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C APÍTULO Q UATRO

No documento Book of Results eBook z.pdf1473518305 (páginas 41-55)

Austin Osman Spare foi enfático sobre a funcionalidade dos sigilos. Meus experimentos durante os últimos 15 anos con- firmam sua confidência na técnica assim como fazem os expe- rimentos que eu convenci outras pessoas a realizarem.

Nos primeiros três capítulos deste livro eu me concen- trei no método de sigilização até a exclusão dos comos e por- quês do sistema. Isso não foi um descuido. O método de sigili- zação conforme anteriormente descrito não precisa de crença ou suposição. Ele precisa somente ser adaptado aos métodos de trabalho dos indivíduos ou grupos que o utilizam.

Um modelo sugerido de como os sigilos funcionam não cai na mesma categoria de como fazê-los funcionar. O segundo é pragmático, o primeiro mais especulativo e por esta razão a discussão especulativa e teórica sobre como os sigilos funcio- nam ganhou um capítulo só pra ela.

Houve vezes em que argumentei que saber como algu- ma coisa funcionava poderia ser um empecilho para certos pon- tos de vista. Hoje em dia, eu acho que estar consciente de como uma técnica funciona durante a sua execução em circunstâncias ritualísticas pode ser um empecilho. De qualquer forma, eu vou também propor, paradoxalmente, que possuir um modelo de como uma técnica funciona praticamente age como um sigilo em si mesmo.

A Magia em geral precisa de uma abordagem multi- modal. É desfuncional expressar o Universo e suas relações com si mesmo exclusivamente em termos de um modelo único. Um modelo único em última análise significa uma única abordagem. Uma abordagem não somente regula as atividades de um indiví- duo, como também inibe e restringe as informações que ele re- cebe e está pronto a aceitar em seus próprios termos. O magista busca o oposto. Ele busca alcançar uma percepção mais larga

acessando quantas fontes de informação forem possíveis. Se você obtém suas notícias de uma única fonte, você sai prejudi- cado. Se você obtém seu ponto de vista de uma única fonte, vo- cê sai prejudicado. Se você obtém sua magia de uma única fon- te, você sai prejudicado, a não ser que a fonte seja você mesmo.

O modelo que eu proponho não tenta conter sutilezas tais como o não-desejar positivo. Tampouco mostra a alguém como ser um melhor sigilizador. Modelos mágickos são mais uma forma de arte do que uma ciência, mas eles têm uma fun- ção, que é ajudar os magistas aspirantes no sistema de crenças em questão. A base deste modelo é o Caos. A palavra não é usa- da negativamente ou pejorativamente mas muito especificamen- te para significar o magista em si e também o universo conheci- do e os universos desconhecidos fora do ponto de vista da Or- dem. A Ordem não é uma realidade. É uma conveniência; um código de barras imposto sobre o Caos – não o produto em si, meramente uma referência a ele.

Nós impomos Ordem para funcionar mais eficiente- mente, para podermos nos comunicar, de forma que possamos socializar e fazendo desta forma começamos a esperar que o Universo se comporte de certa maneira. Embora o universo exa- to de Newton não mais predomine nos círculos científicos, causa explicável e efeito observável são requisitos para qualquer inci- dente considerado possível pela realidade consensual. Por causa disso, a realidade consensual vê muita coisa estranha e se amarra em volta de si própria em um nó embaraçoso, explicando even- tos em termos de “não tendo realmente ocorrido” ou “não tendo sido possível”.

No Universo caótico, o Universo no qual o magista cria e participa, tudo é possível. Quanto mais seus sigilos tiverem sucesso, mais o magista entende que o cosmos não é rígido, que a Ordem que a humanidade estendeu sobre o Caos não é a estru- tura sólida que ela achava que era. Quanto mais ele sigilizar, mais ele vai perceber que, dadas circunstâncias favoráveis (o

ritual perfeito), o Universo vai responder. O magista informa ao Caos e é informado por ele. Das seis funções mentais usadas no modelo S, D e E são mais sintonizadas com o Caos, ou, colo- cando de outra maneira, não são condicionadas pela realidade consensual. Todas as seis funções se inter-relacionam com o Caos em algum grau e o magista desenvolve quatro delas, sinto- nizando-as com o Caos. O Self é perfeito e não precisa ser de- senvolvido. C precisa ser observada e analisada. As seis funções são as seguintes:

