• Nenhum resultado encontrado

█ CANABINÓIDES E █ DEPENDÊNCIA

CANABINÓIDES E CANCRO

Em Setembro de 1998 numa edição do jornal FEBS Letters, os investigadores da Univerdade Complutense de Madrid, mais concretamente da Escola de Biologia, reportaram inicialmente que o delta-9-THC induzia a apoptose (morte celular programada) em culturas de células de Glioma (Guzman et al. 1998). Os investigadores confir-maram novamente, em 2003, a possibilidade dos canabinóides inibirem o crescimento de tumores animais (Guzman et al. 2003). No mesmo ano, cientistas italianos da Universidade de Milão, do

Departamento de Farmacologia, Quimioterapia e Toxicologia, comprovaram que o canabinóide não-psicoactivo, o canabidiol, inibe o crescimen-to de várias linhas celulares humanas de Gliomas, tanto in vitro como in vivo (de forma dependente

da dose). Publicado em Novembro de 2003, num artigo do Journal of Pharmacology and Experi-mental Therapeutics Fast Forward, os investiga-dores constataram “uma actividade anti-tumoral significativa tanto in vivo como in vitro do

Cana-bidiol, sugerindo assim uma possível aplicação deste composto como um agente anti-neoplásico” (Massi et al. 2004). Em Agosto de 2004, um artigo publicado na revista Cancer Research, conclui que “os achados clínicos presentes em ambiente labo-ratorial representam um novo alvo farmacológico para terapias baseadas no uso de canabinóides” (Guzman et al. 2004). Os investigadores também notaram que o THC seleccionava as células can-cerosas, ignorando as saudáveis de forma muito mais profunda, do que o alternativo sintético (Allister et al. 2005). A relativa segurança do THC, conjuntamente com a sua acção anti-proliferativa em tumores pode conter a base para ensaios fu-turos, almejando avaliar o potencial anti-tumoral decorrente da actividade canabinóide” (Guzman et al. 2006). Para além da capacidade que os ca-nabinóides possuem na moderação de células de Glioma, estudos paralelos demonstram que os canabinóides e os endocanabinóides podem tam-bém inibir a proliferação de várias linhas celulares, incluindo as do cancro mamário (Cafferal et al. 2006; Di Marzo et al. 2006; De Petrocellis et al. 1998; McAllister et al. 2007), cancro da próstata (Sarfaraz et al. 2005; Mimeault et al. 2003; Ruiz et al. 1999), carcinoma colorectal (Pastos et al. 2005), adenocarcinoma gástrico (Di Marzo et al. 2006), cancro da pele (Casanova et al. 2003), células de linhas leucémicas (Powles et al. 2005; Jia et al. 2006), neuroblastoma (Guzman 2003), cancro do pulmão (Preet et al. 2008), cancro do colo do úte-ro (Guzman 2003), epitelioma da tiróide (Baek et

al. 1998) adenocarcinoma pancreático (Carracedo et al. 2006; Michalski et al. 2007) carcinoma cer-vical (Ramer-Hinza 2008) e linfoma (Gustafsson et al. 2006; Gustafsson et al. 2008). Consequente-mente, muitos peritos hoje concordam que os ca-nabinóides “podem representar uma nova classe de medicamentos anti-tumorais, que retardam o crescimento celular anormal, inibindo a angiogé-nese e a metastização das células cancerígenas” (Kogan 2005; Sarafaraz et al. 2009).

█ CONCLUSãO

Sobressaem, sem dúvida nenhuma, perspectivas interessantes e estimulantes quanto a um possí-vel uso de Cannabis (enquanto planta) e/ou dos

canabinóides que directa ou indirectamente de si advêm, no tratamento de doenças muitas vezes incapacitantes e incuráveis. Nem que não repre-sente directamente a cura para estas patologias, confere certamente uma alternativa terapêutica, ou pelo menos uma complementaridade sinérgica ao tradicional tratamento empregue. Em muitos casos, verifica-se que melhora a sintomatologia nos pacientes, arrastando consigo uma melhora na qualidade de vida, ânimo e alívio rápido (se não instantâneo) de muitas condições comuns a diversas patologias, como: dor, depressão, perda de apetite, etc.

