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CAPÍTULO 4 RELAÇÃO ENTRE MOVIMENTOS DE VERTENTE E FATORES

2. E NSAIO DE MODELAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE À OCORRÊNCIA DE DESLIZAMENTOS E

2.4. C OMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS DA SUSCETIBILIDADE

A comparação entre os resultados da suscetibilidade foi elaborada para grupos previamente já modelados, onde se pretendeu analisar e perceber se o comportamento da modelos de suscetibilidade são semelhantes e se é possível prever um tipo fenómeno através do outro. A comparação consistiu na observação e quantificação da distribuição das classes de suscetibilidade elevada e muito elevada nos dois grupos de deslizamentos, de forma a perceber o comportamento entre cada grupo analisado.

As comparações efetuadas foram entre os seguintes grupos:

 Todos os deslizamentos e deslizamentos que desencadearam escoadas;

 Deslizamentos que desencadearam escoadas e “cabeceiras” das escoadas;  Todas as escoadas e escoadas geradas por deslizamentos.

O resultado da primeira comparação dá-nos conta da relação da dependência que existe entre deslizamentos e escoadas; será indiferente utilizar todos os deslizamentos ou deverão ser apenas utilizados os que geram escoadas?

Através do Quadro 4.6, constata-se que estes grupos sobrepõem-se em 83,4% nas duas classes de maior suscetibilidade, pelo que estes modelos podem ser considerados semelhantes, significando que qualquer um dos conjuntos pode ser utilizado para representar

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Á re a in st ab il izada ac um ul ada

90

a suscetibilidade a deslizamentos ou para identificar as áreas potenciais de desencadeamento de escoadas; por sua vez 16,6% da área dos modelos não é coincidente.

Quadro 4.6 – Comparação entre a suscetibilidade (classes elevada e muito elevada) a todos os deslizamentos e deslizamentos que geraram escoadas.

Tipo %

Área coincidente 83,4 Área não coincidente 16,6

Relativamente à segunda comparação, permite-nos responder à questão: será que os deslizamentos que geram escoadas e as cabeceiras das escoadas (onde estas são geradas) têm repartições espaciais similares, ou seja, estando a analisar a suscetibilidade de um destes fenómenos estaremos, também, de forma indireta, a analisar o outro?

Os resultados obtidos através da comparação destes modelos analisados (Quadro 4.6), permite concluir que, apesar de cerca de 65% dos modelos se sobreporem, as semelhanças não são suficientes para se puder afirmar que ambos tem repartições espaciais similares, ou seja, não é indiferente a utilização de um ou outro grupo.

Quadro 4.7 - Comparação entre a suscetibilidade a deslizamentos que geraram escoadas e “cabeceiras” das escoadas

Tipo %

Área coincidente 64,2 Área não coincidente 35,8

Por último, e tendo em conta que ambos os grupos incorporam o “corpo” dos movimentos, será que as condições de propagação são idênticas para ambos os conjuntos?

Embora o grau de semelhança face à comparação anterior seja ligeiramente mais elevado (Quadro 4.8), traduz, ainda assim, uma diferença de comportamento relevante.

Quadro 4.8 - Comparação entre suscetibilidade todas as escoadas e escoadas geradas por deslizamentos

Tipo %

Área coincidente 67,1

91

C

ONCLUSÕES

A relação entre os deslizamentos e as escoadas, assim como a relação entre estes movimentos de vertente e os fatores que supostamente os condicionam, constituiu a base para o trabalho desenvolvido nesta dissertação. Uma conclusão relevante, baseada numa simples contabilização de deslizamentos e de escoadas, permitiu concluir que, apesar da maior parte dos deslizamentos não ter evoluído para escoada, a maior parte das escoadas (70%) foram provocadas ou, pelo menos, encontram-se associadas a deslizamentos.

Por outro lado, a diferenciação de parâmetros morfométricos das escoadas - área, perímetro, declive e altitude – não revelou diferenças relevantes entre os grupos de escoadas, não sendo portanto possível distinguir, segundo estes parâmetros, quais as escoadas que foram desencadeadas ou não por deslizamentos.

O cálculo da Probabilidade Condicionada foi importante para perceber quais as classes de cada variável que condicionam cada tipo de movimento de vertente analisado, constatando- se que, em geral, os fatores propícios ao desencadeamento de escoadas originadas por deslizamentos são o mesmos que estão presentes nas escoadas sem relação com deslizamentos.

Relativamente aos modelos de suscetibilidade, permitiram observar que a área de estudo, no geral, apresenta uma suscetibilidade muito elevada e confinada na parte central da área de estudo (junto às linhas divisórias de águas), onde os declives apresentam valores muito elevados.

