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DESCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS

5.1 BANCÁRIOS ATIVOS

Inicialmente aborda-se a caracterização das unidades de análise descritas sob a perspectiva dos participantes do grupo dos bancários ativos. Este grupo, participante da 1® etapa do estudo, tem 44,5 anos de idade média, 1,68 cm de altura e 65,6 kg de média.

5.1.1 Histórico e condição de saúde

Com relação ao histórico e condição de saúde, os participantes ativos não apresentam, em geral, problemas importantes de saúde, como atesta/íC-íí "Acredito ter uma

ótima saúde, pois respondo bem ao stress do dia a dia do trabalho”, embora um

participante tenha apresentado problemas de saúde no passado, inclusive desenvolvendo doença psicossomática como resultado do stress do trabalho: "Há 10 anos eu tive uma crise

de stress e perdi até a coordenação motora. Eu perdi tudo, mas eu nunca me afastei do banco. Eu aprendi muito, eu li muito e aprendi a combater o stress. Eu cheguei a consultar 4 médicos num dia para saber o que eu tinha. Tu sabes o que é o stress, tem a doença psicossomática e simplesmente eu saí para trabalhar e parou as pernas, tudo!” (A C l 6).

O histórico de doença familiar apresenta problemas associados à doença crônico degenerativa como doença cardíaca e diabetes, para 4 dos 6 entrevistados, conforme se refere AC4 "Meu pa i faleceu de problemas cardíacos” e PJZX6 '"Meus pais tem histórico

de doença cardíaca. Meu pai morreu cedo de problemas do coração. Minha mãe tem problemas, eu não sei bem...”.

Uma característica particular de 50% deste grupo é fazer complementação nutricional, consumindo complexos vitamínicos e usando homeopatia. O comentário do

participante AGI ilustra este ponto: agora que comecei a usar produtos para, como se chama, combater a velhice. Tratamento preventivo. Fui fa zer um check up agora e o médico aconselhou a usar alguns medicamentos homeopáticos que é para repor as perdas que a gente tem depois de uma certa fa ix a etária, inclusive vitaminas ”.

Uma característica marcante em todos os entrevistados é o forte posicionamento de não faltar ao trabalho, apesar dos problemas levantados, apresentados nas categorias posteriores. Justificam este comportamento por apresentar boa saúde, sentirem-se comprometidos com o banco e responsáveis no trabalho. Neste sentido, o participante AC2 comenta que “É dificil, eu nunca faltei... É dificílimo, o pessoal do banco, na minha

agência não f a lta ” e AGI 3 diz que “Jamais falto. Bom, porque eu não fico doente e em segundo lugar porque eu sou assíduo. Acho que a pessoa não deve faltar ao trabalho. Eu tenho 30 anos de empresa, eu faltei 1 ou 2, dias po r uma cirurgia, mas faltar ao trabalho p or que eu quis ou outro motivo, de jeito nenhum ”.

5.1.2 Hábitos de atividade física, lazer e repouso.

Com relação ao histórico de atividade física, lazer e repouso, a maioria dos participantes ativos praticou atividade física e esportes no passado, conforme diz AC2 “Eu

sempre pratiquei esporte e sempre estive bem de peso, como hoje tu podes ver ". Apenas

um deles não praticou atividade fisica no passado. A prática atual de atividade física neste grupo é intensa e feita por prazer, pois fazer atividade física os faz esquecer dos problemas do trabalho, afirmados nestes depoimentos de AG13: “Atualmente eu pedalo, nado e jog o

tênis e eventualmente eu caminho com minha mulher... a intensidade, pra minha idade eu diria que é média. For exemplo, uma pedalada eu nunca faço em menos de 2 horas. Uma

partida de tênis, com todo aquele ritual, conversar, aquecer, nunca é menos de 2 horas. Já a academia, musculação, j á é uma coisa mais delineada, eu fic o 40 minutos na musculação, depois mais 40 na natação ” e “ Faço p o r absoluto prazer. Se eu fic a r mais de 2 dias sem fa zer eu fic o agoniado". O participante AGI também diz que “porque você

naqueles momentos não pensa em nada, só esta preocupado com aquilo ali. Você esquece do trabalho quando fa z esporte". Este grupo, coerente com o que era esperado em função

do processo de seleção da amostra utilizado, apresenta um estilo de vida fortemente ativo, defendendo a necessidade dos trabalhadores planejarem rigorosamente um tempo para a atividade física : “Ativo e se eu pudesse seria mais ainda... "(AC4) e “Acho que o que fa lta

para o cara que trabalha é tempo para o cara praticar esporte. Se o cara quiser arranja tempo, mas no caso do banco o cara vai fic a r o dia inteiro a disposição do banco. Quer dizer, eu tenho que ter hora de lazer e pronto. Isso aí, eu acho que a pessoa tem que dar prioridade para isso a í ”(AC2).

