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4.   IMPLEMENTAÇÃO DO PROTÓTIPO PARA O STAR V 2.0 71

4.1.   Enquadramento Tecnológico 71

4.1.1.   C# e Visual Studio 72

A segunda versão do STAR foi desenvolvida utilizando a linguagem C#. Para tal recorreu-se ao Microsoft Visual Studio 2010. Este representa um conjunto de ferramentas de desenvolvimento baseado em componentes e tecnologias, usadas com o intuito de criar aplicações robustas e de alto desempenho.

Por outras palavras, o Microsoft Visual Studio é um pacote de programas para desenvolvimento de software especialmente dedicado ao .Net e às linguagens Visual Basic

(VB), C, C++, C# (C Sharp) e J#. Este também pode ser usado para desenvolvimento na área web, usando para tal a plataforma ASP.NET.

De acordo com Marques e Pedroso (2005), o C# é uma linguagem que tira total partido dos serviços de segurança, da gestão automática de memória, da compilação no momento (just-in-

time) e de um conjunto alargado de bibliotecas .NET.

A linguagem C# não deve ser vista de uma forma isolada, mas sim considerada em paralelo com a framework .NET, pois todo o código escrito em C# será sempre executado dentro da

framework .NET (Nagel et al., 2010). Esta plataforma é definida como uma framework que

suporta programação em várias linguagens, em conjunto com uma série de produtos para desenvolvimento e execução de aplicações. A sua arquitectura tem como principal objectivo permitir ao utilizador fácil acesso às suas aplicações e dados, em qualquer lugar, a qualquer hora e utilizando qualquer dispositivo.

O .NET define duas importantes entidades (Hebert Schildt, 2010).

• CLR (Common Language Runtime) – Sistema que gere a execução do programa. Entre outros benefícios, esta é a componente que permite que as aplicações sejam portáveis, permite o suporte a várias linguagens e oferece segurança na sua execução;

• .NET Class library - Esta componente permite às aplicações acesso aos ambientes gráficos ou qualquer tipo de entrada ou saída do sistema definido na aplicação executada (e.g. Windows Forms)

A plataforma apresenta um conjunto vasto de tecnologias, sendo os principais ASP.NET,

Windows Forms, ADO.NET, XML, XML Web Services, aplicações móveis, entre outros. Para

o desenvolvimento da segunda versão do STAR usaram-se algumas destas tecnologias, sendo estas posteriormente descritas.

As Windows Forms são a tecnologia recomendada para o desenvolvimento em ambiente local (Desktop), apresentando importantes características:

• Utilização de herança, trazida para todas as linguagens que agora são orientadas a objectos, ou seja existe a possibilidade de existir herança entre os Forms (janelas) do Windows e também herança entre Controls (controles). Isto apresenta uma vantagem que é permitir que sejam criados padrões de interface gráfica, para posteriormente serem usados de uma forma mais simples. Também é possível criar componentes visuais personalizados e adiciona-los à barra de componentes visuais do Visual

Studio .NET, para que esses sejam usados em qualquer aplicação;

• Facilidade de implementação através do Visual Studio .NET (uso de drag-

and-drop e programação orientada a eventos) e integração com os

aplicativos do MS Office, como Word e Excel, além do próprio Windows, (a partir do namespace System.Windows).

O ADO.NET é um conjunto de classes do .NET Framework Class Library que permite o acesso a dados em aplicações .NET. Este é a evolução do ActiveX Data Objects (ADO), apresentando várias evoluções em relação à versão anterior, sendo a transformação do

Recordset do ADO em um conjunto formado pelos objectos DataTable, DataSet, DataAdapter e DataReader. Cada um destes objectos apresentam diferentes funções:

• DataTable: Representa um conjunto de linhas de uma tabela.

• DataSet: Representa um conjunto de Datatables e seus relacionamentos. Esta é uma estrutura em memória, que pode ser passada entre camadas de uma aplicação multicamadas. É importante referir que o DataSet não está ligado à origem dos dados, ou seja, este não se conecta com a base de dados, apenas tem uma cópia das informações contidas nele. O responsável

pela conexão com a base de dados e preenchimento dos dados do DataSet é uma entidade denominada DataAdapter.

• DataAdapter: É o objecto que se conecta com a base de dados e preenche o

DataSet com as informações da base de dados. O tipo de DataAdapter

depende do SGBD, enquanto o DataSet é genérico.

• DataProvider: Componente responsável por fornecer a API de acesso aos dados do SGBD (driver).

Como síntese desta secção são identificadas as principais vantagens do uso da plataforma

.NET (Nagel et al., 2010):

• Programação orientada a objectos - Tanto o .NET como o C# são completamente sustentados nos princípios orientados a objectos.

• Bom design - Uma biblioteca de classes de suporte, que é projectada de baixo para cima de uma forma totalmente intuitiva.

• Independência de Linguagem – Com o .NET, todas as linguagens (C#, C++

VB) são compiladas para uma linguagem intermédia. Isto significa que as

linguagens são interoperáveis de uma forma que não era vista antes.

• Acesso aos Dados eficiente – Um conjunto de componentes .Net, denominados de ADO.NET, permite um acesso eficiente a bases de dados relacionais e a uma variedade de fontes de dados. Estes também permitem acesso a ficheiros do sistema, ou directorias.

• Partilha de código – O .NET reformulou completamente a maneira como o código é compartilhado entre as aplicações, introduzindo o conceito da montagem, conjunto (assembly), que substitui a DLL tradicional. Estas montagens têm medidas formais para controlo de versões, podendo diferentes versões coexistirem lado a lado.

• Maior segurança – Cada conjunto ou montagem (assembly) pode conter informação de segurança, que pode indicar com precisão quem ou qual categoria de utilizador ou processo pode invocar métodos e em que classes. Isto confere um grau de controle sobre como as montagens podem ser usadas.

• Impacto de instalação nulo – Existem dois tipos de montagens (assembly): partilhadas e privadas. As partilhadas são bibliotecas comuns disponíveis para todo o software, sendo que os privados são definidos para o uso

particular de cada software. As montagens privadas são completamente autónomas, portanto o processo de instalação é bastante simples. Não existe registo de entradas, os ficheiros introduzidos são colocados na pasta correspondente no sistema de ficheiros.