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3. DANDO UM SENTIDO À BAGUNÇA DO COTÍDIANO DA PESQUISA

3.3 C ONSTRUINDO , VARIANDO E FAZENDO FUNCIONAR A BAGUNÇA TRAVESTI

Benedito Medrado (1997) afirma que, para apreendermos repertórios, devemos identificar significados consensuais e contraditórios que circulam e reconhecer que os repertórios assumem novas significações no esforço de produção do sentido empreendido pelos leitores da notícia.

Peter Spink (2006) afirma que o jornal aponta, denuncia e, também, naturaliza. Ao construir manchetes, os jornais transformam produtos sociais em fatos autônomos e geradores de efeitos que não podem ser controlados previamente.

Neste ponto, nos remetemos a Potter e Wetherell (1996) quando nos falam do caráter performático da linguagem. De acordo com os autores, ao empreendermos um estudo e análise da linguagem necessitamos trabalhar com as consequências

não intencionais e mais amplas, focando no contexto discursivo. Para tal, a análise deve se debruçar sobre a construção, a variabilidade e a função do discurso.

Como apontamos no segundo capítulo, para Potter e Wetherell (1996; 1990) a análise destes três aspectos do discurso, embora realizadas separadamente, estão interligados. A análise da construção é realizada para ressaltar o aspecto ativo da linguagem na produção de uma realidade. A funcionalidade do discurso é analisada para enfatizar a orientação para ação do discurso. Quanto à variabilidade, seu exame nos serve na evidenciação das distintas maneiras que se pode construir ou fabricar uma explicação.

Nas notícias vimos travestilidades sendo construídas num contexto de criminalidade. Uma primeira dimensão da construção esteve ligada ao pouco noticiamento dos casos. Esta escassez foi vista como refletindo e reiterando a ininteligibilidade das travestis. Percebemos ainda esta construção e reiteração na maneira como as notícias foram redigidas, utilizando o gênero masculino para se referir às travestis em todas as matérias. Funcionando dessa forma numa violência às identidades de gênero das mesmas. Quando os meios de comunicação utilizam termos masculinos para se referirem às trasvestis, estão, em certa medida, atuando na construção da feminilidade ligada apenas aos aspectos biológicos, desconsiderando a construção social que permeia o tornar-se mulher.

Nas notícias por nós analisadas, vemos que o discurso é orientado para reafirmar as travestilidades em zonas de abjeção. Esta ação é realizada por meio do destaque de informações, majoritariamente especulativas, que atrelam as travestis à prostituição, uso de drogas e contextos de dubiedade. Este destaque é realizado mesmo quando na notícia a travesti é vítima de violência.

Retomamos aqui Mary Jane Spink (2006), quando a autora afirma que na produção midiática a vítima, geralmente, é caracterizada por meio de informações positivas, como por exemplo, mãe, estudante ou dona de casa. Quanto aos autores das violências, as informações eram voltadas para o reforço dos aspectos ilícitos, como reincidências criminais e desemprego.

Em nossa análise, percebemos que mesmo quando a travesti foi vítima, a construção e orientação dos discursos operam numa culpabilização da vítima. As informações agem de modo a afastar o leitor de sentimentos positivos pelas travestis assassinadas, qualificando seus modos de viver negativamente.

Todavia, há a variação no discurso, ou seja, as distintas formas que podemos contar uma realidade. Deparamo-nos com um discurso variado quando a morte da travesti assassinada é considerada violenta e lamentável. Para tanto, argumentos são trazidos para justificar a lamentação, somos informados que a travesti trabalhava como cabelereira (e não como prostituta), que era querida na comunidade (ao invés de ser barraqueira) e que não fazia uso de drogas. As informações surgem aqui como certezas, ao invés de especulações.

Retomando a fala do Peter Spink (2004, p. 138), de que jornais diários são “ótimas vitrines para as idas e vindas dos sentidos”, vemos expostas na vitrine de nossos jornais a travestilidade ainda marginal. Mas estas vitrines não apenas representam, mas também prescrevem o produto que mostram. Prescrevem uma travestilidade arraigada no soturno e na ilegalidade.

Mary Jane Spink e Benedito Medrado (2004) propõem que a mídia é um poderoso meio de criação, de circulação e de transformação dos conteúdos simbólicos. As notícias por nós analisadas mostram uma repetição dos conteúdos sobre travestis, sempre ligadas à prostituição e criminalidade, bem como o desrespeito a sua identidade de gênero.