A prática de atividade física e esportes influi no trabalho, proporcionando relaxamento, produzindo um efeito geral de “sentir-se bem”,, equilibra o stress no trabalho e fornece vigor e disposição para trabalhar, caracterizado segundo AC 15 “Se eu não fizesse

ia ser muito difícil... eu j á estaria em licença se eu não estivesse fazendo atividade fisica e saindo aos fin ais de semana para ver o sol!", AC4 “Com certeza ela diminui e alivia o impacto do trabalho na qualidade de vida da gente. Se eu tivesse mais tempo fa ria mais atividade fisica... Pra mim é um remédio, pois eu me tranco muito no trabalho, é muita pressão, então eu sinto muita dor no corpo e a natação ajuda m uito” e AGI “ O esporte me dá força pro trabalho Dois participantes se referiram ao fato de que fazer atividade física a noite pode ser prejudicial para o sono e, no dia seguinte para o trabalho.

O lazer deste grupo é intimamente ligado a atividade física e esportes, sendo que o lazer não esportivo é um lazer ativo. Ilustra este aspecto o depoimento de AG4 “Esportes

em geral. Pode ser skate, o s u r f ou o sand board. Depende do tempo. E a corrida é fundam ental” e A G I3 “ Jardinagem. O jardim vem de uma questão cultural, minha

fam ília é de origem rural e eu sou técnico agrícola. Meu jardim é o meu referencial, da minha história ”. Afirmam que o tempo para o lazer é fundamental e sagrado “ O lazer do fin a l de semana é sagrado. Gosto de ler, caminhar, ir visitar minha mãe ou a sogra”{A G \)

e que o lazer quando é imposto pelo banco é rejeitado, claramente percebido na fala de AG4 “Eu nunca vou a estas reuniões ou festas da turma..., eu não vou porque eu sei que

fatalm ente alguém vai fa la r alguma coisa lá e vai começar o assunto... Festa do banco não é lazer para mim. Eu não vou, p ra fa la r sobre o banco eu j á fa lo aquelas 8 ou 9 horas e não fa lo mais! ”.

Quanto ao repouso, a qualidade do sono da maioria é referida como boa, como para AC2 “E bom, eu durmo bem, durmo 8 horas de sono legal. E suficiente ”, embora alguns digam que o descanso não é suficiente, por exemplo AC 15 “As vezes acordo cansado.

Tenho dormido mal. Acredito que o trabalho influencia nisto. Atrapalha os problemas do trabalho no so n o ”. Os problemas e a pressão no trabalho influi na qualidade do descanso

destes trabalhadores.

5.1.3 Auto avaliação da aptidão física e capacidade motora

Todos os participantes entrevistados afirmam possuir força, resistência e flexibilidade para realizar bem as atividades esportivas, como demonstra os depoimentos de AC4 “Eu me considero com um condicionamento fisico bastante bom para 39 anos...

Tenho ótima resistência ” e AC 15 “Ela é proporcional a minha freqüência nas aulas. Quando estou com menos tempo, como agora, diminui ou aumenta quando me dedico mais. De modo geral é b o a ”. Todos também auto avaliam como muito boa a capacidade motora

para o trabalho, não apresentando nenhuma dificuldade, como exemplifica AG 13 “...O

trabalho é basicamente intelectual, mas ele exige muitas idas e vindas, subidas e descidas, acompanhar pessoas a toda hora, caminhar, eu acho que eu não estaria com o meu pique e rendimento se eu não praticasse atividade física com certeza ”.