S. Self. Eu já ouvi ser proposto entre magistas que o indivíduo é composto de vários Selfs. Minhas próprias meditações e as prá- ticas que adviram delas indicam que este é um ponto de vista perigoso e improdutivo. O Self tem várias funções diferentes, mas é uma fonte imutável e constante. Ele faz o corpo conforme escolhe e, em si, não é afetado pelas circunstâncias e eventos. Magistas que praticaram exteriorização não são partidários do argumento dos vários Selfs. Fora do corpo, o quadro é mais cla- ro: o Self é Self e Self é a fonte de Self.

A. A parte sua que está lendo esse livro, que acredita ou desa- credita e que quer e deseja. É muito mais complicada que o Self e é a casa do diálogo interno. É egocêntrica, de outra forma esta- ria morta junto com o organismo que habita.

B. Consciência e Percepção.

C. O mecanismo de censura (CM). Deve ser evidente, para qualquer pessoa que alguma vez tenha sonhado, que a mente contém um mecanismo de censura. Várias vezes acordamos com uma impressão muito forte de um sonho e ainda assim não con- seguimos lembrar um único detalhe. É o CM trabalhando, recu- sando acesso para A e B às atividades subconscientes da noite. Ele funciona exatamente da mesma forma que quando A e B tentam inserir informação no subconsciente. Até que o equilí- brio pessoal tenha sido atingido, o CM funciona em benefício da sanidade do indivíduo, escondendo da parte analítica da mente uma infinidade de atavismos e a totalidade das informações a-

cumuladas pelo indivíduo em todas as suas vidas. Pessoas que funcionam somente no plano profano ficam confusas e ocasio- nalmente apavoradas com vislumbres acidentais e esporádicos do que permanece além do CM. Eles não estão preparados para encontros com algo tão vasto. A Razão de ser (Raison d´être no original, N. do T.) do magista está em significar seu Universo e isso não pode ser realizado sem se colocar em perigo de uma insanidade temporária e confrontar estes elementos de sua psi- quê que outras pessoas preferem evitar. Sua motivação é tama- nha que ele não se permite outra escolha a não ser se arriscar. D. Um dos métodos para ultrapassar a CM é a gnose, o estado mágico semelhante ao transe atingido seja através da excitação ou da inibição do corpo. Parece que durante o estado gnóstico a mente encerra o CM da mesma forma que encerra as funções analíticas. O sigilo no qual foi gasto tanto tempo e esforço pode então ser lançado na função subconsciente junto com os dados sensoriais do rito – cor, sons, cheiros, gostos, etc.

E. O sub/inconsciente. De fato, esta é a única parte da mente que está constantemente vigilante e atenta, até mesmo durante o so- no profundo e a inconsciência. É um estoque de memória de tamanho inconcebível. Nenhuma experiência, independente de quão repetida ou do quão insignificante seja, deixa de ser regis- trada. Toda a informação acerca do seu passado está ali e estas informações estão acessíveis a qualquer pessoa que esteja prepa- rada para trabalhar para acessá-las. No caso da sigilização, o magista não faz esforço para ter seu sigilo gravado pelo sub/inconsciente. É uma função automática. O magista coloca seu esforço em atingir gnose, desta forma calando a CM e a mente analítica. No momento da inconsciência, de grande stress emocional ou êxtase, o sub/inconsciente continua a gravar em- bora a função analítica pare de responder. Esta é a dica para o magista “esquecer” a sigilização.

Não vou tentar explicar a via pela qual o sigilo obtém seu efeito no Caos pois isso é meramente um dogma. Devo acrescentar, entretanto, que se alguém resolver tratar a sigilização em si c mo um sistema de crenças (que é o que eu faço), não faria mal algum que ele encontrasse uma explicação satisfatória para si mesmo. A física subatômica apresenta várias vias interessantes de exploração e não se deve esquecer a (agora famosa) borboleta do Caos que bate suas asas em Pequim e afeta o Universo inte ro.

