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CAPÍTULO 2. FONTES DE ÓLEO DE SOJA EM ASSOCIAÇÃO COM

2.5.6 Cálculo do balanço de nitrogênio

Para estimar o balanço de nitrogênio, o cálculo foi segundo as quantidades médias de nitrogênio consumido e excretado em fezes e urina, utilizou-se a seguinte equação (SILVA; QUEIROZ, 2002):

1. Balanço de nitrogênio (g) = N consumido – (N fezes + N urina) 2. Nitrogênio retido (%) = (Balanço de N/N consumido) x 100 3. Nitrogênio da urina (%) = (N na urina/N consumido) x 100

2.6 Delineamento experimental e análise estatística

Os animais foram dispostos em um delineamento experimental em dois quadrados latinos 4X4 simultâneos, com quatro tratamentos, quatro períodos experimentais e quatro animais, sendo a unidade experimental constituída por um animal por baia. O delineamento foi realizado de acordo com o seguinte modelo estatístico:

γ

ijkl

= µ + φ

i

+ τ

j

+ ρ

k

+ δ

l(φi)

+ φτ

ij

+ ε

ijkl

Em que: γijkl = a variável dependente; µ = a média geral das observações;

φi = o i-ésimo efeito do quadrado latino; τj = o j-ésimo efeito do tratamento ou à dieta; ρk = k-ésimo efeito do período;

δ

l(φi) l = o efeito do animal dentro do quadrado latino i;

φτ

ij = o efeito da interação entre o quadrado latino i e o

tratamento j; εijkl = o erro aleatório. Pressuposto o erro normalmente e independentemente distri u do com uma média 0) e uma variância ζ2).

Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) pelo programa SAS (2004). As médias forma comparadas através do teste de Tukey, adotando o nível de significância de 5%. as médias foram submetidas à análise de contrastes ortogonais. Para avaliar o pH, nitrogênio amoniacal e ácido graxos de cadeia curta nos diferentes horários de coleta, utilizando-se o procedimento de análise de variância com medidas repetidas no tempo, pelo procedimento MIXED do SAS (2004). Compararam-se os efeitos de tratamentos por meio dos seguintes contrastes ortogonais:

CO vs. OS, SG, e GP: comparar a dieta CO (controle) versus dietas contendo fontes lipídicas OS, SG e GP.

OS vs. SG e GP: comparar a dieta OS contendo óleo de sojá versus dietas contendo soja grão (SG) e gordura protegida (GP).

SG vs. GP: comparar a dieta SG contendo soja grão versus a dieta GP contendo gordura protegida.

3 RESULTADOS

3.1 Consumo de matéria seca e nutrientes

As médias da ingestão de matéria seca, matéria orgânica, nutrientes (kg/dia) e a relação do consumo da matéria seca, proteína e FDNcp em relação ao peso corporal estão apresentadas na Tabela 2.

O consumo da matéria seca (CMS) e a matéria orgánica (CMO) não foram influenciados (P>0,05) pela fonte do lipídio com um valor médio de 9,36 kg/dia para matéria seca e de 8,82 kg/dia para matéria orgânica; no entanto, verificaram-se diferenças (P<0,05) nas médias da ingestão de matéria seca em relação ao peso vivo corporal entre o contraste SG vs GP, sendo maior para os animais que receberam a dieta SG com 1,67% e de 1,54% para os animais que receberam a dieta GP, podendo ser considerado como uma restrição alimentar da matéria seca oferecida. Não foram observadas diferenças (P>0,05) nestas variáveis da dieta OS comparada com as dietas contendo os lipídios na forma protegida (SG e GP) (Tabela 2).

Houve diferença significativa (P<0,05) no consumo de proteína bruta nos tratamentos, houve redução (P<0,05) do consumo da proteína na dieta OS comparada com as dietas SG e GP, da mesma forma houve redução (P<0,05) do consumo de proteína da dieta GP comparada com a dieta OS. Quando expresso o consumo da proteína bruta em relação ao peso corporal apresentou se diferença (P<0,05) para todos os três contrastes, com menor valor (0,24 e 0,24) dos animais das dietas OS e GP (Tabela 2).

