• Nenhum resultado encontrado

CÁLCULO DOS CUSTOS COM CAMINHÃO PARA A COLETA DE RESÍDUOS

30

QrT: quantidade total de recicláveis gerada semanalmente (toneladas);

Cc: capacidade de carga do container (toneladas);

f: frequência de coleta, em vezes por semana.

Por outro lado, as distâncias máximas a serem percorridas devem ser consideradas, assim o número de PEVs demandados podem ser superiores aos obtidos na equação.

Uma variável que influi no dimensionamento do número de PEV, e que se destaca neste procedimento, é a distância máxima do mesmo até o usuário. Este é um fator extremamente relevante, pois para que o programa de coleta seletiva se desenvolva a população tem que estar constantemente comprometida a participar e se a distância de caminhada para o cidadão for maior do que a tolerável, definitivamente ele não contribuirá com o programa (PEIXOTO et al. 2006)

Para não ultrapassar a distância máxima de 500 metros a área atendida deve estar circunscrita em um círculo de raio de, no máximo, 370 metros, visto que raios maiores que este podem gerar distâncias maiores que 500 metros a serem caminhadas não atendendo, portanto, a delimitação de distância máxima, assim regiões de atendimento podem ser determinadas, atendendo ao método dos p-centros no grafo em que coloca-se pontos, o centro geral, em uma rede “em que as distâncias dos demais pontos do grafo para este ponto sejam as menores possíveis” (PEIXOTO et al. 2006). Assim a Figura 2.8 mostra como seria a delimitação e escolha dos pontos:

Figura 2.8: Procedimento para escolha da localização dos PEVs

Fonte: PEIXOTO et al. (2006)

2.7 CÁLCULO DOS CUSTOS COM CAMINHÃO PARA A COLETA DE

31

forma, o custo horário do equipamento depende do custo de posse e utilização e é dividido em dois tipos (HOMEM, 2004):

 Custo horário improdutivo: É o custo do equipamento parado à disposição da produção. Nesta condição não há o consumo de combustível, óleo, graxa ou energia elétrica;

 Custo horário produtivo: É o custo por hora de utilização, em operação, de um equipamento na produção.

Para o efetivo cálculo dos custos é preciso definir as despesas relacionadas com a propriedade e operação do equipamento que são classificadas como: custo de propriedade, de operação e manutenção. O custo produtivo seria determinado pela soma das três despesas, enquanto, o improdutivo é representado por uma parte do custo de propriedade com adição de juros e o custo da mão de obra da operação (PEREIRA ET AL., 2010).

O custo de propriedade consiste basicamente no valor de aquisição do equipamento mais a adição dos juros, sendo que alguns casos, soma-se também as despesas relacionadas com taxas de impostos e seguros. Assim, os fatores determinantes no custo de propriedade são (DNIT, 2003):

 Depreciação: parcela do custo operacional correspondente ao desgaste e à obsolescência do equipamento que ocorrem ao longo de sua vida útil. Portanto, seu valor total corresponde à diferença entre o preço do equipamento novo e o valor residual que ele ainda possui ao final de sua vida útil. Os fatores interferentes são:

valor residual, valor de aquisição e o período de vida útil do equipamento.

 Juros: representam o custo, incorrido pelo empresário, pelo fato de aplicar, num negócio específico, seu capital próprio ou o capital captado de terceiros.

 Taxa de seguros e impostos: usado quando o equipamento se trata de um veículo, assim, referindo-se a IPVA e seguro de regularização do automóvel.

O custo de operação é definido pela despesa com a mão de obra e do material usado para a operação. O custo de manutenção varia conforme o equipamento tratado e depende do valor de aquisição e horas trabalhadas por ano.

Assim, de acordo com o Manual de Custos Rodoviários (DNIT, 2003) chegamos as seguintes equações para os cálculos dos custos mencionados anteriormente:

𝑑

=

𝑉𝑎−𝑅

𝑛 𝑥 𝐻𝑇𝐴

Equação (2.2) Onde:

dh = depreciação horária (R$/hora);

32 Va = valor de aquisição (R$);

R = valor residual (R$);

n = vida útil (anos);

HTA = quantidade de horas trabalhadas por ano (horas/ano).

I

𝑚

=

(𝑛+1) 𝑉𝑎

2𝑛 Equação (2.3) Onde:

Im = valor médio de investimento (R$);

Va = valor de aquisição (R$);

n = vida útil (anos).

