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1 INTRODUÇÃO

2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

2.3.1 Balanço Patrimonial (BP)

De acordo com Silva (2012) o BP tem como objetivo apresentar as informações quantitativas e qualitativas que abrangem bens, direitos e obrigações da empresa em um determinado tempo.

No Quadro 2 apresenta-se a estrutura do BP:

Quadro 2 – Estrutura do BP

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

1. ATIVO CIRCULANTE 2. ATIVO NÃO CIRCULANTE

2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 2.2 INVESTIMENTOS

2.3 IMOBILIZADO 2.4 INTANGÍVEL

4. PASSIVO

5. PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.1 CAPITAL REALIZADO 6.2 RESERVAS DE CAPITAL 6.3 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 6.4 RESERVAS DE LUCROS 6.5 AÇÕES EM TESOURARIA (-) 6.6 PREJUÍZOS ACUMULADOS (-) Fonte: Braga (2012).

No Quadro 2, apresenta-se o BP de maneira simplificada para um melhor entendimento, visto que o mesmo se divide em Ativo, Passivo - Patrimônio Líquido (PL).

O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após seu encerramento. No entanto, pelas relevantes informações de tendências que podem ser extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa.

No entendimento de Assaf Neto (2010), o BP demonstra a posição patrimonial e financeira da empresa, possibilitando aos gestores tomar decisões de acordo com situação da empresa.

2.3.1.1 Ativo

O ativo é caracterizado como um controle da empresa, para verificar os resultados e os benefícios econômicos no momento atual e futuramente. Conforme Silva (2012, p. 42), “no ativo, as contas devem ser dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados”.

Já para Iudicibus (2017, p. 45) “[...] o Ativo está disposto em grupos de contas homogêneas ou de mesmas características. Os itens do Ativo são agrupados de acordo com a sua liquidez, isto é, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em dinheiro”.

2.3.1.1.1 Ativo Circulante (AC)

O AC representa as contas com liquidez a Curto Prazo (CP), ou seja, realizáveis em até 12 meses após a data do BP. Nesse sentido, um exemplo em ordem de liquidez: disponibilidades, créditos, estoques, outros créditos e despesas antecipadas.

Segundo Silva (2012, p. 42) o importante para a empresa é o tempo de a aquisição de ativos e a sua realização em caixa:

O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios (CPC 26, itens 66 e 68): a) Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; b) Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; c) Espera-se que seja realizado até 12 meses após a data do balanço; ou d) É caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos 12 meses após a data do balanço.

O AC representa as contas que serão consumidas ou vendidas em CP, ou seja, as contas apresentadas são consideradas capital de giro para a empresa, as mesmas serão transformadas em dinheiro em até 12 meses após a data do BP.

2.3.1.1.2 Ativo Não Circulante (ANC)

É composto por contas com liquidez a Longo Prazo (LP) para retornar a empresa, dificilmente serão colocados à venda ou a empresa utilizará em negócios, dessa forma se transformarão em dinheiro lentamente. As contas que representam o ANC são: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

Sobre o ANC, Iudicibus (2017)comenta que:

A entidade deve revisar constantemente o valor contábil de seus ativos, principalmente o imobilizado, que normalmente representa valores expressivos, a fim de determinar o seu valor recuperável (impairment) e reconhecer as perdas como redução ao valor recuperável [...] (IUDICIBUS, 2017, p.48).

Conforme mencionado por Iudicibus (2017), é de extrema importância a revisão de valores dos itens que compõem o imobilizado, pois as contas representam valor expressivo no BP.

2.3.1.2 Passivo

De acordo com Iudicibus (2017), as contas integram o BP de forma decrescente, ou seja, as contas liquidadas com menor prazo são colocadas em um primeiro grupo, as contas que serão liquidadas com prazo maior estão em outro grupo. Segundo Silva (2012, p. 44) “o Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos”.

2.3.1.2.1 Passivo Circulante (PC)

Segundo Iudicibus (2017, p. 48) o PC são as contas realizadas a CP:

São as obrigações normalmente pagas dentro de um ano; a Lei n.º6.404 (das

SAs) menciona que são aquelas que vencem no exercício seguinte ao balanço patrimonial: contas a pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias ou matérias-primas, impostos a recolher (para o governo), empréstimos bancários com vencimento nos próximos 360 dias, as despesas

reconhecidas por força do princípio da competência (13o Salário, férias,

participação dos empregados no resultado), bem como aquelas provisões de despesas com perdas em processos que são consideradas como prováveis de se tornarem uma obrigação que exigirá pagamento.

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2017), a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC) Técnica Geral (TG) 26 (R5), no item 69 institui que as contas do PC devem ser as contas demonstradas por ordem decrescente de liquidez, com prazo máximo de até 12 meses após a data do balanço, obedecendo aos seguintes critérios:

(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; (b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; (c) deverá ser liquidado no período até doze meses após a data do balanço; (d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.

As contas apresentadas no PC são obrigações que devem ser liquidadas a CP, como por exemplo, pagamento a fornecedores, impostos, salários e encargos, empréstimos bancários, duplicatas a pagar, títulos, entre outros.

2.3.1.2.2 Passivo Não Circulante (PNC)

As contas que compõem o PNC são obrigações já ocorridas na empresa e que serão liquidadas a LP, ou seja, após o exercício. Para Iudicibus (2017, p. 48) “são as dívidas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano: empréstimos, financiamentos, títulos a pagar, parcelamento de dívidas governamentais etc”.

2.3.1.3 Patrimônio Líquido (PL)

As contas que compõem o PL representam os recursos da empresa, ou seja, quanto maior for o resultado dessas contas melhor a situação econômica e financeira da empresa, sendo que o valor se refere ao capital aplicado pelos sócios, cotistas, entre outros investidores.

Nesse sentido, Iudicibus (2017, p. 45) menciona que:

Na equação patrimonial, o Patrimônio Líquido se constitui no valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Representam os valores aplicados no empreendimento pelos sócios quotistas ou acionistas e pelas reservas, lucros retidos ou prejuízos acumulados.

As contas do PL que compõem o BP são: Capital Social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reserva de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados, cada uma com sua extrema importância para a análise da empresa.

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