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Uma vez efectuada a recolha de dados junto das participantes, considerou-se de grande relevância a apresentação e respectiva caracterização da amostra, que para facilitar a leitura dos dados, foram interpretados em gráficos.

0 1 2 3 4 5 [15-19] [20-24] [25-29] [30-34] [35-39] [40-44] Idades [15-19] [20-24] [25-29] [30-34] [35-39] [40-44]

Gráfico n.º1: Distribuição de dados relativamente à idade.

Para facilitar a compreensão do gráfico, estabeleceram-se os seguintes intervalos, relativamente à idade das mães: [15-19]; [20-24]; [25-29]; [30-34]; [35-39] e [40-44] anos de idade. Relativamente à idade das mães, verificou-se que existe uma predominância (quatro mães), no intervalo compreendido entre [20-24] anos de idade. Para finalizar, pode-se constatar que três mães estavam inseridas no intervalo [30-34], uma mãe nos intervalos [25-29] e [35-39]. Não se verificou nenhuma mãe nos intervalos [15-19] e [40-44].

A idade materna tem um efeito determinante nos resultados da gravidez. Geralmente, pensa-se que quer a mãe quer o feto estão em situação de alto risco quando a mãe é uma adolescente ou tem mais de 35 anos (Williams, 1999, p. 477).

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Solteira Casada União de Facto

Estado Civil Solteira Casada

União de Facto

Gráfico n.º2: Distribuição de dados relativamente ao estado civil.

A observação do gráfico número dois permitiu constatar que das nove mães entrevistadas, seis eram casadas, duas estavam em união de facto e apenas uma era solteira. 0 2 4 6 Habilitações Literárias e Académicas 6.ºano 9.ºano 12.º ano

Curso Técnico Profissional Licenciatura

Gráfico n.º3: Distribuição de dados relativamente às habilitações literárias e académicas. Tal como se pode verificar pelo gráfico número três, uma das mães têm o 6.º ano, quatro tem o 9.º ano, duas o 12.º ano e uma das mães tem uma licenciatura.

Habitualmente, entende-se por grau de instrução, o número de anos de escolaridade durante os quais o indivíduo adquiriu e aprofundou conhecimentos, desenvolveu

capacidades e potencialidades e se desenvolveu em interacção com o contexto sócio- cultural em que está inserido, permitindo-lhe construir uma forma de estar, uma filosofia de vida (Lello e Lello, 1988 cit. in Mendes, 2002, p.54).

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Meio Rural Meio Urbano

Área de Residência

Meio Rural Meio Urbano

Gráfico n.º 4: Distribuição de dados relativamente à residência.

Relativamente à área de residência, pode-se verificar que das nove mães que participaram neste estudo, seis viviam em meio rural e três viviam em meio urbano.

0 2 4 6 8 1 2 Mais de 3 N.º de Filhos 1 2 Mais de 3

Gráfico n.º5: Distribuição de dados relativamente ao número de filhos.

Quanto ao número de filhos, verificou-se que seis das mães entrevistadas tinham apenas um filho e as restantes três tinham dois filhos.

Segundo Deans (2005, p.155), o acontecimento de maior importância na vida de um casal, é a chegada do primeiro filho, porque há alterações dos estilo de vida e será muito mais brusca, do que daqueles casais que já têm filhos.

Gráfico n.º6: Distribuição de dados relativamente ao planeamento da gravidez.

Das nove mães entrevistadas, apenas duas referiram que a gravidez não foi planeada. Esta questão é muito importante porque o facto de o casal ter planeado a gravidez pode desencadear diferentes respostas e comportamentos, que irão influenciar toda a gravidez, parto e posterior ligação pais/bebé.

Lederman (cit. in Williams et al., 1999, p.122) refere que “os casais que planeiam a gravidez, aceitam-na de bom agrado”, ou seja, haverá mais envolvimento do casal relativamente a tudo o que está relacionado com a gravidez e o bebé.

Crê-se que o planeamento da gravidez e a ligação materno-fetal tenham algum tipo de relação. Estudos feitos revelam que o planeamento de uma gravidez poderá ser importante, no casal sem filhos, como tarefa antecipatória na transição para a maternidade/paternidade, ou seja, o facto de se planear a gravidez poderá sugerir a intenção do casal em iniciar o seu projecto de paternidade (Mendes, 2002).

Como refere Gomes (2005), o planeamento da gravidez e aceitação da gravidez são dois aspectos distintos, ou seja, o facto de se planear uma gravidez não garante a sua aceitação ou o desejo de ser mãe. O planeamento da gravidez não depende somente de uma relação marital estável mas também do número desejado de filhos.

Gráfico n.º7: Distribuição de dados relativamente ao desejo da gravidez.

Relativamente à questão, se foi uma gravidez desejada por ambos os elementos do casal, todas as mães entrevistadas mencionaram que a gravidez foi desejada, mesmo aquelas mães que inicialmente não tinham planeado à gravidez. Após terem tomado conhecimento que se encontravam grávidas, tanto elas como seus companheiros passaram a desejar a gravidez.

