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Caracterização e quantificação da superfície rugosa

Ÿ A caracterização da superfície rugosa por meio do perfilômetro, apresentou-se como excelente método para esta finalidade. O perfilômetro com ponta arredonda funcionou melhor na rugosidade menor (JRC=6,7) e o perfilômetro com ponta afiada na rugosidade com JRC=12,3.

Ÿ O método visual de estimação do JRC, mesmo sendo um método subjetivo e grandemente influenciado pela experiência da pessoa que estima a medida, nesta pesquisa somente variou em -2 unidades de JRC, quando comparado com o método de cisalhamento com tensão normal variável.

Ÿ O método estatístico, foi o método que mais subestimou os valores de JRC. Isso provavelmente está relacionado a susceptibilidade do termo Z2 quanto ao

espaçamento em que é realizada a medida das seções da superfície.

Ÿ O ensaio de inclinação mostrou-se inadequado para determinar o JRC para a forma geométrica dos corpos de prova utilizados. Obtendo-se valores de JRC similares para ambas rugosidades, JRC=5,165 na primeira rugosidade e

Ÿ Comparado com os outros métodos de obtenção do JRC , o métodos de cisalhamento com confinamento variável res ultou ser o mais adequado, embora, a rugosidade média apresentou um alto grau de variabilidade.

Ÿ Vários métodos têm sido propostos para estimar o valor de JRC , mas de qualquer forma, nenhum deles apresenta suficiente grau de precisão. Isto ocorre em razão da heterogeneidade da rugosidade, que não permite, ainda, ser quantificada por um parâmetro único, mais pesquisa neste sentido deve ser realizada.

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5..4 Ensaios de compressão biaxial4 Ensaios de compressão biaxial

5.4.1 Ângulo de início da propagação da fratura (η)

Ÿ O ângulo de início da pr opagação da fratura (η = ±65º) no caso das juntas lisas, apresenta-se coerente com o valor de η =70,5º estimado por ERDORGAN & SIH

(1963).

Ÿ No caso das juntas rugosas existe um decréscimo do ângulo de início da propagação da fratura quando se aumenta o valo r do JRC. Desde um valor de η = ±65º para as juntas lisas (JRC=0), passando por η = 40º no lado esquerdo e η = 48º no lado direito para a junta com JRC=6,7; até o valor de η = 5º para o lado esquerdo e η = 20º para o lado direito da junta com JRC =12,3. Este tipo de comportamento deve estar relacionado à dilatância e aumento do atrito na junta no momento de ocorrência da fratura, pois, cria-se um real estado de modo misto de propagação da fratura. Maiores pesquisas neste sentido são sugeridas.

Ÿ O ângulo da início da propagação da fratura (η) da mesma junta pode variar entre um lado e outro. Encontrou-se que para a junta com JRC=0 este ângulo quase não apresenta diferença entre um lado ou outro, variando somente 1º. Já para as juntas com JRC=6,7 esta diferença começa ser perceptível, sendo esta variação de 8º; e para as juntas com JRC=12,3 a variação é evidente, se apresentando de 15º. Este fenômeno está relacionado com a heterogeneidade da superfície da junta, que resulta em valores locais distintos de JRC para as pontas da junta.

nenhuma variável de distribuição geométrica das juntas, somente mudando o σ2. Isto aconteceu claramente com os modelos CNX, onde com σ2=0,7 MPa o

ângulo η foi igual a 0º e, para σ2=0,2 MPa o ângulo η passou a ser influenciado

pela rugosidade da junta, ou seja, pelo valor de JRC. 5.4.2 Coalescência da fratura

Ÿ Para os corpos de prova ANL não foi possível definir o tipo de coalescência pois a fratura ocorreu pelo material intacto.

Ÿ No caso dos corpos de prova BNL a coalescência ocorreu entre juntas coplanares, quando o nível de confinamento foi alto (σ2=0,5; 1,0 MPa). Quando

o nível de confinamento era baixo (σ2=0,2MPa) a coalescência ocorreu entre

juntas não coplanares. Sendo que em ambos tipos de coalescência o principal mecanismo de propagação da fratura foi o cisalhamento.

Ÿ Para os corpos de prova CNX a coalescência sempre aconteceu de forma escalonada, ou seja, entre juntas não coplanares, excetuando o corpo de prova C1L onde a coalescência aconteceu entre juntas coplanares. A diferença entre o corpo de prova C1L e os demais desta série foi o confinamento, sendo de 0,7 e 0,2 MPa, respectivamente.

Ÿ Com os corpos de prova CNL a coalescência ocorreu entre juntas não coplanares e mecanismo de propagação da fratura foi a tração. No caso dos corpos de prova CNR e CNRR os mecanismos envolvidos na coalescência foram a tração e o cisalhamento. Assim, a coalescência está influenciada pelo valor de JRC da junta.

Ÿ Com a redução do espaçamento “d” segundo AGUIAR (1998), obter-se-ia uma

ruptura do tipo escalonada, já para JAMIL (1992) este espaçamento não

determina o modo de coalescência. No caso do presente estudo uma combinação de σ2 e d gerou a coalescência do tipo escalonada entre as juntas.

5.4.3 Resistência à compressão normalizada (σnor)

Ÿ No caso dos modelos BNL existe um acréscimo de σnor quando se incrementa o

Ÿ Nos modelos CNX observou-se que existe um acréscimo na resistência à compressão normalizada quando se aumenta o valor de JRC. Esta tendência é claramente visível na Figura 4.20.

Ÿ Na Figura 4.20 observa -se que a ruptura destes corpos de prova tem a parcela de resistência da junta e da ponte rochosa. Como nos ensaios CNX a única variável permitida foi o valor de JRC este incremento da resistência pode ser atribuído a este índice. Neste sentido, maiores pesquisas são recomendadas para poder encontrar algum critério que consiga determinar analiticamente este acréscimo. 5.4.4 Deformação (ε) e o Módulo de elasticidade (E).

Ÿ Com os ensaios CNX mostrou-se que existe uma relação entre a deformação e o valor da rugosidade da junta (JRC). Esta relação apresenta-se inversa, quando o valor de JRC cresce a deformação no momento da ruptura diminui.

Ÿ O módulo de elasticidade nos ensaios CNX cresce quando se aumenta o valor de

JRC (Figura 4.21). Esta relação adicionada a o decréscimo de ε e ao aumento de σnor indica que os corpos de prova com juntas não-persistentes rugosas,

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