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4.1 – Breve descrição da produção de palhinhas

De modo a ter-se uma melhor percepção do que mais à frente vai ser descrito, neste tópico vai ser explicado, resumidamente, os passos da produção de palhinhas.

Num modo inicial, é introduzido na extrusora a matéria-prima (grãos de polipropileno). Depois é feita a extrusão do polímero na extrusora e após isso é feito um corte da palha contínua, de acordo com o tamanho de palhinha pretendido. A palha é espalhada organizadamente numa caixa própria. Essa caixa é levada pelo operador para a área do forming (U-Machines), em que na mesma é feita as curvas na palhinha (no caso de se querer essa opção no produto) e o isolamento individual de cada palhinha num filme contínuo. Esse filme contínuo de palhinhas é depois disposto, novamente, organizado dentro de uma caixa, que depois é levado para a área final (Doctor Machines e Z- Folders). Nesta área final é feita uma análise mecanizada e automática ao filme de palhinhas, no âmbito de procurar grandes defeitos (Doctor Machines) e depois o mesmo filme entra na última máquina (Z-Folder). A Z-Folder dispõe depois as palhinhas nas caixas para expedição. As palhinhas ficam dispostas ligadas pelo filme, não individualmente. Por fim as caixas são colocadas numa palete e vão para armazém para depois serem expedidas [7].

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Em todas as áreas da produção existe postos de controlo do produto, em que o operador faz o controlo de qualidade do mesmo, desde a medida do peso e dimensões, com auxílio de escalas e balanças, bem como o controlo visual da cor, aparência da palhinha, etc.

As palhinhas vão para o cliente ligadas pelo filme porque só assim se consegue posteriormente, no cliente seguinte, colá-las à embalagem de bebida a alta velocidade. A produção desta fábrica tem sempre um cliente intermédio (companhias de mercado - como já referido) entre a mesma e o cliente final, ou seja, as palhinhas da Tetra Pak Tubex Portugal não se destinam a ser vendidas separadamente numa loja.

4.2 – Conceitos

Esta alínea contém a definição de alguns conceitos relevantes que são utilizados no capítulo 5 e que podem levantar dúvidas devido a serem um pouco específicos.

Filme – Um filme, nomeadamente de palhinhas, é uma camada de polipropileno que

protege a palhinha e que ao mesmo tempo liga várias palhinhas umas às outras.

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DMS - São reuniões curtas diárias em que estão presentes os representantes dos vários

pilares do TPM e o gestor de fábrica, e que discutem o ponto da situação em relação aos pontos altos e baixos da produção, problemas, apresentam-se valores de desperdícios, eficiências, planeiam-se procedimentos e acções para problemas, etc. É uma reunião que é bastante benéfica para a melhoria contínua, no âmbito que é possível adquirir a opinião de todos os colaboradores e isso é muito importante neste tipo de metodologias e na competitividade. Estas reuniões fazem com que todos sejam ouvidos.

Pivot Tables – ou tabelas dinâmicas são uma funcionalidade do Excel que pegando

numa tabela de valores, consegue-se apresentar uma tabela ou gráfico com filtros, isto é, apresenta-se na tabela realmente o que se quer, excluindo variáveis não importantes no momento. E isto pode ser alterado a qualquer instante. No anexo 5 é dado um exemplo de aplicação.

Sujidade no plástico - designa-se, na empresa TPTP, ao aparecimento de impurezas

nas palhinhas, sob forma de material infundido ou partículas externas, pelo que não podem ir para o cliente nessas condições. Por isso é necessário esta informação para averiguar o estado do problema e se equipa que está a actuar na redução desse defeito está a actuar correctamente ou não.

Pontos C e Q - Um ponto C é alusivo a uma variável que não altera no decorrer da

produção (exemplo: aperto de um sistema). Um ponto Q é uma variável que pode alterar durante a produção (exemplo: velocidade da extrusora). Este último requer mais atenção durante o processo porque é o que tem mais probabilidade de variar [7]. Estes pontos

Figura 15: Filme de palhinhas

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C1

Q1

Q1

depois são numerados e aplicados em forma de etiqueta nos equipamentos para permitir a sua distinção em cada processo e para serem fáceis de analisar as zonas críticas.

Empalme - acto de colar dois ou mais pedaços de filme por meio de calor, com o

auxílio de uma tela de empalme.

Vórtice - neste contexto é uma forma do espalhamento que acontece quando as

palhinhas são espalhadas e não são esticadas, o que cria uns enrolamentos. A equipa Bent Straw deu esse nome ao fenómeno pela parecença com a forma de um vórtice. É possível visualizar uma representação mais elucidativa do mesmo na figura abaixo apresentada.

Figura 16: Exemplo de etiquetas dos pontos C e Q

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5 - Melhoria da Qualidade do Produto

Neste capítulo vai ser feita uma descrição minuciosa do que foi feito ao longo do estágio e de que modo isso afecta/afectou e melhorou não só o produto em si mas também o seu processo de fabrico, que é igualmente importante para a qualidade do mesmo, está inerente.

Note-se que há actividades, que vão ser descritas, que não afectam o produto directamente, por serem actividades base ao nível da gestão, recursos humanos, etc. Sabe-se, pela metodologia do TPM que todas as decisões vão ter de uma forma ou de outra impacto no produto [15]. Isto porque a gestão e recursos humanos são um pilar da metodologia, que conta igualmente e até por vezes mais do que pilares mais directamente ligados com a produção e qualidade em si. Aquando da descrição destas actividades, vai ser dada essa atenção ao descrito neste parágrafo, mas como forma de nota é importante deixar esta indicação.

A organização deste capítulo vai conter as actividades de melhoria do produto divididas em dois subtemas (figura 17). Vai focar as actividades em que houve um maior envolvimento e que estão mais relacionadas com a melhoria do processo e do produto em si.

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