Há muito que são conhecidas algumas das face-tas que ajudam a tornar a Cannabis “a droga mais

popular do mundo”. As inigualáveis propriedades que possui, e o vastíssimo conhecimento que dela se poderá adquirir para a área científica, fazem com que a necessidade de se investigar e aprofun-dar mais a temática, se torne imperativa. O desco-nhecimento e a campanha de desinformação em torno da “eminente perigosidade” que acarreta deve ser um aviso para a comunidade científica, no sentido de procurar esclarecer e informar de-vidamente a comunidade e a população em geral. Perante os mais variados factos apresentados,

jul-go que não se poderá descartar de forma leviana a possibilidade de fomentar investigações futuras (pois as existentes, apesar de tudo, são ainda es-cassas). A existência recentemente comprovada de um sistema endocanabinóide poderá, portan-to, conter a chave para um melhor entendimento relativamente ao funcionamento do organismo animal, e humano em particular. Deve ser levan-tada a hipótese de, com um maior e melhor en-tendimento das propriedades dos canabinóides, mas, sobretudo, da forma com que actuam nos inúmeros receptores canabinóides, poder com isso contribuir - embora que modestamente, mas de forma singular - para um avanço do conheci-mento científico e da educação do público-alvo. A terapêutica canabinóide apresenta uma futura re-levância, sobretudo para o caso de doentes termi-nais, que são os que mais lamentam o tratamento a que são submetidos; com os efeitos adversos com que muitas vezes têm de acatar. Acima de tudo, parece ser unânime que a utilização de Cannabis

e/ou canabinóides como anti-eméticos em pós--quimioterapia, deve ser equacionada.

Não se deverá também, levianamente, ignorar a existência de medicação muito bem tolerada para algumas das patologias apresentadas, (sobretu-do no que respeita a esta(sobretu-dos eméticos) embora também não deixe de ser verdade que muito di-ficilmente se consegue satisfazer com um dado regime terápico, 100% dos pacientes. Assim sen-do, a obrigação de um profissional de saúde será também lutar para que a maioria dos afligidos seja “satisfeita”, e nesse fio de pensamento alguns paí-ses iniciaram já o fornecimento de Cannabis

medi-cinal para os seus doentes, e mediante prescrição médica, na medida em que entendem que a utili-zação de outras substâncias (como por exemplo) as usadas em ambulatório, pode apresentar efeitos indesejáveis e dificilmente tratáveis, levando por vezes à dependência.

tam-bém abordadas neste contexto como o Glaucoma, a Asma, a Depressão, etc. No fundo, doenças em que comprovadamente o tratamento com canabi-nóides é tudo menos irresponsável. Sem dúvida que o status legal da substância obriga muitas ve-zes os subsidiários de muitos estudos a assumir alguma relutância, mas é sobretudo a ideia de que nada de bom poderá alguma vez provir de algo que já foi patenteado como sendo “um veneno” que torna toda esta situação complicada. Embo-ra a ideia de tornar uma parte da Natureza ilegal pareça um tanto ou quanto paranóica no entender de alguns, é acima de tudo incompreensível o re-ceio de se poder conter numa simples planta uma alternativa terapêutica mais bem tolerada com menos efeitos secundários, e quem sabe, conter

até uma possível resolução para um vasto leque de enfermidades agudas e crónicas que nos afligem. Torna-se fácil compreender os motivos pelos quais a Cannabis é tão mal compreendida. Por uns

é exageradamente louvada, por outros é exagera-damente diabolizada. Talvez um pouco por todos, seja altamente incompreendida. Uma questão de-verá ser colocada: “se nem dentro da comunidade científica se consegue consensualizar uma opinião em relação a uma substância natural, como pode-remos tentar encontrar um consenso para a enor-me variedade de sintéticos que já existem, e para todos aqueles que virão no futuro?”

PALAVRAS-CHAVE:

REFERÊNCIAS BIBLIOgRÁFICAS

• Booth M. (2003); Cannabis; New York: Bantam Books

• Culpeper N. (1652) The English Physitian: or An Astrologo-Physical Discourse of the Vulgar Herbs of this Nation; London; Peter Cole

• O'Shaughnessy WB. (1843) On the Cannabis indica or Indian hemp. Pharmacol J; 2:594

• Iversen L. (2000) The Science of Marijuana; New York: Oxford University Press. • Royal Pharmaceutical Society of Great Britain. (1998) Report on Cannabis.

• House of Lords Science and Technology Committee. (1998) Cannabis - The Stationery Office. HL

Paper 151.

• Matsuda LA, Lolait SJ, Brownstein MJ, Young AC, Bonner TI. (1990) Structure of a cannabinoid receptor and functional expression of the cloned cDNA Nature ;346:561-564.