Houve diferença (P<0,05) dos tratamentos em relação ao consumo de extrato etéreo (EE), onde houve redução (P<0,05) no consumo nos animais que receberam a dieta GP comparada com a dieta SG. O maior consumo do EE nas dietas com fonte lipídica associada com glicerina (SG, OS e GP) comparada com a dieta CO está em função da maior concentração de EE total que apresentaram as dietas com fonte de óleo (5,26%, 4,98% e 4,79%) respectivamente, e de menor concentração para a dieta (CO) com 3,74% de EE. Não houve diferença (P>0,05) para esta variável na dieta OS comparada com as dietas SG e GP, Tabela 2.

Apresentou diferença (P<0,05) no consumo da FDNcp, com diferença no contraste CO vs SG, OS, GP e no contraste SG vs GP (P<0,05), respectivamente; verificou-se aumento (P<0,05) no consumo da FDNcp em

relação ao peso corporal dos animais do tratamento CO, comparados com dos tratamentos SG, OS e GP; da mesma forma para o contraste SG vs GP com um menor valor (P<0,05) para os animais do tratamento GP. Entretanto, não houve diferenças (P>0,05) da dieta OS comparada com as dietas contendo os lipídios na forma protegida (SG e GP) Tabela 2.

Tabela 2. Consumo da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, extrato etéreo, FDNcp, carboidratos totais, carboidratos não fibrosos (kg/dia), e consumo de energia bruta (Mcal/dia), em função da fonte de óleo de soja em associação com glicerina em dietas para novilhos Nelore. Item Dietas experimentais EPM Contraste1 CO SG OS GP CO x OS, SG, GP OS x SG,GP SGxGP Consumo kg/dia Matéria seca 9,62 9,75 9,10 8,98 0,1773 NS NS NS Matéria orgânica 9,06 9,19 8,58 8,46 0,1672 NS NS NS Proteína bruta 1,58 1,69 1,39 1,42 0,0356 NS 0,0041 0,0002 Extrato etéreo 0,36 0,53 0,49 0,47 0,0125 NS NS 0,0101 FDNcp 2,67 2,49 2,35 2,35 0,0411 <,0001 NS 0,0431 CT 7,12 6,97 6,70 6,57 0,1287 NS NS NS CNF 4,45 4,48 4,34 4,24 0,0936 NS NS NS EB (Mcal) 42,72 45,39 41,21 40,74 0,8228 NS NS 0,0101

Consumo em relação ao peso corporal (%)

Matéria seca 1,65 1,67 1,56 1,54 0,0348 NS NS 0,0376 Proteína bruta 0,28 0,29 0,24 0,24 0,0328 0,0657 0,0025 0,0001 FDNcp 0,46 0,42 0,40 0,40 0,0071 <,0001 NS 0,0448

CO= dieta controle; SG= dieta com soja grão; OS= dieta com óleo de soja; GP= dieta com gordura protegida, (Megalac®); FDNcp = fibra em detergente neutro corrigida para cinza e proteína; CT = carboidratos totais; CNF = carboidratos não fibrosos; EB, energia bruta. 1Os valores são apresentados como médias dos quadrados mínimos com significância definida (P<0,05); EPM, Erro padrão da média.

Em relação ao consumo de carboidratos totais e carboidratos não fibrosos (CNF) (kg/dia), a adição de lipídios em associação com a glicerina não diferiu (P>0,05) entre as diferentes dietas avaliadas. Entretanto, constatou-se diferença (P<0,05) no consumo de energia bruta (EB) entre os tratamentos, verificando aumento (P<0,05) do consumo de EB dos animais da dieta SG, comparada com a dieta GP.

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