• Nenhum resultado encontrado

Capítulo VII – Caracterização do Contexto de Intervenção em 1.º Ciclo do Ensino

7.3. Caracterização da Turma e a Organização do Trabalho Pedagógico

A turma do 1.º ano de escolaridade do 1.º CEB era composta, inicialmente, por vinte e oito alunos. No entanto, no momento da Prática Pedagógica, compunham a turma vinte e cinco crianças, treze do sexo feminino e doze do sexo masculino, tendo a maior parte dos alunos seis anos, à exceção de duas crianças que tinham cinco e uma que tinha sete. Embora com períodos de permanência diferentes, todos os alunos tinham frequentado a Educação Pré-Escolar, e nenhum aluno tivera ficado retido no ano anterior.

A maioria dos alunos apresentava um nível sociocultural e socioeconómico médio-alto.

O nível de aprendizagem global da turma era considerado Bom. Contudo, por vezes, alguns fatores, como a falta de concentração, o défice de atenção e o comportamento inadequado em sala de aula, por parte de alguns alunos, influenciava o rendimento da turma. Apesar de algumas crianças apresentarem défices relevantes, nenhuma integrava os parâmetros de aluno com Necessidades Educativas Especiais. Porém, duas crianças usufruíram de um acompanhamento individualizado – Apoio Educativo. Quanto ao nível de dificuldades, as que mais se evidenciaram foram nas áreas da Matemática e do Português.

As AEC eram frequentadas por vinte e um alunos.

A Professora Titular, em alguns casos, a Professora de Apoio Educativo e os Professores das AEC eram os principais intervenientes em sala de aula. Também, a avó de um aluno e o pai de um outro aluno contribuíam para as aprendizagens na área da Educação e Expressão Artística e na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, respetivamente.

63 7.3.2. A Organização das Experiências Educativas na Sala de Aula

Havia um horário que definia o tempo destinado ao ensino dos conteúdos de cada Área Curricular, no entanto, a Professora não o seguia de forma linear, pois muitas das vezes, optava por consolidar alguns dos conteúdos lecionados anteriormente e dava mais atenção à Matemática e ao Português, já que as maiores dificuldades eram evidenciadas nestas áreas.

7.3.2.1. Metodologias da Professora Orientadora Cooperante

A professora recebia e valorizava todos os comentários dos alunos, fomentados ou não, respondia e esclarecia, de imediato, alguma dúvida que surgisse. O trabalho individual era o predominante na sala de aula. Mas, por vezes, quando a atividade assim o exigia, como por exemplo, na participação de um jogo, ou em alguma atividade que envolvesse a área das Expressões, os alunos trabalhavam em grupo.

O feedback, de carácter formativo, utilizado tanto pela professora titular, como pelos alunos, era sentido através da transmissão de comentários, por parte de cada um. A professora utilizava-o maioritariamente para classificar como corretas ou incorretas, as respostas e/ou as participações dos alunos. Outro tipo de feedback, vivenciado em sala de aula, era o de controlo disciplinar, que era transmitido pela professora para repreender um aluno, devido a algum comportamento e/ou postura inadequada. De acordo com o feedback transmitido pela professora, relativamente ao comportamento de cada aluno em sala de aula, existia um Mapa de Comportamentos que no final de cada aula era preenchido com uma cor: vermelho – mau, amarelo – mediano e verde – bom. Os alunos que obtivessem vermelho ou amarelo era-lhes atribuído um pequeno “castigo” na aula seguinte.

Os recursos de excelência utilizados em sala de aula foram os manuais escolares das três áreas curriculares: O Mundo da Carochinha – Estudo do Meio 1.º ano (Letra, 2013), O Mundo da Carochinha – Matemática 1.º ano (Letra, 2013) e Alfa – Português 1 – 1.º ano (Lima, Barrigão, Pedroso, & Santos, 2014). Para além destes, a professora recorria diversas vezes a Fichas de Trabalho. Tanto um recurso, como o outro serviam para introduzir, transmitir, complementar e/ou consolidar os conteúdos. Com o propósito de aprofundar os conhecimentos transmitidos durante as aulas, todos os dias, os alunos tinham trabalhos de casa.

64

O uso do equipamento audiovisual e informático era quase inexistente em sala de aula, mas em contrapartida, o recurso aos livros infantis, de contos, de poesias, de lengalengas, entre outros, eram utilizados com muita frequência, com o intuito de explorar um fonema e de enriquecer o conteúdo.

A Avaliação ocorria ao longo do ano letivo, contudo eram atribuídos parâmetros às áreas curriculares de Português, Matemática, Estudo do Meio, Expressão Artística, Expressão Físico Motora, Apoio ao Estudo e Oferta Complementar, seguindo a escala gradual de Avaliação: Insuficiente, Suficiente, Bom e Muito Bom.

7.3.2.2. As Regras de Funcionamento e as Rotinas de Trabalho

As regras de funcionamento que tinham sido incutidas aos alunos eram: respeitar o outro, respeitar a sua vez de participar, solicitar a ida à casa de banho, etc., ou seja, foram todas aquelas que contribuíam para o bom funcionamento da aula.

As aulas iniciavam às noves horas e terminavam às dezasseis horas, no entanto, existiam três intervalos, sendo o primeiro de manhã, que tinha a duração de aproximadamente meia hora, o segundo que correspondia à hora de almoço, tendo a duração de aproximadamente uma hora e meia, e por fim, o intervalo da tarde, para os alunos que frequentavam as AEC que decorriam entre as dezasseis horas e trinta minutos e as dezassete horas e trinta minutos.

A avó de um aluno disponibilizava uma hora todas as sextas-feiras, para realizar atividades de Expressão e Educação Dramática e Musical e o pai de um outro aluno que lecionava aulas de iniciação às TIC, de quinze em quinze dias, às quartas- feiras, durante duas horas.

As rotinas em sala de aula consistiam na atribuição de funções aos alunos, que tinham tarefas no sentido de auxiliar a professora. Por exemplo, um aluno era responsável por distribuir os manuais escolares, outro aluno responsável por recolhê- los, um outro aluno distribuía o leite para o lanche, etc. As funções atribuídas aos alunos eram rotativas e alteradas semanalmente.

A turma realizava poucas Visitas de Estudo, porém participava nos Projetos desenvolvidos pelo Agrupamento e pela Escola.

65 7.3.2.3. Gestão do Tempo e do Espaço

As atividades não tinham aviso prévio da sua duração. Por este motivo, sempre que os alunos levavam mais tempo do que o previsto pela professora ocupavam um período ou do intervalo da manhã e/ou do intervalo da tarde para terminá-las.

O espaço era bastante apelativo ao ambiente de ensino e de aprendizagem, não só pelas cores, mas também pela disposição e pela organização dos materiais para a realização de qualquer atividade.

7.3.2.4. A Articulação Curricular

O Apoio Educativo destinado a alunos com dificuldades de aprendizagem, orientado pela Professora de Apoio, decorria às segundas-feiras e às quintas-feiras, sendo destinada uma hora e meia por aula. De uma forma mais individualizada, os alunos que frequentavam o Apoio, resolviam os exercícios dos manuais e/ou as fichas de trabalho, facultadas pela professora titular.

A organização das festas escolares era desenvolvida pelos professores das AEC em parceria com a professora da turma.

66

Documentos relacionados