• Munro S, Thomas KL, Abu-Shaar M. (1993) Molecular characterization of a peripheral receptor for cannabinoids Nature ;365:61-65.

• 9 - Herkenham M, Lynn AB, Little MD, et al. (1990) Cannabinoid receptor localization in brain Proc Natl Acad Sci U S A ;87:1932-1936.

• Bensaid M, Gary-Bobo M, Esclangon A, et al. (2003) The cannabinoid CB1 receptor antagonist SR141716 increases Acrp30 mRNA expression in adipose tissue of obese fa/fa rats and in cultu-red adipocyte cells Mol Pharmacol;63:908-914.

• Bonz A, Laser M, Kullmer S, et al. (2003) Cannabinoids acting on CB1 receptors decrease contrac-tile performance in human atrial muscle J Cardiovasc Pharmacol;41:657-664.

• Liu J, Gao B, Mirshahi F, et al. (2000) Functional CB1 cannabinoid receptors in human vascular endothelial cells Biochem J;346:835-840.

• 13 - Ishac EJ, Jiang L, Lake KD, Varga K, Abood ME, Kunos G. (1996) Inhibition of exocytotic noradrenaline release by presynaptic cannabinoid CB1 receptors on peripheral sympathetic nerves Br J Pharmacol;118:2023-2028.

• Hanus L, Breuer A, Tchilibon S, et al. (1999) HU-308a specific agonist for CB(2), a peripheral cannabinoid receptor. Proc Natl Acad Sci U S A; 96:14228-14233.

• Fride E, Foox A, Rosenberg E, et al. (2003) Milk intake and survival in newborn cannabinoid CB1 receptor knockout miceevidence for a "CB3" receptor. Eur J Pharmacol; 461:27-34.

• Giuffrida A, Beltramo M, Piomelli D. (2001) Mechanisms of endocannabinoid inactivationbioche-mistry and pharmacology. J Pharmacol Exp Ther; 298:7-14.

• Varga K, Lake K, Martin BR, Kunos G. (1995) Novel antagonist implicates the CB1 cannabinoid receptor in the hypotensive action of anandamide Eur J Pharmacol ;278:279-283.

• Niederhoffer N, Schmid K, Szabo B. (2003) The peripheral sympathetic nervous system is the major target of cannabinoids in eliciting cardiovascular depression Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol; 367:434-443.

• Huestis MA, Sampson AH, Holicky BJ, Henningfield JE, Cone EJ. (1992) Characterization of the absorption phase of marijuana smoking Clin Pharmacol Ther ; 52:31-41.

ingestion Clin Pharmacol Ther; 18:287-297.

• Lake KD, Compton DR, Varga K, Martin BR, Kunos G. (1997) Cannabinoid-induced hypoten-sion and bradycardia in rats mediated by CB1-like cannabinoid receptors J Pharmacol Exp Ther; 281:1030-1037.

• Wagner JA, Varga K, Ellis EF, Rzigalinski BA, Martin BR, Kunos G. (1997) Activation of periphe-ral CB1 cannabinoid receptors in haemorrhagic shock Nature; 390:518-521.

• Wagner JA, Hu K, Bauersachs J, et al. (2001) Endogenous cannabinoids mediate hypotension after experimental myocardial infarction J Am Coll Cardiol;38:2048-2054.

• Varga K, Wagner JA, Bridgen DT, Kunos G. (1998) Platelet- and macrophage-derived endogenous cannabinoids are involved in endotoxin-induced hypotension FASEB J;12:1035-1044.

• Godlewski G, Malinowska B, Schlicker E. (2004) Presynaptic cannabinoid CB(1) receptors are involved in the inhibition of the neurogenic vasopressor response during septic shock in pithed rats Br J Pharmacol;142:701-708.

• Di Marzo V, Goparaju SK, Wang L, et al. (2001) Leptin-regulated endocannabinoids are involved in maintaining food intake Nature;410:822-825.

• Williams CM, Kirkham TC. (1999) Anandamide induces overeatingmediation by central cannabi-noid (CB1) receptors. Psychopharmacology (Berl);143:315-317.

• Jamshidi N, Taylor DA. (2001) Anandamide administration into the ventromedial hypothalamus stimulates appetite in rats Br J Pharmacol;134:1151-1154.

• Kirkham TC, Williams CM, Fezza F, Di Marzo V. (2002) Endocannabinoid levels in rat limbic forebrain and hypothalamus in relation to fasting, feeding and satiationstimulation of eating by 2-arachidonoyl glycerol. Br J Pharmacol;136:550-557.

