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O cadastro dos empreendimentos abrangeu toda a extensão da antiga ZUPI 131. Apesar de estarem identificadas praticamente todas as atividades desenvolvidas

atualmente (dados de 2012), quase metade das áreas não dispõe de informações de uso pretérito. Na Figura 19 podem ser visualizados os empreendimentos

cadastrados e as propriedades sem histórico de ocupação.

O processo de gerencimento de áreas contaminadas é realizado por etapas e compreende basicamente duas fases, a de identificação e caracterização da contaminação e a de recuperação para um determinado uso. A Figura 20 apresenta o fluxograma das etapas de gerenciamento e as classificações.

Existem três classificações de empreendimentos potencialmente poluidores. A primeira classe compreende as áreas potencialmente contaminadas (AP), que são áreas onde são ou foram manipuladas subtâncias com potencial poluidor. A segunda classe compreende as áreas suspeitas de contaminação (AS), nas quais há indícios de contaminação. A terceira classe compreende as áreas contaminadas (AC), nas quais foi constatada a presença de contaminante em concentração superior ao padrão de qualidade ambiental. Esta terceira classe apresenta seis subclasses de acordo com a etapa em que se encontra no gerenciamento (CETESB, 2007), conforme segue:

 ACI – Área contaminada sob investigação  ACRi – Área contaminada com risco confirmado

 ACRe – Área contaminada em processo de remediação  ACRu – Área contaminada em processo de reutilização

 AME – Área em processo de monitoramento para encerramento  AR – Área reabilitada para o uso declarado

Quando uma área é declarada contaminada, se inícia o processo de gerenciamento da contaminação até que a mesma esteja reabilitada para o uso declarado (AR).

O processo de gerenciamento de áreas contaminadas é realizado individualmente para cada empreendimento que tenha ou teve potencial poluidor. Este processo geralmente é solicitado no licenciamento ambiental, em caso de mudança de uso do solo ou quando é feita uma denúncia.

Foi considerado uso pretérito, toda e qualquer descrição de atividade desenvolvida na propriedade

Figura 20 – Fluxograma das etapas do processo de gerenciamento de áreas contaminadas (CETESB, 2007)

Na Figura 21 são apresentadas as áreas declaradas contaminadas e os grupos de contaminantes associados a cada uma delas. Além dos solventes clorados, os outros contaminantes que ocorrem com maior frequência são metais, combustíveis líquidos e solventes aromáticos. É importante ressaltar que esses dados foram obtidos da CETESB (2014), e que na relação de áreas contaminadas é identificado apenas o empreendimento responsável pela contaminação e não as áreas que se encontram sobre a contaminação, quando esta extrapola os limites da propriedade.

Desta forma, cada empreendimento recebe uma classificação segundo as evidências do uso histórico de solventes. Quando confirmada a existência da contaminação, o empreendimento passa a receber uma outra classificação referente ao processo de gerenciamento do passivo. A Figura 22 apresenta as classificações para os empreendimentos cadastrados na antiga ZUPI 131 e também uma categorização em quatro níveis com relação ao uso de solventes.

O primeiro nível, representado pela cor vermelha, classifica as áreas declaradas contaminadas por solventes halogenados segundo a CETESB (2014). A identificação dos empreendimentos é apresentada na Figura 19. Os empreendimentos 9 e 42 eram áreas pertencentes aos empreendimentos 6 e 23 respectivamente, e, portanto, também fazem parte da lista de áreas contaminadas.

O segundo nível, representado pela cor laranja, classifica as áreas suspeitas de contaminação (AS). Esta classificação foi atribuída com base no uso documentado de solventes apresentado em ERM e Haley & Aldrich (2014). Em geral, as áreas suspeitas de contaminação se encontram próximas a áreas declaradas contaminadas. O terceiro nível, representado pela cor amarela, classifica as áreas com potencial de contaminação (AP). Essa classificação foi atribuída com base nas atividades industriais associadas ao uso de solventes apresentada em ERM e Haley & Aldrich.

Figura 21  Mapa das áreas declaradas contaminadas e os grupos de contaminantes associados a cada uma delas. Destaque para

Figura 22  Mapa da classificação dos empreendimentos cadastrados segundo seu potencial poluidor relacionado ao uso de

O quarto nível, representado pela cor cinza, classifica todas as áreas que não estão relacionadas ao uso de solventes ou sem registro do histórico de ocupação.

Com base na categorização do uso de solventes (níveis 1 a 3) e na localização das áreas declaradas contaminadas por solventes, foi possível indicar áreas prioritárias para a investigação da qualidade da água subterrânea (Figura 23). A antiga ZUPI 131 possui extensão de 2,6 Km², sendo que as áreas definidas como prioritárias têm aproximadamente 0,8 Km² e as áreas investigadas em torno de 0,7 Km².

Algumas das áreas contaminadas apresentadas na Figura 22 se encontram na etapa de remediação. Na Tabela 4 são listadas essas áreas e as técnicas de remediação empregadas em cada uma delas. Até o final de 2012, apenas duas áreas, empreendimentos 24 e 28, foram reabilitadas para o uso declarado.

Tabela 4  Técnicas de remediação empregadas nas áreas declaradas contaminadas

Empreendimento Técnica de remediação empregada 1 Extração multifásica

3 Bombeamento e tratamento, extração de vapores, air sparging, extração multifásica, oxidação/redução química, remoção do solo, barreira hidráulica

4 Bombeamento e tratamento, extração de vapores, air sparging, oxidação/redução química 5 Oxidação/redução química, recuperação de fase livre 6 Bombeamento e tratamento, extração de vapores, Oxidação/redução química, barreira hidráulica 15 Extração multifásica, oxidação/redução química 21 Oxidação/redução química

24 Remoção de solo

25 Bombeamento e tratamento, extração multifásica, barreira reativa 26 Extração de vapores, decloração redutiva, biorremediação 28 Sem medida de remediação