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Desempenho e composição de carcaça de juvenis de tilápia do Nilo

alimentados com dietas contendo diferentes níveis de silagem de

resíduos da filetagem de tilápia

Artigo elaborado conforme as normas para submissão de artigos

técnicos científicos da revista Ciência Rural

Desempenho e composição de carcaça de juvenis de tilápia do Nilo alimentados com dietas contendo diferentes níveis de silagem de resíduos da

filetagem de tilápia

Performance and carcass composition of juvenile Nile tilapia fed diets containing different levels of waste silage of tilapia

5.1 RESUMO

Objetivou-se avaliar o desempenho e a composição de carcaça de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com rações contendo diferentes níveis de silagem ácida de resíduos da filetagem de tilápia. Foram utilizadas cinco rações experimentais com 0% (tratamento 1), 5% (tratamento 2), 10% (tratamento 3), 15% (tratamento 4) e 20% (tratamento 5) de silagem. As variáveis de desempenho analisadas foram: peso final, consumo de ração, conversão alimentar aparente, ganho de peso, taxa de sobrevivência, eficiência proteica para ganho, taxa de crescimento específico e eficiência de retenção de nitrogênio. As variáveis de composição de carcaça foram: deposição de gordura e proteína corporal e teores de umidade, proteína, matéria mineral e gordura da carcaça. Foram distribuídos 1.200 juvenis em delineamento experimental inteiramente ao acaso, em cinco tratamentos e oito repetições e 30 peixes por unidade experimental. Os peixes foram alojados em aquários de polietileno com capacidade para 300 L de água. Com exceção da taxa de sobrevivência e da deposição de gordura corporal, as demais variáveis analisadas apresentaram efeito significativo (P<0,05). A silagem ácida de resíduos

de filetagem de tilápia pré-seca pode ser incluída em até 5,83% (21,59% na matéria natural) em dietas para juvenis de tilápia do Nilo, para máximo ganho de peso.

Palavras-chave: performance, silagem ácida, Oreochromis niloticus, rações.

5.2 ABSTRACT

The objective was to evaluate the performance and carcass composition of juvenile Nile tilapia (Oreochromis niloticus) fed diets containing different levels of acid silage of tilapia waste. Five experimental diets were used containing 0% (treatment 1), 5% (treatment 2), 10% (treatment 3), 15% (treatment 4) and 20% (treatment 5) of silage. The performance variables analyzed were: final weight, feed intake, feed conversion, weight gain, survival rate, protein efficiency for gain, specific growth rate and efficiency of nitrogen retention. The carcass composition variables were: deposition of body fat and protein and moisture, protein, ash and fat from the carcass. 1200 juveniles were distributed in completely randomized experimental design in five treatments and eight replicates and 30 fish per experimental unit. Fish were housed in polyethylene tanks with a capacity of 300 L of water. With the exception of survival rate and body fat deposition, the remaining variables had an effect significative (P<0.05). The acid silage of tilapia filleting residue pre-drought can be included up to 5.83% (21.59% in fresh matter) in diets for juvenile Nile tilapia, for maximum weight gain.

Key words: performance, acid silage, Oreochromis niloticus, rations.

A atividade pesqueira origina grande quantidade de resíduos nas formas de descarte da comercialização in natura e do processamento, principalmente os obtidos da filetagem de tilápia, que gera aproximadamente 66,5% de matéria prima que é desperdiçada. Desta forma, é fundamental o processamento desses resíduos para redução do impacto ambiental (PIMENTA et al., 2008).

A silagem ácida a partir de resíduos da filetagem de tilápia é opção de destino desses rejeitos que permite a utilização de subprodutos do processo de evisceração e filetagem, que misturado com ácido, gera produto com características desejáveis e de alto valor nutritivo para a alimentação animal. A tecnologia de obtenção da silagem é simples, não implica utilização de maquinários específicos. Necessita apenas de triturador e recepientes de plástico (silos) e não exige mão de obra especializada (ABIMORAD et al., 2009).

