita-cavalo, de 11 a 16 anos para nogueira-pecã e de 12 a 15 anos para plátano, considerando separadamente cada Região fisiográfica de coleta de material.

A Tabela 18 mostra que, para a madeira oriunda da Encosta Superior do Nordeste, a idade de segregação dos dois tipos de lenho difere um pouco em razão da metodologia usada para sua determinação (massa específica básica e comprimento de fibra).

Já na Tabela 19 pode-se observar o ano de segregação do lenho juvenil do adulto, pelo método comprimento das fibras e da massa específica básica para as árvores individuais de açoita-cavalo, nogueira-pecã e plátano na região da Encosta Superior do Nordeste e pelo método da massa específica básica para a Depressão Central.

Quando comparado o ano de segregação médio definido pelo comprimento das fibras no conjunto de árvores (Tabela 18) pelo definido pela média das árvores individuais (Tabela 19) observa-se a mesma média para as espécies açoita-cavalo e nogueira-pecã e uma pequena diferença, de apenas um ano para o ano de segregação médio da madeira de plátano. Já quando comparado ano de segregação definido pela massa específica básica das mesmas tabelas observa-se uma maior variação entre o ano médio de segregação para as espécies estudadas. Outros fatores externos como taxa de crescimento, podem estar influenciando nos resultados. Entretanto, como a segregação do lenho se dá de forma gradual os resultados médios podem representar uma faixa de ocorrência para a passagem do lenho juvenil ao adulto, conhecida como faixa de transição.

Tabela 19 - Ano de segregação do lenho juvenil a adulto, pelo comprimento de fibra e massa específica, para as arvores individuais das espécies estudadas na regiões da Depressão Central (1) e Encosta Superior do Nordeste (2).

Açoita-cavalo Nogueira-pecã Plátano

Critério Árvore 1 2 1 2 1 2 1 21 15 12 2 19 17 12 3 22 16 14 Comprimento da fibra Média 21 16 13 1 35 28 10 12 - 12 2 19 18 14 12 - 15 3 26 34 - 9 10 12 4 26 26 10 11 11 14 5 22 29 12 8 9 14 Massa esp ecífica Média 26 27 12 10 10 13

Devido a maior clareza da relação entre o comprimento de fibras e distância radial, adotou-se, como ano de segregação do lenho juvenil e adulto, aquele definido por esse critério sendo, respectivamente, 21, 16 e 14 anos para açoita-cavalo, nogueira-pecã e plátano.

Já para a avaliação das Regiões de estudo (Depressão Central e Encosta Superior do Nordeste) em função da massa específica básica e comprimento das fibras, foram utilizados os anos de segregação da Tabela 19.

Tabela 20 - Análise de variância para o ano de segregação do lenho juvenil/adulto pelo método da massa específica básica para as espécies estudadas e regiões da Depressão Central e Encosta Superior do Nordeste.

Fontes de Variação S.Q. G.L Q.M F P

Região 8,36915 1 8,36915 0,6 0,4565

Espécie 1399,44 2 699,719 48,0 <0,0001

Resíduo 335,495 23 14,5867

Total 1734,96 26

Dessa forma, entre as Regiões pesquisadas, quando avaliado o método de segregação pela massa específica básica, não houve diferença significativa ao nível de 95% de probabilidade para o ano de maturação para as Regiões fisiográficas de estudo (Tabela 20). No entanto, há clara diferença entre o ano de segregação para a espécie açoita-cavalo, que

necessita de maior tempo para atingir a maturidade, e as espécies nogueira-pecã e plátano (Tabela 21).

Tabela 21 - Médias das idades de segregação dos lenhos das espécies estudadas pela massa específica básica para as duas Regiões fisiográficas.

Espécie Amostras segregação Ano de Desvio padrão Intervalo de confiança(95%)

Açoita-cavalo 10 26,3a 1,2 23,8–28,8

Nogueira-pecã 9 10,8b 1,3 8,2–13,5

Plátano 8 12,0b 1,3 9,2–14,8

Letras diferentes demonstram diferenças estaticamente significativas ao nível de 95% de probabilidade pelo teste de significância de Fisher para as espécies.

Da mesma forma, quando avaliados os métodos de segregação (massa específica básica e comprimento das fibras) na região da Encosta Superior do Nordeste, não foram encontradas diferenças significativas ao nível de 95% de probabilidade para o ano de maturação (Tabela 22). Assim, pode-se concluir que o uso de qualquer das metodologias descreve o ano de segregação.

Tabela 22 - Análise de variância para o ano de segregação do lenho juvenil/adulto entre os métodos comprimento de fibra e massa específica básica para a região da Encosta Superior do Nordeste.

Fontes de Variação S.Q. G.L Q.M F P

Método 2,025 1 2,025 0,14 0,7138

Espécie 754,333 2 377,167 25,78 <0,0001

Resíduo 292,6 20 14,63

Total 1048,96 23

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