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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 O ICMS – ECOLÓGICO EM MINAS GERAIS

4.1.4 Cálculo do ICMS Ecológico

Esta subseção se propõe a descrever como é realizado o cálculo do critério meio ambiente, da Lei 18.030/09, detalhando os itens que compõem seu valor, que são as unidades de conservação, saneamento, e mata seca.

Os dados demonstrados foram extraídos do Centro de Estudos de Políticas Públicas da Fundação João Pinheiro, através do seu manual da Lei n.º 18030.

Critério Meio Ambiente (MA), definições de acordo com o manual da Lei n.º 18030:

1 – Objetivo: estimular a adoção de iniciativas de conservação ambiental através da realização de investimentos em Unidades de Conservação e na solução de problemas de saneamento.

2 – Órgãos Envolvidos:

 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);

 Instituto Estadual de Florestas – IEF (Unidade de Conservação e Mata Seca);

 Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM (Saneamento).

3 – Publicação:

 Pela FJP: até o último dia do mês anterior a cada novo trimestre.

 Pela SEMAD: até o último dia do trimestre civil, os dados apurados relativos ao trimestre imediatamente anterior com a relação de municípios habilitados pelos pré-requisitos de saneamento, mata seca e esgoto.

4 – Periodicidade: trimestral.

5 – Ano base: atual (relativo ao trimestre imediatamente anterior para fins de distribuição dos recursos do trimestre subsequente).

6 – Fórmula: divide-se em três subcritérios que compõem o seu valor, que são as unidades de conservação (A), saneamento (B), e mata seca (C).

A – Unidade de Conservação (recebe 45,45% do total):

Serão consideradas as Unidades de Conservação municipais, estaduais, federais e particulares, conforme Quadro 8, devendo as mesmas estarem cadastradas no órgão ambiental estadual. São ao todo, 18 os tipos de categorias de Unidades de Conservação. O tipo de categoria em que a Unidade de Conservação se enquadra irá determinar o fator de conservação da unidade.

Sigla Categorias de Conservação AI - Área Indígena só FEDERAL

APAE - Área de Proteção Ambiental ESTADUAL APAF- Área de Proteção Ambiental FEDERAL APAM - Área de Proteção Ambiental MUNICIPAL

APEE- Área de Proteção Especial ESTADUAL APEM - Área de Proteção Especial MUNICIPAL

EEE - Estação Ecológica ESTADUAL EEF- Estação Ecológica FEDERAL EEM - Estação Ecológica MUNICIPAL FLOE - Floresta Estadual

FLONA - Floresta Nacional PAQE - Parque ESTADUAL

PAQF- Parque Nacional (FEDERAL) PAQM- Parque MUNICIPAL

RBE - Reserva Biológica ESTADUAL RBM- Reserva Biológica MUNICIPAL

RPPNE- Reserva Particular do Patrimônio Natural ESTADUAL RPPNF- Reserva Particular do Patrimônio Natural FEDERAL Quadro 8 – Categorias das Unidades de Conservação

Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (2011).

Assim, o cálculo do índice Unidade de Conservação é o resultado da união de três fatores:

 Fator de conservação (FC): relação percentual entre o fator de conservação do município (FCMi) e o fator de conservação do estado (FCE); FCE FCMi ICi 

 Fator de qualidade (FQ), variável de 0,1 (um décimo) a 1 (um), relativo a planejamento, estrutura de gestão, apoio do Município, infraestrutura física, pessoal, financiamento, situação fundiária, conhecimento e conservação, entre outros parâmetros, conforme deliberação normativa do Copam. A Comissão de Política Ambiental – COPAM, é um órgão normativo, colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD.

Conforme a Deliberação Normativa COPAM nº 86/2005:

Cabe a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, a publicação da pontuação definitiva com base nos dados fornecidos pelo IEF e nas reavaliações consideradas procedentes pela CPB.

O Fator de Qualidade é determinado e aplicado, por unidade ou área. Para a avaliação qualitativa inicial da unidade ou área e para sua atualização anual, as informações e respectiva documentação correspondentes aos meios de verificação de cada critério, bem como a indicação da respectiva pontuação por parâmetro, deverão ser apresentadas pelas entidades responsáveis (IBAMA, FUNAI e IEF), conforme sua categoria.

A análise das informações enviadas pelos responsáveis será procedida por equipe do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a pontuação, aferida por unidade ou área, publicada no órgão oficial do Estado até 31 de julho de cada ano.

O IEF realiza anualmente vistorias in loco de no mínimo 20% das UC’s consideradas, por amostragem ou a partir de denúncias encaminhadas ao órgão, para verificação da autenticidade das informações prestadas pelos responsáveis.

A publicação da pontuação definitiva é feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD, com base nos dados fornecidos pelo IEF e nas reavaliações consideradas procedentes pela CPB, devendo integrar a divulgação trimestral da atualização do cadastro, prevista para até o último dia útil do mês de dezembro de cada ano.

 Relação percentual entre a área de cada unidade de conservação (UCi,j) e a área do município (Mi) em que se localiza:

Mi Área FQ FC j UCi, Área j , FCMi   

Deve-se ressaltar que cada Unidade de Conservação tem um índice especifico, e do somatório de todos os índices de conservação do município, calcula-se o percentual em relação ao índice de conservação do estado (somatório dos índices de todas as unidades de conservação de todos os municípios), resultando no Índice Unidade de Conservação do Município.

B – Saneamento (recebe 45,45% do total): 1 – Lixo, pré-requisito:

a) Atender, no mínimo, 70% da população;

b) O valor máximo atribuído a cada município não pode exceder o respectivo investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio per capita dos sistemas de aterro sanitário e usina de compostagem de lixo, fixado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental;

c) Ter aterro sanitário ou usina de compostagem. 2 – Esgoto, pré-requisito:

a) Ter operação licenciada pelo órgão ambiental estadual; b) Atender a, no mínimo 50% da população;

c) O valor máximo atribuído a cada município não pode exceder o respectivo investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio per capita dos sistemas de aterro sanitário e usina de compostagem de lixo, fixado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental.

C – Índice de Mata Seca (recebe 9,10% do total):

Este índice é calculado com base na relação percentual entre a área de ocorrência de mata seca em cada Município e a área total desta no Estado, informada pelo Instituto Estadual de Florestas - IEF.

100 municípios os t odos de seca mat a de área município do seca at a , de Área Seca Mat a da Índice  

D – Índice de Meio Ambiente: 0,0910) seca mat a (Índice 0,4545) senament o de (Índice 0,4545) o conservaçã de (Índice IMA       

7 - Peso: ano de 2009 – (1,00) ano de 2010 – (1,00) e ano de 2011 – (1,10).

Na próxima seção são descritos os Municípios beneficiados e os recursos financeiros repassados.

4.2 MUNICÍPIOS BENEFICIADOS E RECURSOS FINANCEIROS