As rações para peixes caracterizam-se pela elevada porcentagem de proteina na dieta, principalmente as provenientes da farinha de peixe (GUILHERME et al., 2007). Devido à escassez e o elevado preço dessa fonte, a silagem ácida de resíduos da filetagem de tilápia, pode ser utlizada como alternativa em potencial de substituição à farinha de peixe.

Pelas razões expostas, objetivou-se, avaliar o desempenho e a composição corporal de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com rações contendo níveis crescentes de silagem ácida de resíduos da filetagem de tilápia.

O experimento foi conduzido no Laboratório de Aquicultura do Departamento de Zootecnia/DZO da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, São José do Calçado – ES (21° 1′ 31″ de latitude sul e 41° 39′ 20″ de longitude oeste), no período de junho a julho de 2011, com duração de 30 dias. Foram utilizados 1.200 juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), linhagem tailandesa, masculinizados com peso médio inicial de 4,41±0,07 g, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos, oito repetições e 30 peixes por unidade experimental.

Os peixes foram mantidos em 40 aquários de polietileno com capacidade para 300 L de água, constituídos de aeração individual através de pedras porosas acionadas por soprador. A temperatura da água foi mantida constante devido à presença de aquecedores no sistema de recirculação.

Os parâmetros físico-químicos da água como pH (7,01±0,15), condutividade elétrica (119,33±7,43 µSm/cm), e o teor de oxigênio dissolvido (7,18±0,22 mg/L), foram medidos semanalmente utilizando-se peagâmetro, oxímetro e condutivímetro, respectivamente. A temperatura (28,20±0,67°C), por sua vez, foi monitorada diariamente às 7h30 e 17h30 com auxílio de termômetro com bulbo de mercúrio graduado de 0 a 50°C.

Quando necessário parte da água dos aquários era retirada do sistema de recirculação, através da prática de sifonagem para evitar sobrecarga de material orgânico nos filtros. O sistema de filtragem era composto por filtros mecânico (físico) e biológico com capacidade de 1.500 L de água.

Para avaliação das variáveis de desempenho foram utilizadas cinco rações experimentais com 0% (tratamento1), 5% (tratamento 2), 10% (tratamento 3), 15% (tratamento 4) e 20% (tratamento 5) de inclusão da silagem ácida de resíduos da

filetagem de tilápia (SARFT) armazenada com 5% de ácido acético (Tabela 1). As rações foram formuladas a partir dos valores de energia digestível (ED) e proteína digestível (PD) dos ingredientes (farelo de soja, fubá de milho, glúten de milho 60, farinha de peixe 55, farinha de carne e ossos 45 e óleo de soja) das Tabelas brasileiras para a nutrição de tilápias (FURUYA et al., 2010). Para a silagem, foi realizado ensaio de digestibilidade, utilizando-se ração referência à qual se adicionou 5, 10, 15 e 20% de inclusão dessa silagem, obtendo-se os valores de ED e PD para os respectivos níveis. Assim, para a formulação de cada ração experimental desse trabalho, foram utilizados os valores de digestibilidade da energia e da proteína da silagem do respectivo nível de inclusão. No entanto, todas as dietas mantiveram-se isoenergéticas, isoprotéicas, isocálcicas, e isoaminoacídicas para lisina, metionina+cistina e treonina digestível, exceto o fósforo disponível que variou entre as rações (Tabela 1). Após a mistura dos ingredientes, as rações foram peletizadas em máquina elétrica, tipo extrusora, e secas em estufa de ventilação forçada a 55°C, durante 24 horas.

As rações experimentais foram fornecidas em quatro refeições diárias, com intervalos de três horas, iniciando sempre às 8h e terminando às 17h, em pequenas quantidades, a fim de possibilitar ingestão máxima, até aparente saciedade, reduzindo assim a possibilidade de perdas de nutrientes por lixiviação.

Foram avaliados parâmetros de desempenho (peso final, ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar aparente, taxa de sobrevivência, eficiência proteica para ganho, taxa de crescimento específico e eficiência de retenção de nitrogênio) e características de carcaça (deposição diária de proteína corporal, deposição diária de gordura na corporal, umidade, proteína, gordura e cinzas da carcaça).