A comparação dos modelos de suscetibilidade permitiu obter algumas conclusões importantes acerca da relação entre os deslizamentos e escoadas:

 Os setores de maior suscetibilidade à ocorrência de todos os deslizamentos coincide em grande parte (83,4%) com os mesmos setores de suscetibilidade apenas para os deslizamentos que geram escoadas;

 Os mapas de suscetibilidade a deslizamentos que geram escoadas são apenas 64,2% coincidentes com o modelo de suscetibilidade a “cabeceiras” das escoadas, o que significa que não é indiferente utilizar um grupo, para modelar a suscetibilidade do outro grupo;

92

 Relativamente à propagação das escoadas, após confrontação com a suscetibilidade do conjunto formado por todas as escoadas e apenas as que são geradas por deslizamentos, conclui-se que estas não têm uma taxa de sobreposição suficientemente grande (67,1%) para se considerar indiferente o cálculo da suscetibilidade com ou com outro conjunto, relativamente à suscetibilidade das escoadas.

A metodologia adotada consistiu em processos e métodos que se consideraram fundamentais para responder às questões de partida propostas; no entanto, com o avanço do trabalho, foram surgindo cada vez mais questões. Embora não tenha sido possível avançar e aprofundar mais o trabalho, por motivos de disponibilidade de tempo e de limites impostos pela sua dimensão, fica em aberto uma série de questões que poderão servir de base para trabalhos futuro, e que a seguir se referem.:

Não ficou totalmente claro em que medida as condições associadas às áreas de desencadeamento das escoadas (aqui designadas por “cabeceiras” das escoadas”) devem ser tratadas de forma separada em relação à sua área de propagação. Na análise efetuada, tanto no cálculo da probabilidade condicionada como de avaliação da suscetibilidade, o grupo que engloba a totalidade da área de cada escoada utilizou, também, a sua área de desencadeamento; fica a dúvida em relação aos resultados que se obteriam, caso se utilizasse apenas o setor para jusante das “cabeceiras”, ou, ainda, diferentes setores da área de propagação das escoadas.

Outra questão relevante, e que pode ter interferido nos resultados da análise, e que pode estar na base de alguns resultados mais difíceis de explicar prende-se com a dificuldade em distinguir entre deslizamentos e “cabeceiras” das escoadas. De fato, tendo em conta a dificuldade em estabelecer esta separação com base nos ortofotos, não se coloca de parte que algumas áreas de desencadeamento de escoadas que foram classificadas como “cabeceiras” sejam, na verdade, deslizamentos. Esta situação, a verificar-se, teria claramente influência nas análises de probabilidade condicionada e de suscetibilidade obtidas para os conjuntos em questão, ou seja, “deslizamentos que geram escoadas”, “cabeceiras de escoadas” e “escoadas geradas por deslizamentos”.

Ademais, tendo em conta a semelhança de comportamento da probabilidade condicionada no que diz respeito aos “deslizamentos (total)”, “deslizamentos que geram escoadas” e “cabeceiras de escoadas”, e particularmente em relação a estes dois últimos grupos, parece

93 reforçar-se a possibilidade destes poderem ser trabalhados como um único conjunto na avaliação das condições de ocorrência das escoadas. Fica, assim, como hipótese de trabalho, e sabendo das relações estabelecidas ao longo deste trabalho, avaliar em que medida a utilização de um mapa de suscetibilidade à ocorrência de deslizamentos pode melhorar os resultados obtidos para a suscetibilidade à ocorrência de escoadas na área estudada.

Como já se referiu, cerca de 2% da área de estudo está numa área designada por “áreas de sombra” que se traduzem como áreas em que os ortofotos estão distorcidos ou com sobras e é impossível de analisar essas áreas; como tal seria interessante calcular as

suscetibilidades sem essas “áreas sombra” e equiparar com os atuais modelos de

suscetibilidade, medindo assim o enviesamento que esses “buracos” trazem aos modelos. Por último, resta saber em que medida os resultados deste trabalho poderão ser

extrapolados e aplicados ao resto da ilha da Madeira, observando-se condições similares de desencadeamento para outros setores.

95

B

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A

NEXO

Quadro 1 - Scores do Valor Informativo para modelo com todos os deslizamentos.

Variável Código Classe Score VI

D ecli ve D1 0 – 5° -1.703 D2 5 – 10° -2.327 D3 10 – 15° -1.524 D4 15 – 20° -1.277 D5 20 – 25° -0.799 D6 25 – 45° 0.297 D7 > 45° 0.124 In vers o do ín d ice to p o gráfi co IWI1 0 0.156 IWI2 0 – 0,0001 -0.646 IWI3 0,0001 – 0,001 -0.476 IWI4 0,001 – 0,01 0.081 IWI5 0,01 – 0,1 0.078 IWI6 0,1 – 5,8 -0.611 Lito lo gia UL1 Aluviões -1.418 UL2