SIGILOS DE AÇÃO

Um dos problemas - ou talvez o único problema processo de sigilização conforme foi desenvolvido nos últimos setenta anos aproximadamente é a dissociação do Intento e da operação. Os pioneiros dos sigilos sempre sustentaram que era essencial, uma vez que o sigilo tenha sido pensado e

sando quaisquer métodos), que o operador deveria ao menos esquecer ter feito o trabalho para tal propósito e, se possível, sigilo obtém seu efeito no Caos pois isso é meramente um dogma. Devo acrescentar, entretanto, que se alguém resolver tratar a sigilização em si co- mo um sistema de crenças (que é o que eu faço), não faria mal

atória para si mesmo. A física subatômica apresenta várias vias interessantes de exploração e não se deve esquecer a (agora famosa) borboleta im e afeta o Universo intei-

ico problema - do processo de sigilização conforme foi desenvolvido nos últimos setenta anos aproximadamente é a dissociação do Intento e da operação. Os pioneiros dos sigilos sempre sustentaram que era essencial, uma vez que o sigilo tenha sido pensado e criado (u- sando quaisquer métodos), que o operador deveria ao menos esquecer ter feito o trabalho para tal propósito e, se possível,

esquecer o sigilo em si uma vez que ele tenha sido destruído ou consignado aos reinos da consciência (desatenta) mágica. Por esta razão, alguns sigilizadores adotaram o esquema de fazer sigilos e guardá-los junto de vários outros sigilos, pegando-os aleatoriamente e carregando-os ignorantes de seu Intento. Isto causa o efeito necessário de separar o efeito desejado do traba- lho, mas também fragmenta as energias utilizadas. É um expe- rimento útil, mas pouco além disso.

Existem dois tipos de sigilizadores – Aqueles que vêm fazendo isso há um tempo e aqueles que apenas começaram a experimentar. O primeiro grupo tende a experimentar poucas dificuldades exceto aquelas de estilo pessoal e elegância da téc- nica. Estas são dificuldades auto-infligidas que connoisseurs (em francês no texto, conhecedores, experts, N. do T.) de todos os tipos impõem sobre si mesmos (muitas vezes por diversão) e não são problemas de técnica básica. O segundo grupo, muitas vezes por insegurança, sofre de dificuldades mais tangíveis e foi pensando neles que os experimentos com sigilos de ação foram realizados.

A premissa inicial deste esquema de sigilos é que o in- put intelectual geralmente envolvido na criação do sigilo é to- talmente removido. Isto requer duas operações mágickas ao in- vés de uma apenas. Estas duas operações compartimentalizam a criação do sigilo em seu primeiro ritual e o empoderamento dele em um segundo ritual, desta forma tornando mais fácil empode- rar o sigilo sem a re-estimulação consciente das memórias de seu Intento e, já que este método de criação produz uma forma mais abstrata do que simbólica, se torna mais fácil entrar no estado de não-desejar positivo e trabalhar “sem ânsia de resulta- do”.

Deve ser frisado que até agora eu só experimentei esta técnica com grupos e não realizei nenhuma operação solo com ela, embora, ao menos em teoria, deva fazer pouca diferença exceto quando o abandono da identidade individual (ver 12,

abaixo) for considerado. Para manter a história curta, utilizo agora a rubrica do ritual.

RUBRICA DO RITUAL

1. Os operadores definem cuidadosamente a intenção do sigilo. 2. Um incenso é feito e será utilizado somente para este traba- lho.

3. Musica é criada e gravada e será utilizada somente para este trabalho. (Ver também o item 10, abaixo).

4. Um pedaço de tecido largo e branco é amarrado firmemente na parede do templo.

5. Pigmentos apropriados para o trabalho a ser realizado são escolhidos e colocados em vasos abertos perto da tela.

6. Uma atenção especial deve ser dada à iluminação, seja do tipo tradicional, onde várias velas ou lâmpadas deverão utilizadas; seja com luzes estroboscópicas ou outros acessórios alucinóge- nos do Império do Mal.

7. Incenso, música e iluminação devem ser planejados de forma que, uma vez acesos ou ligados, não precisem mais de atenção durante o resto do rito.