Após a distribuição dos animais nas unidades experimentais no início do experimento, 50 peixes submetidos a jejum de 24 horas, foram insensibilizados em água contendo gelo e foram sacrificados para posterior análise de composição química da carcaça. De forma semelhante, ao final do período experimental, oito animais com pesos mais próximos ao peso médio da respectiva unidade, foram abatidos para análise de composição corporal.

Os dados foram interpretados por meio de análise de variância a 5% de probabilidade e regressão polinomial por meio do programa SAEG - Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (UFV, 2007).

5.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com exceção da taxa de sobrevivência, as demais variáveis de desempenho apresentaram efeito (P<0,05) (Tabela 2). A taxa de sobrevivência não foi influenciada pelos diferentes níveis de SARFT na ração, indicando ausência de substâncias tóxicas e ou prejudiciais aos peixes. BOSCOLO et al. (2005) também não encontraram efeito significativo (P>0,05) para a taxa sobrevivência dos juvenis de piavuçu alimentados com dieta contendo diferentes níveis de inclusão (0, 5, 10 e 15%) de farinha de resíduos da filetagem de tilápia, variando de 96 a 100%.

No entanto, para a variável, peso final, é observado efeito quadrático (P<0,05) dos níveis de inclusão da SARFT. O maior peso final (15,10 g) foi estimado pela análise de regressão polinomial em 5,86% de inclusão da silagem. OLIVEIRA & CYRINO (2003), não encontraram diferença significativa entre as médias de peso final dos black bass (Micropterus salmoides), alimentados com dietas constituídas de níveis crescentes de inclusão de SARFT (1, 2, 3, 4, 5 e 6%) . ENKE et al. (2009)

trabalhando com juvenis de jundiá (Rhamdia quelen) estimou 30,61% de inclusão de SARF para máximo peso corporal final.

A partir dos resultados obtidos nota-se que as médias de consumo de ração foram maiores nos tratamentos com inclusão de silagem (ponto de máximo 10,73%), indicando que as diferentes percentagens de silagem na dieta possivelmente influenciaram a palatabilidade e atratividade das rações fornecidas aos peixes. Segundo OLIVEIRA et al. (2006) substâncias solúveis na silagem ácida de pescado atuam como estimulantes do consumo. Conforme relatado pelos mesmos autores, um dos mecanismos envolvidos na indução ao consumo de uma dieta é o estímulo químico originado por substâncias que são solúveis em água.

Quando submetidos à análise de regressão polinomial, o ganho de peso (GP) e a taxa de crescimento específico (TCE) também apresentaram efeito quadrático (P<0,05) estimados respectivamente em, 5,83% e 5,52% de SARFT com ponto de máxima de 10,69 g para GP e 4,08% para TCE.

Ao avaliar o desempenho de alevinos de tilápia do Nilo (peso médio de 15,7 g) durante 30 dias, alimentados com dietas contendo diferentes níveis (0, 10, 20 e 30%) de silagem de resíduo de peixe em substituição à ração comercial, CARVALHO et al. (2006) não observaram diferença significativa para GP, no entanto, notaram tendência de aumento nessa variável a medida que adicionou a ração níveis crescentes de silagem.

Para as variáveis, conversão alimentar aparente (CAA) e eficiência proteica para ganho (EPG), houve efeito linear (P<0,05), ou seja, à medida que aumentou a porcentagem de inclusão da silagem, houve redução da EPG e aumento da CAA. O efeito linear decrescente da EPG deveu-se ao excesso de energia nas rações que receberam maiores níveis de silagem, limitando a utilização da proteína dietética

pelos peixes. CARVALHO et al. (2006), não observaram efeito significativo entre as taxas de eficiência proteica para ganho.

