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CADERNO DIRIGIDO A PARTIR DA OBRA DE MALBA TAHAN: CENAS PARA A SALA DE AULA”, que é fruto da pesquisa realizada na dissertação de Mestrado do

Anexo VI Produto Educacional

CADERNO DIRIGIDO A PARTIR DA OBRA DE MALBA TAHAN: CENAS PARA A SALA DE AULA”, que é fruto da pesquisa realizada na dissertação de Mestrado do

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Uberlândia.

Tal instrumento foi desenvolvido para atender um público que anseia por produções que possibilitem certa contribuição para a sua formação que, nem sempre, tem condições e oportunidades de ter acesso a revistas e livros especializados, de participar de encontros e congressos ou de frequentar cursos de capacitação, ou até mesmo aqueles que sintam curiosidade em desenvolver o tema em sua prática docente.

A proposta foi desenvolvida por um grupo de alunos, de séries e anos distintos, que se reuniram em um período pós-aula ao longo de 12 encontros, com o objetivo de apresentar uma peça teatral sobre o professor Júlio Cesar de Melo e Souza – o Malba Tahan (1895-1974).

Tais discussões, fruto de um exercício coletivo, em que os olhares sobre a escola possibilitem liberdade criativa e crítica aos educandos durante o processo. As falas dos personagens foram elaboradas com a História da Educação Matemática como “pano de fundo”, nas quais surgiram reflexões a partir da entrevista com professor Sergio Lorenzato, educador matemático e ex-aluno de Malba Tahan, e da sua experiência com o Caderno Dirigido: caderno de classe que foi desenvolvido pelo professor Sérgio em um curso ministrado por Tahan em 1958. Como objeto de estudos, escrita e desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos, o uso do termo

Geometrismo, também é destacado por Tahan, ao longo desse caminho.

As falas de orientação em cada encontro foram direcionadas de acordo com três categorias estabelecidas após a entrevista concedida pelo professor Sergio Lorenzato à professora pesquisadora que contribuíram para a promoção da prática investigativa na Educação Básica.

Essas categorias estão organizadas em três cenas, em que a cada um dos doze encontros, as especificidades dos alunos possibilitaram características singulares ao produto. As categorias, subdivididas em três categorias: aproximação afetiva e

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familiarização com a escrita; conversas, valorização da autonomia e criatividade; escolhas e caminhos a partir dos discursos – do depoente ao Malba Tahan. Podemos compreender esses caminhos que podem ser mais bem

representadas no quadro-síntese a seguir:

Quadro 1 - Cronograma de encontros, momentos da pesquisa e cenas da investigação Cronograma de encontros: Categorias da pesquisa Cenas da investigação: 1.º - 06 de setembro de 2017

Primeira categoria:

aproximação afetiva e familiarização com a escrita

Descaracterização dos ambientes da sala de aula

2.º - 20 de setembro de 2017

3.º - 27 de setembro de 2017

Segunda categoria:

conversas, valorização da autonomia e criatividade

Construção dos cenários fora da sala de aula a partir da literatura de Malba Tahan

4.º - 04 de outubro de 2017 5.º - 06 de outubro de 2017 6.º - 11 de outubro de 2017

Terceira categoria: escolhas

e caminhos a partir dos discursos - do depoente ao Malba Tahan Autonomia, reflexão, dialogicidade, criticidade e afetividade 7.º - 18 de outubro de 2017 8.º - 24 de outubro de 2017 9.º - 25 de outubro de 2017 10.º - 26 de outubro de 2017 11.º - 01 de novembro de 2017 12.º - 08 de novembro de 2017 Confraternização

Fonte: Elaborado pela professora pesquisadora

Espero que, tendo contato com essas páginas, você tenha uma leitura prazerosa e se sinta motivado a se aventurar na trajetória aqui proposta, de modo a oferecer, por meio dos canais indicados ao fim deste material, as mais diversas contribuições e sugestões para o aprimoramento dessa obra.

A autora

Nessa primeira parte, apresentamos a você, professor(a), de maneira sucinta, o embasamento teórico que deu origem à pesquisa apresentada nesse Caderno de Possibilidades Didáticas, em três itens: as relações entre História e Educação, o

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Caderno Dirigido e os discursos de Malba Tahan e do professor Sergio Lorenzatos.

Cabe ressaltar que, ao longo do texto, serão explorados alguns termos relevantes para o processo investigativo no mestrado.

História da Matemática e o ensino

A História da Matemática pode ser um instrumento eficiente para o processo de ensino e aprendizagem da matemática, uma vez que possibilita a compreensão de conceitos, considerando todas as suas modificações ao longo da história. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) consideram que a História da Matemática pode trazer alguns esclarecimentos sobre ideias matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno por meio de reflexões sobre o contexto histórico do passado com relação ao presente e, desse modo, contribuir para um olhar crítico sobre os objetos de conhecimento.

De acordo com a perspectiva de D’Ambrosio (2007), é importante que os professores explicitem as relações que a Matemática estabelece com a sociedade em geral e com as diversas atividades práticas e teóricas, que são específicas dos grupos socioculturais que o compõem. Assim, torna-se possível analisar a construção das noções e dos conceitos matemáticos ao longo do seu desenvolvimento histórico.

Tais considerações podem ser vistas na Base Nacional Comum Curricular, BNCC (BRASIL 2017, p. 224), onde se destaca que “...é importante incluir a história da Matemática como algo capaz de despertar interesse e representar um contexto significativo para aprender e ensinar a Matemática”. Dada a relevância da História da Matemática em meio à prática pedagógica docente, propiciar ao discente perspectivas investigativas com relação ao estudo da matemática pode ser um caminho para o aluno rever as suas descobertas e aumentar a capacidade de compreensão, ao invés de preocupar-se com memorizações comuns de definições e demonstrações. É preciso evidenciar para o aluno, como podemos ver em Miguel (1997, p. 33):

(1) A matemática como uma criação humana; (2) as razões pelas quais as pessoas fazem Matemática; (3) as necessidades práticas, econômicas e físicas que servem de estímulo ao desenvolvimento das idéias matemáticas;(4) as conexões existentes entre matemática e filosofia, matemática e religião, matemática e lógica, etc.; (5) a

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