• Ravinet Trillou C, Delgorge C, Menet C, Arnone M, Soubrie P. (2004) CB1 cannabinoid receptor knockout in mice leads to leanness, resistance to diet-induced obesity and enhanced leptin sensiti-vity Int J Obes Relat Metab Disord;28:640-648.

• Osei-Hyiaman D, DePetrillo M, Pacher P, et al. (2005) Endocannabinoid activation at hepatic CB1 receptors stimulates fatty acid synthesis and contributes to diet-induced obesity J Clin In-vest;115:1298-1305.

• Herkenham M, Lynn AB, Little MD, et al. (1990) Cannabinoid receptor localization in brain Proc Natl Acad Sci U S A ;87:1932-1936.

• De Vries TJ, de Vries W, Janssen MC, Schoffelmeer AN. (2005) Suppression of conditioned ni-cotine and sucrose seeking by the cannabinoid-1 receptor antagonist SR141716A Behav Brain Res;161:164-168.

• De Vries TJ, Shaham Y, Homberg JR, et al. (2001) A cannabinoid mechanism in relapse to cocaine seeking Nat Med;7:1151-1154.

• Fattore L, Spano MS, Cossu G, Deiana S, Fratta W. (2003) Cannabinoid mechanism in reinstate-ment of heroin-seeking after a long period of abstinence in rats Eur J Neurosci;17:1723-1726. • Anggadiredja K, Nakamichi M, Hiranita T, et al. (2004) Endocannabinoid system modulates

re-lapse to methamphetamine seekingpossible mediation by the arachidonic acid cascade. Neurop-sychopharmacology;29:1470-1478.

following administration of a cannabinoid CB1 receptor agonist Eur J Pharmacol;370:233-240. • Castane A, Valjent E, Ledent C, Parmentier M, Maldonado R, Valverde O. (2002) Lack of CB1

cannabinoid receptors modifies nicotine behavioural responses, but not nicotine abstinence Neu-ropharmacology;43:857-867.

• Balerio GN, Aso E, Berrendero F, Murtra P, Maldonado R. (2004) Delta9-tetrahydrocannabinol decreases somatic and motivational manifestations of nicotine withdrawal in mice Eur J Neuros-ci;20:2737-2748.

• Ramirez et al. (2005) Prevention of Alzheimer’s Disease pathology by cannabinoids. The Journal of Neuroscience 25: 1904-1913.

• Eubanks et al. (2006) A molecular link between the active component of marijuana and Alzheimer's disease pathology. Molecular Pharmaceutics (E-pub ahead of print).

• Hampson et al. (1998) Cannabidiol and delta-9-tetrahydrocannabinol are neuroprotective antioxi-dants. Proceedings of the National Academy of Sciences 95: 8268-8273.

• Science News. June 11, (1998) “Marijuana chemical tapped to fight strokes.”

• Campbell and Gowran. (2007) Alzheimer's disease; taking the edge off with cannabinoids? British Journal of Pharmacology 152: 655-662.

• Walther et al. (2006) Delta-9-tetrahydrocannabinol for nighttime agitation in severe dementia. Physcopharmacology 185: 524-528.

• Cone et al. (2008) Urine drug testing of chronic pain patients: licit and illicit drug patterns. Journal of Analytical Toxicology 32: 532-543.

• Abrams et al. (2007) Cannabis in painful HIV-associated sensory neuropathy: a randomized

place-bo-controlled trial. Neurology 68: 515-521.

• Ellis et al. (2008) Smoked medicinal Cannabis for neuropathic pain in HIV: a randomized,

crosso-ver clinical trial. Neuropsychopharmacology [E-pub ahead of print].

• Wilsey et al. (2008) A randomized, placebo-controlled, crossover trial of Cannabis cigarettes in

neuropathic pain. Journal of Pain 9: 506-521.

• Johnson et al. (2009) Multicenter, double-blind, randomized, placebo-controlled, parallel-group study of the efficacy, safety, and tolerability of THC: CBD extract in patients with intractable cancer-related pain. Journal of Symptom Management [E-pub ahead of print].

• Chong et al. (2006) Cannabis use in patients with multiple sclerosis. Multiple Sclerosis 12: 646-651.

• Rog et al. (2005) Randomized, controlled trial of Cannabis-based medicine in central pain in

mul-tiple sclerosis. Neurology 65: 812-819.

• Wade et al. (2004) Do Cannabis-based medicinal extracts have general or specific effects on

symp-toms in multiple sclerosis? A double-blind, randomized, placebo-controlled study on 160 patients. Multiple Sclerosis 10: 434-441.