Trabalhando com tilápia nilótica, FEIDEN et al. (2005), não observaram diferença na CAA dos animais alimentados com rações compostas por farinha de resíduos da filetagem de tilápia (FT) nos níveis de 0, 5, 10 e 15% de inclusão. Por outro lado, SIGNOR et al. (2004) utilizando a FT na dieta de piavuçu observaram melhoria na conversão alimentar em peixes com aumento da inclusão da silagem na dieta.

O teor de gordura corporal (GC) e umidade (U) da carcaça (base na matéria natural) apresentaram efeito quadrático (P<0,05), estimado em 9,47 e 11,15% de inclusão de SARFT, respectivamente (Tabela 3). Possivelmente, o excesso de energia na dieta provocou desbalanceamento da relação proteína/energia, reduzindo a ingestão de nutrientes, aumentando a gordura corporal. A matéria mineral (MM) da carcaça aumentou paralelamente ao nível de inclusão de SARFT. Provavelmente esse aumento, deveu-se à constituição dos resíduos da filetagem em ossos, pele e escamas (BOSCOLO et al. 2004). Resultado oposto foi observado por BOSCOLO et al. (2010), em que maior valor de matéria mineral foi relatado na carcaça de tilápias que receberam rações sem adição de farinha de resíduos da filetagem de tilápia.

Houve diferença significativa, com efeito linear (P<0,05) para as variáveis, composição proteica corporal, deposição proteica corporal e eficiência de retenção de nitrogênio, os maiores valores foram observados para os animais que receberam a ração sem a inclusão de silagem (Tabela 3).

As rações experimentais não proporcionaram diferenças na deposição de gordura. O mesmo ocorreu no trabalho realizado por BOSCOLO et al. (2010).

Segundo estes mesmos autores o principal local de deposição de gordura corporal nos peixes magros, como no caso das tilápias, são as vísceras.

5.6 CONCLUSÃO

A silagem ácida de resíduos da filetagem de tilápia pode ser incluída em até 5,83% (pré-seca) equivalente a 21,59% na matéria natural em dietas para juvenis de tilápia do Nilo para maximizar o ganho de peso.

5.7 AGRADECIMENTOS

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES) pela bolsa de estudos fornecida ao primeiro autor.

Aos demais colegas que contribuíram de alguma forma na realização desse trabalho.

5.8 COMITÊ DE ÉTICA E BIOSSEGURANÇA

O presente experimento foi certificado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais – CEUA, da Universidade Federal do Espírito Santo, sob no de protocolo 054/ 2010 e aprovado em reunião do dia 18/ 10/ 2010.

ABIMORAD, E.G. et al. Silagem de peixe em ração artesanal para tilápia do Nilo.

Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.44, n.5, p.519-525, 2009.

BOSCOLO, W.R. et al. Digestibilidade aparente da energia e proteína das farinhas de resíduo da filetagem da tilápia da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), da corvina (Plagioscion squamosissimus) e farinha integral do camarão canela (Macrobrachium amazonicum) para a tilápia do Nilo. Revista Brasileira de

Zootecnia, v.33, n.1, p.8-13, 2004.

BOSCOLO, W.R. et al. Farinha de resíduos da filetagem de tilápia em rações para alevinos de piavuçu (Leporinus macrocephalus). Revista Brasileira de

Zootecnia, v.34, n.6, p.1819-1827, 2005.

BOSCOLO, W.R. et al. Rações orgânicas suplementadas com farinha de resíduos de peixe para juvenis da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Revista Ciência

Agronômica, v.41, n.4, p.686-692, 2010.

CARVALHO, G.G.P. et al. Silagem de resíduo de peixes em dietas para alevinos de tilápia do Nilo. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.1, p.126-130, 2006.

ENKE, D.B.S. et al. Utilização de farinha de silagem de pescado em dietas para o jundiá na fase juvenil. Ciência Rural, v.39, n.3, p.871-877, 2009.

FEIDEN, A. et al. Farinha de resíduos da filetagem de tilápia em rações para alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Semina: Ciências Agrárias, v.26, n.2, p.249-256, 2005.