5.1.4 Hábitos alimentares e consumo de drogas

Todos os participantes deste grupo não fumam, pois afirmam ser conscientes dos prejuízos que o cigarro causa para a saúde. Ilustra isto o que diz AG 13 “ Não fumo. Eu já fumei. Eu tenho convicção absoluta de que fum ar mata, deixando de fo ra esta campanha que está aí hoje, pois o meu fo co não é este... Eu parei de fum ar p o r que aquilo me limitava fisicamente, comprometia muito minha capacidade fisica para o trabalho e para a vida ” e

AGI “ Não fumo, nunca: Não vejo nenhuma vantagem n isso ”. Todos òs participantes afirmam gostar de vinho e beber moderadamente. AC2 exemplifica dizendo que “Vinho,

praticamente todo dia um copo. Aos fin s de semana até uma garrafa”. Dois participantes

colocam que bebem cerveja aos fins de semana acompanhados dos amigos.

E uma característica deste grupo evitar comer carne vermelha e consumir frituras, como dizern AC 15 “Comida natural e não gosto de carne vermelha. Eu poderia viver sem

carne... ” e AC16 “Sou light. Procuro me alimentar bem e equilibrar minha alimentação”.

A alimentação regular deste grupo inclui freqüentemente comida natural, frutas, verduras e saladas, como explica AC2 “Durante a semana, café com frutas, mamão, fatia de pão. No

almoço como uma comida leve, para não dar sono a tarde. Como muita salada no alm oço”. Parte do grupo (50 %) evitam consumir muito café e açúcar na dieta “Não tomo muito café e quando tomo é sem açúcar. Eu aboli o açúcar a anos e hoje eu não suporto utilizar o açúcar. Eu não tomo café no trabalho porque eu sou meio enjoado, tem que ser café fe ito na hora... ” (AGI 3), e um dos participantes consome muito doce, mas equilibra a

questão do consumo de calorias com o gasto energético realizado na prática esportiva.

5.1.5 Caracterização do ambiente de trabalho e familiar

Quanto à carga horária trabalhada, todos os bancários ativos entrevistados afirmam ser excessivo o trabalho, a quantidade de horas trabalhadas, fazendo até 3 horas extras diárias, podendo ultrapassar este patamar em períodos de maior demanda de serviços na agência. A este respeito comentam AGI “ Olha, o normal são 6 ou 8 horas mas nunca

trabalho menos de 10 horas p o r dia....o normal para a maioria é de 9 a 12 horas p o r dia... De modo geral o caixa. Naqueles dias de pique, de início de mês, então é muito difícil. Trabalho com menos de 9 horas é dificil 12 horas são dias esporádicos. E um setor mais sobrecarregado” e AC 15 “Eu tenho trabalho 11 a 12 horas por dia, praticamente todos os dias. Eu sou caixa e substituo a gerência de atendimento. E quando eu fa ç o isso eu ocupo na verdade as duas funções, eu também sou caixa. Quando sai o titular tem que fa zer a do titular porque não tem quem bote no lugar, pois não tem quadros. E complicado

m esm o!”.

Segundo estes funcionários, gerentes e caixas entrevistados, não existe remuneração ou compensação alguma das horas extras trabalhadas, como exemplifica AC2 “Nenhuma.

não reclama acha que o banco pode valorizar e no futuro promovê-lo. Tem muitos revoltados que trabalham e ficam falando. À s horas extras variam de acordo com a função. O gerente e os gerex j á ganham para trabalhar 8 horas. Eles trabalham 8, até 10 horas”.

Esta carga horária extra não remunerada é percebida como uma forma injusta de exploração. Estes bancários deixaram evidente em suas atitudes, quando das entrevistas, seu descontentamento a este respeito, dizendo que “A maioria fic a bem chateado com a

situação em que está o banco, que não dá o mínimo de valor p a ra o funcionário, desconsidera totalmente este aspecto, trata o funcionário como se fosse uma m áquina”

(A G I) e “Acho uma exploração, mas existe a pressão psicológica que diz: ah, você é muito

caro, você tem que se pagar, você tem que ver isso, blá, blá, blá. Na verdade é terrorismo m esm o ../’{A .C \5).

Estes indivíduos se submetem a esta exploração em razão da insegurança no emprego e por medo. É muito evidenciado este problema, claramente observado nos relatos de AGI “Olha, sinceramente eu não sei te dizer. Hoje a gente está tão subjugado que não

vê saída para mais nada neste aspecto. Não é só nós bancários.... Tem medo de perder o emprego e do fu tu r o ” e AC4 “... Porque as vezes da a impressão que tá tudo bem, mas não. O pessoal é muito inteligente. Pode ter até quem se fa ça de bobo lá , mas as pessoas sabem exatamente o que está acontecendo... é receio... e eu estou me ferrando no banco com medo de perder meu emprego ”.