8. A abertura: Um Rito dentro de um rito realizado por consenso de seus participantes. Suas funções são:

a) Estabelecer o clima para o rito. b) Começar o rito.

c) Lembrar aos operadores a intenção do rito.

d) Garantir uma oportunidade para que um forte sacramento seja compartilhado.

9. Um período de silêncio no qual cada um invoca seus/suas aliados/as, deuses, demônios ou o que quer que seja.

10. A música começa. O operador que fizer o áudio (fi- ta/cd/mp3) deve ter em mente os tipos de atividades que ocorre- rão (como segue) e garantir que o áudio seja pelo menos tão longo quanto o rito, deste ponto em diante.

11. Para atingirem um estado gnóstico, os participantes come- çam a rodar. Esta é uma técnica por si só e deve ser praticada várias, muitas vezes antes de ser usada ritualmente. É melhor começar devagar e estabelecer um ritmo, gradualmente aumen- tando a velocidade até que os braços se levantem pela força ge- rada. Esta velocidade deve ser mantida enquanto a atenção é focada no objeto do rito, de olhos abertos. Expoentes com expe- riência podem entoar um mantra ao mesmo tempo. A duração provável deste processo é sujeita à quatro variáveis:

a) A Força do Sacramento.

b) O efeito criado pela iluminação, incenso e música. c) As propensões dos indivíduos participantes.

d) O Caos, mas menos que uma hora seria um desperdício. Girar em volta de si é uma técnica geralmente utilizada para induzir a capacidade de andar em cima de brasas. Se você sentir que está pronto para fazer isto, você conquistou o estado desejado. (Antes de usar o giro em volta de si em um ritual, é útil fazer uma trilha de brasas para provar para si mesmo a efi-

cácia desta técnica). O Estado Gnóstico é atingido quando a a- tenção no corpo desaparece e o Self está centrado ou totalmente exterior ao corpo.

11a. Uma dificuldade neste tipo de rito está em como fazer a transição entre uma atividade e outra, especialmente quando cada indivíduo deve atingir o requerido estado mental no seu próprio tempo. Isso quer dizer que a transição é gradual, e que alguma hora duas atividades estarão ocorrendo simultaneamen- te.

12. “Cada um a seu turno, conforme atingir o estado desejado” para de girar (não repentinamente para evitar mal-estar) e man- tendo a concentração no objeto do rito, se aproxima da tela, es- frega seu corpo com tinta e a transfere para a tela usando quais- quer partes do corpo com exceção das mãos e pés que deixam uma marca muito reconhecível e simbólica. Conforme outros participantes vão se juntando a esta atividade, todas as noções de individualidade em termos de Corpo e Self são rejeitadas em favor da noção de Um Corpo, Um Self, Um Organismo com Intenção. Não deve haver diferenças nas mentes dos participan- tes entre meu Corpo e seu Corpo, este Self e aquele Self. Tudo é um Corpo independente da mão que esfregue ou da coxa que receba a tinta. Esta submissão, este abandono temporário da identidade individual tem 4 vantagens:

a) Na ausência do Self individual não há diálogo interno. b) Na ausência do Self individual, a atenção pode ser facil- mente concentrada.

c) Paradoxalmente, na ausência do Self individual, a exterio- rização é facilitada porque cada um abandonou a noção de um Self possuindo determinado corpo ao qual ele necessariamente deve permanecer ligado. Exteriormente ao Corpo é a condição ideal para criar efeitos mágickos.

d) Na ausência do Self individual o indivíduo automatica- mente esquece que está praticando um ritual e isto o deixa livre para operar no tempo presente, não mais preocupado com o que está sendo feito ou constrangido pela estrutura do rito. Este é um excelente bônus. É o que todo ritualista prático busca atingir.

Esta parte do rito deve prosseguir enquanto os partici- pantes conseguirem manter sua concentração e até que todos estejam totalmente satisfeitos com a operação.

13. Um encerramento, criado anteriormente através de consenso, é realizado. Suas funções são:

a) Garantir que todos os participantes estejam centrados em seus Corpos.

b) Desligar a concentração no objeto do rito. c) Trazer o rito a um final.

