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AVALIAÇÃO DE RISCO À SAÚDE – CIDADE DOS MENINOS – DUQUE DE CAXIAS (2001) ANÁLISE EM AMOSTRAS DE SOLO SUPERFICIAL – DIOXINAS E FURANOS*

ANEXO V-7: FOCO SECUNDÁRIO – ESTRADA CAMBOADA

AVALIAÇÃO DE RISCO À SAÚDE – CIDADE DOS MENINOS – DUQUE DE CAXIAS (2001) ANÁLISE EM AMOSTRAS DE SOLO SUPERFICIAL – DIOXINAS E FURANOS*

Amostra 22 Amostra 18 Amostra 17 Amostra 8 Amostra 16 Amostra 20 Amostra 23 Amostra 28

ng/Kg TEQ ng/Kg TEQ ng/Kg TE

Q

ng/Kg TEQ ng/Kg TEQ ng/Kg TEQ ng/Kg TE

Q ng/Kg TEQ - DIOXINAS - 2,3,7,8-TCDD 0,03 0,03 0,01 0,01 ND ND ND ND ND ND ND ND ND ND 0,19 0,19 1,2,3,7,8-PeCDD 0,99 0,50 1,3 0,64 ND ND ND ND ND ND 0,10 0,05 0,13 0,07 0,20 0,10 1,2,3,6,7,8-HxCDD 3,3 0,33 3,1 0,31 2,1 0,21 0,08 0,01 0,20 0,03 0,47 0,05 0,33 0,03 0,30 0,03 1,2,3,4,7,8-HxCDD 1,2 0,12 1,1 0,11 0,60 0,06 ND ND 0,10 0,01 0,16 0,02 0,14 0,01 0,12 0,01 1,2,3,7,8,9-HxCDD 2,5 2,20,25 0,22 1,3 0,13 0,14 0,01 0,32 0,03 0,35 0,04 0,31 0,03 0,26 0,03 1,2,3,4,6,7,8HpCDD 100 1,0 40 0,1 21 0,21 0,99 0,01 3,7 0,04 6,1 0,06 3,3 0,03 4,4 0,04 OCDD 990 0,99 240 0,24 110 0,11 5,7 0,01 52 0,05 48 0,05 19 0,02 28 0,03 TOTAL DIOXINAS 3,2 1,9 0,71 0,04 0,16 0,26 0,20 0,43 - FURANOS - 2,3,7,8-TCDF 1,9 0,19 0,76 0,08 0,44 0,04 ND ND 0,14 0,01 0,33 0,03 O,31 0,03 0,34 0,03 1,2,3,7,8-PeCDF 1,3 0,07 0,39 0,02 0,23 0,01 0,07 0,00 0,06 0,00 0,23 0,01 0,27 0,01 0,25 0,01 2,3,4,7,8-PeCDF 2,1 1,0 0,70 0,35 0,38 0,19 0,10 0,05 0,15 0,07 0,30 0,15 0,29 0,14 0,51 0,26 1,2,3,4,7,8-HxCDF 2,8 0,28 1,0 0,10 0,63 0,06 0,10 0,01 0,17 0,02 0,25 0,03 0,30 0,03 0,37 0,04 1,2,3,6,7,8-HxCDF 1,5 0,15 0,42 0,04 0,24 0,02 0,08 0,01 0,13 0,01 0,19 0,02 0,23 0,02 0,34 0,03 2,3,4,6,7,8-HxCDF 1,9 0,19 0,51 0,05 0,26 0,03 0,09 0,01 0,17 0,02 0,26 0,03 0,27 0,03 0,63 0,06 1,2,3,7,8,9-HxCDF 0,46 0,05 0,25 0,03 0,16 0,02 ND ND 0,11 0,01 0,18 0,02 0,16 0,02 0,14 0,01 1,2,3,4,6,7,8-HpCDF 16 0,16 5,8 0,06 2,6 0,03 0,41 0,00 0,77 0,01 1,4 0,01 1,1 0,01 2,2 0,02 1,2,3,4,7,8,9-HpCDF 0,42 0,00 0,41 0,00 0,18 0,00 ND ND 0,06 0,00 ND ND 0,06 0,00 0,13 0,00 OCDF 54 0,05 8,7 0,01 5,1 0,01 0,32 0,00 0,56 0,00 1,2 0,00 0,79 0,00 1,1 0,00 TOTAL FURANOS 2,2 0,74 0,41 0,08 0,16 0,30 0,30 0,48 DIOXINAS+FURANOS 5,4 2,7 1,1 0,12 0,32 0,55 0,49 0,90

* Análises e Quantificações foram realizadas por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas de Alta Resolução de diluições isotópicas de acordo com procedimento padrão.

ANEXO V-16 :

PLANO DE AMOSTRAGEM , AMOSTRAGEM, E PREPARO DAS AMOSTRAS DE ALIMENTOS PARA ANÁLISE 1. SELEÇÃO DOS ALIMENTOS PARA AMOSTRAGEM

Levando-se em consideração os Estudos realizados anteriormente por outras instituições de Ensino e Pesquisa, e a preocupação de se estabelecer uma rota completa de exposição, a equipe de trabalho de avaliação de risco à saúde humana determinou que seria necessário a coleta adicional de algumas amostras de alimentos, produzidos e consumidos pela população local.

Os alimentos selecionados foram mandioca, cana-de-açúcar e ovo. Os dois primeiros alimentos são plantados em grande escala em toda a região da Cidade dos Meninos, tanto por famílias que os utilizam para consumo próprio, assim como pelos grandes agricultores que detêm extensas plantações com fins comerciais.

