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3. Material e Métodos

3.1. Power BI ®

3.1.2. Cálculos e relações entre consultas

Uma vez uniformizadas as consultas a utilizar no modelo, o Power BI® permite a realização de

operações com base nas informações das tabelas de cada consulta. Estas operações podem ser realizadas numa só tabela. No entanto, o Power BI® permite também a realização de operações que

abrangem várias tabelas através de relações entre atributos das mesmas. Por outra palavras, se duas tabelas distintas possuírem um atributo em comum é possível realizar operações entre todos os atributos das duas tabelas, partindo do utilizador o critério da realização dessas mesmas operações.

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3.1.2.1. Operações

As principais operações que se podem realizar nas tabelas, dentro do modelo, são a criação de relações entre tabelas, a criação de colunas calculadas e a criação de medidas. Para a realização destas operações, a linguagem informática utilizada é o DAX (Data Analysis Expressions) que consiste num inventário de funções e operadores que podem ser combinados de forma a criar fórmulas e expressões em programas como o Microsoft SQL Server Analysis Services® e a extensão Power Pivot

no Microsoft Excel® e também no Power BI®. A partir desta linguagem informática é possível a criação

de uma grande diversidade de funções que servem vários objetivos relativos ao que o utilizador pretende. Um aspeto desta linguagem, que merece destaque nesta fase por ser relevante ao longo do trabalho desenvolvido, é a possibilidade de utilização de filtros no código criado sobre as tabelas e dados a trabalhar, o que confere ao utilizador uma maior flexibilidade no momento da elaboração de colunas calculadas ou medidas, como será demonstrado adiante.

3.1.2.2. Criação de relações

A criação de relações entre consultas são um grupo de operações cruciais para o trabalho de cálculo de colunas e medidas. A operação de criação de relações é relativamente simples, não exigindo muito conhecimento de qualquer linguagem informática. No entanto para que as relações sejam relevantes é necessário que o utilizador conheça e planeie o que pretende realizar nas fases posteriores de trabalho analítico.

A relação entre duas consultas é realizada através da junção de dois atributos, cada um pertencente a uma consulta. Se executada corretamente, a relação irá permitir ao utilizador o tratamento analítico utilizando informações de ambas as tabelas, permitindo assim uma síntese de informação entre as duas consultas, assim como a criação de novos indicadores integradores da informação produzida pelas duas consultas em conjunto.

Num modelo em que existam mais de duas consultas, as relações permitem a junção de informações das diferentes consultas e a criação de um contexto integrado no modelo para tratamentos analíticos posteriores. Em suma, a criação de relações permite ao Power BI® a criação de uma forma

de inteligência, conhecendo como é que os diferentes elementos do modelo se condicionam, o que se traduz numa maior versatilidade e dinâmica dos indicadores criados nas etapas posteriores.

Para a criação de relações entre duas tabelas através dos seus atributos é necessário que o utilizador possua um conhecimento aprofundado sobre os dados e o seu significado nas tabelas nas quais se encontra a trabalhar e, por outro lado, que compreenda a forma como ambos os atributos se relacionam, para posteriormente conseguir executar as operações que deseja.

As relações entre duas tabelas podem ser de três tipos distintos e possuírem dois tipos de direção. No caso dos tipos de relações, estes podem ser de um-para-um, de muitos-para-um ou de um- para-muitos. Isto significa que no caso de a relação ser do tipo um-para-um, os registos de um atributo

numa tabela possuem uma correspondência unívoca para os registos do atributo pertencente a outra tabela. No caso de a relação ser do tipo um-para-muitos, significa que os registos de um atributo numa tabela possuem uma correspondência não unívoca para os registos do atributo na outra tabela a relacionar. No caso do tipo muitos-para-um, acontece o oposto da relação um-para-muitos.

As direções da relação podem ser unidirecionais ou bidirecionais, o que significa que no caso de uma relação unidirecional, a relação só irá afetar uma das duas tabelas a relacionar e no caso de relações bidirecionais, ambas as tabelas serão afetadas pela relação. O efeito da relação entre as tabelas é posteriormente refletido nas visualizações das colunas calculadas e medidas criadas.

3.1.2.3. Colunas calculadas

Um outro grupo de operações que podem ser realizadas nesta área do Power BI® é a criação

de colunas calculadas. Este grupo de operações permite ao utilizador criar colunas numa tabela existente, tendo por base atributos da mesma tabela ou de tabelas relacionadas. A criação de colunas calculadas confere uma mais valia em termos de versatilidade no modelo, uma vez que, conjugada com a linguagem DAX, permite o acréscimo de nova informação numa tabela já existente.

3.1.2.4. Medidas

Por fim, o último grupo de operações principais nesta área do programa é o cálculo de medidas. As medidas calculadas têm como característica fundamental o facto de o seu resultado ser um único valor, ou seja, para qualquer operação dentro da linguagem DAX entre um ou mais atributos, o resultado será sempre único. No entanto este apresenta a possibilidade de ser filtrado para que apresente um resultado diferente em função das seleções pretendidas.

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