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O NUASF estava dividido internamente em 03 áreas: Área técnico-científica; Área de logística e Área de desenvolvimento tecnológico e fitoterapia.

A área técnico-científica (Figura 1) tinha entre suas competências: selecionar medicamentos e promover a elaboração de protocolos terapêuticos, viabilizar novas tecnologias e suporte técnico para o desenvolvimento de recursos humanos nessa área de abrangência, elaborar e produzir material educativo, técnico-científico e informativo aos profissionais de saúde e usuários do sistema.

Supervisor Central de Imunobiológicos Centro de Logística Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF Apoio Administrativo Supervisor Centro Técnico Agronômico Centro da Tecnologia da Informação Laboratório de Produção Apoio Administrativo

A área de logística (Figura 2) tinha como objetivo estimar necessidades, programar, adquirir, armazenar, controlar, distribuir medicamentos e imunobiológicos. Efetuar análise de consumo e demanda de medicamentos; avaliar custo/tratamento; estabelecer normas para aquisição de medicamentos e gerenciar o banco de dados sobre registro de preços, qualificação de fornecedores e informações técnico-científicas e administrativas.

Figura 2 - Núcleo de Assistência Farmacêutica - Área de Logística

A área de desenvolvimento tecnológico e fitoterapia (Figura 3), tinha como funções: assessorar tecnicamente os municípios e outras instituições na elaboração de projetos e processos para implantação das ações de fitoterapia, manter intercâmbio técnico com as instituições de fitoterapia para troca de tecnologias, produzir fitoterápicos e medicamentos oficiais para atender aos projetos desenvolvidos no Estado e as demandas especiais.

Desde o ano de 1998, o Ceará realiza a Programação Pactuada Integrada (PPI) da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. Dessa forma os municípios optam anualmente por realizarem a compra centralizada de medicamentos (os três recursos são administrados pelo Estado que adquire os itens de acordo com a programação anual dos municípios) ou pela compra descentralizada (os municípios administram o recurso das contrapartidas federal e municipal e recebem em medicamentos o valor per capita da contrapartida Estadual). No período de 2003 à 2006 apenas os municípios de Fortaleza e Sobral não aderiram a compra centralizada, sendo o NUASF , nesse período, responsável pela aquisição, armazenamento e estocagem de medicamentos para 182 municípios do Estado.

Cabe ressaltar que por ocasião da PPI da Assistência Farmacêutica Básica anualmente o elenco mínimo que será adquirido pelo NUASF é pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e publicado através de resoluções.

O NUASF também era responsável por distribuir os medicamentos Estratégicos, Especiais e os para Doenças Oportunistas do programa DST/Aids (esses últimos adquiridos com recursos próprios do Estado) respectivamente para as 21 Células Regionais de Saúde (CERES) e Unidades Dispensadoras de Anti-retrovirais. E ainda adquiria e distribuía os medicamentos de Saúde Mental para os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS).

No que se refere aos Medicamentos de Dispensação de Caráter Excepcional, no ano de 2006, esses medicamentos eram adquiridos e distribuídos pelo NUASF e dispensados em 11 unidades na capital, sendo 06 hospitais estaduais de referência, HGF (Hospital Geral de Fortaleza), HM (Hospital de Messejana), HSMM (Hospital de Saúde Mental de Messejana), HSJ (Hospital São José de Doenças Infecciosas), HCC(Hospital César Cals) e HIAS(Hospital Infantil Albert Sabin); 03 centros estaduais de referência, CSDL (Centro de Saúde Dona Libânia), CIDH (Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão) e IPCC (Instituto de Prevenção ao Câncer); 01 centro de referência do município de Fortaleza, CEMJA (Centro de Especialidades Médicas José de Alencar) e 01 hospital federal (Hospital Universitário Walter Cantídio). E em 17 unidades no interior do Estado, sendo 04 municípios sedes de CERES (13º CERES - Tianguá; 17º CERES - Icó, 19º CERES - Brejo Santo, 21º CERES - Juazeiro do Norte), 02 centros municipais de especialidades médicas (CEM - Sobral e CEM - Crato), 02 centrais de abastecimento farmacêutico municipais (CAF - Quixeramobim e Unidade de Municipal de Medicamentos - Juazeiro do Norte), 01 hospital municipal (Hospital Municipal

Dr. Eudásio Barroso - Quixadá) e 07 CAPS (Iguatu, Barbalha, Horizonte, Aracati, Aquiraz, Morada Nova e Cascavel). Esses medicamentos também eram dispensados em 20 unidades de hemodiálise distribuídas entre capital e interior.

A distribuição de medicamentos para essas unidades estava condicionada ao(s) tipo(s) de especialidade(s) médica(s) que atendiam nesses serviços, havendo ,portanto, variabilidade nos medicamentos enviados para elas. As unidades da capital eram as que mais recebiam itens de medicamentos, sendo responsáveis por aproximadamente 97% de todo o gasto com medicamentos excepcionais no Estado do Ceará, enquanto que as unidades do interior eram responsáveis por apenas 3% desses gastos.(Fonte: Relátorios físico e financeiro das APACs 2006/2007).

O Programa de Medicamentos Excepcionais no Estado do Ceará está organizado parcialmente descentralizado. As farmácias ambulatoriais das unidades dispensadoras auditam e produzem as Autorizações para Procedimentos de Alta Complexidade (APACs) enviando-as posteriormente para a Coordenadoria de Vigilância, Avaliação e Controle (CORAC) para faturamento. Apenas as clínicas de Hemodiálise, que são em sua quase totalidade conveniadas ao SUS-estadual, e os CAPS faziam produção de APACs centralizada no NUASF. Dessa forma, nas outras unidades dispensadoras o NUASF era responsável apenas por monitorar e avaliar a produção das APACs.

Para a padronização dos medicamentos, anualmente o NUASF levava para pactuação e homologação da CIB a relação mínima de itens para a Atenção Básica, Saúde Mental e Doenças Oportunistas, baseada numa seleção de medicamentos da RESME (Relação Estadual de Medicamentos Essenciais). Para os medicamentos Excepcionais eram publicadas anualmente listas com os medicamentos padronizados pelo Estado, podendo ou não ocorrer a inclusão de novos itens ou apresentações de medicamentos, de acordo com a Portaria GM/MS nº1318/2002, a qual ainda estava vigente na época, e com a demanda provinda das unidades dispensadoras.

4.4 Caracterização do arquivo documental de processos judiciais e administrativos do