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Cálculo Para Saber A Geração Per Capita Total No Mês De Setembro

4.4 GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO

4.4.1 Cálculo Para Saber A Geração Per Capita Total No Mês De Setembro

Para descobrir a quantidade total da geração per capita do município somando os resíduos recicláveis com os resíduos destinados ao aterro, de serviços de saúde, construção civil e de embalagens de agrotóxicos, utilizou-se a equação 03, destacado abaixo:

O total de resíduos no mês corresponde a 105440,88Kg/mês equivalente a 3514,7Kg.dia

; onde: Equação 01

P- é a produção diária de resíduos totais (kg/dia)

q- é a geração per capita, ou seja, a geração de resíduos por habitante em um dia (Kg/hab.dia)

p- é o número de habitantes da cidade ou do município que tem coleta destes resíduos.

Produção (kg.dia)= População (hab) x Geração per capita (kg/hab.dia) 3514,7Kg.dia=10150hab x Geração per capita

Geração per capita=3514,7Kg.dia/ 10150hab

Geração per capita= 0,346Kg/hab.dia ou 346g/hab.dia

Estes dados encontrados mostram que a geração do município está bem a baixo da média brasileira nos últimos anos, pois a média corresponde a 0,96Kg/hab.dia ou 960 g/hab.dia de acordo com dados confrontados com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, pois no município de Missal foram encontradas apenas 0,346 Kg/hab.dia. ou 346 g/hab.dia. mostrando bem abaixo da média nacional.

Estes dados são analisados de maneira positiva devido à baixa geração destes resíduos. Já por outro lado fica a indagação se há outras formas de destinação destes resíduos, como queima ou adubação em hortas. Outra provável explicação para este baixo índice é que o município possui grande parte da sua população residente em área rural, podendo dar outra forma de destinação aos seus resíduos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após verificação de todos os dados coletados, conclui-se que a ACAMIS não está dando conta de coletar e processar todo o material reciclável do município. observou-se com a pesquisa que há muito material reciclável indo ao aterro sanitário do município.

Após concluir este trabalho constatamos a necessidade de correção e implementação de programas dos órgãos públicos, voltadas à conscientização pois observa-se que há muito resíduo não reciclável indo ao barracão de triagem dos materiais recicláveis.

De acordo com o resultado verificado na quantificação dos resíduos sólidos gerados no município, vimos a grande geração de resíduos com destino para o aterro representando 87%.

A quantidade proveniente dos serviço de saúde, de construção civil e de embalagens de agrotóxicos representam 2% dos resíduos gerados.

A quantidade coletada para reciclagem é de 11% sendo que destes a maioria é de papel 47% e plástico 32%. O restante se divide entre os metais 13%, vidro 5%, isopor 2% e o óleo de fritura 1% do processamento.

A geração per capita de resíduos sólidos no município mostrou-se estar bem abaixo da média nacional, concretizando o já esperado, devido o município ter fortes características agrícolas, com alto número de pessoas residentes nestas áreas rurais, vindo a dar outra forma de destinação para os seus resíduos.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério das Cidades. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). (2009) Diagnóstico do manejo dos resíduos sólidos urbanos – 2009. Brasília. Disponível em: www.snis.gov.br. Acesso em: 10 de outubro de 2013

CARVALHO, E. C. A.; LOURENZANI,A.E. B.S. Coleta seletiva de lixo domiciliar: o caso do município de Tupã – SP. II Fórum ambiental da Alta Paulista, 2006. Disponível em:

www.amigosdanatureza.org.br/indez,php?s=evento&noticia=306&trabalho&filtro= coletaseletiva. Acesso em 22/05/13.

CEMPRE – Compromisso Empresarial Para A Reciclagem Manual De Gerenciamento Integrado, 2000. Disponível em: www.cempre.org.br. Acesso em 23/05/2013.

DECRETO 5.940. Separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta. Disponível em: www. Pesquisa/Decreto%20nº%205940.htm decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006.

FERREIRA, SILVA e FABER, 2008 BRASIL - A Coleta Seletiva Do Lixo Urbano. Disponível em: www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=32592. Acesso em 23/05/2013.

FLAUZINO, Renato. Apostila de Resíduos Sólidos. Medianeira. 2004.

IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/lixo_coletadodfaul tlixo.shtm. Acesso em 22/05/2013.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Perfil dos municípios. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/2012/. Acesso em 10 de outubro de 2013.

MANO, E. B.; PACHECO, É. B.A.V; BONELLI, C. M.C. Meio ambiente, poluição e reciclagem. 1ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE- Estatísticas de Reciclagem – Lixo (2013). Disponível em http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental. Acesso em 10/11/2013.

MUNICÍPIO DE MISSAL. Disponível em www.Google Earth/(2013). Acesso em 23/05/2013.

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 10004. Classificação de Resíduos Sólidos. Disponível em: http://www.aslaa.com.br/legislacoes/NBR%20n%2010004-2004.pdf Segunda edição 31.05.2004. Acesso em 22/05/2013.

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 10007. Amostragem de Resíduos Sólidos. Disponível em: www.ebah.com.br/content/ABAAAAEU0AH/amostragem-residuos- solidos. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. Acesso em 20/05/2013.

