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Caixa de Anadia – evolução recente e perspectivas futuras

No documento R E L A T Ó R I O E C O N T A S C C A M (páginas 31-41)

A economia portuguesa em 2016 foi penalizada por um mediano crescimento ao longo do ano, apesar de uma relativa melhoria no do último trimestre, onde o investimento não teve o comportamento mais desejável, onde também as exportações mantiveram alguma fragilidade, em particular para África, devido à precaridade da sua situação económica afectada pelo baixo preço do petróleo.

Ao nível do sistema bancário permanece ainda um conjunto de questões por resolver, como são os casos do Novo Banco, ainda sem uma solução definitiva, assim como a questão da C.G.D.

também com alguma indefinição em relação à sua recapitalização e à questão da governação.

O Grupo Crédito Agrícola tem mantido uma postura positiva e equilibrada como o demonstram os resultados alcançados durante este exercício findo, bem como em anteriores.

A Caixa de Crédito Agrícola de Anadia teve um desempenho uma vez mais positivo, o qual vai ser exposto na apresentação seguinte, mas que podemos destacar alguns valores.

Os Depósitos voltaram a ter um crescimento significativo, na ordem dos 8,75%, atingindo um valor de cinquenta e dois milhões quatrocentos e noventa e nove mil, setecentos e noventa e seis euros (€ 52.499.796), valor que registamos com agrado, pois demonstra a confiança na Instituição e no Grupo Crédito Agrícola.

A rubrica do Crédito a Clientes, em termos brutos, teve também um comportamento importante com um crescimento de 9,73% tendo atingido um valor de vinte e três milhões, quinhentos e cinco mil e cinco euros. (€ 23.505.005).

O Crédito Vencido teve crescimento de 5,5% (€ 116.557) atingido um valor de € 2.217.750. Este é uma questão que procuramos combater, mas vem denotar também as dificuldades dos clientes de crédito em cumprir com os seus compromissos.

O Rácio de Transformação com uma percentagem de 45,46%, teve um crescimento modesto de 2,18%.

Os Resultados líquidos no período atingiram um valor positivo, de trezentos e vinte e nove mil setecentos e quarenta e nove euros, (€ 329.749), tendo tido um crescimento relativamente ao ano anterior de cerca de 84%.

Deve ser realçado que o Capital Próprio da Instituição, após a incorporação do Resultado do Exercício atingirá um valor € 6.394.376, com os Fundos Próprios a ultrapassarem os seis milhões de euros e o Rácio de Solvabilidade a atingir uma percentagem de 32,22%, bastante superior ao exigido pelo Regulador.

Os indicadores estruturais, bem como outros também significativos relativos ao funcionamento da Caixa, que serão analisados mais adiante, são de uma maneira geral positivos, e de acordo com o que é exigido pelos organismos de supervisão e mostram a situação equilibrada da Instituição.

Finalmente não podemos deixar de ter uma palavra de apreço para com todos aqueles que connosco têm colaborado, em particular aos funcionários e outros colaboradores, mas também aos Órgãos Sociais, Empresas do Grupo, outros Organismos e Instituições, não esquecendo os

7.1.1. Crédito a clientes vivo 21.287.256,28 19.318.762,08 10,19%

7.1.2. Crédito a clientes vencido 2.217.749,57 2.101.193,07 5,55%

7.2. Correcções para crédito vencido - 2.651.362,25 - 3.049.069,06 -13,04% Outros activos financeiros ao justo valor através de Activos financeiros disponíveis para venda

O exercício de 2016 evidencia, uma vez mais, um aumento significativo do valor do activo, no valor de € 5.960.097 (10,61%).

Este aumento está fortemente influenciado pelo aumento da rubrica de Aplicações em Instituições de Crédito, no montante de € 2.815.640 (8,34%), consequência directa do aumento de recursos de clientes, mas também, pelo aumento substancial da rubrica Crédito a Clientes que no ano de 2016 teve um aumento de € 2.482.757 (13,51%).

