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Born in São Paulo, Senna got his first Kart at the age of four

CAPÍTULO 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISES DOS RESULTADOS

3.1 Análises das Colocações do Corpus Linguístico dos Aprendentes

3.1.8 Born in São Paulo, Senna got his first Kart at the age of four

Dentre as múltiplas teorias existentes acerca da linguagem, as quais os livros geralmente dividem-nas em capítulos ou subtemas ou em elementos padronizados, tais como fonologia, morfologia, sintáctica, semântica e pragmática, o caminho pelo qual percorre esta linha de pesquisa centrada na funcionalidade da linguagem procura compreender os fenómenos linguísticos relevantes que fazem da língua objecto de função social, ou seja, a comunicação entre pessoas.

No enunciado acima abordado, procuramos compreender as formas de uso e contexto nos quais fazem sentido ao enunciar-se partindo do emissor para o interlocutor, de modo que tenha senso logo à primeira vista, ou seja, que não pareça estranho aos olhos do leitor ou aos ouvidos do ouvinte.

Sentença retirada do corpus dos aprendentes:

Born in São Paulo, Senna got his first Kart at the age of four.

3.1.8.1 Quadros de Concordâncias com o vocábulo Born

Figura 8.1.a Concordâncias com Born

Fonte:American National Corpus/Written1/fiction/eggan/the story/1file, 7451lines, 60585words, 12552word

105 Figura 8.1.b Concordâncias com Was born

Fonte:American National Corpus/Written1/fiction/eggan/the story/1file, 7451lines, 60585words, 12552word

vocabulary.

Figura 8.1.c Concordâncias com Are Born

Fonte: American National Corpus/Written1/fiction/eggan/the story/1file, 7451lines, 60585words, 12552word

vocabulary.

Segundo definição baseada no aspecto usual, o termo “be born” é utilizado para falar a respeito de algo que veio ao mundo através do nascimento, e a forma comum para isso é a utilização de expressões passivas de to be born.

Swan (2005, p.90) informa que para determinar-se o local ou a data de nascimento, devemos usar o passado simples: was/were born, como, por exemplo: “I

was born in 1936” e não “I am born in 1936”.

Além da aplicação do termo born como forma verbal, há o uso com a função de adjectivo, ou seja, born- nascido, criado.

Quanto ao uso na forma de verbo, Biber (2006) o classifica como um dos verbos que mais comummente ocorre na forma passiva; isso se deve ao facto de estes verbos sofrerem forte influência de escolha passiva devido a factores lexicais, ou seja, enquanto alguns verbos normalmente ocorrem na voz passiva, outros raramente assim

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se apresentam. E há os verbos como o be born, relativo ao nascimento, que ocorrem de maneira característica somente na passiva:

Brandon Lee was born in Oakland, California. Nos exemplos encontrados no American National Corpus, temos as seguintes ocorrências: Formas passivas do verbo be born:

Casos em que o vocábulo “born” funciona como particípio passado do verbo “to

bear”, ou seja, no sentido de “nascido” ou “criado”.

Figura 8.1.b:

Linha 2845 “the thought that the world was born by/ chance, by mistake”; Linha 7199 “/ / / 85 Jomo Kenyatta was born at Ng’enda in the Gatundur”; Linha 7246 “was unfurled. A new nation was born. A year later on December”.

Figura 8.1.c:

Linha 2701 “All see that/ children are born from bodies of women”.

Já na figura 8.1.a, podemos verificar usos do vocábulo born na função de adjectivo, e, conforme se pode observar, em palavras compostas.

Figura 8.1.a:

Linha 4789 “This is /done when the first-born is initiated”;

Linha 4687 “Oliver South, USMC ret., a born-again Christian whose”.

Quanto à construção e à estruturação das sentenças na forma passiva, levamos em consideração mais do que a variação da ordem das sentenças segundo o paradigma sujeito+verbo+complemento, pois envolve a reestruturação organizacional da sentença, que pode ser descrita como uma significação sistemática de escolher um participante do que escolher um agente para começar a pontuar a mensagem, sem haver o afastamento da ordem normal de sujeito inicial na sentença.

No exemplo retirado do livro didáctico em estudo, temos uma estrutura sem o uso de sujeito inicial “Born in São Paulo, Senna got his first Kart at the age of four”, para a qual buscamos explicações pertinentes.

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Para iniciarmos esta análise, primeiramente colocamos em evidência o que conceitua uma oração gramatical (clause), que se trata se uma unidade é estruturada ao redor de uma frase verbal. Uma frase verbal é acompanhada por um ou por mais elementos, os quais denotam os participantes envolvidos em uma acção, estado, entre outros, e também as circunstâncias (tempo, modo, lugar, entre outras), a atitude do emissor da mensagem e a relação com a sentença que cerca a estrutura. Juntamente com a frase verbal há os elementos da oração, os quais são compostos por frases ou por frases embutidas.

Além disso, há os elementos periféricos que podem ser adicionados à oração gramatical. A linha divisória entre os elementos causais principais e os periféricos não é absoluta. Por exemplo, advérbios de posição e advérbios de ligação poderiam ser incluídos como elementos principais.

Incluídos ainda nesses elementos periféricos há os predicativos não subordinados; são similares aos sujeitos predicativos, tanto em forma quanto em significado, porém, distintos dos outros por ter a possibilidade se ser usado independentemente do tipo de verbo (BIBER, 2006). Os predicativos não subordinados são ligados livremente na sentença, geralmente no início ou então no fim, e têm a forma característica de uma frase nominal ou de uma frase adjectiva, na qual descreve o sujeito referente, como no exemplo:

1. A 5ft 9in guard out of Oral Roberts University in Tulsa, Johnson played for the Lancaster Lightnings in the continental Basketball Association before moving to this country to join Newcastle.

2. Unable to stand, Anna K. Sat against the wall with her legs before her like a beggarwoman.

3. A republican, he recognized the authority of Victor Emmanuel.

Nenhum exemplo com o verbo “be born” foi encontrado no American

National Corpus, ou caso semelhante que pudesse ser usado como parâmetro da estrutura

utilizada no livro didáctico. Nesse modelo em específico, os predicativos não subordinados caracterizam os escritos descritivos, os quais têm a possibilidade de expressar um grande número de informação de forma muito concisa.

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Esses predicativos não subordinados são descritos como sentenças sem verbo, com a omissão do verbo be e com o sujeito recuperável na sentença principal.

Entretanto, com a omissão do verbo be na sentença “Born in São Paulo,

Senna got his first Kart at the age of four”, o verbo “born” perde justamente a forma

passiva, transformando-o num adjectivo, peculiaridade esta que torna a sentença mais passível de interpretação equivocada e, devido a isso, é evitada no uso corrente.

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