Afirmam que a falta de funcionários nas agências também tem provocado mais trabalho e horas extras “ Eles não contratam p o r causa do lucro. Reduzir gastos com a

fo lh a de pagto. ...São muitos funcionários trabalhando horas extras sem valorização... Tem pouca gente para fa zer o serviço e eles acham que tem muito. Só pensam na redução de

despesas” (AG I), embora um entrevistado se refira ao processo de automação das agências

como um fator de contribuição para a redução das horas extras.

A totalidade dos participantes trabalham apenas neste banco, conforme afirmam A G I “ Mesmo que eu quisesse não daria tem po” e AC4 “não tenho outra atividade. É

im possível”. Entretanto, declaram que muitos bancários estão tendo que estudar a noite,

pois estão pressionados pelo banco em função da insegurança no emprego. Neste sentido, comenta AC 15 que “Então hoje as pessoas estão tendo que estudar a noite na federal,

além da jornada de trabalho. O rendimento no banco caiu muito depois que o banco começou a cobrar isto. O banco exige através de pressões indiretas e pequenas cobranças. Exige entre aspas... Acredito que exista pressão do gerente de p esso a l”. Convém salientar

que esta realidade foi verificada pelo pesquisador em conversas informais com outros.' bancários, não integrantes da amostra estudada.

Com relação à valorização do trabalho pelo banco, afirmam que a instituição está voltada apenas para o lucro e para os resultados fínanceiros. Eles não percebem ações concretas de valorização humana do trabalho, como atestam AGI “Não existe remuneração

das horas extras. Quer dizer, existe, mas a maioria dos gerentes não querem utilizar.... Por causa do lucro. Reduzir gastos com a folha de pagamento....O gerente representa os interesses da empresa, do banco....por pressão... E a política governamental que quer reduzir gastos de uma maneira errada e indiscriminada ” e AC4 “ (Risos!) Eles querem dinheiro, só. Eles são cobrados para isto ”. O banco não valoriza o trabalho realizados

pelos bancários, ratifica AC4 “O banco enganou a gente. Eu tinha um colega que tirava

notas inferiores as minhas. Eu passei no concurso do banco e pensei que eu tivesse arrumado minha vida p ra sempre. Ele não quis entrar e continuou estudando. Hoje ele é

alto funcionário, assessor em Brasília e eu estou me ferrando no banco, com medo de perder meu emprego

Alguns participantes apontam que os critérios de promoção no banco são obscuros e valorizam uns em detrimento de outros, em função de indicações políticas externas à qualidade do trabalhador, influência da maçonaria ou de partidos políticos ligados ao governo ou de critérios relativos à amizade obscuros e não profissionais. Sobre isto AC2 e AG 15 dizem respectivamente que “A promoção do gerente se dá através da amizade e da

maçonaria. Se fa la muito na maçonaria e na amizade como form a de ascender. Com certeza em Brasília e na superintendência deve ocorrer. É tudo “indicado”. É pela amizade. Não existe nenhum critério para promoção....” e “.... a gente sabe que é através do QI, quem indica, políticos. Na verdade não é pelo trabalho que você faz, mas de repente aparece um gerente que é absolutamente diferente do que era para ser. Mas é amigo do fulano, entende. A s amizades é o n° 1, os amigos certos n° 2 e políticos também. A

maçonaria...”.

Apenas um participante, gerente de expediente, defende que existe valorização do trabalho pelo banco e que os que reclamam são funcionários acomodados e desmotivados. Por outro lado, não existe nenhum depoimento, nem de seus pares bancários ativos, nem dos sedentários, que apóie de alguma maneira esta posição.