Confirmando a inversão de tendência ocorrida em 2015, no exercício de 2016, registou-se um aumento mais substancial da carteira de crédito líquido, no montante de € 2.842.757 (13,51%) fruto duma política mais agressiva de crédito e também da participação da Caixa de Anadia num novo crédito sindicado, organizado pela Caixa Central.

Este crescimento do crédito é essencial na prossecução dos objectivos da Caixa de Anadia, que tudo fará para manter esta tendência nos anos futuros.

O ano de 2016 foi também marcado por um ligeiro aumento do crédito vencido, no montante de

€ 116.557 (5,5%); em termos de provisões/imparidades, embora estas tenham diminuído substancialmente (€ -397.707, ou seja -13,4%), fruto dum ajuste com origem no fim da aplicação do Aviso 3/95, o valor de cobertura manteve-se superior a 100% do crédito vencido (119,55%).

No exercício de 2016, na tentativa de diversificar um pouco a sua carteira de aplicações e dada a baixa substancial da remuneração das aplicações na Caixa Central, a Caixa de Anadia efectuou pela primeira vez uma aplicação em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), no montante de € 318.000. Ainda assim, esta rubica representa apenas 0,51% do Activo da Caixa.

A rubrica Activos não Correntes Detidos para Venda registou uma diminuição no seu valor bruto de € 276.680 – 40,66%, consequência da alienação de quatro imóveis, no montante de € 425.000 e a entrada de apenas um, no montante de € 148.750.

Embora em termos absolutos o valor das imparidades associadas aos imóveis ainda em carteira, se tenha mantido constante (€ 206.000), verificou-se um aumento significativo do nível de cobertura, tendo este passado de 23,25% para 33,84%, sendo este valor mais condizente com as perdas que se têm vindo a verificar na alienação destes Activos.

A rúbrica de Activos por Impostos Diferidos teve também uma diminuição significativa, no montante de € 153.136 (-28,53%) fruto essencialmente da diminuição de provisões tributadas.

2016 2015 Variação 19. Recursos de bancos centrais

20. Passivos financeiros detidos para negociação

21. Outros passivos financ ao justo valor através de resultados

22. Recursos de outras instituições de crédito 2.402.041,40 1.260.688,33 90,53%

O Grupo Crédito Agrícola em geral e a Caixa de Crédito de Anadia em particular têm continuado a merecer por parte dos depositantes inteira confiança, o que nos apraz.

A rúbrica Recursos de Outras Instituições de Crédito teve também um aumento substancial (€1.141.353 – 90,53%) fruto da utilização da nova Linha TLTRO do Banco Central Europeu, o que que implicou o reforço do depósito a prazo que a Caixa Central tinha constituído na nossa Instituição.

A rubrica de Capital teve um aumento significativo (€ 40.625 – 0,74%), fruto duma campanha mais proactiva de captação de novos sócios e actualização de quotas dos já existentes, assentando essencialmente na divulgação das diversas vantagens de ser associado da Caixa de Anadia; as novas entradas de capital € 47.595 foram muito superiores aos pedidos de demissão € 6.970, o que só pode ser considerado de extremamente positivo.

A totalidade dos Capitais Próprios teve um aumento de 5,72%, influenciado pelo aumento do Capital reportado acima e pelo aumento do Resultado Líquido, que teve um crescimento de € 150.920 (84,39%).

2016 2015 Variação

20.Resultado antes de impostos 486.136,96 247.292,48 96,58%

21.Impostos correntes - 3.251,82 106.409,50 -96,94%

22.Impostos diferidos - 153.136,08 (37.946,16 ) -503,56%

23.Resultado após impostos 329.749,06 178.829,14 84,39%

18.Imparidade de outros activos financeiros líquida

19.Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 12.Produto bancário

7.Resultados de activos e passivos ao JV através de resultados 8.Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 9.Resultados de reavaliação cambial (líquido)

10.Resultados de alienação de outros activos

O exercício de 2016, à semelhança do que sucedeu em 2015 e 2014, voltou a registar uma diminuição da Margem Financeira.