Julgamos a necessidade que os profissionais de mídia se debrucem sobre as questões de gênero desde o inicio de sua formação. Com isso, potencializamos uma mídia comprometida com a transformação dos conteúdos simbólicos, como propõem Spink e Medrado (2004), podendo se tornar uma ferramenta útil para as transformações sociais.

Assim como pontuamos na introdução, é difícil escrever a finalização do trabalho. A conclusão da dissertação, assim como do mestrado, é permeada por divagações, incertezas e medos. É um momento que posso julgar como íntimo, como também, é o momento de dar-me conta, mais enfaticamente, do lugar de pesquisador. Finalizar etapas é preciso, para que outras possam se iniciar.

De acordo com o manual de métodos e técnicas em pesquisa (GIL, 2008), todo o empreendimento da pesquisa convergiu para este momento, a última etapa do processo. Para o autor, devemos finalizar a dissertação de modo impessoal, objetivo, claro, preciso, coerente e conclusivo. Como fizemos até agora, no que se refere aos conselhos dos manuais tradicionais, vamos subverter. Não é por termos organizado alguns sentidos no capítulo anterior, que abrimos mão da bagunça.

Como preza o Construcionismo, rejeitamos a ideia de verdade última, questionamos a objetividade, e nos posicionamos como parciais e situados num tempo social e histórico (NOGUEIRA, 2003). Logo, as considerações sobre os limites e possibilidade que realizamos para finalizar a dissertação devem estar alinhadas a estes preceitos.

Os resultados por nós produzidos mostram uma produção discursiva midiática alheia às questões de gênero. Afirmamos isto, pois, durante o percurso da pesquisa, ao mapearmos as notícias sobre travestis nos jornais que circulam no Recife, observamos que os repertórios sobre travestilidades atuam numa reiteração de estigmas sobre travestis.

Como Peres (2008) afirma, a vida das travestis é marcada por discriminações e violências que indicam altos níveis de vulnerabilidade. Em nossa análise, esta assertiva se mostrou vigente por meio da intensa repetição das nomeações no masculino para se referir às travestis, que vivem e se reconhecem pertencentes ao gênero feminino. Das 33 notícias que compõem o material empírico, apenas em oito vemos a citação do nome social das travestis. Contudo, sempre de modo secundário. Primeiro somos informados do nome de registro, para então conhecermos o nome feminino.

Observamos, ainda, a escassez das notícias como uma reificação da discriminação e violação contra as travestis. Nenhum caso foi noticiado em todos os jornais, bem como, nenhum caso teve grande repercussão. A vida travesti é colocada num lugar de menos importante.

Percebemos, também, um movimento de culpabilização da travesti quando no lugar de vítima da violência. O jornal traz informações, na maioria das vezes desprovidas de certeza, referentes à prostituição, ao uso de drogas e contextos de ilicitude. Como salientamos na análise, esta movimentação produz um afastamento entre leitores e vítimas.

Tendemos a concordar com Jorge Leite Jr. (2012), quando o autor refere à travestilidade é lançada a uma categoria de inteligibilidade de “monstro”. A construção discursiva em torno da travestilidade faz como que lidemos com ela de modo próximo a como lidamos com monstros, ou seja, por meio do afastamento e felicidade quando o monstro é eliminado.

Estes contextos, presentes no discurso das notícias, fomenta uma travestilidade presa em zonas de abjeção. Como informou Kristeva (1982) o abjeto é o outro. Não há sentimento de irmandade e compadecimento entre os habitantes das zonas inteligíveis e os abjetos. Este movimento destitui as travestis do status de sujeito de direitos, ao passo que as constitui na e pela exclusão. Por isso, afirmamos que as noticias repetem e reiteram as violências vivenciadas pelas travestis no cotidiano.

Todavia, precisamos assumir os limites de nossa pesquisa. Como pretendemos trabalhar diretamente com contextos de criminalidade, estrategicamente, voltamos nosso olhar para as páginas policiais online. Ao passo que iluminamos este campo, outros são lançados às sombras.

Um aspecto que não abordamos em nosso trabalho, mas que se mostra um fértil campo de análise refere-se aos marcadores de gênero-raça-classe social. Apesar de

não ser nosso foco direto, ao lançarmos um olhar atento para as notícias, vemos que as profissões das travestis (cabeleireiras, manicures, atendentes de bar) e os bairros onde os crimes ocorrem, situam uma travestilidade pobre e negra.

Reflexões sobre abjeção em torno da pobreza e negritude são fundamentais para salientar que a sexualidade não é única de zona de abjeção, bem como, que ser travesti, pobre e negra constitui um modo distinto de ser sujeito.

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