𝐽

=

𝐼𝑚 𝑥 𝑖

𝐻𝑇𝐴 Equação (2.4) Onde:

Jh = valor horário dos juros (R$/hora);

Im = valor médio de investimento (R$);

i = taxa de juros real por ano (%)

HTA = quantidade de horas trabalhadas por ano (horas/ano).

𝐼𝑆 =

(𝑛+1) 𝑉𝑎 𝑥 0,025

2𝑛 𝑥 𝐻𝑇𝐴

Equação (2.5) Onde:

IS = custos horários relativos a impostos e seguros (R$);

Va = valor de aquisição (R$);

n = vida útil (anos);

33

HTA = quantidade de horas trabalhadas por ano (horas/ano).

𝑀𝐴𝑇 = 𝑓 𝑥 𝐻𝑃 𝑥 𝑝 Equação (2.6) Onde:

MAT = custo horário de material para operação;

f = fator de eficiência (adimensional);

HP = potência do equipamento (HP);

p = preço unitário (R$).

𝑀𝑂 =

𝑆𝑏

𝐻𝑇𝑀

(1 +

𝐸𝑠

100

)

Equação (2.7) Onde:

MO = custo horário de mão de obra de operador (R$/hora);

Sb = salário base mensal do operador de máquina (R$/mês);

Es = taxa de encargos sociais (%);

HTM = quantidade de horas trabalhadas por mês (horas/mês).

𝐶𝑀 =

𝑉𝑎 𝑥 𝑘

𝐻𝑇𝐴

Equação (2.8) Onde:

CM = custo horário de manutenção (R$/hora);

Va = valor de aquisição (R$);

k = coeficiente de manutenção.

𝐶𝐼 = 𝑑+ 𝐽+ 𝐼𝑆 + 𝑀𝑂 Equação (2.9) Onde:

CI = custo improdutivo horário (R$/hora);

34 dh = depreciação horária (R$/hora);

Jh = valor horário dos juros (R$/hora);

IS = custos horários relativos a impostos e seguros (R$);

MO = custo horário de mão de obra de operador (R$/hora).

𝐶𝑃 = 𝑑+ 𝐽+ 𝐼𝑆 + 𝐶𝑀 + 𝑀𝑂 + 𝑀𝐴𝑇 Equação (2.10) Onde:

CI = custo produtivo horário (R$/hora);

dh = depreciação horária (R$/hora);

Jh = valor horário dos juros (R$/hora);

IS = custos horários relativos a impostos e seguros (R$);

CM = custo horário de manutenção (R$/hora);

MO = custo horário de mão de obra de operador (R$/hora).

MAT = custo horário de material para operação.

Assim, consegue-se dimensionar todos os custos relacionados ao funcionamento do equipamento desejado.

Além do cálculo dos custos por horário é possível também determinar o custo de operação de um caminhão a partir da quilometragem rodada. Para isso é necessário calcular os custos fixos e variáveis que envolvem a operação do veículo. Assim Caverzan et. al. (2016) definiu:

Os custos variáveis no transporte compreendem aqueles que variam de acordo com a quilometragem rodada no período operacional analisado. O custo fixo no transporte é aquele que se mantém mesmo que o veículo não realize nenhum frete no período. Custos são custos variáveis, que somente vão acontecer se o veículo rodar. Já os custos fixos, a empresa terá que desembolsar mesmo que os veículos fiquem parados.

Alguns custos que podem ser considerados segundo SULOG/GELOG (2015) são:

 Cálculo da depreciação mensal: Desvalorização do veículo em determinado período de tempo.

 Salário do motorista – Que também envolve os encargos sociais com o contratado;

35

 Seguro obrigatório – Tais como o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat) que é obrigatório e é cobrado anulamente juntamente com o Imposto sobre a Propriedade do Veículo (IPVA)

 Seguro do casco – É o seguro do caminhão contra colisão, incêndio e roubo.

 Manutenção:

 Pneus e câmaras – Para determinar o valor do quilometro rodado deve-se considerar a vida útil do pneu. Assim, o custo por quilômetro é dado: (1 /km rodado) x preço dos pneus;

 Óleo câmbio – seria os custos com lubrificante;

 Lavagem e graxa – O custo por quilometro rodado depende da frequência da lavagem, ou seja, o valor da lavagem dividido pela quilometragem rodada entre as lavagens;

 Combustível – Para determinar os custos com combustível é necessário saber o valor do combustível e quanto se gasta por quilometragem rodada.

Assim, para determinar o custo operacional do caminhão é necessário determinar a soma dos custos fixos por mês, como também, a soma dos custos variáveis, após essa determinação, divide-se os custos pela quilometragem mensal (SULOG/GELOG, 2015).