FURUYA, W.M. et al. Tabelas brasileiras para a nutrição de tilápias. Toledo: GFM, 2010. 100p.

GUILHERME, R.F. et al. Caracterização química e perfil aminoacídico da farinha de silagem de cabeça de camarão. Ciência e Agrotecnologia, v.31, n.3, p.793-797, 2007.

OLIVEIRA, A.M.B.S.; CYRINO, J.E. Attractants in plant protein-based diets for the carnivorous largemouth bass (Micropterus salmoides). Scientia Agrícola, v.61, n.3, p.326-331, 2003.

OLIVEIRA, M.M. et al. Digestibilidade e desempenho de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com dietas contendo diferentes níveis de silagem ácida de pescado. Ciência e Agrotecnologia, v.30, n.6, p. 1196-1204, 2006.

PIMENTA, M.E.S.G. et al. Desempenho produtivo e digestibilidade pela tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus Linnaeus, 1758) alimentada com dietas suplementadas com níveis crescentes de silagem ácida de pescado. Ciência e Agrotecnologia, v.30, n.6, p. 1196-1204, 2008.

SIGNOR, A. et al. Farinha de resíduo da filetagem de tilápia em rações para alevinos de piauçú (Leporinus macrocephalus). In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 41, 2004, Campo Grande. Anais... Campo Grande, 2004. 1CD-ROM.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. SAEG - (Sistema para análises

5.10 TABELAS

Tabela 1 – Composição das rações experimentais (com base na matéria natural)

Ingrediente (kg) --- Níveis de Inclusão (%) --- 0 5 10 15 20 Silagem de peixe* (pré-seca) --- 5,00 10,00 15,00 20,00

Farelo de soja 42,47 32,85 14,96 27,29 24,18

Fubá de Milho 46,34 49,04 56,59 50,49 52,43

Glúten de milho 60 --- 5,83 13,79 3,78 ---

Óleo de soja 4,44 2,64 --- --- 0,02

Farinha de peixe 55 2,50 --- --- --- 0,30

Farinha de carne e ossos 45 --- --- --- --- 0,39

Fosfato bicálcico 2,60 2,89 2,65 2,15 1,52 Sal comum 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 Premix vitamínico1 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 Premix mineral2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 CL-colina3 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 Vitamina C4 0,025 0,025 0,025 0,025 0,025 L-treonina 0,41 0,41 0,44 0,33 0,33 DL-metionina 0,36 0,25 0,13 0,06 --- L-lisina HCl 0,13 0,33 0,69 0,16 0,09 BHT5 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 Total (kg) 100 100 100 100 100 Cálcio (%) 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90

Energia dig (kcal/kg) 3.200 3.200 3.200 3.200 3.200

Fósforo disponível (%) 0,65 0,65 0,61 0,50 0,40

Lisina dig (%) 1,53 1,53 1,53 1,53 1,53

Metionina + cistina dig (%) 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92

Proteína dig (%) 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00

Treonina dig (%) 1,18 1,18 1,18 1,18 1,18

* Equivalente na matéria natural: 5,000 kg (18,520 kg); 10,000 kg (37,030 kg); 15,000

kg (55,550 kg); 20,000 kg (74,070 kg)

1 Níveis de garantia por quilograma do produto: Vit. A, 8.000.000UI; Vit. D3,

2.500.000UI; Vit. E, 8.000UI; Vit. K3, 1.500mg; Vit. B1, 1.000mg; Vit. B2, 4.000; Vit. B6, 1.000mg; Vit. B12, 12.000mg; Niacina, 20g; Pantotenato de cálcio, 8.000mg; Ácido fólico, 300mg; Biotina, 20mg

2 Níveis de garantia por quilograma do produto: Cu, 20g; Fe, 96g; I, 1.400mg; Mn,

155g; Se, 360mg; Zn, 110g 3 CL-colina = 60% de colina

4 Vitamina C = 99% de ácido ascórbico 5 Butil-Hidroxi-tolueno = antioxidante

Tabela 2 – Desempenho de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com rações com diferentes níveis de inclusão de silagem ácida de resíduos da filetagem de tilápia (média ± erro padrão)