Pese embora o aumento das aplicações na Caixa central, continua a constatar-se uma diminuição significativa da remuneração recebida, no montante de € 259.583 (-46,97%); o aumento significativo da carteira de crédito não teve ainda reflexo nos juros recebidos, que continuam a ser “castigados” por taxas de referência extremamente baixas, tendo constatado uma diminuição de € 105.619, ou seja, -11,67%.

Esta diminuição dos juros recebidos foi em parte compensada pela correcção em baixa das taxas dos recursos de clientes, fruto da nivelação da oferta que se assistiu na banca em geral, e que significou uma diminuição de € 192.652 (60,75%) nos juros pagos, correcção essa que terá de se manter nos exercícios próximos.

A rubrica de Comissões recebidas registou um aumento maior do que no ano transacto, no montante de € 47.869 (11,64%) o que combinado com a ligeira diminuição das comissões pagas, significou um aumento de 14,15% no valor líquido desta rubrica, com impacto directo, positivo, no Produto Bancário.

Ainda assim, a rubrica “Produto Bancário” voltou a registar uma diminuição, no montante de € 152.396 (9,74%), influenciado pela rúbrica “Resultados da alienação de outros activos” que apresentou um saldo negativo de € 69.300, embora compensado pela anulação de imparidades constituídas (e 76.839), pelo que o saldo líquido da venda de imóveis teve um impacto positivo na conta de exploração de € 7.539.

Apesar de se registar uma diminuição substancial das Imparidades associadas ao Crédito (€

589.705), este foi em parte compensado pelo aumento das imparidades noutras rubricas (Outros Activos e Activos não Correntes) que registaram um aumento de € 233.414.

As provisões para Riscos gerais de Crédito tiveram em 2016 um incremento, fruto do aumento da carteira de crédito, no montante de € 22.031.

O Resultado antes de impostos teve assim um aumento de € 238.844 (96,58%)

A estimativa de impostos sofreu uma diminuição significativa (€ 103.158), originada pela anulação muito significativa de Provisões/Imparidades tributadas, oque também significou uma diminuição significativa dos impostos diferidos activos, que tiveram um impacto negativo na conta de exploração, de € 153.136, o que significa um aumento de € 191.082 relativamente a 2015.

Fruto do exposto acima, o Resultado Líquido, teve um aumento de € 150.920 o que, dado o contexto económico e financeiro em que se tem desenrolado a actividade, se pode considerar muito satisfatório.

Os meios libertos (cash-flow) registaram em 2016 uma diminuição significativa, no montante de

€ 271.906, situando-se nos € 149.486, mas que ainda assim continuam a evidenciar uma capacidade elevada da Caixa de Anadia na geração de meios.

Indicador Orientação 2016 2015 Variação

Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido ≤ 3% 1,17% 0,97% 20,62%

Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total ≤ 5% 9,37% 9,68% -3,20%

Rácio de Eficiência < 60% 80,30% 70,77% 13,47%

Produtividade: Activo Líquido/N.º Colaboradores > € 3.000.000 4.779.513 € 4.681.131 € 2,10%

Produto Bancário/Nº Empregados > € 110.000 108.574 € 130.322 € -16,69%

Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 27,58% 21,81% 26,46%

Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 63,72% 66,53% -4,22%

Rácio de Transformação < 85% 45,46% 44,49% 2,18%

Rácio TIER 1 32,22% 34,39% -6,31%

6.057.622 € 6.003.893 € 0,89%

32,22% 35,18% -8,41%

Dados calculados de acordo com as regras CRD IV/CRR, Regulamento (U.E.) n.º 575/2013 Fundos Próprios

Ainda assim, em 2016 o crédito vencido voltou a evidenciar um aumento de que conjugado com a diminuição das Provisões/Imparidades associadas significou um aumento do Rácio de Crédito Vencido Líquido de 20,62%, representando um valor de 1,17%, bem abaixo dos 3%

recomendados.

