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8. Anexos

Anexo 1 - Entrevista Realizada ao Treinador Jorge Casquilha (dia 03 de Julho de 2014)

Sendo o Leixões uma equipa que aposta na formação, que balanço faz das competências adquiridas pelos jovens jogadores ao longo do respetivo percurso formativo, nomeadamente no que respeita à capacidade para jogar com eficácia, tendo em conta: diferentes sistemas táticos, os vários momentos de jogo, as habilidades técnicas adquiridas, as intensidades de jogo exigidas?

Em relação à formação e ao estado em que os jogadores jovens chegam à equipa sénior, a minha experiência diz-me que uma das grandes lacunas é claramente a intensidade de jogo. Não tem nada a ver o futebol juvenil com o futebol sénior, a intensidade é muito maior, o grau de exigência a nível de concentração é extremo e a maior parte deles não vêm preparados para essa nova realidade que encontram na carreira. Outra situação que tenho encontrado nos clubes por ponde tenho passado e que penso que já não devia de acontecer hoje em dia, é o jogador vir pouco preparado a nível tático para o futebol sénior. Sei que em Portugal, há sempre aquela tendência de nas camadas jovens querermos primeiro os resultados em vez de estarmos a formar jogadores, o que eu acho completamente errado. O facto de os jogadores chegarem aos seniores e não terem o conhecimento do jogo, não se adaptarem facilmente a novos sistemas táticos porque não têm esse conhecimento. A maior parte deles perdem-se porque o futebol sénior é um futebol altamente profissionalizado e o treinador não pode estar a perder tempo com a formação que já devia ter sido feita durante seis ou sete anos e por isso ou o jogador é muito bom, não só a nível técnico, ou é um jogador já acima da média a nível tático, já consegue ter um conhecimento do jogo que conseguiu adquirir por ele próprio, porque a nível da formação poucos são aqueles que conseguem adquirir conhecimentos.

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Quando fala em parte tática fala mais a nível do conhecimento dos princípios gerais do jogo, da tomada de decisão?

Mais o conhecimento geral do jogo. Eu lembro-me perfeitamente pelos clubes por onde passei que consegui inserir juniores a trabalhar com os seniores e a grande dificuldade deles era perceber os momentos do jogo, perceber o jogo, perceber o que é que o treinador queria, porque não estava preparado, nunca foi preparado para essa nova realidade e penso que isso é uma lacuna que a formação tem de trabalhar mais, preparar mais os jogadores e preocupar-se menos com os resultados imediatos.

Existe recorrentemente uma discussão em torno do facto de um jogador nascer ou não com um potencial inato para jogar futebol. De que forma pode o treino ter influência no nível de rendimento a atingir e o que lhe parece que se pode fazer para que os praticantes cheguem a patamares superiores?

Eu costumo dizer que é jogador de futebol quem tem o dom e não quem quer, senão todos éramos jogadores porque toda a gente gostava de jogar futebol. Agora, é uma coisa inata, nasce com a pessoa o gosto e depois a nível técnico nós podemos aperfeiçoar algumas coisas, mas a essência está no jogador, ou ele é bom ou não é, já nasce com ele. Depois nós podemos aperfeiçoar. Onde o jogador pode, até devido à sua qualidade técnica, depois vir a atingir outros patamares mais elevados, é nas componentes físicas e na componente técnico- tático, é aí que há um trabalho das equipas técnicas e se o jogador quiser trabalhar, quiser aparecer é lógico que à sua qualidade técnica se juntarmos as outras componentes é lógico que vai conseguir atingir outro patamar. Eu penso que, é uma opinião pessoal, como nunca trabalhei com as camadas jovens, eu acho que até aos juvenis, deve-se trabalhar o aspeto técnico, dar liberdade ao jogador para evoluir a sua condição técnica, o gosto e o prazer pelo jogo. A partir dos juniores, aqueles dois anos de transição para os seniores é importante passar-lhe a mensagem e o trabalho tático para depois ele quando chegar aos seniores não sentir uma grande décalage. Agora até aos juvenis devem deixar jogar os miúdos, não formatá-los na componente tática. Não lhes dar liberdade

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para jogarem, jogarem a dois toques, treinar a dois toques, não. Penso que a sua essência deve estar presente e a essência dele é o futebol de rua, é o gostar de jogar à bola, é o ter a bola, então deixem-no jogar. Depois quando chegámos a um patamar em que temos de fazer as escolhas, esse jogador na passagem dos juvenis para júnior tem potencial? Então vamos começar a trabalhá-lo a nível tático, conhecimento do jogo. Não tem, depois ele segue outra via na sua vida.

Considera mais pertinente implementar a sua conceção de jogo ou ter uma conceção de jogo que se adapta em função dos atletas que compõe a equipa e/ou de outras condicionantes?

Depende do momento em que entras na equipa. Se inicio o processo numa equipa, numa pré-época, se sou eu que escolho os jogadores, o meu pensamento, o meu modelo, a minha conceção de jogo é exatamente a que tenho em mente. Portanto, vou contratar ou vou adquirir os jogadores que me melhor se adaptam ao que eu pretendo. Se eu entro a meio numa equipa em que o plantel já está feito, aí tenho de adaptar, tenho de conseguir conciliar as duas coisas, se o que eu penso é o melhor para o jogo e ao conhecer os jogadores, se se conseguem encaixar no que eu pretendo. Portanto, é uma simbiose entre os dois estados que o treinador tem de fazer. Na minha carreira de treinador, sete anos, já me aconteceu as duas situações, começar num clube em que eu preparei o plantel e noutro em que chego a meio e tenho de me adaptar ao grupo que tenho. Portanto, tudo depende se inicio o trabalho ou se já apanho o trabalho a meio.

Pode referir, em síntese, quais são as principais preocupações que os jogadores devem ter em cada momento do jogo, que tentou implementar na forma de jogar desta equipa? São sempre os mesmos em qualquer equipa que treine? Se não são, altera-os em função de quê?

A minha preocupação quando cheguei ao Leixões foi a componente tática. Eu já tinha visto jogar a equipa, achava que a equipa era muito desequilibrada, muito pouco rigor a nível de organização defensiva e o meu primeiro trabalho, os meus primeiros treinos incidiram essencialmente nisso, além da vertente psicológica porque a equipa como toda a gente sabe estava em queda, vinha de maus

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resultados, portanto, a parte psicológica era importantíssima. A nível de trabalho de campo, tático, a nossa preocupação foi logo trabalhar o aspeto de organização defensiva e penso que isso foi conseguido, a equipa melhorou muito nesse aspeto e depois aos poucos, mas num processo mais rápido que o normal porque tínhamos pouco tempo, conseguimos alterar a maneira de jogar, o modelo de jogo foi alterado, começamos a pressionar mais alto, um bloco mais alto, já que o Leixões jogava muito num bloco baixo e em transições e eu gosto de uma equipa que jogue em posse e num bloco médio-alto e isso em pouco tempo conseguimos, o que me apaje porque não é fácil em tão pouco espaço de tempo conseguir mudar quase radicalmente o comportamento da equipa em campo.

Considera relevante comunicar, sob a forma verbal, os princípios de jogo aos jogadores, ou parece-lhe que o treino é suficiente? Se os comunica

No documento Do Treino ao Jogo e do Jogo ao Treino. (páginas 123-200)

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