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Ainda com base nos dados estatísticos fornecidos pelo IBGE8, o município subiu 721 posições em 10 anos no ranking sobre avaliação da educação, renda e longevidade.

Devido a crescente ação das políticas públicas e sociais, a cidade evoluiu o muito nessas áreas conforme o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

Seguem os dados verificados no site sobre o levantamento em 5.565 municípios do país avaliados com 180 indicadores socioeconômicos, e os temas abordados foram: democracia, saúde, trabalho, renda, educação, habitação, vulnerabilidade social, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.9

De acordo com o site (http://www.pnud.org.br/IDH/), o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil foi basicamente uma ferramenta simples para disponibilização de informações que facilita a análise desses dados, oferecendo todas as características dos municípios e suas desigualdades. Essa é a grande relevância dessa ferramenta, pois possibilita o fornecimento de dados importantes sobre a administração municipal, no qual é possível orientar que caminhos seguir para ampliação do desenvolvimento social dos cidadãos.

Importante fazer uma breve síntese dos objetivos e do que é IDH-M. A criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi de proporcionar outro ponto de vista, já que o Produto Interno Bruto – PIB per capita, pondera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Conforme o site do Atlas, o IDH foi:

Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são

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Disponível em: www.ibge.gov.br. Acessado em 5/1/14.

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De acordo com o site: http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH acessado em: 09/11/2013.

36 contemplados no IDH. O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.

A partir de 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, outras metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH – saúde, educação e renda que são mensurados da seguinte forma: expectativa de vida; acesso ao conhecimento por meio da média de anos de educação de adultos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças; e, o padrão de vida relacionado à Renda Nacional Bruta – RNB per capita expressa pelo poder de paridade de compra – PPP constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência (ATLAS, 2010).

O IDH-M é uma adaptação metodológica ao IDH Global, e foi publicado em 1998 (a partir dos dados do Censo de 1970, 1980, 1991) e em 2003 (a partir dos dados do Censo de 2000). Esse indicador pode ser consultado nas respectivas edições do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, que envolve um banco de dados eletrônico com informações socioeconômicas sobre todos os municípios e estados do país e Distrito Federal.

De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano (2013), os dados de Itapevi são:

Tabela 5: Território – Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

Gráfico 1: IDH-M – Itapevi

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O IDH-M em 2010 foi de 0,735, ou seja, está na faixa alta do desenvolvimento, o que gerou esse alto índice foi principalmente a educação conforme tabela detalhada por cada pilar de crescimento:

Tabela 6: Índice de Desenvolvimento Humano - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

A evolução do município é surpreendente desde o primeiro censo realizado. De 1991 o índice estava em 0,450 e passou para 0,610 em 2000, ou seja, com taxa de crescimento de 35,56%. Já em relação a 2010, esse índice passou a ser 0,735, com incremento no seu IDH-M de 63,33%, muito acima do crescimento nacional que foi de 47,46% e do estadual que foi 35,47%, conforme demonstra o gráfico e tabela a seguir:

Gráfico 2: Evolução do IDH-M - Itapevi

38 Tabela 7: Taxa de Crescimento - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

Ultimamente o município se encontra 897ª posição, em relação ao total de municípios analisados, enquanto que aos municípios do Estado de São Paulo, Itapevi ocupa a posição 345ª em relação aos 645 municípios.

Ainda dentro dos dados estatísticos levantados faz necessário ressaltar a faixa etária da população para verificar qual a parte da população é ativa.

Tabela 8: Estrutura Etária da População - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

A renda teve um crescimento baixo em relação à educação, mas a sua evolução ainda sim, aumentou em média 59,45% de 1991 a 2010, enquanto e a extrema pobreza10 passou de 7,38% para 2,72%.

Tabela 9: Renda e Desigualdade - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

10 Medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de

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A desigualdade é medida pelo Índice de GINI11, que passou de 0,44 em 1991 para 0,45 em 2010.

Tabela 10: Renda - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

Com relação ao trabalho e a faixa de pessoas ativas da cidade, ou seja, aquelas com 18 anos ou mais passou para 69,20% em 2010, enquanto que a taxa de desocupação diminuiu para 9,73%, segue representação gráfica:

Gráfico 3: Faixa Economicamente Ativa e Desempregados - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

Pelas informações obtidas por meio do censo, ainda foi possível determinar qual a porcentagem da população trabalhava em cada setor: ”0,51% trabalhavam no

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É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.

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setor agropecuário, 0,14% na indústria extrativa, 13,55% na indústria de transformação, 11,28% no setor de construção, 0,64% nos setores de utilidade pública, 13,34% no comércio e 48,81% no setor de serviços.” Segue tabela detalhada dos dados:

Tabela 11: Taxas de Atividades - Itapevi

Fonte: Pnud, Ipea e FJP, 2010.

A vulnerabilidade social relacionada ao trabalho e a renda no município em 2010 ainda é alta – 26,78%, apesar de ter caído dos 44,40% em 2000, e ainda há os trabalhos informais que 30,88% fazem parte.

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