• Nenhum resultado encontrado

3.2 Objetivos específicos

5.1.2 Caracterização das farmácias comunitárias recrutadas para o estudo

O formulário Field researcher questionnaire foi destinado ao observador e disponibili- zou informação sobre a caracterização de cada farmácia integrada no estudo, bem como, barreiras e/ou limitações detetadas por este colaborador no âmbito do estudo piloto de aplicabilidade dos indicadores.

O número total de farmácias recrutadas para o estudo foi inicialmente de 31, sendo que apenas 29 concretizaram a resposta aos formulários. A sua distribuição por país colaborador e segundo a sua localização está expressa na tabela infra.

Tabela 5.8 Tabela das farmácias participantes no estudo segundo a sua localização e por país

Localização

Países colaboradores Urbana Suburbana Rural Outra Total Albânia 4 1 0 0 5 Dinamarca 1 0 0 0 1 Geórgia 1 0 0 0 1 Macedónia 6 0 0 0 6 Moldávia 1 0 0 0 1

72 Polónia 1 0 0 0 1 Portugal 0 3 2 0 5 Espanha 5 0 1 1 7 Letónia 1 0 0 0 1 Croácia 1 0 0 0 1 Total 21 4 3 1 29

Figura 5.7 Representação gráfica da frequência de farmácias participantes segundo a sua localização.

Relativamente ao nº médio de clientes por dia os valores variam entre 20 e 575 clien- tes, sendo que correspondem às farmácias urbanas os valores extremos de atendimen- tos diários (mais elevados e menores) e às rurais valores medianos.

O nº de farmacêuticos que constituem as equipas é em média 2,59 segundo a distri- buição no gráfico infra, sendo que as equipas das farmácias urbanas e suburbanas po- dem apresentar até 5 farmacêuticos e nas farmácias rurais esta assistência é garantida apenas por 1 ou 2 profissionais.

73

Figura 5.8 Representação gráfica da frequência do número de farmacêuticos por farmácia partici- pante.

As farmácias participantes apresentavam na sua grande maioria equipamento informá- tico de apoio à dispensa contudo, o equipamento que poderia permitir o registo e ges- tão da terapêutica dos doentes, o registo de monitorização de parâmetros ou a edição de informação escrita personalizada encontrava-se fracamente representado, de acor- do com o gráfico abaixo, e essencialmente em algumas farmácias espanholas e portu- guesas.

Figura 5.9 Representação gráfica da frequência de farmácias que apresentam os tipos de serviços des- criminados

74

O acesso à informação existe, ainda que na sua maioria se refira à pesquisa do RCM e os meios de comunicação atualmente essenciais estão disponíveis, o telefone na tota- lidade das farmácias, a internet em 93% dos casos e o fax a mostrar que se encontra em desuso.

Figura 5.10 Representação gráfica da frequência de farmácias que apresentam os tipos de equipamen- tos descriminados

Figura 5.11 Representação gráfica da frequência de farmácias que apresentam os tipos de meios de comunicação descriminados.

A escassa existência de gabinete para atendimento personalizado está patente nos da- dos recolhidos em que apenas farmácias da Dinamarca, Polónia, Portugal, Espanha e

75

Croácia referem a sua utilização. Se considerarmos a localização das farmácias estuda- das é interessante observar que 30% das farmácias urbanas estão apetrechadas com gabinete de consulta, 25% das suburbanas apresentam este serviço e cerca de 67% das de localização rural possuem condições para atendimento privado, levando-nos a con- cluir que o meio rural não será sinónimo de um serviço menos avançado ou personali- zado e que antes este ambiente pode apresentar-se como mais favorável a um melhor acompanhamento dos doentes.

Figura 5.12 Representação gráfica da frequência de farmácias que apresentam uma área privada para consulta.

Relativamente à preocupação das farmácias com a formação contínua dos seus funci- onários, cerca de 75% efetua esta atividade fora do espaço da farmácia, sendo esta a preferência para as farmácias urbanas e rurais. Cerca de 45% realiza formação inter- namente, sendo que a Albânia, Geórgia, Moldávia, Polónia, Croácia e Letónia não pra- ticam formação no espaço das suas farmácias. Esta formação é levada a cabo com uma frequência superior a 2xano em mais de 60% das farmácias.

76

Figura 5.13 Representação gráfica da frequência de farmácias que realizam formação interna ou ex- terna da sua equipa.

A formação especificamente na área da comunicação acontece em cerca de metade das farmácias respondentes, segundo a tabela abaixo por estado colaborador. As far- mácias de tipologia rural e suburbana revelam uma preocupação praticamente nula com esta área de formação assim como os estados da Macedónia, Polónia e Letónia.

Tabela 5.9 Tabela do número de farmácias participantes que realizam formação sobre comunicação e por país

Communication skills trainning Total

No Yes Collaborator cou- ntry Albania 0 2 2 Denmark 0 1 1 Georgia 0 1 1 Macedonia 2 3 5 Moldova 0 1 1 Poland 1 0 1 Portugal 5 0 5 Spain 3 3 6 Latvia 1 0 1 Croatia 0 1 1 Total 12 12 24

77

Em particular para as farmácias recrutadas, a ocorrência de contacto com outros pro- fissionais de saúde foi mencionada pela maioria como frequente sendo que apenas países como a Albânia e a Geórgia referiram grandes limitações nesta comunicação. As barreiras no contacto principalmente com o médico verificam-se em algumas farmá- cias de carácter urbano e prendem-se com a dificuldade em comunicar com este pro- fissional nos Centros de Saúde e Hospitais

Figura 5.14 Representação gráfica da frequência de farmácias que afirmam comunicar com outros profissionais de saúde.

O primeiro profissional a ser referenciado como objeto de comunicação foi o médico e o contato com este classificado como comum (57%) ou ocasional (38%). O segundo profissional assinalado foi o enfermeiro, sendo o contacto estabelecido de forma co- mum ou ocasional em 44% dos casos e raramente em 12%. Finalmente a comunicação com outros profissionais é referida como comum e o profissional mais referido são os farmacêuticos.

78

Figura 5.15 Representação gráfica da frequência de farmácias que afirmam comunicar com as catego- rias profissionais descriminadas.