Parâmetros --- Níveis de Inclusão (%) --- CV

0 5 10 15 20 PF1 (g) 14,73±0,67 15,32±1,07 15,04±0,94 14,20±0,93 13,79±0,98 6,35 CR1 (g) 11,69±0,21 12,45±0,35 12,25±0,32 12,37±0,26 11,96±0,13 2,21 CAA2 (g/g) 1,13±0,06 1,15±0,12 1,16±0,09 1,27±0,11 1,29±0,14 8,95 GP1 (g) 10,32±0,64 10,90±1,11 10,63±0,89 9,77±0,90 9,36±0,93 8,89 TS (%) 95,83±3,45 96,66±1,78 97,08±2,78 96,25±3,75 99,17±1,5 2,89 EPG2 (g/g) 3,84±0,18 3,75±0,35 3,87±0,31 3,50±0,24 3,43±0,30 8,22 TCE1 (%/dia) 4,02±0,14 4,14±0,27 4,08±0,17 3,88±0,20 3,78±0,21 5,12 1Efeito quadrático (P<0,05): peso final (PF) (Ŷ = 14,8567 + 0,0856X – 0,0073X2; r2 = 0,89) consumo de ração (CR) (Ŷ = 11,7649 + 0,1245X – 0,0058X2; r2 = 0,79) ganho de peso (GP) (Ŷ = 10,4444 + 0,0852X – 0,0073X2; r2 = 0,89)

taxa de crescimento específico (TCE) (Ŷ = 4,025 + 0,0188X – 0,0017X2; r2 = 0,90). 2Efeito linear (P<0,05):

conversão alimentar aparente (CAA) (Ŷ = 1,1157 + 0,0086X; r2 = 0,86) eficiência proteica para ganho (EPG) (Ŷ = 3,8985 – 0,0247X; r2 = 0,85). CV = Coeficiente de variação.

Tabela 3 – Composição de carcaça e eficiência de retenção de nitrogênio de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com rações com diferentes níveis de inclusão de silagem ácida de resíduos da filetagem de tilápia (média ± erro padrão)

Parâmetros --- Níveis de Inclusão (%) --- CV

0 5 10 15 20 U1 (%) 74,64±0,92 75,70±0,57 75,58±0,71 75,96±0,83 75,07±1,07 1,11 GC1 (%) 8,31±0,43 7,59±0,68 7,94±0,44 7,84±0,32 8,35±0,37 5,79 MMC2 (%) 3,08±0,19 3,11±0,22 3,21±0,23 3,45±0,42 3,48±0,15 7,92 PC2 (%) 13,97±0,59 13,60±0,39 13,27±0,46 12,76±0,53 13,10±0,66 4,02 DPC2 (mg/dia) 52,00±2,65 52,91±5,45 49,88±2,75 43,73±3,42 43,57±4,61 8,11 DGC (mg/dia) 35,58±2,44 33,48±3,61 34,59±2,85 31,82±1,81 33,19±3,34 8,54 ERN2 (%) 52,55±2,42 49,89±4,45 48,60±1,91 41,81±3,54 45,61±4,66 7,48 1Efeito quadrático (P<0,05): umidade (U) (Ŷ = 74,6822 + 0,2164X - 0,0097X2; r2 = 0,85) gordura corporal (GC) (Ŷ = 8,2247 - 0,1080X + 0,0057X2; r2 = 0,72). 2Efeito linear (P<0,05):

matéria mineral corporal (MMC) (Ŷ = 3,0385 + 0,0226X; r2 = 0,91) proteína corporal (PC) (Ŷ = 13,8561 - 0,0517X; r2 = 0,77)

deposição de proteína corporal (DPC) (Ŷ = 53,6270 - 0,5209X; r2 = 0,84) eficiência de retenção de nitrogênio (ERN) (Ŷ = 52,0861 - 0,4394X; r2 = 0,71). DGC = deposição de gordura corporal.

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