• Brady et al. (2004) An open-label pilot study of Cannabis-based extracts for bladder dysfunction in

advanced multiple sclerosis. Multiple Sclerosis 10: 425-433.

• Vaney et al. (2004) Efficacy, safety and tolerability of an orally administered Cannabis extract in the

treatment of spasticity in patients with multiple sclerosis: a randomized, double-blind, placebo--controlled, crossover study. Multiple Sclerosis 10: 417-424.

126: 2191-2202.

• Killestein et al. (2003) Immunomodulatory effects of orally administered cannabinoids in multiple sclerosis. Journal of Neuroimmunology 137: 140-143.

• Wade et al. (2006) Long-term use of a Cannabis-based medicine in the treatment of spasticity and

other symptoms of multiple sclerosis. Multiple Sclerosis12: 639-645.

• Rog et al. (2007) Oromucosal delta-9-tetrahydrocannabinol/cannabidiol for neuropathic pain as-sociated with multiple sclerosis: an uncontrolled, open-label, 2-year extension trial. Clinical The-rapeutics 29: 2068-2079.

• Canada News Wire. June 20 (2005) "Sativex: Novel Cannabis derived treatment for MS pain now

available in Canada by prescription."

• Franjo Grotenhermen. (2006) Clinical pharmacodynamics of cannabinoids. In Russo et al (Eds) Handbook of Cannabis Therapeutics. Binghampton, New York: Haworth Press.

• Batkai et al. (2004) Endocannabinoids acting at cannabinoid-1 receptors regulate cardiovascular function in hypertension. Circulation 110: 1996-220.

• Pacher et al. (2005) Blood pressure regulation by endocannabinoids and their receptors (PDF). Neuropharmacology 48: 1130-1138.

• Reese Jones. (2002) op. cit.

• Steffens and Mach. (2006) Towards a therapeutic use of selective CB2 cannabinoid receptor ligan-ds for atherosclerosis. Future Cardiology 2: 49-53.

• Steffens et al. (2005) Low dose oral cannabinoid therapy reduces progression of atherosclerosis in mice. Nature 434: 782-786.

• Steffens and Mach. (2006) Cannabinoid receptors in atherosclerosis. Current Opinion in Lipido-logy 17: 519-526 (E-pub ahead of print).

• Steven Karch. (2006) op. cit.

• Francois Mach. (2006) New anti-inflammatory agents to reduce atherosclerosis. Archives of Phy-siology and Biochemistry 112: 130-137.

• Roger Pertwee. (2001) Cannabinoids and the gastrointestinal tract. Gut 48: 859-867.

• DiCarlo and Izzo. (2003) Cannabinoids for gastrointestinal diseases: potential therapeutic applica-tions. Expert Opinion on Investigational Drugs 12: 39-49.

• Lehmann et al. (2002) Cannabinoid receptor agonism inhibits transient lower esophageal sphinc-ter relaxations and reflux in dogs. Gastroensphinc-terology 123: 1129-1134.

• Massa et al. (2005) The endocannabinoid system in the physiology and pathophysiology of the gastrointestinal tract. Journal of Molecular Medicine 12: 944-954.

• Wright et al. (2005) Differential expression of cannabinoid receptors in the human colon: canna-binoids promote epithelial wound healing. Gastroenterology 129: 437-453.

• Massa and Monory. (2006) op. cit.

• Izzo and Coutts. (2005) Cannabinoids and the digestive tract. Handbook of Experimental Phar-macology 168: 573-598.

• Ware et al. (2005) The medicinal use of Cannabis in the UK: results of a nationwide survey.

Inter-national Journal of Clinical Practice 59: 291-295.

me-dicine (Sativex) in the treatment of pain caused by rheumatoid arthritis. Rheumatology 45: 50-52. • Sem autor. (2003) Cannabis-based medicines. Drugs in Research and Development 4: 306-309.

• Malfait et al. (2000) The nonpsychoactive Cannabis constituents cannabidiol is an oral anti-arthritic

therapeutic in murine. Journal of the Proceedings of the National Academy of Sciences 97: 9561-9566.

• Croxford and Yamamura. (2005) Cannabinoids and the immune system: Potential for the treat-ment of inflammatory diseases. Journal of Neuroimmunology 166: 3-18.

• Vratislav Schrieber. (1995) Endocrinology 1994-1995. Casopis Lekaru Ceskych(Czech Republic) 134: 535-536.