Depósitos de fácies conglomeráticas e brechóides associados a fluxos de detritos e de lama, e/ou depósitos de movimentos de

massa 0.454

UL3

Depósitos de movimentos de massa; brechas sedimentares,

conglomerados e megablocos de rocha fraturada -3.445

UL4 Depósitos de vertente e coluviões 0.313

UL5 Depósitos glaciares e periglaciares 0.010

UL6

Depósitos piroclásticos traquíticos (tufos de cinzas e pedra- pomes), com intercalações de piroclastos máficos, piroclastos e

níveis de tufito -0.868

UL7 Depósitos piroclásticos máficos: cinzas e lapilli -0.054 UL8

Depósitos piroclásticos máficos indiferenciados: tufos de

escórias e lapilli, piroclastos 0.239

UL9 Depósitos piroclásticos máficos: blocos e bombas, lapilli e cinzas 0.077 UL10

Depósitos sedimentares de fácies conglomeráticas, brechóides

e areníticas, associados a fluxos de detritos ou fluxos de lama 0.026 UL11

Depósitos sedimentares marinhos: conglomerados e micro-

conglomerados, calcários e calcarenitos -1.557

UL12

Derrames lávicos de composição máfica (basaltos e basanitos), com intercalações de tufitos e de depósitos piroclásticos

(escórias, lapilli e cinzas basálticas) -1.214 UL13

Derrames lávicos de composição máfica (basanitos e basaltos),

100

UL14

Derrames lávicos de composição máfica (basaltos), com intercalações de piroclásticos (escórias, lapilli e cinzas

basálticas) -1.580

UL15

Produtos vulcânicos subaéreos de composição máfica e sedimentos detríticos indiferenciados; intercalações

sedimentares de fácies conglomeráticas, brechóides e areníticas -0.928 UL16

Rochas máficas muito alteradas: hialoclastitos, brechas

hialoclastíticas e derrames lávicos submarinos -1.571

UL17 Traquitos -3.445 Ocup ação do S o lo

OS1 Áreas agrícolas -1.316

OS2 Superfícies com água -0.825

OS3 Áreas marítimas -3.445

OS4 Culturas permanentes -2.396

OS5 Espaço urbano -3.445

OS6 Espaços verdes artificiais -3.445

OS7 Floresta -0.547

OS8 Floresta aberta -0.655

OS9 Improdutivos -3.445

OS10 Infraestrutura e equipamentos -1.913

OS11 Meios aquáticos -3.445

OS12 Ocupação arbustiva e herbácea 0.689

P erfil Tran sv er sal PT1 Convexo 0.223 PT2 Retilíneo -0.233 PT3 Côncavo -0.111 So lo s SL1 Andossolos 0.086 SL2 Cambissolos -2.231 SL3 Faeozemes -1.395 SL4 Vertissolos -1.719 SL5 Fluvissolos -3.095 SL6 Terreno acidentado 0.163 SL7 Depósito de praia -3.445 SL8 Urbano -3.445

101 Quadro 2 - Scores do Valor Informativo para modelo com deslizamentos associados a

escoadas.

Variável Código Classe Score VI

D ecli ve D1 0 – 5° -1.6495 D2 5 – 10° -1.6495 D3 10 – 15° -1.3723 D4 15 – 20° -0.2319 D5 20 – 25° -0.6314 D6 25 – 45° 0.1169 D7 > 45° 0.1063 In vers o do índ ice to p o gráfi co IWI1 0 -1.6495 IWI2 0 – 0,0001 -1.6495 IWI3 0,0001 – 0,001 -0.2874 IWI4 0,001 – 0,01 -0.0653 IWI5 0,01 – 0,1 0.1078 IWI6 0,1 – 5,8 -0.1907 Lito lo gia UL1 Aluviões -1.6495 UL2

Depósitos de fácies conglomeráticas e brechóides associados a fluxos de detritos e de lama, e/ou depósitos de movimentos de massa

-1.2357

UL3

Depósitos de movimentos de massa; brechas sedimentares,

conglomerados e megablocos de rocha fraturada -1.6495

UL4 Depósitos de vertente e coluviões 0.4189

UL5 Depósitos glaciares e periglaciares 0.2161

UL6

Depósitos piroclásticos traquíticos (tufos de cinzas e pedra- pomes), com intercalações de piroclastos máficos, piroclastos e níveis de tufito

-1.6495

UL7 Depósitos piroclásticos máficos: cinzas e lapilli -0.3054 UL8

Depósitos piroclásticos máficos indiferenciados: tufos de

escórias e lapilli, piroclastos -0.1392

UL9 Depósitos piroclásticos máficos: blocos e bombas, lapilli e cinzas 0.2093 UL10

Depósitos sedimentares de fácies conglomeráticas, brechóides

e areníticas, associados a fluxos de detritos ou fluxos de lama -0.2141 UL11

Depósitos sedimentares marinhos: conglomerados e micro-

conglomerados, calcários e calcarenitos -0.1233

UL12

Derrames lávicos de composição máfica (basaltos e basanitos), com intercalações de tufitos e de depósitos piroclásticos (escórias, lapilli e cinzas basálticas)

-0.3366

UL13

Derrames lávicos de composição máfica (basanitos e basaltos),

com intercalações de tufos basálticos (escórias, lapilli e cinzas) -1.6495

UL14

Derrames lávicos de composição máfica (basaltos), com

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