Os ritualistas deixam o templo, se banham e relaxam na companhia uns dos outros. O primeiro rito acabou, um sigilo abstrato foi criado e agora deverá haver um intervalo de alguns dias, senão de uma semana ou duas, antes do segundo rito.

Existem vários pontos iniciais possíveis para o ritual de empoderamento e estes dependem primariamente dos métodos de trabalho preferidos pelos participantes. Eles podem preferir, por exemplo, trabalhar com o sigilo em si, embora o seu tama- nho físico possa ser de certa forma inconveniente em termos de praticidade. Eles podem utilizar uma fotografia colorida grande ou até mesmo uma imagem de vídeo saturada. Qualquer que seja a maneira, os ritualistas agora utilizam-se de quais forem seus métodos preferidos para arremessar seu sigilo dentro do Caos para ativá-lo. A única restrição para eles é não darem ao propósito do sigilo qualquer consideração e o templo deve ser montado com isto em mente.

O NÓ DOS DRUIDAS OU

O CRIME ANTES DO TEMPO POR

THESSALONIUS LOYOLA

O já velho Thessalonius Loyola escreveu três poemas de humor mágicko, os dois primeiros – The Book

of the Apple I Want to Eat e The Singing Tadpole – fo-

ram publicados recentemente. O terceiro, The Druids

Knot, não publicado até 1991, resolve o problema colo-

cado pela exteriorização (também conhecida como “a Experiência Fora do Corpo”) como sendo distinta da vi- agem astral e outros tipos de passeios imaginários.

Loyola era meticuloso em sua escolha de palavras e de pontuação – qualquer coisa fora do ordinário é um sinal apon- tando pro lado contrário ao qual as palavras parecem estar indo. Usando métodos como estes, ele foi capaz de cobrir vários con- ceitos como se estivessem uns dentro dos outros. As técnicas de exteriorização dadas no texto são similarmente entrelaçadas, o que é pouco surpreendente dada a complexidade do tema).

Você já se perguntou, Gentil Leitor, sobre o porquê que você vive em um universo aonde tudo que você gosta é ruim para a saúde de seu corpo e onde você não pode nem mesmo cheirar o seu próprio pescoço sem a ajuda de alguma invenção sofisticada criada com este propósito? Ou por que todos ficam serelepes acerca de um cara que transformou água em vinho mas ninguém se importou quando você transformou plutônio em mingau para demonstrar um dos paradigmas mágickos básicos mais óbvios? Confuso? Você está no universo certo para isto quer você me leia ou não. Estranho, não é, que essa confusão brote da ordem deles e clareza do nosso caos? Paz de nossos

Dogmas das Trevas e conflito da pureza de propósito deles? Eu cuspo três vezes no olho da espiritualidade deles. Minha espiri- tualidade não quer ser encontrada – ela geme querendo ser dei- xada sozinha. E aonde que meu Self deveria ser encontrado? Com certeza isso não é meu Corpo, eu só alugo espaço aqui. Certamente eu encontro meu Self em qualquer lugar que eu queira estar, muitas vezes nos vários ondes e quandos onde o espaço e o tempo coincidam (mas nunca numa mosca na pare- de). Cuidado com seus olhos! Eles dão a aparência de ligação com o Self e isto é uma mentira que mesmo seus pés não reco- nhecerão. Agrade seus olhos e se perca em suas piscadelas estú- pidas. Aonde começa este nó? Começa antes do tempo.

Um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa (nas mãos certas). Uma coisa mais perigosa é não ter conhecimento algum – com desconhecimento de qualquer universo. Desconhe- cimento de substância ou espaço, poder ou tempo. O pequeno conhecimento sendo o do Self ainda não restringido. O Self en- tão estava em coisa alguma e nada mudou. Para o místico pode não haver nada no universo, mas para o feiticeiro existem duas coisas. Self e Não-Self. O Self percebe o universo na existência em ordem a perceber seu Self (Si Self, itSelf no original, N. do T.) Aqui continua esse nó. No começo haviam as palavras e as palavras não foram compreendidas. As palavras eram meu e Self. Poderia eu possuir meu Self como possuo meu Corpo e minhas botas? Meu Self é livre para ocupar o que quer que ele

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