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Rui Barbosa de Oliveira nasceu em 5 de novembro de 1849, Rua dos Capitães (que depois passou a ter o seu nome), Freguesia da Sé, cidade do Salvador, Bahia. Filho de João José e Maria Adélia Barbosa de Oliveira. No ano de 1854 inicia os estudos com o Professor Antônio Gentil Ibirapitanga, em 1861 ingressou no Ginásio Baiano, do Dr. Abílio César Borges, depois Barão de Macaúba, em 1879 morou no Rio de Janeiro, ao ser eleito para a Assembleia Legislativa da Corte Imperial, ele ganhou prestígio como orador, jurista e jornalista defensor das liberdades civis além disso, foi duas vezes, candidato à Presidência da República. Rui era estudioso da língua portuguesa e presidiu a Academia Brasileira de Letras após a morte de Machado de Assis.

Em 1907, representou o Brasil na Segunda Conferência Internacional da Paz em Haia e, já no final de sua vida, foi eleito Juiz daquela Corte Internacional. Na casa onde viveu de 1895 a 1923.

Em 1877, com o partido em alta, ingressou na Câmara Baiana e no ano seguinte no Parlamento do Império. Empenhou-se pela reforma eleitoral, pela reforma do ensino e pela libertação dos escravos sexagenários, que foi derrotada na Câmara. O controle dos votos feito pelos fazendeiros escravistas e uma campanha contra os abolicionistas não reelegeu Rui Barbosa.

Nesse mesmo ano, durante o governo de Deodoro, exerceu as funções de Ministro da Fazenda. Dois fatos marcaram sua passagem: a Constituição de 1891, quase toda de sua autoria, e o encilhamento. Depois de graves crises e violenta inflação, Rui Barbosa deixou o governo.

Rui Barbosa foi candidato à presidência da república em 1909, quando o escolhido foi o Marechal Hermes da Fonseca. Em 1919, o nome de Rui surgiu com fortes possibilidades de ser indicado pelo Partido Republicano, mas Rui se recusou comparecer à convenção, contudo mesmo assim recebeu 42 votos. Epitácio Pessoa, paraibano, apoiado por São Paulo e Minas, venceu com 139 votos.

Embora derrotado, Rui Barbosa era respeitado nacionalmente. Foi convidado para chefiar a delegação do Brasil na Liga das Nações, mas recusou o convite. Em 10 de março de 1921, em ofício ao Senado, mostrando sua descrença na Velha República, que os princípios e a lealdade que consagrou sua vida pública eram corpo estranho na política brasileira.

Homem culto e bem-educado, em cuja convivência todos captavam ensinamentos permanentes, intelectual, tendo recebido formação acadêmica, Rui Barbosa estava à frente do seu tempo.

Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, Rio de janeiro, para onde foi se convalescer de uma pneumonia, no dia 1º de março de 1923. Foi sepultado em Salvador, Bahia, na galeria subterrânea do Palácio da Justiça – Fórum Rui Barbosa.

O Museu Casa de Rui Barbosa, o qual foi adquirido pelo governo brasileiro, com todo o seu acervo museológico, bibliográfico, arquivístico e extensa produção intelectual

O estudo a partir do arquivo pessoal de Rui Barbosa, no contexto da descrição arquivística, por meio da documentação fotográfica no arquivo pessoal, visa contribuir para ampliar os estudos no âmbito da Ciência da Informação e áreas afins pois a fotografia amplia o conhecimento, oferece benefício à informação e, dessa forma, contribui para a preservação da memória.

Há o Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco, obtido em 2011 (MEMORIY, 2012), para o arquivo pessoal de Rui Barbosa, o qual devido a importância da documentação de Rui Barbosa e, por ser de interesse social, patrimônio documental e memória.

Além disso, o arquivo pessoal de Rui Barbosa, por meio das fotografias, traz também um novo olhar sobre aspectos da vida pessoal e intelectual de seu titular, corroborando com outras formas da escrita da nossa história pois, sem dúvidas as fotografias podem ser fontes valiosas para a produção de pesquisas no campo histórico como afirma Oliveira (2013, p. 2):

O primeiro núcleo de arquivos pessoais da Fundação Casa de Rui Barbosa é formado pelo arquivo de Rui Barbosa, que é composto por 60.000 documentos textuais; 2.400 imagens; e 53 documentos cartográficos, de 1849 a 1930. O conjunto documental representa o espaço social e político que o titular ocupou no cenário nacional e sua projeção internacional, na imprensa, nos tribunais de justiça, na tribuna parlamentar, na pasta da Fazenda, e nas missões diplomáticas, desde a queda do Império e aos primórdios do Regime Republicano. (OLIVEIRA, 2013, p. 2)

Além disso, a Fundação Casa de Rui Barbosa é uma instituição governamental que acolhe os mais diversos acervos documentais, possui um Centro de Memória e Informação com setores especializados nas áreas voltadas para (Museu, Arquivo, Biblioteca, Arquivo-museu e literatura brasileira), portanto possui um amplo campo de estudo, vale ressaltar que no recorte desta dissertação, o foco foi a fotografia do arquivo pessoal de Rui Barbosa.

Conforme Silva (1972, p. 9) sobre a Fundação Casa de Rui Barbosa:

após a morte de Rui Barbosa, ocorrida em 1º de março de 1923, o Governo da República - na intenção de prestar a mais alta homenagem ao eminente brasileiro - começa a tomar as iniciativas indispensáveis a propriedade e dos pertences de Rui Barbosa, como patrimônio da vida cultural brasileira. Silva (SILCA, 1972, p. 9).

Numa das fases do trabalho de organização e busca da disseminação da informação do arquivo de Rui Barbosa, em relação ao banco de imagens, pudemos verificar a partir da obra de (MELLO; MENDONÇA, 1997, p. 37) que [...] “com vistas à futura informatização do acervo e à geração de um banco de imagens, adotou-se a indexação coordenada.9 A fotografia não é mais um elemento ilustrativo do texto histórico, ela é o próprio objeto da história, valorizada como fonte de informação”.

Dessa forma, podemos reafirmar a preocupação em preservar e repassar às gerações atuais e futuras a documentação do arquivo pessoal de Rui Barbosa, contribuindo para novas pesquisas e disseminação da documentação, fonte de informação e memória.

4.2 DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA DA FOTOGRAFIA DO ARQUIVO PESSOAL DE

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