RESOL, 2004. Gestão Integrada de Resíduos sólidos. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos sólidos. Publicação elaborada pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM. Disponível em:

www.resol.com.br/cartilha4/manual.pdf. Acesso em 23/05/2013.

TABALIPA, N. L., FIORI, A. P, 2006. Tratamento e Disposição Final de Resíduos. Caracterização E Classificação Dos Resíduos Sólidos Urbanos Do Município De Pato Branco, PR. Disponível em:

www.rbciamb.com.br/images/online/04_artigo_3_artigos89.pdf. Acesso em 20/05/2013.

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APÊNDICE(S)

APENDICE A — Questionário aplicado aos servidores da Secretaria de Obras, Transporte e Urbanismo dos resíduos que vão para o aterro controlado no mês. QUESTIONÁRIO

1) Quantos kg de lixo cabem no caminhão? 2) Quantas cargas são feitas por semana?

Cargas (kg)

Período de 1 mês (Setembro)

1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

APÊNDICE B – Quantidade dos diferentes produtos coletados no mês (Setembro) para reciclagem QUANTIDADE (Kg) PRODUTO Papelão Papel Misto Papel Branco Papel Cimento Pet Pet Azeite Plástico Colorido Plástico Cristal Garrafa Branca Garrafa Colorida Ráfia Alumínio Tetra Pak Plástico Copinho Vidro Livros Óleo de Fritura

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APÊNDICE C – MATERIAIS RECICLÁVEIS NO MÊS (setembro)

MATERIAL QUANTIDADE (Kg) Papelão Plástico Metal Vidro Isopor Óleo

APÊNDICE D – Quarteamento da quantidade dos diferentes produtos coletados no mês (Setembro) para reciclagem

Amostragens que serão realizadas Papel (Kg) Plástico (Kg) Vidro (Kg) Metal (Kg) Orgânico (Kg) Rejeito (Kg) Primeira Amostragem Segunda Amostragem Terceira Amostragem MÉDIA

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ANEXO

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006.

Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1o A separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais

recicláveis são reguladas pelas disposições deste Decreto.

Art. 2o Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:

I - coleta seletiva solidária: coleta dos resíduos recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis; e

II - resíduos recicláveis descartados: materiais passíveis de retorno ao seu ciclo produtivo, rejeitados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direita e indireta.

Art. 3o Estarão habilitadas a coletar os resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direita e indireta as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis que atenderem aos seguintes requisitos:

I - estejam formal e exclusivamente constituídas por catadores de materiais recicláveis que tenham a catação como única fonte de renda;

III - possuam infra-estrutura para realizar a triagem e a classificação dos resíduos recicláveis descartados; e

IV - apresentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados.

Parágrafo único. A comprovação dos incisos I e II será feita mediante a apresentação do estatuto ou contrato social e dos incisos III e IV, por meio de declaração das respectivas associações e cooperativas.

Art. 4o As associações e cooperativas habilitadas poderão firmar acordo, perante a Comissão para a Coleta Seletiva Solidária, a que se refere ao art. 5o, para partilha dos resíduos recicláveis descartados.

§ 1o Caso não haja consenso, a Comissão para a Coleta Seletiva Solidária realizará sorteio, em sessão pública, entre as respectivas associações e

cooperativas devidamente habilitadas, que firmarão termo de compromisso com o órgão ou entidade, com o qual foi realizado o sorteio, para efetuar a coleta dos resíduos recicláveis descartados regularmente.

§ 2o Na hipótese do § 1o, deverão ser sorteadas até quatro associações ou cooperativas, sendo que cada uma realizará a coleta, nos termos definidos neste Decreto, por um período consecutivo de seis meses, quando outra associação ou cooperativa assumirá a responsabilidade, seguida a ordem do sorteio.

§ 3o Concluído o prazo de seis meses do termo de compromisso da última associação ou cooperativa sorteada, um novo processo de habilitação será aberto.

Art. 5o Será constituída uma Comissão para a Coleta Seletiva Solidária, no âmbito de cada órgão e entidade da administração pública federal direita e indireta, no prazo de noventa dias, a contar da publicação deste Decreto.

§ 1o A Comissão para a Coleta Seletiva Solidária será composta por, no mínimo, três servidores designados pelos respectivos titulares de órgãos e entidades públicas.

§ 2o A Comissão para a Coleta Seletiva Solidária deverá implantar e

supervisionar a separação dos resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, bem como a sua destinação para as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, conforme dispõe este Decreto.

§ 3o A Comissão para a Coleta Seletiva Solidária de cada órgão ou entidade da administração pública federal direita e indireta apresentará, semestralmente, ao Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo, criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003, avaliação do processo de separação dos resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis.

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Art. 6o Os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão implantar, no prazo de cento e oitenta dias, a contar da publicação deste Decreto, a separação dos resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, destinando-os para a coleta seletiva solidária, devendo adotar as medidas

necessárias ao cumprimento do disposto neste Decreto.

Parágrafo único. Deverão ser implementadas ações de publicidade de utilidade pública, que assegurem a lisura e igualdade de participação das

associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis no processo de habilitação.

Art. 7o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de outubro de 2006; 185o da Independência e 118o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Patrus Ananias.

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