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Os modelos de estimativa do ponto ótimo para o balanço nutricional dos teores de macro e micronutrientes na folha variaram quanto à capacidade preditiva para IBKW e DRIS, observando-se melhores ajustes dos dados as equações para o IBKW (Tabela 8).

30 Tabela 8. Modelos de predição para macro e micronutrientes na folha em função dos índices

balanceados de Kenworthy e índices DRIS para coqueiro-anão no município de Rodelas-BA

Modelo R² N IBKW ŷ = 4,2009x + 21,223 0,99 DRIS ŷ = 5,7578ln(x) - 16,987 0,93 P IBKW ŷ = 64,019x + 14,658 0,99 DRIS ŷ = 1,8282x - 2,2126 0,33 K IBKW ŷ = 7,1149x + 14,632 0,99 DRIS ŷ = 4,3703ln(x) - 10,611 0,61 Ca IBKW ŷ = 32,017x + 13,776 0,99 DRIS ŷ = 4,4898ln(x) - 4,3448 0,70 Mg IBKW ŷ = 43,285x + 15,111 0,99 DRIS ŷ = 4,9338ln(x) - 2,8234 0,70 S IBKW ŷ = 48,266x + 27,991 0,99 DRIS ŷ = 2,6828ln(x) - 0,7785 0,72 B IBKW ŷ = 1,7072x + 35,561 0,99 DRIS ŷ = 2,4395ln(x) - 8,8679 0,85 Zn IBKW ŷ = 6,7056x + 36,287 0,99 DRIS ŷ = 2,7713ln(x) - 5,9434 0,87 Mn IBKW ŷ = 0,4472x + 33,014 0,99 DRIS ŷ = 2,8434ln(x) - 13,978 0,94 Fe IBKW ŷ = 0,6643x + 25,521 0,99 DRIS ŷ = 4,2851ln(x) - 19,784 0,90 Cu IBKW ŷ = 13,411x + 29,477 0,99 DRIS ŷ = 0,4468x - 2,3528 0,66

ŷ = Índice do método de diagnose; x= teor do nutriente em g kg-1

para macronutrientes e em mg kg-1 para micronutrientes.

Apesar dessas diferenças, os teores ótimos estimados por ambos modelos para cada nutriente, apresentaram valores similares (Figuras 1 e 2).

Figura 01. Teores ótimos para macronutrientes na folha de coqueiro anão obtidos pelo IBKW e DRIS.

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Figura 02. Teores ótimos para micronutrientes na folha de coqueiro anão obtidos pelo IBKW e DRIS.

Para todos os nutrientes foi observado um padrão dos teores ótimos estimados por meio do índice DRIS quando comparados ao ponto ótimo dos IBKW, sendo o valor desses teores levemente inferiores, em alguns nutrientes, ao estimado pelo IBKW (Figuras 1 e 2).

Dessa forma, tem-se um intervalo nos teores ótimos foliares quanto ao balanço (IBKW) e equilíbrio nutricional (DRIS), respectivamente, sendo para os macronutrientes: 18,8 e 19,4; 1,2 e 1,3; 11,3 e 12,0; 2,6 e 2,7; 1,8 e 2,0 e 1,3 e 1,5 g kg-1 para N, P, K, Ca, Mg e S, respectivamente, e para os micronutrientes: 37,8 e 37,9; 8,5 e 9,5; 137,6 e 149,8; 104,1 e 112,1 e 5,3 e 5,3 mg kg-1 para B; Zn; Mn; Fe e Cu, respectivamente.

Os teores ótimos de N e P obtidos por meio do IBKW e do DRIS, encontram-se dentro das faixas de suficiência estabelecidas por Holanda et al (2007) para coqueiro anão, enquanto os de K, Ca, Mg, B, Zn, Fe, Mn e Cu encontram-se fora, porém próximo à faixa, com exceção do Mn. Para enxofre, Holanda et al. (2007) não cita valor de referência, entretanto o mesmo autor, no ano de 2004, estabeleceu que o nível crítico para S é de 1,5 g kg-1 em coqueiro anão, valor aproximado à faixa estipulada pelo presente trabalho.

Observou-se que houve uma tendência de aumento do teor de Mn na folha do coqueiro com o incremento nas doses de N no solo na forma de amônio (NH4+), fato esse atribuído a acidificação da rizosfera após a reação de nitrificação do amônio no solo, favorecendo a absorção de Mn pela planta. O pH médio do solo dos talhões de coqueiro anão do presente estudo, apresentam caráter ácido, favorecendo a absorção de micronutrientes metálicos como o Mn.

32 5 CONCLUSÕES

1. Estabeleceu-se os teores adequados de nutrientes para a diagnose nutricional do coqueiro anão no vale do São Francisco;

2. Boro, nitrogênio, manganês e zinco são os mais limitantes por deficiência, enquanto, magnésio e fósforo são os mais limitantes por excesso;

3. Os nutrientes com maior probabilidade de resposta positiva à adubação no coqueiro anão no vale do São Francisco foram: boro, manganês e nitrogênio.

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