Uma posição unânime é que não há espaço organizado no banco para realizar um trabalho criativo, apontando para uma estrutura hierárquica fechada, burocrática, onde as decisões são tomadas longe da agência, à nível central, sem levar em consideração a realidade e as peculiaridades vividas no trabalho na agência, impedindo o desenvolvimento concreto de processos participativos e criativos de gestão. O autoritarismo impede o

desenvolvimento de um trabalho mais criativo e significativo na agência. Exemplificando, comentam AGI “A diretoria impõe as coisas sem ter conhecimento do mercado, ser ter

conhecimento porque cada local tem suas características, então tem que se trabalhar dentro daquelas características e que não é o caso que o banco faz. Simplesmente vem aquelas determinações lá de cima que não são adequadas a realidade local da agência . . . é imposto, para ser assim, que assim seja né, então tu vê que muitas coisas dão erradas por isto...não existe tempo para a criatividade, nunca” e AC2 é tudo uma rotina que tem pouca coisa para criar. A gente fa z reuniões para avaliar algo e mudar. A gente fala, mas na hora de fa zer não acontece. Tem espaço, mas para executar, pois é difícil por causa do autoritarismo ”. Por outro lado, estes participantes se dividem com relação a motivação

para trabalhar. Enquanto alguns são motivados e tem orgulho em trabalhar no banco, explicito nos depoimentos de AG 13 “Muito motivado. Eu sempre fu i muito entusiasta da

minha empresa até porque o que eu tenho na minha vida eu consegui porque a minha empresa me deu em troca do meu trabalho. Eu penso que muita gente dedicou sua vida a uma empresa e não tem nada. Eu gosto do meu trabalho’’’ e AC 16 “Eu sei que eu não sou nada, eu sou apenas um funcionário,, mas parece até que a gente é dono do banco por gostar do banco”, contrariamente outros fijncionários não relatam motivação nem

perspectiva para trabalhar na empresa, indicando que os problemas salariais interferem na motivação para o trabalho, observado por exemplo, no relato de AGI fo ra a questão salarial que a gente não se conforma com a maneira que ficou. A gente acha que não é pago pelo que a gente faz. O banco deixa muito a desejar neste aspecto

Questionados sobre a satisfação no trabalho, afirmam ter prazer no trabalho quando não ocorrem conflitos com os clientes, quando estes ficam satisfeitos com o atendimento e o serviço prestado e que realizar um trabalho bem feito proporciona satisfação. Sobre este

aspecto, atestam AGI 3 “Quando a gente, no fim do dia , está todo mundo feliz, quando a

gente consegue atingir uma meta, ultrapassar um desafio e também quando encerra o dia e não houve conflitos com clientes. Ver as pessoas foram embora contentes’’' e AC 16 Realizar bem meu trabalho. Quando dá alguma diferença no caixa e eu encontro e resolvo a situação". Dois participantes atestam não ter nenhuma satisfação para trabalhar

no banco. Isto fica muito caracterizado na fala de AC4 ““Domingo de noite é uma

depressão. São dois dias, mas não é suficiente e sabe porque, olha deixa eu falar: nós estamos numa que não tem nenhuma compensação, nenhuma. No fim de semana você vive e durante a semana você vegeta

Quando perguntados sobre como é o relacionamento familiar e sobre a questão do stress no convívio familiar, a maioria declara que a família é um suporte e um apoio na vida e no trabalho e que o relacionamento familiar é muito bom, evidenciado nos depoimentos de AC 15 “ Minha fa m ília é unida. Um respeita e não atrapalha o ou tro ” e AG 13 “Eu me

divirto tanto trabalhando como em casa. A minha família, com certeza é o meu porto, meus filhos, são 3, um é dentista, um fa z arquitetura e o outro está se preparando para o vestibular. Minha esposa é orientadora educacional e agora aposentada, está trabalhando com o meu filh o como secretária". Atestam que tem grande dedicação a família. O

bancário AC 16 relata perceber grande stress e preocupação em casa em função de um filho ser usuário de drogas.

Sobre o ambiente de trabalho, todos os participantes afirmam ser este ambiente extremamente estressante, ocorrendo stress forte e freqüente no dia a dia do trabalho, produzindo problemas e afetando negativamente o funcionário. Tais características ficam evidentes nos relatos a seguir:

_ “Porque todo mundo trabalha sob pressão.... Esta pressão vem de todo o lado. Todo

mundo é muito exigido. Tu é obrigado a se abrir para um leque de serviços no banco... Tu tem que conhecer o serviço do banco de modo geral. Então tu fic a muito tenso, muito pressionado, sobrecarregado” (A G \);

_ “Eu j á estive a beira do stress total de o médico chegar e dizer p ra mim: escuta, você precisa de licença, mas eu não posso te dar. Várias vezes. Uma vez p o r ano eles fazem

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