Gráfico n.º8: Distribuição de dados relativamente ao número de consultas de vigilância pré- natal.

Como se pode constatar no gráfico número oito, a amostra presente nesta investigação referiu que durante a gravidez tiveram mais de cinco consultas de vigilância pré-natal. Segundo Barros (2006, p.59), a OMS preconiza que o número total de consultas não deve ser inferior a seis. Na primeira consulta, o enfermeiro deve informar a gestante da importância da comparência nas consultas previamente agendadas porque só desta forma se assegura um acompanhamento correcto e regular da gravidez.

Ainda Barros (2006), refere que a periodicidade das consultas deve ser mensal até a 28ª semana, quinzenal entre a 28ª e a 36ª semana e semanal a partir da 36ª semana até ao parto. Contudo, a periodicidade das consultas, para Braden (2000, p.53), depende das condições gerais da gestante, pelo que as gestantes que apresentam uma gravidez de risco têm uma frequência de consultas bem mais elevada.

Gráfico n.º9: Distribuição de dados relativamente à informação recebida na consulta de vigilância pré-natal, sobre o estado de saúde do bebé.

No que concerne às informações obtidas nas consultas de vigilância pré-natal sobre o estado de saúde do bebé, as nove mães entrevistadas mencionaram que obtiveram sempre informações acerca do estado de saúde de seu filho nas consultas de vigilância pré-natal.

Gráfico n.º10: Distribuição de dados relativamente ao esclarecimento de dúvidas nas consultas de vigilância pré-natal.

Como se pode verificar, pelo gráfico número dez, relativamente ao esclarecimento de dúvidas nas consultas de vigilância pré-natal, das nove participantes, cinco disseram que as suas dúvidas eram muito esclarecidas e quatro disseram que as suas dúvidas eram completamente esclarecidas.

Gráfico n.º11: Distribuição de dados relativamente às circunstâncias em que foi retirado o bebé à mãe.

Relativamente às circunstâncias em que foi retirado o bebé à mãe, cinco das mães referiram que depois de terem tocado no bebé, este foi para a UCI Neonatais e Pediátricos, enquanto as restantes quatro mães referiram que não se lembravam do momento em si, porque se encontravam sob efeito da anestesia. Nenhuma das entrevistadas referiu outra circunstância, para além das contestadas no gráfico.

Como refere Figueiredo, 2001, p.297, é sobretudo aquando dos primeiros contactos com o filho que o bonding [a ligação mãe/bebé] se estabelece e/ou fortifica, pelo que, na sequência de acontecimentos menos favoráveis na altura do parto ou dos primeiros contactos com o recém-nascido, o processo de envolvimento emocional pode estar dificultado. As condições nas quais decorre o parto e os primeiros contactos com o bebé são, para um grande número de autores, as circunstâncias mais decisivas no estabelecimento da ligação emocional dos pais, ou pelo menos estas são as dimensões que tem sido mais extensivamente investigadas na literatura (Figueiredo, 2001, p.297).

A ligação da mãe ao bebé está ainda favorecida no parto normal, em relação ao que acontece nos partos instrumentais e nos partos com analgesia epidural. Por sua vez, as mães submetidas a analgesia epidural, quando comparadas com as mães que não recorreram a analgesia de parto, apresentam valores significativamente menos elevados de ocitocina no sangue, o que, (…) não beneficia a vinculação com o filho (Taylor et al., 1994; Klaus et al., 2000 cit. in Figueiredo, 2001, p.298).

De acordo com Barbara Figueiredo, 2001, p.298, o estado neonatal do recém- nascido é “ também negativamente afectado pelo facto de a mãe ter sido sujeita a analgesia de parto; o bebé mostra-se muito menos interactivo, com previsível igual prejuízo no estabelecimento do envolvimento emocional na díade”.

Um conjunto de investigações, segundo Figueiredo, 2001, pp.298 e 299, “tem vindo mais recentemente a assinalar que o tipo de parto interfere nos níveis hormonais da mãe, os quais podem ser responsáveis pelo seu estado de humor pós-parto, tanto quanto pelo grau em que se envolve com o filho, tendo ainda implicações nos níveis

hormonais e no comportamento interactivo do recém-nascido, o qual influencia retroactivamente a disponibilidade da mãe para o bonding”.

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Pela Enfermeira Pelo Médico Pelo Familiar Por Terceiros

O modo como a informação de internamento do

bebé na UCINP foi dada a mãe

Pela Enfermeira Pelo Médico Pelo Familiar Por Terceiros

Gráfico n.º12: Distribuição de dados relativamente ao modo como a informação de internamento do bebé na UCI Neonatais e Pediátricos foi dada à mãe.

No que se refere ao modo como as mães receberam a informação de que bebé estava internado na UCI Neonatais e Pediátricos, quatro das nove mães entrevistadas referiram que a informação foi dada pela Enfermeira, outras das quatro mães referiram que a informação foi fornecida por um Médico e apenas uma das mães referiu que foi por um familiar. Não referindo nenhuma das mães que a informação foi dada por terceiros.

CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS

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