• Ofek et al. (2006) Peripheral cannabinoid receptor, CB2, regulates bone mass. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America 103: 696-701.

• 84 - Bab Itai. (2007) Regulation of Skeletal Remodeling by the Endocannabinoid System. Annals of the New York Academy of Sciences (E-pub ahead of print).

• Ofek et al. (2006) op. cit.

• Idris et al. (2005) Regulation of bone mass, bone loss and osteoclast activity by cannabinoid re-ceptors. Nature Medicine 11: 774-779.

• Bab Itai. (2007) op. cit.

• Swift et al. (2005) Survey of Australians using Cannabis for medical purposes. Harm Reduction

Journal 4: 2-18.

• Ware et al. (2005) The medicinal use of Cannabis in the UK: results of a nationwide survey.

Inter-national Journal of Clinical Practice 59: 291-295.

• Dale Gieringer. (2001) Medical use of Cannabis: experience in California. In: Grotenhermen and

Russo (Eds). Cannabis and Cannabinoids: Pharmacology, Toxicology, and Therapeutic Potential.

New York: Haworth Press: 153-170.

• Gorter et al. (2005) Medical use of Cannabis in the Netherlands. Neurology 64: 917-919.

• Schley et al. (2006) Delta-9-THC based monotherapy in fibromyalgia patients on experimentally induced pain, axon reflex flare, and pain relief. Current Medical Research and Opinion 22: 1269-1276.

• Burns and Ineck. (2006) Cannabinoid analgesia as a potential new therapeutic option in the treat-ment of chronic pain. The Annals of Pharmacotherapy 40: 251-260.

• David Secko. (2005) Analgesia through endogenous cannabinoids. CMAJ 173:

• Wallace et al. (2007) Dose-dependent effects of smoked Cannabis on capsaicin-induced pain and

hyperalgesia in healthy volunteers. Anesthesiology 107:785-96.

• Cox et al. (2007) Synergy between delta9-tetrahydrocannabinol and morphine in the arthritic rat. European Journal of Pharmacology 567: 125-130.

• Radbruch and Elsner. (2005) Emerging analgesics in cancer pain management.Expert Opinion on Emerging Drugs 10: 151-171.

• Notcutt et al. (2004) Initial experiences with medicinal extracts of Cannabis for chronic pain:

Re-sults from 34 'N of 1' studies. Anaesthesia 59: 440.

• Abrams et al. (2007) Cannabis in painful HIV-associated sensory neuropathy: a randomized

• Rog et al. (2007) Oromucosal delta-9-tetrahydrocannabinol/cannabidiol for neuropathic pain as-sociated with multiple sclerosis: an uncontrolled, open-label, 2-year extension trial. Clinical The-rapeutics 29: 2068-2079.

• Ethan Russo. (2004) Clinical Endocannabinoid deficiency (CECD): Can this concept explain therapeutic benefits of Cannabis in migraine, fibromyalgia, irritable bowel syndrome, and other

treatment-resistant conditions? Neuroendocrinology Letters25: 31-39.

• Woolridge et al. (2005) Cannabis use in HIV for pain and other medical symptoms. Journal of Pain

Symptom Management 29: 358-367.

• Prentiss et al. (2004) Patterns of marijuana use among patients with HIV/AIDS followed in a public health care setting [PDF]. Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes 35: 38-45. • Braitstein et al. (2001) Mary-Jane and her patients: sociodemographic and clinical characteristics

of HIV-positive individuals using medical marijuana and antiretroviral agents. AIDS 12: 532-533.. • Ware et al. (2003) Cannabis use by persons living with HIV/AIDS: patterns and prevalence of use.

Journal of Cannabis Therapeutics 3: 3-15..

• Belle-Isle and Hathaway. (2007) Barriers to access to medical Cannabis for Canadians living with

HIV/AIDS. AIDS Care 19: 500-506.

• Chao et al. (2008) Recreational drug use and T lymphocyte subpopulations in HIV-uninfected and HIV-infected men. Drug and Alcohol Dependence. (E-pub ahead of print).

• Abrams et al. (2003) Short-term effects of cannabinoids in patients with HIV-1 infection: a rando-mized, placebo-controlled clinical trial. Annals of Internal Medicine139: 258-266.

• Fogarty et al. (2007) Marijuana as therapy for people living with HIV/AIDS: social and health aspects 19: 295-301.

• Haney et al. (2007) Dronabinol and marijuana in HIV-positive marijuana smokers: caloric intake, mood, and sleep. Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes 45: 545-554.

Documentos relacionados