A Cidade dos Meninos que se estende no sistema de coordenadas geo-referenciadas entre as ordenadas UTM E 67000 e 674000 e ordenadas UTM N 7488000 e 7493000, para melhor avaliação dos riscos à saúde humana, foi subdividida em sub-áreas de avaliação.

Esta sub-divisão levou em consideração a distância em relação ao foco principal ou aos focos secundários e densidade populacional. Assim, por exemplo, uma das sub-áreas, a “guarita”, apesar de sua baixa densidade populacional (contando com apenas algumas casas e poucos residentes), foi escolhida por sua proximidade com um dos focos secundários situado na entrada principal da Cidade dos Meninos.

Contatou-se a Presidente da Associação de Moradores, Sra. Zenir, e a enfermeira do Programas de Saúde da Família (PSF), Sra. Jussara, informando os objetivos do Estudo e a Metodologia que seria adotada. Na ocasião solicitou-se autorização para participação da equipe de investigadores componentes da equipe em uma reunião da A escolha de ovos, deveu-se ao fato de já existirem estudos anteriormente realizados em duas áreas da Cidade dos Meninos (nas proximidades das casas 41 e 157), tendo sido apontados valores elevados de HCH total e seus isômeros (FEEMA, 2000). Além de ser um grande bioconcentrador de pesticidas organoclorados (Klaassen & Rozman, 1991 apud Mello, 1999), o ovo, juntamente com o leite, constituem base de proteína animal fundamental para os residentes da localidade.

2. SELEÇÃO DAS ÁREAS

A escolha das áreas foi feita levando-se em consideração os focos principal e secundários conhecidos; a presença de amostras de ovos em locais já amostrados em outros estudos; a divisão geográfica, que a equipe de trabalho fez das áreas, baseada nos locais de concentração de ocupações humanas e também foram amostradas algumas áreas onde não haviam sido demostrados anteriormente vestígios de possíveis focos.

3. COMUNICAÇÃO À POPULAÇÃO SOBRE O ESTUDO QUE SERIA DESENVOLVIDO

Associação de Moradores para que pudéssemos falar diretamente à população envolvida explicando quando, como e porque as amostras estariam sendo solicitadas.

3.2. Contato com a População

Realizou-se em 22 de agosto de 2001, às 19:00 horas, no antigo prédio do Grêmio da Cidade dos Meninos, a reunião com os moradores da referida área. Estavam presentes a Diretoria da Associação de moradores, os Profissionais de saúde do PSF, o Vice- Secretário de Saúde do Município de Duque de Caxias, o Secretário e a Sub-Secretária de Ação Social de Município de Duque de Caxias, moradores da Cidade dos Meninos e

Nesta ocasião ficou determinado que a coleta de amostras e aplicação de um protocolo de investigação seriam feitas pelos Agentes de Saúde do Programa de Saúde da Família (PSF), tendo em vista que seriam pessoas conhecidas da população e que conhecem bem a região do ponto de vista geográfico.

membros de nossa equipe de investigação.

2- Objetivos da coleta das amostras; 4- Seleção dos alimentos

- Apresentar o protocolo para a coleta de amostras;

- Verificar a existência de amostras de interesse nos locais escolhidos;

Entre outros assuntos tratados nesta reunião, a nossa equipe de trabalho explicou o desenvolvimento do trabalho que seria realizado naquela comunidade e qual a participação da população:

1- Apresentação da equipe de trabalho; 3- Seleção das casas;

5- Explicação do protocolo

6- Agendamento da data para início do trabalho

4. TREINAMENTO DA EQUIPE QUE FARIA A COLETA DO MATERIAL Foram selecionados para compor essa equipe os Agentes de Saúde: Ana Paula de Oliveira Santos, Marluce Cardoso Lamin, Maria Godiva Silva de Lima e Daniel Eduardo dos Santos. O treinamento foi realizado pelos membros da equipe Marisa Palacios e Maria Izabel de Freitas Filhote. Foram realizadas duas reuniões cujas atividades do foram:

Primeira reunião

- Explicar a ação HCH do sobre os alimentos; - Apresentar os objetivos do Estudo;

- Determinar os locais onde serão feitas as coletas de amostras

- Agendar a data para treinamento e simulação das coletas de amostras; - Agendar a data para iniciar a coleta das amostras.

Segunda reunião

- Discutir as dúvidas relativas a técnica e coleta do material; - Treinar e simular a coletas de amostras;

Foi realizado um Teste Piloto e logo após a equipe avaliou o procedimento, para efetuar os ajuste necessários.

5. COLETA DE AMOSTRAS DE ALIMENTOS

O trabalho teve início no dia 29/08/01. Os agentes foram divididos em dois grupos e distribuídos o material e instrumentos necessários a trabalho. A técnica Maria Izabel Filhote, acompanhou o primeiro grupo na coleta das primeiras quatro amostras, repetindo o procedimento com o outro grupo. Depois a cada dia, acompanhou aleatoriamente os grupos.

6. PROTOCOLO PARA COLETA DOS ALIMENTOS

O Laboratório selecionado para efetuar as avaliações foi o ANALYTICAL SOLUTIONS, situado na Rua Professor Saldanha 115- Jardim Botânico- Rio de Janeiro. Os Protocolos relativos aos procedimentos de coleta e condicionamento das amostras no campo, antes do envio ao laboratório, foram apresentados pelos técnicos do mesmo e discutidos e aprovados pelo Coordenador do estudo de avaliação de risco à saúde, Dr. Alexandre Pessoa da Silva, que os repassou para a coordenadora dos procedimentos de campo, Maria Izabel de F. Filhote, responsável também pela preservação das amostras e a entrega do material ao laboratório, após cada dia de coleta no campo.