O Rácio de Crédito Vencido Bruto há mais de 90 dias, embora tenha tido uma baixa mais uma ligeira baixa, de 3,2%, ainda se mantém num nível superior ao recomendado.

O rácio de eficiência também ainda se mantém acima do valor recomendado, penalizado pela quebra substancial da margem financeira e pela diminuição do Produto Bancário, uma vez mais inflacionado pela forma de contabilização das vendas de imóveis quando existe Imparidade associada.

O rácio de transformação, teve um aumento relativamente em 2016, mas continua a evidenciar uma grande margem de crescimento.

A maioria dos principais indicadores prudenciais apresentam valores que nos permitem encarar o futuro com algum optimismo, sempre cientes no entanto, que os tempos que se avizinham, continuarão a ser de extremas dificuldades.

Dos indicadores acima, destacamos o Rácio Tier 1, o indicador de referência em termos de Solvabilidade, que apresenta em 2016 um valor de 32,22% calculado de acordo com as novas regras CRD IV/CRR e Regulamento (U.E.) 575/2013), que apenas encontra valores similares dentro do próprio Crédito Agrícola e que é largamente superior ao valor mínimo imposto pela Supervisão.

Apesar da nossa pequena dimensão, continuamos a cumprir na generalidade com os valores de referência da Produtividade, e a manter condições de exploração em tudo semelhantes às restantes Caixas do SICAM.

Indicador Valor méd. Caixas 2016 2015 Variação

Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 1,95% 1,66% 2,16% -23,15%

Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 0,89% 0,67% 0,65% 3,08%

Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,01% 2,42% 2,96% -18,24%

Custos com Pessoal / Activo Líquido 0,97% 0,85% 0,93% -8,60%

F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,76% 0,80% 0,86% -6,98%

Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,61% 0,56% 0,34% 64,71%

Recursos

2014 2015 2016 2014/15 2015/16

Recursos de clientes e outros empréstimos 43.364.302 48.277.543 52.499.797 11,33% 8,75%

a) Depósitos 43.164.676 48.174.436 52.449.385 11,61% 8,87%

À semelhança do que se passou 2015, verificou-se em 2016 uma subida acentuada dos recursos de clientes - € 4.222.254 (8,75%).

Tal como referido atrás, a Caixa de Anadia tem continuado a merecer a confiança dos depositantes no pós Banif e BES, o que tem contribuído de sobremaneira para este crescimento dos recursos, embora seja expectável que no exercício de 2017 possa haver uma correcção destes valores.

Crédito

2014 2015 2016 2014/15 2015/16

Crédito a Clientes (bruto) 20.880.672 21.419.955 23.505.006 2,58% 9,73%

a) Crédito concedido vivo 17.717.760 19.331.181 21.311.135 9,11% 10,24%

b) Crédito concedido vencido 3.163.631 2.101.193 2.217.750 -33,58% 5,55%

c) Juros de créditos a clientes 46.658 41.036 46.546 -12,05% 13,43%

d) Comissões de crédito concedido - 47.377 - 53.454 - 70.424 12,83% 31,75%

Provisões/Imparidades para Crédito 2.856.679 3.049.069 2.651.362 6,73% -13,04%

Crédito a Clientes (liquido) 18.023.993 18.370.886 20.853.644 1,92% 13,51%

Grau de Cobertura do C.V. por Provisões/Imparidades 90,30% 145,11% 119,55% 60,70% -17,61%

Variação

Em 2016 confirmou-se a inversão da tendência de diminuição de crédito, já verificada de forma muito ligeira em 2015, tendo a carteira de crédito aumentado de forma significativa (€ 2.085.051 – 9,73%).

Voltou também a verificar-se um aumento do crédito vencido de 5,5% tendo-se cifrado, em termos absolutos, nos € 2.217.750.

A Caixa de Anadia continua a efectuar um elevado esforço de cobertura deste crédito vencido, com valores por vezes acima dos regulamentares, mas que nos permitem ter uma noção mais exacta das perdas expectáveis, fazendo reflectir isso mesmo nas contas apresentadas. Para além disso, em alguns créditos regularizados, mantiveram-se os níveis de provisões que já se encontravam constituídos. Pese embora o valor absoluto das Provisões/Imparidades tenha diminuído, o grau de cobertura mantem-.se acima dos 100%, (119,55) %.

Organização

A Caixa de Anadia manteve a sua estrutura organizativa em todos os aspectos relevantes da sua actividade.

Recursos Humanos

A 31 de Dezembro de 2016, faziam parte do quadro de pessoal da Caixa de Anadia, 13 colaboradores, 9 do sexo feminino (69,23%) e 4 do sexo masculino (30,77), com uma média de idades de 45,23 anos.

O quadro de pessoal é estável, tendo ocorrido uma admissão com contracto a termo.

A caixa de Anadia continua a apostar na qualificação e na formação de todos os nossos colaboradores. Em 2016, foram ministradas por iniciativa da Caixa, 1.182 horas de formação aos colaboradores, em contexto institucional, através das diversas plataformas disponíveis.

3.3 F

ACTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

Não ocorreram no período subsequente quaisquer acontecimentos que impliquem ajustamentos e/ou a sua divulgação nas Demonstrações Financeiras.

3.4 C

ONCLUSÕES E PERSPECTIVAS FUTURAS

O exercício de 2016 foi positivamente marcado pelo aumento da nossa actividade creditícia, que é vital na prossecução do nosso negócio

Também ao nível dos depósitos assistiu-se a um aumento significativo, o que nos apraz registar, sendo um indicador da confiança que os depositantes continuam a ter no Crédito Agrícola e na Caixa de Anadia.

Também ao nível dos resultados se assistiu a uma recuperação face a anos anteriores, embora em condições algo extraordinárias, uma vez que parte significativa do aumento teve origem na correcção do valor de Provisões/Imparidades.

Esta é uma matéria que em anos futuros mais incertezas trará, uma vez que com a adaptação em pleno das Normas Internacionais de Contabilidade, nomeadamente a IAS39 e no futuro a IFRS 9,

a previsibilidade que se tinha com o Aviso 3/95 se perde por completo, havendo muito mais dúvidas em relação aos resultados da Caixa.

No exercício de 2017 é ainda expectável que o crédito vencido se mantenha em valores algo elevados, uma vez que se constata que há ainda diversos desequilíbrios nas contas de exploração de alguns nossos clientes, pese embora também ser expectável a resolução de diversos processos que se arrastam nos Tribunais há muito tempo.

É também expectável que se continue a verificar uma diminuição da remuneração dos nossos excedentes na Caixa Central o que irá afectar e a condicionar de sobremaneira a nossa actividade e a nossa rentabilidade e que muito provavelmente, fará com que a tendência de grande crescimento da carteira de depósitos seja invertida e que a Caixa enverede por uma diversificação das aplicações, nomeadamente em Dívida Pública, mantendo no entanto sempre um alto nível de prudência.

Face a este cenário, continua a exigir-se uma condução do negócio que privilegie a prudência e a sustentabilidade dos negócios realizados e a manutenção da maioria dos rácios prudenciais dentro dos valores exigidos.

Resta-nos esperar que os indicadores de retoma que se evidenciaram em 2016 tenham uma evolução sustentada em 2017, com a retoma da confiança económica das empresas e dos empreendedores, com uma diminuição significativa do desemprego e com um crescimento económico nacional e europeu que permitam alavancar a nossa actividade.

O Conselho de Administração Álvaro Gonçalves Marques Pereira

Mário Alberto Rodrigues Nogueira

Armando Daciano Marques Barbas

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